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História Let The Blood Run - Bunny


Escrita por: minsugaaw

Notas do Autor


Em razão da demora para postar o cap passado, voltei bemmm rápido kkk
Bom, não tem muito o que ser falado, só não infartem kk
Então, deixe o sangue correr !
Nome do capítulo: Coelho

Capítulo 7 - Bunny


Eu estava nitidamente confuso enquanto acompanhava os passos de Jeongguk com cuidado observando suas costas perfeitamente eretas. Ele conseguia ser imponente até mesmo estando de costas e simplesmente andando. Sério, ele só estava andando e ainda sim conseguia parecer exatamente a minha personificação do dono do planeta Terra.

Eu não sabia o que ele ia fazer ou pra onde estava me levando, mas não me importei muito com isso ou senti nada além de ansiedade, eu já tinha aceitado o fato de que o seguiria independente do destino.

Nós andamos por alguns minutos em silêncio e quando chegamos ao saguão de entrada, um dos seguranças o entregou uma bolsa de mão de tamanho médio feita de couro preto sem falar absolutamente uma palavra. No segundo seguinte nós estávamos do lado de fora da mansão e eu pude enxergar o jardim e a fachada imponente do lar dos Jeon cercado por seguranças altamente treinados.

Ele continuou em frente e entrou no galpão enorme que ficava ao lado do casarão onde pelo menos uns sete carros de luxo esperavam ele escolher qual usaria.

Meus olhos vagaram por todas aquelas verdadeiras máquinas e quase assobiei em admiração, mas meus pensamentos foram cortados quando Jeongguk abriu a porta do carro preto no fundo da garagem e eu praticamente corri até lá para alcançá-lo.

Eu não sabia nem como abrir a porta daquilo e me senti ainda mais estúpido quando Jeongguk baixou o vidro e me olhou com cara de “Mas que merda você tá esperando ?”

Quando enfim desvendei como entrava naquele transformer maravilhoso e extremamente elegante e assustador, o que o fazia combinar perfeitamente com o moreno ao meu lado, ele deu partida, arrancando pela estrada que levava até o grande portão de saída.

Observei pela janela enquanto via as árvores passarem em um borrão por nós dois. Era a primeira vez que eu saía da mansão desde que pus os pés lá e só agora pude notar que ela ficava em um local praticamente deserto, só fui ver casas e lojas depois de alguns minutos de viagem.

Desde então eu estava sem faculdade, sem lanchonetes ou qualquer outro tipo de contato com pessoas que eu conhecia antes. A única coisa no momento que me fazia lembrar do antigo Taehyung, era o vídeo game que foi posto em meu quarto por Jin hyung depois de ele perceber que quando eu não estava treinando, ficava vegetando olhando para o teto ou sentado no jardim ouvindo música.

Parecia que fazia anos desde a última vez em que sentei numa carteira e assisti alguma aula com duas horas de duração ou a última vez em que acompanhei Jyung pela rua deserta até nos separarmos perto da sorveteria do pai dele.

Mas sinceramente... Eu não sentia falta de nada daquilo.

Eu me sentia melhor agora, me sentia forte e ainda tinha Jeongguk...

Eu não sei exatamente o que é, mas eu sinto isso dentro de mim e a voz em minha cabeça parece saber disso também. Ela sabe que eu quero ficar perto dele, que eu quero ser melhor por ele, que eu quero que ele olhe para mim, apenas para mim...

Não trocamos nenhuma palavra durante o caminho inteiro, mas eu gostei do silêncio tranquilo em que estávamos imersos e gostei de observá-lo discretamente enquanto o mesmo dirigia concentrado pelas ruas movimentadas sem expressar qualquer reação, além de que ele tinha aqueles óculos escuros pendendo no nariz e droga... Eu nunca o tinha visto mais sexy.

Tentei desviar minha atenção para outro ponto antes que meu corpo começasse reagir ao fato de estar confinado nesse carro com ele estando ainda mais atraente que o normal.

Com o passar dos minutos me peguei com a cabeça encostada no couro escuro que revestia o banco e olhando a estrada se estender diante de nós sem pensar em nada específico. Teria continuado daquela forma por mais longos minutos se Jeongguk não descesse uma ladeira na grama na encosta da estrada vazia até que avistássemos uma casa aos fundos.

