História Let's not fall in love - (G-Dragon) - Capítulo 21

- Meu amor. - seguro sua mão. - Pode confiar em mim. Pode me contar tudo, eu amo você. - JiYong me olha receoso e suspira. Acho que agora era o momento certo para ele me contar tudo.

- Ele matou os meus pais... - JiYong me abraça chorando. Acaricio seus cabelos enquanto espero ele se acalmar.

- Eu sinto muito meu amor. - levantei de meu banco para sentar em seu colo, logo o abracei mais forte ainda. - Olha pra mim, pode me contar tudo, okay? Não tenha medo. - segurei o rosto dele com minhas mãos e limpeu suas lágrimas.

- Tenho medo que me odeie depois que eu contar.

- Eu nunca te odiaria, e nunca vou te abandonar. - o abracei e deitei a cabeça em seu ombro, esperando que ele me contasse tudo. JiYong suspirou forte e abraçou minha cintura.

- Quando eu tinha dezesseis anos, descobri que meus pais eram traficantes. Eles se metiam com pessoas muito perigosas e eles me obrigaram a se envolver nisso. As vezes escondiam drogas dentro de minha mochila e até me mandavam fazer entregas. Isso se tornou cada vez mais frequente, eu não podia desobedecer, senão me matariam e matariam meus pais. Eu nunca usei drogas, não fui como eles, eu não queria entrar nesse mundo. Um dia tentei fugir de casa, mas os capangas do Taeyang estavam sempre por perto, não tinha nada que eu pudesse fazer. Até que um dia... - ele faz uma pausa e respira fundo. - Taeyang matou meus pais na minha frente e disse que não precisava mais dos meus serviços, se eu não sumisse da frente dele, ele me mataria também. - me soltei do abraço um pouco assustada e olhei para JiYong, ele observava minha expressão de espanto com lágrimas nos olhos.

- J-JiYong...

- Eu disse que você me odiaria. - ele fala e se põe a chorar novamente.

- É claro que não! Eu te amo. Você não é uma pessoa ruim, JiYong. Não foi culpa sua meu amor, você foi obrigado, o que poderia fazer? Não chore.

- Tenho medo que ele possa fazer alguma coisa com você.

- Vamos passar por isso juntos. A partir de agora apenas ignore ele. 

- Eu te amo. - JiYong fala e finalmente sorri.

- Eu sei. - lhe dei um selinho e sentei em meu banco novamente.

[…]

Cheguei em casa, tomei um banho e me deitei um pouco para processar tudo o que JiYong havia me falado. Taeyang o encontrou de novo e deve querer que JiYong trabalhe para ele outra vez. Isso me preocupa, pois até Seungri que não estava envolvido nessa história, apanhou. Tenho medo que meu namorado se machuque outra vez, principalmente se isso for por culpa minha. Eu nunca me perdoaria.

- Hye? 

- Entra. - JiYong entra no quarto e deita ao meu lado.

- Taeyang não para de ligar. Eu realmente não sei como ele conseguiu meu número, mas...

- Apenas rejeite as ligações. - falo o interrompendo.

- Talvez não seja boa ideia, ele pode se irritar demais. Talvez eu devesse encontrá-lo pessoalmente e acabar com isso de vez.

- Você até não é louco de fazer uma coisa dessas. - o abracei forte. - Você sabe do que ele é capaz. Não vou aguentar ver você machucado mais uma vez. - apertei ainda mais o abraço e deixei algumas lágrimas rolarem. 

- E se ele te machucar? Se eu ver um simples arranhão em você, sou capaz de matar aquele idiota.

- Só ignore ele, por favor. Faça isso por mim.

- Tudo bem, mas se ele se tornar muito ameaçador, eu vou precisar tomar alguma providência. Entendeu? - concordei com a cabeça e fechei meus olhos. Eu só quero esquecer isso por um momento.

[…]

Acordei e vi que o relógio marcava seis horas da tarde, JiYong não estava mais no meu lado. Levantei e o procurei pela casa toda, mas ele não estava, deve ter saído. Por um momento fiquei preocupada pensando que ele poderia ter ido se encontrar com Taeyang, mas como JiYong me disse que não faria isso, pelo menos não por enquanto, resolvi confiar e não me preocupar tanto assim. Coloquei um filme e fiquei olhando enquanto o esperava.

O filme acabou e JiYong não havia chegado. Fui até a cozinha e arrumei a mesa do jantar, lavei o pouco de louça que tinha na pia e depois me sentei. Provavelmente JiYong deve ter ido comprar alguma coisa para fazer a janta. 

Mais uma hora se passou e ele não havia chegado, nesse momento eu estava começando a ficar um pouco nervosa. Até que se passaram três horas e eu fiquei totalmente nervosa. Ligava para ele mas tocava até cair, liguei umas cinco vezes seguidas. Fique simplesmente desesperada e sentei no sofá da sala esfregando os cabelos com força. JiYong geralmente nunca saía de noite, mas quando saía não demorava tanto. Comecei a chorar, eu estava muito preocupada.

Uns minutos depois tentando se acalmar, escuto a porta de casa se abrir e levanto em um pulo. 

- Está chorando? O que aconteceu? - JiYong tranca a porta de casa e larga as sacolas de mercado que estavam em suas mãos no chão.

- O-onde você estava? - pergunto soluçando.

- Eu estava no mercado. A fila estava enorme. - ele fala se aproximando, totalmente preocupado por eu estar chorando. - Hye, o que aconteceu?

- Por que não atendia minhas ligações?! - pergunto exaltada, eu quase morri de preocupação.

- Eu estava dirigindo meu amor. - ele coloca sua mão em meu rosto mas eu me afasto.

- Eu estava morrendo de preocupação, principalmente depois do que conversamos hoje. E você nem pra me ligar?! - saio dali chorando, deixando JiYong de boca aberta. 

Acho que nunca fiquei tão preocupada na minha vida. Tanto que me irritei com JiYong. Fui até o banheiro e lavei o rosto, eu estava muito aliviada mas ainda chorava. Voltei até o quarto e sentei na cama, poucos segundos depois JiYong entra e senta ao meu lado.

- Desculpa. - ele fala e deixa um beijo em minha bochecha.

- Não faça mais isso. Eu fiquei muito preocupada. - o enchi de selinhos e ele sorriu. 

- Hye. Vem cá. - JiYong segurou minha nuca e iniciou um beijo intenso e super calmo, cheio de carinho e sem pressa alguma para acabar. Quando rompemos o beijo ele me abraçou. - Eu decidi uma coisa, que eu não gostei nenhum pouco, mas acho que é preciso. - me separei do abraço para olhar em seus olhos.

- V-você vai me abandonar? - pergunto com os olhos já cheios de lágrimas.

- É claro que não, não é isso. Já combinamos, vamos passar por isso juntos. Mas eu decidi uma outra coisa, não é terminarmos, mas é algo que eu não gostei de ter que decidir. E acho que você também não vai gostar, mas é preciso. Você me entende, não é? É tudo para o seu e o nosso bem. - agora eu estava mais aliviada, ele não estava pensando em nos separar, como eu pensei da outra vez. Mas ainda estava preocupada, ele disse que não gostou dessa ideia e que eu também não gostaria, mas que era preciso.

- Entendo. Pode falar. - falei receosa, mas eu precisava confiar nele.