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História Letras Douradas - Capítulo Quatro


Escrita por: JikookManiac e LarryManiac

Capítulo 4 - Capítulo Quatro


Fanfic / Fanfiction Letras Douradas - Capítulo Quatro

Quando acordou, sentiu os olhos inchados arderem, novamente esqueceu-se de fechar as cortinas. Fechou novamente os olhos, seu corpo todo doía, a boca estava seca, e sentia mal estar de uma noite mal dormida. Escutou o celular tocando ao longe, mas não se lembrava de onde havia deixado-o.  

Pensava que tudo poderia ser apenas um terrível pesadelo, mas a realidade o atingiu com um belo tapa na cara. Jimin estaria se casando no fim da tarde, o amor da sua vida estaria nos braços de outro para sempre. Tocou o peito atrás do convite, quando não o sentiu rapidamente abriu os olhos e se sentou sobre o colchão, olhou em volta e não o encontrou, mas assim que se colocou de pé, pode vê-lo ao pé da cama, devia ter caído enquanto dormia, observando mais uma vez o convite, porém dessa vez, notou algo diferente, na parte posterior, ao que parecia feito à caneta dourada, e na letra de Jimin, ele leu:

 

"Estou casando, mas o grande amor da minha vida é você"

 

 

Choque percorreu o corpo de Jungkook, para ter certeza do que via, leu uma vez mais, e outra e outra. Sim! Jimin tinha verdadeiramente deixado claro que anda o amava, e ele precisava fazer algo à respeito. De repente as palavras de Namjoon ecoavam em sua mente:

 

Ainda da tempo de pegar o avião, Jungkook.

 

Com o peito doendo, mas dessa vez de um modo bom, ele buscou por eu celular, encontrando-o na sala, ignorou a ligação perdida e fez reserva de duas passagens para Tóquio, Jimin vivia cobrando férias lá, mas ele nunca tirou férias, até agora. Depois de tudo feito, incluindo hotel, alimentação e guia turístico, só restava o mais importante, ligar para Park Jimin. Com as mãos tremulas e suando frio, o moreno discou o numero do mais velho, esperava que ele ainda usasse o mesmo, depois do quinto toque ele acreditava que Jimin não queria atende-lo, mas se surpreendeu quando a doce voz do seu amado soou através do aparelho.

– Jungkook?

– Jimin... – Sussurrou desacreditado que ele realmente estava falando consigo, jurou que nunca mais ouviria sua linda voz.

– Jungkook? Alô?

– Oi, e-eu... Eu... Eu preciso te falar uma coisa, talvez seja tarde de mais, mas eu preciso tentar – A linha ficou muda por alguns segundos, então Jungkook presumiu que era um sinal positivo quando ele não desligou em sua cara, Jimin estava lhe dando uma chance para falar, reuniu toda sua coragem, antes perdida, e então continuou. – Eu vou começar com o mais óbvio, eu sou um babaca, eu sei, deixei que o trabalho me tirasse a pessoa mais importante da minha vida, que tipo de babaca coloca o trabalho em primeiro lugar? – Suspirou – O mesmo tipo de babaca que só percebeu que tinha a melhor pessoa do mundo do seu lado quando a perdeu. Jimin, eu não existo sem você, eu não funciono direito sem você comigo, eu não como direito, as roupas não tem o mesmo cheiro, o seu cheiro não está mais nos lençóis, meu peito dói quando entro no closet e não vejo suas roupas estampadas e de cores vibrantes em meio as minhas peças negras, não sorrio mais ao ver alguma de suas meias infantis jogadas pelos cantos da casa, não tenho o seu pequeno corpo para me esquentar durante as noites, ou para segurá-lo apertado durante uma tempestade – Fez uma pausa e suspirou – Nem para deitar em meu peito, acariciar meus cabelos enquanto sussurra cantigas de ninar em meus ouvidos, quando acordo de um pesadelo – Jimin faz um som de espanto.