O carro continuou reto até parar numa cancela protegida por vários homens armados e Jeongguk só precisou baixar o vidro o suficiente para que eles enxergassem seus olhos por cima dos óculos e logo não tinha mais nada impedindo sua passagem.

Meus olhos varreram o local enquanto Jeongguk estacionava em frente da casa, porém, quando descemos do carro, ele não foi até a residência, na verdade deu a volta pelo outro lado e caminhou comigo ao seu encosto por mais alguns poucos metros até avistar um galpão. Era menor do que o que ele usava como garagem em casa, mas apesar disso me parecia bem mais protegido e não era só porque tinha mais cerca de dez caras, também armados, rodeando o local.

- Venha – ele disse simplesmente passando por todos e entrando finalmente no lugar, fechando a porta atrás de nós.

No início eu não enxergava nada, pois não havia uma fonte de luz sequer no recinto, mas no instante seguinte, o clarão amarelado invadiu e eu esfreguei levemente os olhos para me acostumar com a claridade parcial.

Mais uma vez inspecionei o lugar com o olhar e o mesmo parou na figura à alguns metros de distância.

- Se aproxime Taehyung, eu quero que você veja tudo bem de perto – sua voz de repente se tornou mais arrastada e puramente sombria ao encarar o corpo encapuzado na outra ponta da sala não tão bem iluminada.

Fiz o que ele disse em silêncio e o acompanhei para dentro, parando ao lado de outra cadeira vazia enquanto Jeongguk deixava a bolsa em cima da mesa de madeira.

- Você pode sentar se quiser, talvez isso demore um pouco... – seu sorriso lascivo me fez arrepiar dos pés à cabeça e o modo como a luz levemente amarelada refletia em seu rosto magro marcava perfeitamente a linha de sua mandíbula.

- Este é Kim Jondae, nosso convidado especial dessa noite – o moreno disse apontando para o rapaz amarrado à cadeira e caminhou devagar até estar mais próximo dele.

Ao puxar o capuz de pano escuro em um movimento só, pude encarar o olhar assustado do homem que percorreu a sala inteira até passar pelo meu rosto e se arregalar ainda mais ao fitar Jeongguk. Percebi ele inclinar o corpo tentando se afastar do moreno a qualquer custo, mas não tinha como ele fazer isso estando completamente atado a uma cadeira que logo depois percebi estar parafusada ao chão. A ação pareceu divertir o moreno, que riu anasalado se afastando um passo para encarar de modo amplo o rapaz.

- O que você vê quando olha para ele ? – Jeongguk me perguntou inclinando a cabeça para mim se apoiando na mesa e cruzando os braços relaxadamente.

- Hã... Medo – respondi olhando para o moreno.

- Não olhe para mim – ele disse – Olhe para ele, olhe no fundo dos olhos dele e me diga o que vê – desviei o olhar do seu e voltei a olhar para o homem. Ferido e amordaçado, sem a possibilidade de qualquer reação.

Olhei fundo em suas íris castanhas mesmo à distância. As pupilas não paravam quietas, intercalando o olhar entre mim e Jeongguk e depois os passando pela sala pequena quase como se estivesse procurando uma saída, uma possibilidade... Aquilo me fez sorrir fraco. Não tinha saída.

- Eu vejo... Aflição, desespero – murmurei ainda concentrado em cada movimento do homem.

- Isso – Jeon concordou e quando me virei para ele vi seu sorriso sem dentes antes que ele se desencostasse da mesa e puxasse a bolsa de couro preto com uma cobra mesclada em verde, vermelho e branco para perto de si.

- Este rapaz que você acabou observar, é dono de uma grande boate no subúrbio – o moreno dizia enquanto abria vagarosamente o zíper da bolsa – Ele é muito rico, tão rico quanto eu mesmo, mas isso não seria possível apenas com aquele pequeno estabelecimento. Você sabe como ele ganha todo esse dinheiro Taehyung ? – sua voz soou tão melódica e eu estava tão concentrado em cada palavra que apenas meneei negativamente com a cabeça observando tirar um pano de veludo de dentro da bolsa e repousando com cuidado na mesa.

Suas mãos hábeis desenrolaram meticulosidade o pano e eu enfim puder ver o que ele guardava. Facas. Muitas delas. De todos os tamanhos e reluzindo contra o rosto do moreno.

