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História Letters To Camila - Segunda Temporada - Lets Start


Escrita por: itscamren-yo

Notas do Autor


Eu voltei hehehe
Então, espero que vocês gostem desse capítulo e que mais coisas sejam esclarecidas nele!
Sugiro as músicas: We Know das meninas, Beautiful Goodbye do Maroon 5 e por ultimo Say Ok da Vanessa Hudgens.
Boa leitura:

Capítulo 12 - Lets Start


Fanfic / Fanfiction Letters To Camila - Segunda Temporada - Lets Start

Abro a porta do estúdio de dança e sorrio sem graça quando vejo a enorme quantidade de pessoas que me esperavam para tirar uma foto, tento esconder o maço de cigarro que eu tinha na mão porém lembro que minha bolsa havia ficado com Keyci e não havia nenhum lugar que eu pudesse guarda-lo.

- Me desculpe, eu estou suada, estava ensaiando... – Ajeito melhor a touca que estava na minha cabeça e sorrio para a foto com a fã.

Comecei a tirar as fotos e assinar algumas coisas, foi então que por conta de ter muita gente na minha volta comecei a me sentir um pouco sufocada, eles me puxavam pelo pulso e tentavam relar em mim de alguma fora, senti o maço de cigarro ser puxado da minha mão e então a voz grossa de Big Rob soar.

- Pessoal vocês vão machuca-la, tenham paciência, todo mundo pode ter a sua vez. – Sorrio me agarrando no braço do meu segurança – Isso, agora se afastem um pouco... – Assim fizeram.

- Eu não posso ficar muito tempo aqui, me desculpem. – Começo a tirar foto com eles, dessa forma bem mais organizada.

Com a interrupção de Big Rob foi possível eu tirar todas as fotos que quiseram e até mesmo assinar algumas coisas, até conversei um pouco com eles, porém logo Keyci apareceu pedindo para que eu voltasse já que iriamos revisar a coreografia mais uma vez. Me despedi deles e todos começaram a reclamar, ri baixinho e olhei rapidamente na mão de cada um, vendo meu maço de cigarro na mão de um dos meninos, porém não me atrevi a pedir de volta.

- O que você foi fazer lá fora? – Keyci questiona.

- Eu ia fumar, mas não deu muito certo, porque ninguém me avisou que eles estariam lá?

- Não eram para eles estarem! – Big Rob fala sério – Foi falha dos outros seguranças, vou conversar com eles agora mesmo... – Concordo com a cabeça e entro na sala.

Enquanto eu gravava algumas músicas eu dei a confirmação das músicas que definitivamente seriam cantadas nos shows, Normani estudou as letras de cada música por muito tempo e montou uma coreografia que tivesse mais dentro da batida e de uma certa forma contasse uma história. Quatro dos dezesseis bailarinos já haviam feito ginastica artística, então Mani aproveitou disso para colocar acrobacias legais durante as músicas mais agitadas.

- Laur eu estava pensando se nós poderíamos usar alguns acessórios durante as músicas...

- Nós podemos almoçar com Ally daqui a pouco e então discutimos isso! – Mani concorda com a cabeça – Vamos repassar mais uma vez e então vocês estão dispensados, ok? – Todo mundo concorda com a cabeça – Keyci ligue para Ally e fala para ela me esperar em casa, também ligue para Lea e diga para ela preparar meu prato favorito! – Já pega o telefone e Normani liga o som.

Todo mundo ficou em suas posições e começamos a dançar, eu tinha um microfone desligado na mão apenas para ter uma noção do que eu faria. Normani ia gritando com os que erravam os passos e algumas coordenadas para ninguém se perder, o que era mais fácil acontecer comigo do que com eles já que todo mundo aprendia muito rápido.

Por conta de serem muitas pessoas e o palco ser enorme não adiantava quase nada treinar em um cômodo pequeno, por isso na próxima semana uma cópia bem mais simples e menor estaria reproduzida em uma sala enorme cheia de espelhos para que nós pudéssemos ter uma noção ainda melhor do palco e nos acostumarmos com ele.