– Pensei que não lembrasse no outro dia... Você nunca tocou no assunto...

– Eu tinha vergonha... De parecer frágil na sua frente, eu deveria sempre te proteger, e não ao contrário.

– Eu nunca te acharia frágil por ser humano, Jungkook. Todos temos pesadelos.

– Jimin, eu não suporto chegar em casa e não te ver cuidando do jardim, ou abrir a porta e ser recebido pelo seu perfume doce. Dói quando ando pela casa e vejo suas fotos, sempre tão bem vestido, todas elas em algum evento importante, mas nunca sorrindo. Eu me dei conta de que não tenho nenhuma foto sua cozinhando, ou na piscina, pegando o sol da manhã que você tanto gosta, ou limpando a casa, que estranhamente você adora, ou até mesmo cuidando das suas flores. Não tenho nenhuma foto nossa em alguma viagem romântica, ou de algum passeio bobo, como um dia no parque ou um passeio no shopping pra ver algum filme estupidamente clichê, como você gosta.

– Como...?

– Como eu seu tudo isso? – Pergunta retoricamente – Eu posso nunca ter colocado em palavras Jimin, mas eu sou louco por você desde que coloquei meus olhos em seu pequeno corpo, lá no primeiro ano do colegial, você parecia um pequeno bolinho, todo empacotado em um casaco preto, jeans da mesma cor e um cachecol vermelho e azul escuro e óculos de armação grossa e quase do tamanho do seu rosto, isso te deixava ainda mais fofo. Você parecia perdido, então supus que era aluno novo, tentei te ajudar, mas você se quer olhou nos meus olhos, disse que não precisava de ajuda, que podia se virar sozinho. – Jungkook sorri com a lembrança de tantos anos atrás.

– Quis te socar tantas vezes, por ser tão inconveniente. – Jimin riu e fungou, estava chorando silenciosamente.

– Desde sempre você era uma pequena coisinha impertinente e autossuficiente, sempre pelos corredores com algum livro nas mãos, ou arrumando os cabelos, vaidoso. E então um dia você não apareceu na escola, era uma coisa nova, já que em quase um ano você nunca faltou. Esperei o dia seguinte para perguntar o motivo, mesmo sendo sempre ignorado, eu gostava da sua companhia, mas você também não apareceu, nem no outro e nem a semana toda. E nem no próximo mês, ou no outro. Você desapareceu da minha vida, de repente eu não tinha mais o seu sorriso pra melhorar meu dia, ou seus olhos brilhantes para me acalmar, mesmo que dos seus lábios sempre viessem palavras para me afastar. Foram longos dias, longos meses e então já tinha se passado um  ano.

 Jungkook soltou o ar ruidosamente e deixou que um tímido soluço escapasse, estava sendo difícil colocar em palavras tudo o que sentia, mas precisava, por Jimin

 – Até que um dia, eu estava sentado em baixo de uma arvore no jardim da escola, segurando o livro que você costumava ler, tinha subornado a bibliotecária para que me vendesse ele, custou caro, mas valeu cada página, e eu ainda o guardo em meu escritório, quando vejo um garoto baixinho de cabelos alaranjados tirando fotos da cerejeira da escola, ele parecia concentrado, segurava uma câmera maior que suas pequenas mãos e mordia a língua vez ou outra, abaixava e se levantava, procurando o melhor angulo. Fiquei observando de longe por vários minutos, ele usava um grande moletom preto e cinza, cheio de formas geométricas desenhadas, jeans azul e escuro e um all star branco. Quando ele virou em minha direção eu perdi o ar, deixei cair o livro devido ao susto, era você, havia retornado para a cidade, eu mal podia acreditar que você estava mesmo ali, na minha frente. Parecia diferente, não pelos cabelos, de cor diferente, mas também havia perdido peso e tinha se livrado dos óculos que eu tanto gostava. Tentei criar coragem pra me aproximar novamente, talvez você não me quisesse por perto novamente, então um pouco cauteloso eu pedi pra ver as fotos e quando você colocou os olhos em mim, pela primeira vez, você sorriu, o sorriso mais lindo que eu já vira em toda minha vida.