- O nosso Sr. Kim pratica tráfico de pessoas. Em especial, de mulheres – seus dedos vagaram delicadamente por sobre o metal e eu pude ver a fascinação brilhar em seus olhos fixos nas armas presas ao veludo vermelho – E você nem imagina o que eles fazem com essas mulheres. Eu as vi. Sujas, vivendo em galpões escuros e nojentos, vendidas como animais para sofrerem ainda mais nas mãos dos homens que as comprarem futuramente, isso se não morrerem antes – fechei minhas mãos em punho sentindo a raiva me dominar.

- Mas ele não se importa nenhum pouco com qualquer uma daquelas garotas, a única coisa que interessa é o dinheiro, poder... E eu posso ser ruim Taehyung, minha família pode ter construído um império vendendo armas para a máfia, mas nós nunca, nunca apoiamos esse tipo de negócio desumano – concordei com a cabeça hipnotizado com cada palavra.

- Você acha que esse cara é uma pessoa boa Taehyung ? – ele perguntou agora olhando diretamente para mim.

- Não – respondi de imediato.

- Exatamente – ele concordou e voltou sua atenção novamente para a bolsa preta – E o meu pai pode fabricar e vender armas, mas o meu trabalho é bem diferente – o moreno fez uma pausa vestindo luvas pretas que eu sequer havia notado que ele tinha retirado da bolsa – Em uma parte do tempo, eu recruto pessoas para trabalharem para o meu pai, mas em outra... Eu mato pessoas como ele e sou muito bem pago por isso – e assim que ele disse aquelas palavras, puxou novamente da bolsa um outro objeto. Uma máscara. Uma máscara de coelho.

Travei no lugar encarando aquele artifício extremamente peculiar. Analisei as orelhas cumpridas que se estendiam e os dentes salientes desenhados em meio ao traço fino da boca, os únicos espaços eram aqueles para os olhos.

- Agora Taehyung, olhe para ele novamente... – ele falou colocando a máscara em si novamente com cuidado. Ficou linda nele – Olhe de novo no fundo dos seus olhos e me diga o que ele vê quando olha para mim – dito isso ele virou o corpo, antes de costas, para o homem e eu pude ver perfeitamente o momento em que ele se encolheu inteiro e murmurou sôfrego sendo impedido de gritas pela mordaça.

Ele não tirava os olhos do moreno que puxou uma das facas do pano e se aproximou novamente do rapaz parecendo ainda mais elegante e encantador com a máscara.

- Ele vê... Morte – murmurei acompanhando os movimentos do moreno quando ele se aproximou da mesa e puxou uma das facas, passando o indicador da outra mão vagarosamente pelo metal prateado.

No fim do ato, seus olhos que transpassavam a máscara se voltaram para mim e eu sabia que ele estava sorrindo mesmo sem poder realmente ver seus lábios.

- Correto. E é isso que vai realmente acontecer – sua voz abafada por causa da máscara me fez sorrir junto e uma ansiedade palpável me invadiu.

Eu sentia meus dedos formigarem e os olhos saltarem dentro das órbitas atentos a cada detalhe da cena que se seguiria diante de mim.

O homem murmurou mais alto, podia jurar que estava implorando com afinco pela própria vida, mas soava completamente inaudível e não importaria mesmo se entendêssemos qualquer palavra sua.

Ele não merece viver e Jeongguk não o permitiria continuar nesse mundo para fazer mal a outras pessoas. Jeongguk vai resolver isso.

O moreno passou a rodear a cadeira lentamente, passando levemente a ponta da lâmina pela pele coberta do homem que acompanhava em desespero o metal afiado tocá-lo.

- Você está com pena dele Taehyung ? – ele disse rasgando a camisa do homem e deixando o peito do mesmo exposto.

- Não – respondi firme.

- Ele tem uma mulher e filha em casa. As duas devem estar esperando por ele a essa hora... – o moreno continuou pressionando a faca com força no lado direito do peito do rapaz ouvindo-o gritar enquanto o filete de sangue escorria – Você ainda o mataria mesmo se elas implorassem pela vida dele à você ?

- Sim – disse irredutível – Matando-o você estará fazendo uma favor não só a elas, mas também à várias outras mulheres que sofreram por causa dele – falei tudo de uma fez completamente ciente e convencido da verdade em minhas palavras. Jeongguk estava certo desde o começo, eu não deveria me arrepender de ter matado aqueles dois homens desprezíveis, na verdade, estava com vontade de eu mesmo matar esse agora.