O ensaio acabou e eu sai da sala depois que me despedi de todos os bailarinos, que agora estavam se tornando mais íntimos a cada instante, o que facilitava tudo, havia me identificado com todos e me sentia muito à vontade com todos eles, eram ótimas pessoas. Normani foi embora comigo e eu não demorei para chegar em casa, como não havia um tumulto na frente do prédio apenas estacionei lá na e nós ficamos na frente do portão, que logo foi aberto pelo porteiro.

- Sra. Jauregui? – Encaro o porteiro que tinha um sorriso gentil – Um entregador apareceu aqui essa manhã e pediu para que eu lhe entregasse isso. – Vai atrás de sua bancada e sobe com um lindo vaso de vidro com uma grande quantidade de rosas brancas, as minhas favoritas.

- Ah... – Normani me olha surpresa – Ele disse quem havia me mandado?

- Não senhora, mas você pode ver que tem um envelope no meio das rosas. – Sorri gentil me estendendo o vaso, entrego minha bolsa para Normani e pego o vaso.

- Muito obrigada... – Sorrio e ando até o elevador, que estava naquele andar.

- Hummmmmm quem te mandou suas flores favoritas? – Normani pergunta assim que a porta do elevador se fecha, do de ombros – Não pode ser um de seus fãs porque seu endereço nunca foi divulgado.

- Não sei... – Sinto uma ansiedade para ler o que estava dentro do envelope.

Assim que a porta do elevador se abre andamos em direção a porta e eu abro a mesma, escuto risadas altas vindo da cozinha, Mani anda em direção ao sofá e solta nossas bolsas lá, indo para a cozinha aonde pude ver Ally e Lea conversando animadamente. Coloco o vaso em cima da mesa e pego o envelope, o abrindo e vendo um pequeno cartão e uma folha maior, primeiro pego o cartão.

“Lauren,

Mandei as rosas como forma de agradecimento pela sua ajuda, nunca vão existir gestos os suficientes para mostrar o tamanho da minha gratidão pela sua ação.

Camila.”

Não consigo deixar de conter um leve sorriso, havia sido gentil da parte dela mandar as flores. Me aproximo e sinto o cheiro maravilhoso que elas emanavam. As rosas estavam em perfeito estado, você poderia olha-las por um longo tempo e não acharia uma imperfeição sequer em qualquer uma daquelas pétalas extremamente brancas.

- Rosas brancas? – Olho para o lado e encaro Lea, que tinha um sorriso dócil – Sabe o que elas significam?

- Uma vez me contaram, mas eu não me recordo nesse momento... – Confesso.

- Representam a pureza e a inocência, podem ser associadas a grandes uniões e novos começos. – Arfo um pouco desconcertada – Essa rosa também é símbolo de honra, respeito, esperança, lembrança e espiritualidade... na minha opinião a rosa branca é a rosa mais linda de todas. – Sorri gentil – Acho que não vamos precisar colocar em um novo vaso, esse é um lindo, tem preferência do local aonde o vaso vai ficar?

- Deixe no centro dessa mesa, eu sempre passo por aqui e gostaria de vê-las sempre! – Concorda com a cabeça – Vou tomar um banho e já desço para almoçar.

Podia sentir o olhar de Lea queimar em minhas costas, quando olhei sob os ombros pude ver um pequeno sorriso brincando em seus lábios, apenas sorri de volta e continuei subindo as escadas apertando o envelope em minha mão, não iria ler naquele momento, queria fazer isso com calma e analisar melhor antes de envolver mais pessoas para o projeto. Abri a porta do meu quarto e logo tratei de colocar o envelope em cima da minha cama já que eu sabia que mais ninguém iria entrar no meu quarto e que caso Lea entrasse jamais iria invadir a minha privacidade mexendo no envelope.