– Eu senti sua falta, foi um longo ano nos Estados Unidos, e tudo o que eu pensava era em como eu gostaria de ter por perto o garoto chato que nunca calava a boca, mas que me fazia feliz e nem sabia... – Jimin respirou fundo ainda sorrindo.

– Você finalmente me deixou entrar em sua vida me aceitou como seu colega, um mês depois como amigo, quatro meses depois como namorado e dois anos depois como noivo, eu me sentia a pessoa mais realizada do mundo, conclui minha faculdade, abri minha própria empresa, comprei uma boa casa e finalmente estava ganhando muito dinheiro, poderia te dar a vida que você merecia, com muito luxo e fartura.

– Eu nunca quis uma vida luxuosa, Jungkook, eu só queria você do meu lado, sorrindo e me amando.

– Eu estava cego pelo poder que adquiri em tão pouco tempo, deixei que o trabalho me consumisse e esqueci-me do meu principal objetivo. Sua felicidade. Me perdoe. Me perdoe por nunca agradecer ao chegar em casa e ser recebido com uma banheira cheia com água morna e depois receber uma massagem relaxante. Me perdoe por nunca ter elogiado ou ter reconhecido seu esforço para me agradar nas refeições bem preparadas, ou nunca ter reconhecido seu esforço em mantar a casa limpa. Ou por manter minhas roupas passadas e cheirosas, eu realmente não sei o que você faz, mas eu juro que já tentei todos os produtos da lavandeira, e até estraguei alguns ternos, mas nada deixa o cheiro que você deixava.  

– As flores.

– Hm?

– As flores. Meus narcisos, eu os colhia e colocava em um jarro, deixando contra o vento, para o perfume ficar nas roupas enquanto secavam – Sorriu.

– E o chá que você me dava antes de dormir? Já tentei todos do armário, mas nenhum tem o mesmo cheiro ou gosto, nenhum me ajuda a dormir... – O moreno indaga curioso.

– É chá de narcisos, mas tem que ser feito com muito cuidado, pois pode ser venenoso ser for feito de forma errada. Não tente fazer! – O menor advertiu.

– Jimin...

– Sim?

– Eu te amo.

A linha novamente ficou muda, mas era possível ouvir a respiração descompassada de Jimin. Jungkook nunca havia colocado seus sentimentos em palavras, Jimin sabia que devia ser difícil para ele, mas ele sempre quis ouvir com todas as letras.

– E-Eu...

– Não precisa falar nada, não ainda. Eu reservei duas passagens para Tóquio, férias, você sempre quis ir pra lá... Se ainda me ama, desenhe um coração com o meu nome e me encontre no portão de embarque 9, às 17hrs. Eu vou te esperar até a ultima chamada, mas caso não venha, eu irei sozinho, não vou suportar a dor de ver o homem que eu amo jurando amor eterno a outro. Por favor, pense bem, não quero que se sinta pressionado a nada, só venha se ainda me quiser em sua vida, se ainda me amar... 

– Jung–

Jungkook encerrou a ligação e foi fazer as malas, precisava manter as esperanças, mesmo correndo o risco de Jimin não aparecer, ele precisava ir de qualquer jeito.

 

[...]

 

 Jimin ainda olhava atônito para o celular. Estava no meio da prova final de seu terno quando o celular tocou, pensou em não atender, pois Taemin poderia chegar a qualquer momento, mas Taehyung praticamente o obrigou, e ainda colocou no viva-voz para escutar também. E agora o mesmo estava igual a si, paralisado de surpresa.

– Tóquio?