Assisti o moreno descer a faca com destreza em linha reta do ponto onde havia furado o homem até a outra ponta em diagonal ouvindo seu grito estridente.

- O que você sente ao ouvir os gritos dele ? – ele me questionou concentrado em cortar mais vezes o peito do homem.

- Nada – respondi simplesmente e era verdade.

- E o que você sente quando eu o corto assim ? – mais uma fez a faca deslizou longamente pela pele branca.

- Eu... Eu acho que... – gaguejei inseguro por um instante.

- Acha o que Taehyung ? Vamos, me diga. Você pode dizer qualquer coisa a mim – ele insistiu segurando agora um dos ombros do homem se posicionando atrás dele e pressionando a faca bem próximo de seu pescoço.

- Eu... Acho que você fica lindo fazendo isso – me obriguei a pôr as palavras para fora e me neguei a desviar o olhar do seu.

- Acha é ? – ele riu anasalado – Pois então saiba que você também estava muito bem enquanto esfaqueava aquele homem e o inútil do seu pai – aquilo me fez sorrir e eu não senti vergonha alguma perante aqueles olhos escuros que pareciam enxergar através de mim.

Ele era simplesmente fascinante. Uma obra de arte com a qual eu tive a sorte de topar, a qual eu tive a sorte que me escolhesse e eu ia fazer por merecer. Eu vou ganhar aquele torneio. Não para que eu viva, mas para que ele fique o mínimo que feliz por eu ter feito o que fui designado para fazer. Defender seu nome.

- Sabe por que eu prefiro as lâminas Taehyung ? – ele me tirou do transe com mais uma pergunta. Perdi as contas de quantas ele já me fez apenas naquele espaço de tempo. Maneei com a cabeça novamente em negação – Porque elas são pessoais e as minhas facas guardam a minha essência em seus gumes, elas me lembram de quem eu sou a cada corte que faço e, além disso, ela é lenta. Eu sinto como se fosse uma extensão dos meus dedos cada vez que ela penetra na pele de alguém e o sangue escorre. E você vai sentir o mesmo assim que afundar aquelas machadinhas na carne de alguém, mil vezes melhor do que com a garrafa quebrada ou com aquela faquinha de nada, porque você escolheu aquelas para serem suas armas e agora elas são parte de você assim como as minhas facas são parte de mim – um sorriso largo se abriu em meu rosto e o modo como ele descreveu a sensação que eu sentiria só fez minha ansiedade em usar aquelas machadinhas de verdade aumentar exponencialmente. Eu quero aquilo. Quero muito.

- Então Taehyung, me responda essa última pergunta – observei uma de suas mãos puxar a cabeça do homem para trás com força e mantê-la no lugar mesmo com ele se debatendo da cadeira da forma como podia. A pele do pescoço ficou exposta e a faca foi posicionada na lateral esquerda da pele branca – O que você sente quando eu faço isso ? – assim que ele terminou a frase a lâmina foi deslizada lentamente pelo pescoço do homem abrindo um corte profundo que espirrou sangue enquanto o homem murmurava em desespero.

Era eletrizante observar e mais ainda fazer. Meus olhos não desviaram um segundo qualquer, presos àquela bela cena enquanto meu corpo se agitava de uma forma que eu só havia sentido duas vezes na vida e definitivamente queria sentir mais vezes.

- Eu sinto... Prazer.

Nós observamos em silêncio o homem sufocar em seu próprio sangue até que enfim parasse de se sacudir e se rendesse a inconsciência eterna.

Depois daquilo o moreno voltou para o lugar de antes e apenas se manteve ali enquanto eu o observava. Tão profundo, tão sombrio e enigmático... E ali enquanto eu o analisava em cada detalhe da sua completa magnificência naquelas roupas pretas e o cabelo também negro ressaltado por trás da máscara que deveria parecer indiscutivelmente pertubadora para suas vítimas, mas que para mim só o tornava ainda mais fascinante, se é que isso era possível.

- Por que... por que um coelho ? – perguntei em voz alta levemente hesitante ao deixar minha curiosidade falar mais alto, não sabia se estava invadindo sua privacidade ou algo do tipo ou se aquilo era algo que ele não compartilhava com mais ninguém.

- O que você acha ? – ele perguntou tirando as luvas ensanguentadas e em seguida a máscara, sentou na ponta da mesa e encarou fixamente o artefato em suas mãos.

