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História Letters - The Third Letter


Escrita por: Amaterasu_goddess

Notas do Autor


IMPORTANTE
As cartas estarão em Negrito, Itálico e sublinhadas.
Os flashbacks estarão apenas em itálico.

Capítulo 3 - The Third Letter


Fanfic / Fanfiction Letters - The Third Letter

Se havia interpretado bem os desenhos no final da última carta, a próxima estaria no café onde Sakura trabalhava. Não era muito longe do parque onde eles conversaram. Não demorou mais do que quinze minutos para que chegasse ao Konoha’s Coffee.

Não estava muito movimentado; Numa parede atrás do balcão, havia um quadro com uma foto de Sakura sorrindo alegremente. Sasuke fechou os olhos, tentando visualizar aquele sorriso. Aproximou-se do balcão e interceptou um dos atendentes.

-Oi, eu sou... –ele interrompeu-se e contraiu os lábios. –Bem, eu era amigo de Sakura Haruno. –o atendente fez uma cara que expressava tristeza. –Ela deixou alguma coisa aqui?

-Sinto muito. –ele disse. –Se ela deixou algo aqui está no armário.

-Será que eu poderia ver?-perguntou e lembrou-se dos números no final da última carta. “170579”. –Eu sei a combinação.

-Eu não sei se... Talvez você deva falar com nosso gerente.

-Não vou demorar, prometo. –Sasuke falou. –Eu só... Quero poupar os pais dela de ter que vir aqui esvaziar o armário dela. Sabe, eles fizeram isso no colégio e não foi nada bonito.

O atendente mordeu o lábio inferior e olhou para os lados. Ele estava sozinho no balcão. O garoto respirou fundo e assentiu. Sasuke o seguiu até uma porta que havia na parede atrás do balcão. Lá dava acesso à cozinha e depois eles atravessaram outra porta.

Esta os levou a um cubículo com alguns armários, semelhantes aos do colégio, mas estes eram cinzentos.

-Seja rápido. –o atendente disse e apontou para um dos armários.

Sasuke assentiu e caminhou até ele, colocando a combinação do cadeado. Não havia nada além de um álbum de fotos. Sasuke o abriu rapidamente e viu outro envelope ali. Pegou o álbum e agradeceu ao recepcionista.

Pediu um café quando voltaram ao estabelecimento e ocupou uma das mesas. Abriu o álbum, mas não prestou atenção nas fotos e sim no envelope no qual abriu depois que seu café foi entregue. Respirou fundo e começou a ler a carta.

 

Konoha, Cinco de Fevereiro de 2017.

Se passaram exatos dois meses e eu realmente não sabia se meu pai tinha chance de voltar a ser o que era. Ele bebia o dia inteiro e quando eu chegava em casa do trabalho, ele simplesmente estava apagado em algum lugar da casa.

Mas um dia isso mudou. Ele fez a barba, coisa que não fazia há meses e parou de beber. Como num passe de mágica. Ele me pediu desculpas pelas vezes que me agrediu quando estava bêbado e prometeu que tais coisas nunca aconteceriam novamente.

Eu fiquei confusa até que finalmente ele trouxe o “motivo” de sua mudança para casa. Era uma mulher. Ela era muito bonita; Tinha os cabelos dourados e ondulados que iam até as costas e seus olhos eram castanhos claros.

Ela passou a morar conosco, mas tinha um bônus. Ela já fora casada antes e tinha um filho mais velho do que eu. Ele estava na faculdade, eu acho. Ele também era bonito e se parecia muito com ela.  Nós dois tínhamos os mesmos gostos e nos dávamos super bem.

Papai estava feliz com sua nova mulher e eu finalmente pude sentir que seria feliz de novo, porque de certa forma, ele lembrava Sasori. Você se lembra daquele ditado super pessimista? Aquele que diz que a felicidade dura pouco, então, ele se aplica bem no meu caso.

Um dia eu estava tomando banho e como eu estava sozinha em casa, eu não tranquei a porta com chave. Passei cerca de quinze minutos debaixo do chuveiro e quando meu me virei para pegar a toalha para me secar, vi meu meio irmão parado na porta, agora aberta. Ele estava com os botões da calça desabotoados e pareceu nervoso quando o encarei.

Ele disse que chegou em casa e queria usar o banheiro e que não tinha percebido que tinha alguém no banheiro. Se desculpou e saiu, fechando a porta. Talvez tivesse sido só um acidente. Será mesmo?

Tranquei a porta do quarto quando sai do banheiro e me vesti. Ele agiu normal, como se aquela situação embaraçosa não tivesse acontecido. Meu pai havia conseguido um novo emprego, no entanto trabalhava até tarde e minha madrasta era médica e havia dias que ela pegava plantões.