– Coração? – O ruivinho falou rindo – Bem original. Bom, acho que você precisa de um tempo sozinho, certo?  – Se levantou e abaixou em frente ao mais velho segurando-o pelas bochechas fofas. – Pense com calma, é da sua vida que estamos falando, do seu presente e futuro, Vale à pena abandonar tudo agora? Eu não gosto muito do Taehee, mas eu te amo, e te quero feliz, Minnie. – Enxugou uma lágrima solitária que escorreu pelo rosto de Jimin. – Fica bem.

Levantou-se e calçou os sapatos, se dirigindo à porta.

– Tae?

– Sim?

– É Taemin. – O loiro sorriu em meio ao choro confuso.

– Aish.

Riu e saiu do quarto indo procurar seus namorados, os achando na sala. Hoseok dormia no peito de Yoongi, que mexia no celular. Aproximou-se e sentou no braço do sofá, próximo ao rosto do moreno, olhando para o celular do mesmo.

– Eu gostei dessa. – Apontou para a foto de Hoseok ressonando tranquilo. O menor ergueu o rosto e fitou os olhos de Taehyung com um sorriso genuíno, fazendo um gesto para que Tae se abaixasse e selasse seus lábios aos dele.

– Eu te amo. Eu amo vocês. Eu sei que não falo isso com frequência, mas vocês dois são o que eu tenho de mais valioso, espero que saibam disso.

– O que é isso? Min Yoongi abrindo o coração? – O ruivo não podia perder a chance.

– Vai se foder! – Deu as costas para Taehyung e abraçou Hoseok, ainda rindo.

– Nãããão. Olha só, cinco segundos atrás disse que me amava, e agora manda eu me foder. Que tipo de namorado é você? – O ruivinho se enrola atrás de Yoongi como um macaquinho. – Suga... Suguinha... Bitter Sugar... Eu também amo vocês, muito.

– Calem a boca, pelo amor de Deus. – Hoseok resmunga ainda de olhos fechados, deixando os outros dois indignados.

O moreno e o ruivo se olham, conversando silenciosamente pelo olhar, concordando com a ideia mútua.

– Ataque de cócegas! – Yoongi grita e Hoseok abre os olhos imediatamente tentando sair do aperto de ambos, mas era inútil. Logo o cômodo era preenchido por risadas escandalosas que ecoavam por toda a casa.

 

No quarto principal, Jimin sorria pela felicidade dos amigos, teria ele, um dia, um momento assim? Lembrou-se da proposta de Jungkook. Estaria disposto a desistir de tudo agora? Jogar tudo pro alto e ir ao encontro de quem o magoou, mas realmente ainda ama? Sentiu o celular vibrar entre as mãos e desbloqueou a tela, era uma mensagem de Taemin.

 

Estou ansioso. E com saudades. Espero que tudo saia como sempre sonhou, Minnie, você merece. Te amo.

 

Te amo. 

 

Jimin estava com o coração pesado. Precisava de um abraço, mas não queria atrapalhar o trio que se divertia na sala de sua casa, então tudo o que pode fazer foi ligar para Jin, que disse que logo chegaria. Olhou mais uma vez para o terno branco e impecável sobre a cama, suspirando foi até ele tocando-o. Sempre sonhou em casar na praia, mas Taemin tem fobia de mar, não gostava nem de pisar na areia. Então se contentou com um casamento no jardim de sua casa, era amplo e verdinho, cheio de flores coloridas e graças a Taehung e Jin a decoração ficou linda.

 

Jin chegou junto de Namjoon e o deixou na sala, subindo até o quarto, sabia que o loiro estaria lá. Abriu a porta e Jimin estava na varanda, observando o jardim. Sabia que essa hora chegaria.

Incerteza. Confusão. Medo. 

Aproximou-se da varanda também observando as pessoas correrem pra lá e pra cá para que tudo corresse perfeitamente bem.

– Modéstia parte, está tudo tão bonito! - Seokjin comentou, vendo pela primeira vez como ficaram seus arranjos de flores juntos ao resto da decoração escolhida por Taehyung.

– Sim – Jimin sorri minimamente.

– Mas você já não tem tanta certeza se quer continuar com isso.