- Eu... – tentei buscar no fundo da minha mente alguma coisa que fizesse sentido como motivo para aquele hábito, porém tudo parecia extremamente idiota e em nada combinava com algo que partiria de alguém como o moreno – Não consigo pensar em nada que faça sentido – confessei e ele riu anasalado. Eu gostaria de saber como é sua risada quando ele não está se contendo...

- Bom, eu não costumo contar isso pra ninguém, acho que o único que sabe é Jin hyung e Jimin talvez – ele falou mais para si mesmo do que para mim, mas apenas à menção do nome do baixinho fez meus músculos se retesarem e eu fechar minha expressão. Eu não gostava nenhum pouco de saber que Jimin tinha mais intimidade com Jeongguk do que eu. Eu não quero que ninguém seja tão próximo dele como eu pretendo me tornar.

E mesmo sabendo que talvez eu nunca tenha realmente isso, eu ainda sim não posso me permitir de deixar de querer aquilo. Quero ser o único a tocá-lo, o único a vê-lo sorrir abertamente, o único a quem ele pode confiar seus segredos mais sombrios e também aqueles que tornam sua alma tão frágil quando a de qualquer outra pessoa.

Quero ser a pessoa com quem ele pode ser apenas o Jeongguk e não aquele homem em pele de garoto que carrega o nome pesado e poderoso dos Jeon.

- O que aconteceu entre vocês dois ? – perguntei sem pensar, sendo dominado completamente por aqueles pensamentos possessivos.

- Nós dois quem ? Eu e Jimin ? – confirmei num balançar de cabeça e ele riu consigo mesmo – E por que isso te interessa Taehyung ? – ele me olhou de lado e eu ponderei se deveria falar a verdade ou não, mas antes que optasse entre as duas opções, ele se adiantou e fez isso por mim:

- A verdade Taehyung, eu não gosto de mentirosos e já disse que você pode me dizer qualquer coisa. Então apenas diga de uma vez o que tem pra dizer – estreitei os olhos e qualquer filtro que segurava as palavras em minha boca simplesmente desapareceu.

- Eu não gosto do jeito que ele fala de você, não gosto de saber que ele te tocou mais intimamente, eu só... Não gosto dele de jeito nenhum – disse de uma vez só e percebi uma das pontas dos lábios dele se repuxarem num sorriso.

- Muito bom. Sinceridade é um dos meus maiores fortes e talvez seja o seu também. Não deve ter medo de falar o que quiser falar contanto que talvez o momento em questão não seja o mais oportuno para isso – ele disse e repousou a máscara na mesa ao lado das luvas, mas com cuidado para não manchá-la.

- Então, respondendo a sua segunda pergunta – ele pareceu pensar consigo mesmo, mas logo depois deu de ombros como se não se importasse nenhum pouco – Talvez nós já tenhamos transado umas três vezes – minha respiração morreu na garganta. Eu escutei Jimin insinuando aquilo, mas era totalmente diferente escutar sair da boca do próprio Jeongguk. Com Jimin eu podia me convencer de que era mentira, mas vindo dele não tinha como negar que era pura verdade, como ele disse antes, sinceridade é um forte.

- O que foi ? Não gostou do que ouviu ? – ele sorriu sarcástico e me encarou por baixo da franja que agora caía sobre seus olhos.

- Não – respondi simplesmente.

- O que ele disse pra você na luta ? O que ele disse que te fez atacá-lo daquela forma ? – ele perguntou incisivo.

- Disse que se ele não me matasse, você o faria e que quando ele ganhasse, vocês iam comemorar... na sua cama – falei lembrando das palavras que fizeram ódio subir pelas minhas veias.

- Não que isso seja verdade, mas... O que você sentiu quando ele disse isso ? – ele insistiu e percebi seu corpo se arrastar pela mesa chegando bem próximo de mim de modo que no momento seguinte ele já se encontrava sentado de frente para mim com as pernas entreabertas. A visão era maravilhosa e ao mesmo tempo perturbadora para o resto de sanidade que eu possuía.

- Eu... Eu fiquei com raiva. Eu quis matá-lo e provar que eu posso ser melhor que ele pra você – falei sem olhar seu rosto, mas fui induzido a isso quando ele me puxou pelo queixo para olhar no fundo dos meus olhos.

- Melhor pra mim em que ? – sua voz ficou mais baixa, quase como um sussurro e notei seu rosto mais perto do meu.