Durante todo o banho fiquei pensando se eu deveria ou não me encontrar com Camila para discutir melhor sobre o projeto, porém eu sentia que não iria conseguir fazer isso, por isso achei melhor que nós nos comunicássemos por outras pessoas ou por cartas, seria muito melhor para mim.

Coloquei uma roupa bem fresca e casual, não me importei de descer as escadas com os cabelos ainda úmidos e com o rosto livre de qualquer maquiagem. Minhas amigas estavam sentadas a mesa, me esperavam para que nós finalmente pudéssemos almoçar e consequentemente discutir as novas sugestões e ideias para a tour.

- Semana que vem vamos ensaiar em um lugar muito maior e com uma réplica mais pobre da estrutura do palco que você projetou! – Exclamo animada e Ally sorri enquanto se servia – Allycat eu tive algumas ideias e queria saber se você pode tentar inclui-las... – Falo timidamente.

- Claro que sim. – Ri como se eu tivesse louca – A turnê é sua, porque eu não deixaria você dar sugestões?! – Sorrio sem graça, concordando com a cabeça.

Durante toda a minha carreira sempre tive pessoas que cuidassem de todos os detalhes para mim, nos dois primeiros anos minha mãe foi responsável em me guiar nesse meio, logo depois Keyci ficou completamente responsável pela minha agenda e pequenos detalhes, Candece cuidava das orientações de melhores opções –sempre junto do meu advogado- e havia a minha contadora, que cuidava de todas as minhas finanças, todos sempre foram de total confiança e uma capacidade maravilhosa, nunca questionável. Haviam pessoas, que graças a minha gravadora, tinham um controle em minha vida que eu nem ao menos sabia da existência, eu fui uma bonequinha por muito tempo. Como eu não tinha acesso a essas coisas a minha opinião não valia quase nada, eu não podia opinar e muito menos mostrar o que eu realmente queria que acontecesse, porém após ser bem sincera e saber dos meus direitos eu reivindiquei muito no último contrato e é claro que tive a aprovação de uma pessoa muito importante: Simon.

Tanto para esse álbum e essa turnê eu havia exigido que eu tivesse toda e qualquer liberdade do que eu quisesse colocar, meu advogado me informou que no contrato haviam várias brechas, mas que nós poderíamos burlar sem maiores problemas. Por isso havia contratado todos que eu queria ao meu redor, por isso estava fazendo tudo do meu jeito, foi a forma que eu encontrei de voltar a ser quem eu sempre fui e nunca pude mostrar em frente às câmeras.

Minhas amigas ficaram muito interessadas nas ideias que eu tinha e pediram para que eu começasse a contar logo, então foi o que eu fiz.

Uma das minhas exigências é que houvessem vários tipos de telões e luzes de led espalhados por toda a estrutura do palco, queria que durante algumas músicas fotos, que seriam enviadas por fãs, passassem por todos os lados e eles se sentissem literalmente no show. Aproveitando dos telões eu também queria que fotos pessoais em uma música como Over, passassem para que todos conhecessem como é minha vida com os amigos e consequentemente se sentissem mais íntimos, aproveitei essa ideia e sugerir recriar no palco um momento que nós sempre fazíamos, tipo todos em volta de uma fogueira falsa cantando acusticamente. Em Reflection sugeri que os dançarinos estivessem espelhos consigo na coreografia, mas aqueles espelhos grandes que tem roda na parte de baixo para que pudessem ser movimentados durante a coreografia, principalmente no refrão. Implorei para que houvessem três formas diferentes de eu entrar no palco, para que cada dia as pessoas ficassem em uma expectativa para saber o que ia acontecer, assim como pedi que cada show acabasse de uma forma incrível, porém isso ficaria sobre a responsabilidade de Ally para que ela decidisse.

Minhas ideias não demoraram para serem incrementada pelas minhas melhores amigas, que ficaram completamente ansiosas em colocar em prática o que eu havia sugerido a alguns instantes atrás. Elas haviam entendido que eu queria tudo novo e muito diferente de qualquer coisa que eu já havia feito, definitivamente elas não hesitariam em me ajudar nessa tarefa.

