- Vai falar com ele? - JeongHan perguntou ao lado de SeungCheol, enquanto observavam Chan brincar na sala.
- Eu preciso mas não sei como. - suspirou frustrado.
- Vai lá e apenas converse, ele não sabe o que está acontecendo. Eu vou na cozinha preparar um lanche. - depositou um selar na bochecha do mais velho e se levantou indo pra cozinha.
- Chan? - Seungcheol se aproximou receoso do pequeno.
- Olha, appa, Chan fez um desenho. - entregou sorridente o papel para o pai. - Esse é o Chan, o appa, Hannie hyung, tio Min, Woo hyung e omma. - sorriu mostrando o desenho colorido.
Seungcheol sorriu afagando os cabelos do filho e voltou para a cozinha.
- Falou com ele? - JeongHan perguntou enquanto guardava os frios na geladeira e
SeungCheol negou com a cabeça. - Não? - perguntou confuso.
- Ele é só uma criança que tem uma imagem boa da mãe, não há necessidades de acabar com essa fantasia. Quando ele for maior e pedir explicações, aí sim nós conversamos com ele.
- Nós?
- Nós, eu e você. - abraçou JeongHan por trás.
- Não há previsões pra você ficar solteiro novamente. - selou seu pescoço.
- Eu também não pretendo te deixar em paz por um bom tempo. - riu.
- Que essa paz não venha então. - riram. - Isso aí está com uma cara ótima. -disse olhando para os lanches em cima do balcão.
- Vamos comer então.
DUAS SEMANAS DEPOIS
- Filho, você vai ficar alguns dias na casa do Hansol, tudo bem? - Seungcheol perguntou preocupado e o filho apenas balançou a cabeça com um sorriso enorme no rosto.
- Ele ficará bem, não precisa se preocupar. - a sra. Chwe disse acalmando o mais velho.
- Me ligue se ele fizer bagunça.
- O Chan é um anjo, não se preocupe. Até mais. - se despediu e foi em direção dos meninos que estavam perto do carro.
- Podemos aproveitar esses dias? - Jeonghan perguntou quando já não era mais possível ver o carro.
- Com certeza, assim eu não fico me preocupando com o Chan. - sorriu e foram para o carro.
- Omma, a So ainda tá dodói? - Hansol perguntou preocupado.
- Um pouquinho, meu amor, o appa está lá cuidando dela, nada de barulho quando chegarmos, ok? - disse e os três assentiram.
Quando entraram na grande casa, era possível ouvir apenas a baixa música que tocava suavemente.
- Ela está melhor? - a mulher perguntou ao marido quando este saiu do quarto da filha.
- Está, a febre também baixou, ela acabou de dormir. - disse e a mulher suspirou aliviada. - Olá meninos, vamos fazer um lanchinho? - cumprimentou as crianças e foram todos para a cozinha.
Depois que terminaram de comer, Chan chamou a tia, puxando-lhe a barra da blusa.
- Tia, Chan 'qué 'í no 'banhero.
- Sabe onde é o quarto do Hansol? - perguntou e o menor assntiu. - Consegue ir sozinho? - assentiu de novo e saiu correndo.
Quando saiu do quarto do amigo e estava voltando para a cozinha, Chan ouviu alguns resmungos vindo de um quarto com a porta entreaberta. Entrou e seguiu os barulhos que ouvia.
Parou em frente ao berço e viu a pequena Sofia acordada se remexendo entre as cobertas.
- 'Neném. - disse e a menina parou e ficou encarando-o, mas começou a chorar segundos depois.
- Mamãe tá aqui, meu amor. - a sra. Chwe apareceu logo em seguida pegando-a no colo.
- Chan não 'feiz nada. - se defendeu assustado.
- Eu sei, querido, ela só está chorando porque acabou de acordar. - explicou deixando o menino relaxado. - Vamos pra cozinha? - chamou Chan que assentiu com a cabeça.
Sofia se remexia no colo da mãe quando esta tentava colocar a pequena colher com o remédio amargo em sua boca. Chorava alto e estridente, deixando os três meninos assustados.
- Ela vai ‘ficá assim quanto tempo? - Hansol perguntou para o pai.
- Até ela melhorar, por isso, nós temos que cuidar dela, tudo bem? - o sr. Chwe disse e o filho concordou.
- Chan ‘tamém ‘qué ‘cuidá. - Chan disse olhando para a menina.
- Claro, vamos todos cuidar da nossa princesa. - a mulher disse sorrindo.
- Chan é ‘dinossauo que vai ‘cuidá da ‘pincesa. - sorriu largo e levantou animado os bracinhos.
[...]
- Hyung, acorde, chegamos. - Mingyu cutucou a bochecha esquerda de Wonwoo que estava adormecido no banco do passageiro.
- Hm, mais um pouco. - resmungou.