– Ele me ligou.

– E o que ele disse?

– Que me ama. – Virou-se para Seokjin e envolveu seus braços na cintura dele, escondendo o rosto em seu peito. – Ele disse que me ama.

– E agora você já não tem tanta certeza de estar fazendo a coisa certa – Concluiu e o menor acena ainda em seu peito. – Olha Minie, eu–

– Não precisa falar nada, Hyung, só me abraça, eu preciso do seu carinho de mãe. – Sorriu entre o abraço.

– Eu sei que não é o melhor momento, e que você está sensível, mas você tocou no assunto... Bom, Namjoonie e eu conversamos ontem, e, decidimos que está na hora de aumentar nossa família. Vamos adotar.

– Isso é maravilhoso Hyung! – Jimin se solta do abraço e sorri genuíno, estava radiante com a notícia. – Eu vou ter um irmão ou irmã! – Brincou, arrancando risadas de ambos.

– Olá? 

– Namjoon Hyung, entra. Jinnie acabou de me contar a novidade, estou muito feliz por vocês, com certeza será uma criança muito mimada por todos nós. 

– Estou certo de que não será fácil, mas vamos passar por isso juntos.  – Segura a mão de Seokjin e deixa um beijinho nela. 

– Certo. Vamos comer, estou morrendo de fome. – O mais velho se pronuncia e os três descem para encontrar os outros três barulhentos já atacando a geladeira de Jimin. 

Só faltava uma pessoa para a felicidade de Jimin ser completa. 

 

[...]

 

– Mãe... Mãe... MÃE! – A mulher parou o que estava fazendo imediatamente – Já ta bom, quem vai casar é o Jimin, não eu. – Taehyung bufa enquanto tenta tirar um pouco de pó do rosto.

– Você me parece triste, tem algo que gostaria de me falar? – A jovem senhora deixa tudo sobre a bancada e senta na ponta da cama, dando batidinhas nas coxas para que seu bebê deitasse a cabeça ali, o que não demorou a acontecer, e logo ela já estava acariciando os fios ruivos – Você ficou lindo com essa cor de cabelo, combinou muito com você, meu amor.

– Obrigado, mãe. – Taehyung suspirou aproveitando os carinhos raros, já que desde que se mudara para Seul, via seus pais apenas uma vez ao ano, já que esses se mudaram para a América.

– Filho, o que está te incomodando?

– Não é nada... É só que... Não me entenda mal, eu amo o Minnie e apesar de não gostar do noivo dele, estou muito feliz que ele esteja realizando um dos sonhos dele, que era casar...

– Mas...

– Mas... Esse também é um dos meus sonhos, não só meu, mas do Hobi também, queria uma decoração igual a essa, ficou tudo tão lindo, e, me deixa triste saber que nunca vamos poder realizar, já que casamento triplo não é bem visto, quem dirá permitido...

– Oh meu amor, olha, pode não ser permitido legalmente, mas isso não impede de ter comemoração entre amigos e familiares, podemos fazer tudo como manda o figurino, vocês trocam alianças e tudo, não precisam daquele pedaço de papel idiota.

– Então... Você acha que eles aceitariam casar... Comigo? Mesmo que o casamento só tenha valor sentimental?

– Quem seria o louco de recusar meu bebê? Amor, eles te amam, e isso até quem não é próximo percebe.

– Obrigado, mãe. Melhor a gente terminar e descer, vamos ter que fazer meu cabelo de novo. – Suspirou sentando-se em frente  a penteadeira do quarto que dividia com os meninos na casa de Jimin.

Do lado de fora, um Yoongi ainda processava tudo o que tinha escutado, Taehyung sonha em se casar com ele e Hoseok... Antes que percebesse, seus pés já o guiavam para fora da residência de Jimin, passando por um Hobi sorridente, que teve seu sorriso desfeito assim que notou o estado avoado do namorado.

– Yoongi? Aonde vai, o casamento começa daqui quarenta minutos! Yoongi!