- Nós também podemos colocar duas câmeras presas no suporte de cima e uma que fique passeando pelo público, assim podemos filmar a plateia e mostrar as reações em algum telão!

- Isso definitivamente vai ajudar Lucy, ela vai ter filmagem dos públicos para o filme! – Concordo com a ideia.

- Você vai poder se comunicar melhor com eles também... – Normani comenta e eu sorrio concordando com a cabeça.

- Vai ter um painel junto com as aparelhagens de som, alguém ficará comparando o que aparecerá nos telões! – Ally anota em um bloquinho que sempre andava com ela.

- Ally eu preciso que você arrume dois trampolins para mim! – Encaramos Normani – Podemos colocar na parte de cima do palco para acontecer as acrobacias e você não pode se esquecer da proteção no chão para que seja mais difícil alguém escorregar.

- Já anotei! – Exclama enquanto enfiava batata frita na boca – Laur você vai querer o piano na parte de cima ou na parte de baixo?

- Piano? – Questiono confusa – Vou poder tocar piano? – Pergunto animada – Nunca colocaram um piano no palco para mim... – Ela me encara com um sorriso dócil e eu penso um momento – Gostaria dele na parte de cima, entre as escadas e junto com a banda.

Ficamos discutindo pequenos detalhes que quanto antes fossem resolvidos mais fáceis seriam de apresentar para todos e então começar a pôr em prática para que quando a turnê começasse tudo estivesse perfeito.

Após a sobremesa fiquei conversando com as meninas por mais um tempo, porém Mani pediu se eu podia a levar para a sua casa já que mais tarde ela teria que se encontrar com os dançarinos novamente e apresentar as novas ideias, Normani e os outros dançarinos também iam receber instruções de Big Rob para caso alguém tentasse invadir o palco e pequenos detalhes como as coisas que sempre são jogadas no palco e de uma forma discreta devem ser retiradas para que ninguém tropece e se machuque, como já aconteceram várias vezes.

Troquei de roupa e só então levei Mani em sua casa e olhei o relógio, me assustando com a hora, iria me atrasar se eu não fosse agora para o lugar marcado. Assim fiz, sem maiores problemas dirigi para o restaurante que ficava perto do Central Park, não demorando muito para chegar lá. Desci do carro após estaciona-lo por perto, atravessei a rua e tirei os óculos de sol, entrei na cafeteria, olhando para todos os lados até que finalmente localizei quem eu queria achar.

Com passos firmes andei até uma mesa no fundo da cafeteria, ajeitei a minha touca e então parei ao lado da mesa, após alguns minutos sua atenção saiu de seu iPhone e subiu para a minha pessoa.

Veronica continuava com o mesmo cabelo enorme castanho extremamente liso, sua pele não estava tão bronzeada quanto costumava a ser, a camisa social branca tinha um botão a mais desabotoado do que o necessário, sua calça social preta era um pouco justa e seus saltos altos pretos e finos davam um ar de pessoa fina para ela.

- Achei que não viria mais. – Se levanta e aperta a minha mão, sem esboçar qualquer reação.

- Eu tive que levar Mani para a casa dela, me desculpe, não costumo me atrasar. – Sento na sua frente e percebo seu olhar ficar cravado em mim – Poderemos conversar sem grandes problemas aqui, as pessoas sempre vem discutir negócios e já vi conhecidos por aqui, por isso não quis ir para o seu hotel... – Concorda com a cabeça.

- Lucy já me adiantou o que você quer fazer, anotei algumas ideias e fiz até alguns rascunhos para facilitar na sua escolha. – Abre sua maleta e retira algumas pastas – Em cada pequena pasta dessa tem algumas sugestões e uma imagem do que pode vir ser a campanha de divulgação, não sei exatamente o que você está procurando...

- Quero algo moderno e que chame atenção, porém nada muito escandaloso, entende?