- Tem certeza? - o Kim sorriu travesso e soltou seu cinto, se sentando no colo do mais velho, fazendo-o arregalar os olhos.
- O-o que você está fazendo? - perguntou assustado.
- Te acordando. - sorriu e selou rapidamente os lábios do namorado. - Viu, deu certo. Não pense coisas impuras. - debochou do professor e voltou para o seu banco.
- Eu não pensei em nada. - inflou as bochechas coradas. - Woah, quanto tempo não venho aqui. - disse maravilhado, vendo a paisagem à sua frente.
- Estamos perto da casa da minha mãe, quer passar lá antes de ir na casa do seu pai? - Mingyu chamou a atenção de Wonwoo, que tinha a cabeça para fora da janela.
- Podemos ir pra casa direto? Já está tarde e eu disse que íamos jantar lá. - olhou para o namorado que concordou e ligou o carro.
Com algumas instruções de Wonwoo, o Kim conseguiu chegar ao destino sem muitas dificuldades, após alguns minutos.
- Espera, hyung. - Mingyu segurou o braço do namorado antes de descerem do carro.
- Min, você está tremendo. - disse assustado. - O que você tem?
- Nervosismo é uma resposta aceitável?
- Você está nervoso pra conhecer o meu pai? - perguntou segurando o riso. - Não precisa ficar assim, você vai gostar dele.- sorriu deixando um selar nos lábios alheios.
Pararam na frente da grande porta e Wonwoo segurou a mão do namorado, passando-lhe confiança.
Depois de alguns segundos de espera, a porta foi aberta por um homem de óculos e cabelos grisalhos.
- Appa! - Wonwoo se soltou de Mingyu e praticamente pulou no colo do pai.
- Wonwoo, que saudade! - abraçou o filho e sorriu. - Que bom que chegaram, eu já ia ligar. Oh, você deve ser o namorado bonitão do Wonnie, não é? - olhou para Mingyu dos pés à cabeça.
- Mu-muito prazer, sr. Jeon, sou Kim Mingyu. - disse assustado e Wonwoo apenas ria do namorado.
- O prazer é meu, vamos entrar. - puxou os dois para dentro da casa.
- Seu pai é gay? - Mingyu sussurrou para o namorado, que faltou gargalhar.
- Não, eu só comentei que o meu namorado é bonito. - tirou os sapatos no hall de entrada e puxou o namorado para a sala.
- Ouvi muitas coisas de você. - o pai de Wonwoo disse quando se sentaram no sofá.
- Coisas boas eu espero. - riu nervoso.
- Meu pai tinha uma empresa construtora quando era mais novo. - o professor comentou e Mingyu ficou surpreso. - Acho que vocês terão muita coisa pra conversar, vou lá no meu quarto rapidinho. - disse mas os dois já não ouviam mais nada.
Wonwwo voltou para a sala mas esta se encontrava vazia. Saiu procurando os dois pela casa, e os encontrou na cozinha.
- Esse ingredientes são ótimos, mas são difíceis de encontrar em Seoul. - ouviu Mingyu comentar.
- Vamos no mercado amanhã, você encontrará as melhores coisas. - seu pai disse empolgado.
- Estou vendo que vocês estão se dando muito bem. - se sentou na bancada sorrindo.
- Seu pai é um ótimo cozinheiro.
- Não exagere, vamos comer antes que esfrie. - o mais velho disse levando tudo para a mesa, com a ajuda de seu genro.
O jantar se passou tranquilo, o nervosismo, que antes assombrava Mingyu, dera lugar para uma animação que estava começando a deixar Wonwoo irritado.
O professor não conseguia participar da conversa, já que eles conversavam animados sobre negócios, deixando assim, o professor com um bico nos lábios, enquanto trocava de canal tediosamente na televisão.
- Amor, o seu pai era um ótimo empresário! - Mingyu sentou ao lado do namorado.
- É mesmo? - disse tedioso.
- O que foi?
- Nada, vai lá falar com o meu pai. - revirou os olhos.
- Você está com ciúmes? - segurou o riso.
- Sai daqui, Mingyu, eu to vendo tv. - tentou chutar o namorado, mas este apenas se aproximo mais.
- Não sabia que você gostava de crochê. - riu soprado e deitou por cima de Wonwoo, roubando-lhe um beijo.
- Se forem fazer algo, vão para o quarto. - o sr. Jeon disse entrando na sala com as mãos na frente dos olhos.
- Me desculpe. - Mingyu saiu rapidamente de cima do namorado.
- Appa, acho que nós já vamos, iremos embora daqui duas semanas, então ainda vamos nos encontrar algumas vezes. - Wonwoo disse se levantando com o mais novo.
- Eu e o Mingyu vamos para o mercado amanhã, você está convidado também. - o mais velho disse e Wonwoo revirou os olhos, puxando o namorado para a saída.