E um dia coincidiu dela pegar um plantão e por acaso meu pai ligou dizendo que estava enrolado com umas papeladas do trabalho e que provavelmente chegaria bem mais tarde. Quando cheguei do trabalho preparei algo para jantar e depois fui para o meu quarto fazer as lições de casa e assistir alguma série ou filme.

Eram em torno de umas nove horas da noite quando a porta do meu quarto foi aberta e meu meio irmão entrou e perguntou se podia assistir ao filme comigo e eu permiti. Até a metade do filme foi tudo tranquilo até que senti uma das mãos dele em minha coxa, mas até ai, eu não disse nada.

Eu comecei a ficar realmente com medo quando sua mão avançou da minha coxa e passou debaixo da minha saia. E foi ai que eu o empurrei e me levantei e perguntei histérica o que diabos ele estava fazendo.

Ele se levantou também e me segurou pelos ombros. Disse que não estava fazendo nada demais e que eu ia gostar; E então ele me jogou na cama e ficou por cima de mim, prendendo minhas pernas com seus próprios joelhos e prendeu ambas as minhas mãos acima da minha cabeça.

Com sua mão livre ele começou a acariciar o meu corpo e eu tentei de tudo para fazê-lo parar, mas ele era maior e mais forte do que eu. Rapidamente ele saiu de cima de mim e me deitou de bruços como se eu fosse uma boneca.

Arrancou minha calcinha e retirou a própria roupa. Disse que se eu fosse boazinha e ficasse quieta, ele faria as coisas com mais “carinho”. Ele separou as minhas pernas e me invadiu de uma só vez.

Aquilo doeu muito, pois eu ainda era virgem. Eu estava chorando, mas ele sequer se importava e naquele momento, eu parei de reagir, pois estava tão enojada comigo mesma e foi como se eu saísse de órbita. Fechei os olhos e me imaginei em qualquer lugar, menos ali.

Imaginei-me visitando o Stonehenge, a Torre Eiffel, A Estátua da Liberdade, O Palácio Imperial do Japão e muitos outros lugares. Depois que ele se deu por “satisfeito”, foi embora, mas antes disse que se eu contasse para alguém ele me mataria.

Eu fiquei parada naquela mesma posição por horas e quando finalmente me levantei, vi que o colchão estava sujo de sangue. A inocência que me foi roubada.

 

Quando terminou de ler aquela carta, Sasuke estava nauseado. Não entendia como ela conseguia manter o sorriso no rosto depois de ter sido abusada. Cada carta que lia, sentia seu coração se dividir em imaginárias rachaduras e que a qualquer momento seu coração podia se quebrar por completo.

No final da folha, havia um pincel e o que parecia ser um tubo de tinta desenhado com uma tinta verde. O mesmo tom de verde que Sakura usara no quadro que ainda estava exposto na sala de artes.

Terminou de tomar seu café e deixou algumas notas em cima da mesa. Enfiou o álbum e a carta dentro da mochila e saiu do café. Provavelmente não chegaria em casa tão cedo.

A escola ficava a mais de cinco quarteirões dali. Seus pés estavam começando a doer, mas ele não se importava. Enquanto caminhava, tentou lembrar-se da voz dela, mas nunca conseguia escutar a voz da garota em sua mente de forma nítida. Um flash rápido passou em sua cabeça da noite em que ela se matou e das últimas palavras que ela lhe disse.

No caminho, passou em frente à biblioteca da cidade e lembrou-se automaticamente de ter ido ali com Sakura há alguns meses. Foi lá também onde aconteceu o primeiro beijo.

 

-O que temos aqui sobre a Revolução Russa?-Sakura disse enquanto ficava nas pontas dos pés para ver os livros das prateleiras de cima. –Ah meu Deus. Asuma vai nos matar.

Sakura esticou o braço para tentar pegar um dos livros, mas ela era baixinha. Sasuke riu da situação e se aproximou para pegar o livro, mas Sakura pareceu tropeçar nos próprios pés e teria caído se ele não a tivesse segurado pelos braços.

Sakura sorriu de canto e corou. Sasuke simplesmente a achava linda, principalmente quando estava com as bochechas avermelhadas. Inclinou-se sobre ela e uma das mãos que segurava o braço da garota deslizou até a bochecha da mesma.

Sakura não recuou e se deixou levar. O beijo começou lento, para logo depois ficar mais quente e envolvente. Não se desgrudariam caso a bibliotecária não os tivesse flagrado.

Aquele foi o primeiro de muitos beijos.

 

 


Notas Finais


Veja o Trailer da fanfic: https://youtu.be/19H68nHb0MQ


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