Havia entrado em contato com Vero para que ela bolasse algo totalmente diferente que chamasse a atenção das pessoas e que fosse impactante, queria que o público se sentisse interessado pelo meu trabalho e até mesmo curioso para saber o que eu havia feito, queria que todos soubessem que é assim que eu penso e que esse tipo de música que vai ser lançada é a música que expressa quem eu sou e o que eu quero que as pessoas saibam sobre mim, quero que todos vejam que eu posso produzir algo que não seja algo comprado e cantado apenas para agradar muitas pessoas, mas algo pessoal e que todos se identifiquem e se divirtam ouvindo.

- Então você vai gostar do número seis, tem um bordão bem legal! – Sugere e eu abro o mesmo – Não sei se você está disposta, mas podemos até mesmo bolar pequenos clipes para divulgar a turnê e outra para o álbum, podemos envolver Lucy nisso! – Concordo com a cabeça – Para a divulgação do álbum eu pensei em seus fãs conseguirem “abrir” os tracks do CD de alguma forma que eles sejam obrigados a divulgar, usando alguma palavra chave em uma grande rede social ou coisas do tipo. – Sorrio animada – E para a turnê eu pensei em promoções...

- Algo que envolva eu conhecendo fãs ou passar um tempo com eles? – Pergunto animada.

- Eu não havia pensado nisso, mas pode ser, isso vai ser ainda melhor. Podemos reverter essa promoção para algo grande, tipo os cinco fãs que acharem a melhor forma de divulgar o seu álbum/turnê ganham um dia com você, o que acha?

- Claro! – Sorrio animada e ela concorda com a cabeça anotando algumas coisas.

Veronica parecia muito focada e eu podia perceber que ela fugia de mim toda vez que eu tentava tocar em algum assunto que não fosse profissional. Porém como parte do trabalho ela foi obrigada a fazer algumas perguntas preferenciais para que tudo ficasse mais a minha cara e me agradasse. Por mais que a minha opinião contasse muito ela teria que agradar o pessoal que cuidava da minha imagem na Syco, o que não seria difícil, afinal Vero conseguia levar todo mundo em seu papo.

Após acertamos tudo acabei explicando que eu queria acompanhar cada passo de tudo e que caso ela precisasse de algo era apenas me ligar, também informei que ela teria que apresentar tudo para um time da Syco, ela apenas concordou com a cabeça e disse que tudo ficaria pronto em menos de uma semana.

- Quer comer alguma coisa? – Questiono e ela encara a vitrine de bolinhos – Tem um bolinho aqui com um chocolate Belga, é o melhor bolinho que eu já comi em toda a minha vida e olha que eu não sou fã de chocolate! – Ela concorda com a cabeça depois de um tempo.

- Você poderia trazer um chocolate quente em um copo para a viagem, um bolinho de chocolate Belga e aquele doce de morango, o de morango para viagem! – A garçonete concorda com a cabeça e então me encara.

- Hey Laur, vai querer o que? – Sorrio para Jessie.

- Acho que apenas água hoje! – Anota e se afasta da mesa – Como andam seus pais? Faz tempo que eu não os vejo...

- Você não vê ninguém a muito tempo. – É direta e eu trago saliva – Não via suas amigas a tempos e de repente surgiu ajudando todo mundo, reconquistando todo mundo e eu sabia que eu seria a próxima... – Mordo o interior da minha boca nervosamente – Lucy me contou que você não fez nada daquilo que nós duas achamos que você havia feito, porém isso não muda o fato de você ter esnobado todo mundo por tempos e esquecido da nossa existência!

Sorrio de canto, não deixaria aquelas palavras me atingirem.