- Até amanhã, sr. Jeon. - Mingyu se reverenciou.
- Tchau pai. - se despediu e saíram da casa.
O caminho até a casa da mãe de Mingyu não foi longo, então em poucos minutos, o casal já se encontrava descarregando toda a bagagem do carro.
- Pode levar tudo para o último quarto. - Mingyu disse.
Wonwoo carregou tudo o que conseguia e levou até o quarto indicado. Quando entrou, sorriu ao ver as paredes em um tom azul claro com vários pôsteres de desenhos colados. Era o quarto de Mingyu.
O mais alto chegou logo depois com o resto das malas e sentou na cama.
- Acho que podemos terminar o que começamos lá em casa. - Wonwoo disse se sentando no colo do namorado e selando seus lábios.
Mingyu sorriu travesso e apertou a cintura do mais velho, deitando-o na cama.
E em poucos segundos, várias roupas se encontravam jogadas por todos os cantos do quarto.
[...]
- O que está fazendo aqui? - Wonwoo apareceu na sacada com um cobertor nas costas.
- A noite está linda. - olhou para a grande lua e Wonwoo o abraçou por trás.
- Eu te amo. - sussurou no ouvido do mais novo e se pôs nas pontas dos pés para selar a bochecha alheia. - Eu tenho um presente pra você.
- Eu também tenho um para você. - o mais novo sorriu ficando de frente com o mais velho. - Mas eu deixo você falar primeiro.
Wonwoo sorriu e voltou para o quarto, revirou a mala e retornou com uma caixinha de veludo.
- Hyung, espera, eu não acredito que é isso! - Mingyu contestou com as sobrancelhas juntas.
- Você já sabe o que é?
- Aaaaah, hyung, estragou a minha surpresa. - inflou as bochechas e cruzou os braços.
- Min, do que você está falando? - Wonwoo perguntou confuso.
- Eu ia te dar isso, mas você também comprou. - tirou uma caixinha vermelha de dentro do bolso.
Wonwoo pegou e abriu. Não estava acreditando.
- Vo-você comprou alianças? - sua respiração falhou algumas vezes.
- Encomendei semana retrasada e fui buscar ontem, mas o que fazemos agora? - perguntou triste.
- Como assim? Vamos usar, oras. - Wonwoo riu.
- Mas e as que você comprou? - apontou para a outra caixinha.
- Isso não são alianças, seu bobo. - riu e entregou-a para o mais novo.
Mingyu abriu o objeto e arregalou os olhos, deixando um sorriso enorme estampado em seu rosto.
- É o pikachu! - praticamente gritou. - Meu Deus, hyung, onde foi que você encontrou ele? - abraçou o namorado.
- É uma das únicas miniaturas que eu tinha. - Wonwoo abraçou-o de volta. - Guarde ele pra mim.
- Eu não acredito, muito obrigado. - selou várias vezes os lábios do mais velho, fazendo-o rir. - Eu te amo muito.
- Posso colocar essa aliança no seu dedo? - Wonwoo perguntou se desfazendo do abraço. - Eu também te amo muito. - entrelaçou seus dedos com o do maior e beijou a aliança.
- Sabe o que é injusto? - Mingyu perguntou quando estavam deitados na cama abraçados. - Você estragou a minha surpresa da mesma forma. - fez bico e Wonwoo riu baixinho.
- Não estraguei, eu amei essa surpresa. - se aconchegou mais no abraço do mais novo. - Então quer dizer que agora somos oficialmente namorados? - sorriu rente aos lábios de Mingyu, que apenas murmurou algo e capturou seus lábios.
[...]
- O que quer fazer? - Jeonghan perguntou quando Seungcheol olhava algumas coisas no notebook.
- Não sei, já fizemos de tudo, se você for pensar, já fomos no cinema, fizemos piquenique, fomos até em um casamento. Vamos ficar em casa mesmo? - abraçou manhoso o mais novo.
- Tudo bem. - riu fazendo carinho na cabeça do mais velho. - Vamos assistir um filme então? - se sentou direito na cama e pegou o notebook do colo do namorado e escolheu um filme aleatório.
O fim de semana do casal passou rápido. Muitas vezes Seungcheol pegava Jeonghan deitado no sofá assistindo algum programa culinário, achando que ganharia comida.
Mas a única coisa que ganhava, era um Jeoghan manhoso atrás de si para que ele cozinhasse. O que sempre dava certo, já que eles só saíam de casa para comprar os ingredientes das comidas que o mais novo pedia.
Mas claro, Seungcheol não conseguia recusar, jamais, os pedidos do mais novo, e acabara de descobrir que nunca será tão forte na frente de Yoon Jeonghan, e sempre irá ceder às suas manhas.
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