- Em tudo... – respirei fundo e quase colapsei quando suas mãos tocaram os meus ombros e desceram devagar apertando com destreza os meus músculos.

- Em tudo o que ? – dessa vez ele estava bem perto da minha orelha e eu fechei os olhos sentindo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem com seu hálito quente tocando minha pele sensível.

- Na arena – suspirei fundo quando ele chegou até as minhas mãos e as puxou, fazendo com que eu tocasse suas coxas. Senti seus músculos ressaltados pela calça apertada e apertei os dedos ali sentindo sua carne sob minha palma.

- E no que mais ? – ele segurou minhas duas mãos com mais força e as subiu ainda mais. Me mantive de olhos fechados apreciando cada toque que eu dava naquelas coxas maravilhosas.

- Na... na cama – sussurrei quase sem fôlego quando percebi que tocava sua virilha.

- Hmm... – ele murmurou – Então quem sabe você possa me mostrar um pouco disso agora – no mesmo momento senti minha mão tocar o volume crescente entre suas pernas e abri meus olhos de uma vez.

- Você quer isso, Taehyung – seu sorriso torto quase me fez gemer em antecipação – E você já provou que pode ser melhor que ele na arena, agora me mostre um pouco do que você pode fazer por mim que seja melhor do que ele fez antes – ainda me olhando, ele abriu o zíper da calça e eu pude ver a cueca box branca que guardava o que eu tanto queria.

Olhei no fundo dos seus olhos escuros, os mesmo que guardavam aquele belo e profundo abismo que me atraía cada vez mais para dentro. Eu só queria me jogar lá de uma vez e é o que eu vou fazer.

Avancei com as mãos afoitas e segurei a barra de sua cueca puxando-a para baixo fazendo com seu membro saltasse na minha direção.

Ele estava excitado e eu também, mas eu queria que ele ficasse mais, muito mais. Então o segurei pela base e observei Jeongguk se inclinar para trás com o intuito de observar tudo da melhor forma.

Me aproximei e o massageei, deixando meus dedos longos apertarem levemente o membro rijo e salteado belamente com veias. Lindo.

Senti minha boca salivar ao ver a glande expelir pré-gozo e levei meu polegar até ali deslizando-o em movimentos circulares espalhando o líquido transparente pelo local. Não tinha como aguentar por mais tempo, então no segundo seguinte levei meus lábios até ali e abriguei seu pau inteiro dentro da minha boca, sentindo minha garganta ser pressionada.

Ah... o gosto dele é incrível e cada vez que eu descia e subia a cabeça num ritmo lento e erótico, tudo só ficava melhor, ainda mais quando ergui os olhos e o peguei encarando atento os meus movimentos. Aquilo me fez sorrir satisfeito, mas não se manteve por muito tempo daquela forma.

Percebi que Jeongguk, apesar de parecer impassível durante a maior parte do tempo, não era alguém com muita paciência. Seus dedos logo se enroscaram em meus fios e minha cabeça foi impulsionada com força contra o seu quadril que investia contra mim. Gemi com o movimento e agarrei suas coxas enquanto ele passou a foder minha boca com pressa e força, com os olhos fechados e mordendo os lábios para segurar seus próprios gemidos.

Eu poderia fazer aquilo pelo resto da noite observando sua testa começar a suar pelo esforço e alguns fios do cabelo preto grudar na testa o que o deixou ainda mais fodidamente sexy. Apertei minhas próprias coxas para me proporcionar algum alívio ao vê-lo daquela forma diante de mim. Era além de excitante, eu estava quase delirando apenas em chupá-lo, imagina se estivéssemos transando.

Intencionei a força de compressão de meus lábios quando senti os espasmos de seu membro ficarem mais intensos e manti meu olhar fixo no seu, desafiando-o a não gemer alto em prazer, pois era óbvio que ele não queria fazê-lo. Depois de mais algum tempo daquela forma, não demorou muito mais antes que ele se derramasse por inteiro na minha boca deixando um murmúrio involuntário escapar por entre os lábios intensamente vermelhos pelo tanto que ele os mordera.

Jeongguk tendo um orgasmo é definitivamente a minha cena favorita. É pura excitação.

O corpo tenso curvado para mim sofrendo espasmos de prazer enquanto seu líquido quente atingia a minha garganta em jatos fortes, a mão agarrando meu cabelo com força o suficiente para arrancar alguns fios e a boca aberta em um gemido longo sem som... Perfeito.