Mas esse já seguia para o estacionamento e entrava no carro, precisava fazer isso, devia isso aos homens de sua vida, estacionou o carro em frente a uma joalheria e entrou rapidamente, não tinha muito tempo.

 

[...]

 

– Minnie, você gostaria de um copo com água? – Jin perguntava enquanto escovava os cabelos de Jimin, a mãe do mesmo cuidava de sua maquiagem, e juntos eles tentavam distrair Jimin, para que o mesmo não tivesse um colapso.

 – Eu estou bem Jinnie, pode continuar.

Mas a verdade é que Jimin sequer fechou os olhos essa noite, as palavras de Jungkook, Jin e Taehyung não saiam de sua mente, estava tudo uma bagunça, parte dele queria levantar daquela cadeira e correr até Jungkook, mas a outra parte o lembrava constantemente tudo o que já passou, e dizia que nada mudaria, a partir do momento que voltasse para Jungkook, tudo seria como antes.

– Oi? Posso entrar? – Namjoon colocou apenas a cabeça para dentro do cômodo, estava radiante, não conseguia parar de sorrir desde que seu advogado lhe disse que estava confiante sobre a adoção, 99% de que chance de tudo correr bem.

– Claro Nam Hyung. – Jimin sorriu pelo amigo, as covinhas não deixavam um segundo se quer seu belo rosto.

– Eu te trouxe esse copo com agua e açúcar, eu sei o que você está passando, te entendo perfeitamente.  – Estendeu o copo e Jimin o agradeceu, logo tomando todo o líquido.

– Obrigado, amor. – Jin sorriu para o marido, fazendo um carinho em seu rosto, e como de costume, afundando o dedo nas covinhas que tanto ama.

– Podemos conversar lá fora? – O mais novo sussurrou para que apenas Seokjin escutasse.

– Claro. – Beijou sua bochecha. – Minnie, eu já volto. – Se curvou para a mãe de Jimin e saiu do quarto, sendo seguido por Namjoon.

– Sua bunda fica maravilhosa nesse terno. – O mais novo deixa um tapa moderado em uma das nádegas do esposo.

– Namjoon! Me chamou aqui pra isso? Eu já falei, não vamos fazer nada durante o casamento do Jimin, ele é quase nosso filho, por Deus! Se controla, homem.

– Não te chamei aqui pra isso, mas isso não me impede de pegar no que é meu. – Namjoon prensa o menor na parece e segura fortemente sua cintura, ficando poucos centímetros de sua boca.

– Joonie... Não faz assim... Aqui não. – Choraminga quando Namjoon desce uma de suas mãos e adentra a calça social, apertando sua nádega esquerda. – Sem boxer? Tem certeza que não queria fazer nada hoje? – Usando o indicador, ele circula a entrada de Jin, mas sem penetrar, apenas provocando.

– Namjoon... P-Para, alguém pode chegar... – Suspira ao que o marido ameaça entrar com o dedo.

– Vem comigo para o banheiro. – O mais novo morde o lóbulo sensível de Jin e esse amolece em seus braços.

– Mas...

– Shh – Rapidamente Namjoon tira a mão de dentro da calça e o segura pela cintura, fazendo-o impulsionar o corpo e enlaçar as pernas em seu quadril, as mãos indo para o cabelo, agora platinado, do mais alto. – Vou cuidar de você. Não se preocupe, não vamos nos atrasar. – Acrescentou ao ver desespero no olhar do menor, que logo aceitou, deitando a cabeça em seu pescoço cheiroso.

– Tudo bem, mas se a gente se atrasar, eu peço o divórcio e me torno mãe solteira. – Murmurou sorrindo.

– Melhor me apressar. – O maior caminha a passos largos até o banheiro no final do corredor e logo tranca a porta.

 

[...]

 

 

Jungkook terminava de colocar a ultima peça de roupa na mala, estava tudo pronto, bagagem, passagem, guia, hotel, alimentação... E o mais importante... Tirou de um dos bolsos da mala uma caixinha de veludo, planejava pedir Jimin em casamento, se ele aceitasse sua proposta. A possibilidade de ele negar fez seu coração apertar-se, então decidiu que ia checar se todas as portas e janelas estavam fechadas. Quando terminou de colocar as malas perto da porta, o telefone residencial tocou, movido pela curiosidade, Jungkook o atendeu, apesar de Jungkook possuir um telefone na residência, raramente o usava, pois seus cliente entravam em contato com o telefone da empresa, e nos casos mais urgentes, ligavam em seu celular.

- Alo?

- Bom dia, gostaria de falar com o senhor Park Jimin, por gentileza. – Uma voz masculina o saudou, em um outro momento, Jungkook sentiria ciúmes.

- Uh, ele não se encontra no momento, posso ajudar senhor...?

- Che Hyungwon, e o senhor é?

- Jeon Jungkook.

- Senhor Jeon, eu sou diretor do orfanato Orvalho de Luz, aqui de Busan. Não liguei para fazer nenhum tipo de cobrança, não me entenda mal, porém faz algumas semanas que o senhor Jimin não entra em contato com o orfanato e ficamos preocupados, já que ele visitava as crianças regularmente, todo domingo, além de contribuir com o dinheiro da alimentação delas. Aconteceu alguma coisa grave?

- Bem, ele recentemente se mudou para Busan, deve ter ficado sobrecarregado com tudo e acabou se esquecendo... Quando ele costumava doar, mensalmente?

- Cerca de ₩ 857610,00, senhor.

- Mas isso é todo o dinheiro que eu deixava com ele todo mês.  – Jungkook sussurrou incrédulo.

- Perdão?

- Nada, uh... Como ele fazia o pagamento?

- Ele geralmente fazia deposito, na conta destinada a doações para o orfanato, mas também acompanhava nossa cozinheira até o supermercado, para ajudar no que fosse preciso. – O homem explicou calmamente, até que foi surpreendido por uma voz infantil.

“Tio Wonnie, é o Minnie?” – O que parecia ser uma garotinha, perguntou.

“Não meu amor, é o namorado dele.” – Che sussurrou, mas Jungkook acabou escutando e sorriu bobo por imaginar Jimin rodeado daqueles pequenos seres.

“Quando ele vem tio? Tenho saudades.” – A voz novamente indagou o diretor.

“Não sei meu amor, mas prometo que será o mais rápido possível. Agora vá brincar no pátio, ok?”

Otay tio Wonnie.” – E assim como a voz apareceu, ela foi embora.

- Desculpe-me por isso, senhor Jeon, MinJi é uma criança muito carente, foi abandonada ainda bebê, aqui na nossa porta, e desde então é muito apegada à Jimin, já que ele acompanhou de perto o crescimento da mesma. 

- Tudo bem, você poderia me enviar os dados da conta por mensagem, vou fazer o deposito imediatamente.

- Obrigado pela compreensão, senhor Jeon, nossas crianças agradecem.

Assim que foi passado o numero, Jungkook enviou para Yugyeom, juntamente de uma mensagem pedindo para depositar o dobro da quantia citada. Jimin era um anjo  na Terra, quantas vezes mais o surpreenderia?

 

[...]

 

Taemin se encontrava debaixo de uma das arvores do imenso jardim de Jimin, ainda tentava digerir tudo o que escutou quando pretendia bater na porta do quarto do loiro. Que Jimin não o amava, já sabia, porem não tinha ideia de que ele ainda amava o ex. Não se sentia traído nem nada do tipo, e isso o aliviava, pois Jimin era uma boa pessoa, e não merecia nenhum tipo de sentimento ruim.

A decoração já estava pronta, por Deus, até sua família já tinha se acomodado dos bancos destinados aos convidados.

 

Então o que faria?

 


Notas Finais


Estamos em reta final, o que estão achando?


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