Logo em seguida ele se retirou da minha boca e eu engoli tudo com gosto, escutando o som de sua respiração pesada, realmente feliz por ser eu a deixá-lo naquele estado de torpor.

- É – ele respirou fundo – Você é bom nisso – sorri de lado observando-o se recompor e abotoar a calça.

- Não que você precise saber, mas Jimin alimenta um amor platônico por mim que na maioria das vezes é bastante irritante, então ele acha que nós iremos ficar juntos ou alguma coisa ridícula do tipo, mas não vai acontecer – suas palavras soaram casuais e claramente desinteressadas.

- Ok – concordei sem querer perguntar mais nada. Na verdade, ainda estava tentando me recuperar do que acabara de acontecer, sentindo meu membro duro confinado pela calça praticamente gritar por alívio.

- Agora, já que a sua segunda pergunta já foi respondida, vamos voltar para a primeira – ele se ajeitou sobre a mesa e cruzou as pernas elegantemente – O porquê de ser um coelho. Hmm... O que vem a sua mente quando pensa em coelhos ?

- Acho que apenas vários outros coelhinhos e também tem aquela lenda do coelho na lua, minha mãe me contava histórias sobre isso – respondi recordando com carinho da minha progenitora há muito tempo falecida.

- Isso. O coelho é conhecido como um animal lunar porque ele dorme de dia e a noite sai para cabriolar, o que leva muitas pessoas a os relacionarem com a lua e a crerem que as manchas presentes na mesma simbolizem coelhos ou lebres. Além disso, em muitas mitologias e crenças ele representa fertilidade, esperança e vida, mas não foi por causa de nenhum desses significados que eu o escolhi como uma representação de mim mesmo. Na verdade, foi o seu significado para a mitologia egípcia que me chamou atenção – ele voltou a encarar a máscara ainda posta sobre a mesa – Para os egípcios, o coelho está relacionado com o mito de Osíris, deus egípcio da morte, fertilidade, renovação e ressurreição. As pessoas acreditavam que ele ás vezes assumia uma forma com a cabeça de coelho, pois elas o relacionavam a prosperidade na agricultura e as cheias do rio Nilo que fertilizavam os solos da região. Ele também representa a inteligência, astúcia e renovação. E é exatamente assim que eu me sinto ao tirar a vida de alguém que não merece viver. Inteligente o suficiente para me sobrepor à ela, astuto o bastante para derrotá-la e renovado ao ver que fiz algo que eu sinto prazer em fazer e ao mesmo tempo estou fazendo um certo tipo de favor a alguém em algum lugar. Por isso, desde que eu matei pela primeira vez e descobri sobre o mito de Osíris, eu me sinto como ele, o deus da morte, integrante do tribunal dos mortos e ao mesmo tempo aquele que renova, aquele que detém inteligência. E já que ele pode ser representado com a cabeça de um coelho, eu também quis me representar assim. Sua coroa se tornou o símbolo do Alto Egito e a minha máscara um dia vai simbolizar os Jeon, como você disse, eles veem morte quando olham pra mim. É isso que eu quero.

Tenho certeza que estava de boca aberta vidrado em seu rosto e abismado com a sua inteligência. Como ele conseguiu pensar nisso tudo ? Como aquela simples máscara podia conter tanto significado por trás ?

 Deus da morte... Ele definitivamente parecia como um deus para mim.

Um deus sombrio e astuto, um deus belo e encantador... Um deus que dominou todo o meu ser e de quem eu não quero deixar de ser devoto nem por um segundo.

 

LEIAM AS NOTAS FINAIS !!!


Notas Finais


Meus amores, queria convidar vocês a participarem do grupo da fic que eu criei no wpp, fica sem graça se vocês não estiverem lá pra comentar sobre os caps, então se não tiver uma repercussão legal nem adianta manter...
O link tá aqui, espero que compareçam kk https://chat.whatsapp.com/EM2om2oPQVpFbHyeww1Yox

E então o que acharam desse cap ???? Deixem seus comentários, por favor, quero contabilizar o número de mortes, mas já adianto que não me responsabilizo por nenhuma kkk
Então é isso, deem amor as minhas outras fics bebês, convido vocês a conhecê-las também e dar uma chance 💙
Bjs e até a próxima !!


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