- Eu sei o que eu fiz, Veronica e eu realmente me arrependo. – Mantenho o tom baixo – Não posso mudar o que eu fiz no passado, mas posso muito bem mudar o presente e o futuro, eu quero me redimir com todos antes que seja tarde demais para isso! – Olho no fundo de seus olhos, queria que ela visse o quanto eu me arrependia e o quanto todas as palavras que eu dizia eram sinceras – Nada justifica, mas não posso me culpar para sempre de ter feito algo que me arrependo amargamente hoje em dia, reconheci o meu erro, o que você quer mais que eu faça?

- Não sei, me diga você! – Suspira dando um sorriso de canto – Você acha que tudo vai voltar a ser como antes? Que nós vamos sentar em volta de uma fogueira, cantar músicas até as quatro da manhã, depois vocês vão todas dormir em casa e você vai acordar com Mani babando em sua coxa e Ally dormindo toda torta em uma poltrona?! – Ri sem humor – Nós não somos mais adolescentes, somos duas estranhas, Lauren.

- Exatamente, Veronica, nós somos mulheres formadas e muito adultas que podem resolver problemas e antigas bobagens com maturidade. – Percebo que ela vacila por um instante - Me desculpo por qualquer mal-entendido e se desmereci sua amizade em qualquer momento, vocês não reconheciam aquela Lauren e eu muito menos. – Sorrio em agradecimento quando Jessie coloca nossos pedidos em cima da mesa – Mas devo lhe informar que quem está sentada aqui na sua frente tem os mesmos pensamentos da garota de seis anos atrás que deixou sua família e amigos para trás em Miami para seguir seus sonhos.

Retiro o dinheiro da parte de trás da calça jeans e deixo em cima da mesa, pedindo licença para me levantar, do um sorriso educado enquanto pegava a minha garrafinha de água e começo a andar para sair de lá.

- Lauren? – Me viro, encarando Veronica – E se eu dissesse que te desculpasse seria árvores, bolhas de sabão, algodão doce e unicórnios? – Rio negando com a cabeça.

- No mundo da Ally, com certeza... porém no meu, nós voltaríamos aos poucos, para você se acostumar, porque como você mesma disse: Somos estranhas! – Pisco para ela – Você sabe como me encontrar. Foi um prazer estar com você, Capitã Vero. – Me viro e ando em direção da porta com a garrafinha de água em mãos.

Poderia se passar anos, a saudades da melhor amiga mais insuportável sempre estaria presente.

(...)

Cheguei em casa e Ally estava deitada no sofá perto da cozinha com o computador aberto, minha amiga digitava as coisas freneticamente e parecia bem ocupada para que eu a interrompesse ou acabasse com a sua linha de raciocínio, então apenas subi as escadas e andei em direção ao meu quarto.

A carta estava do jeito que eu havia deixado, me jogo em minha cama e pego o envelope, o abrindo e lendo o cartão das flores mais uma vez, suspiro um pouco tensa e coço a testa, puxando um papel cuidadosamente dobrado e escrito com uma caligrafia impecável, ansiosa para saber o que estava escrito ali meu olhar sobe para o topo da carta.

 “Lauren,

Nunca foi uma novidade que Dinah nunca foi uma das pessoas mais organizadas do mundo, mas eu tenho ido muito para lá, isso influencia um pouco já que eu não sei organizar a minha própria bagunça e pela primeira vez fico feliz que alguém tenha reparado na nossa bagunça e se interessado por ela.

Tudo começou quando eu decidi procurar um trabalho assim que terminei a faculdade, vim para New York com uma carta de um professor que me recomendava para um diretor de um dos melhores hospitais daqui, então esse presidente do hospital me propôs uma experiência única de vida que eu achei irrecusável, mas que a princípio me chocou e me deixou um pouco assustada.

Recebi a proposta de fazer minha residência –somos colocados a prova para ver se o básico que aprendemos na faculdade vai ser executado com perfeição- na Ásia, tudo por conta da carta de recomendação e uma entrevista, ele me mandou para um psicólogo que averiguou que eu estava em perfeito estado para trabalhar naquela região e ter um certo choque de realidade, eu faria a residência lá com a promessa de que a minha especialização seria adiantada. Receberia uma boa quantia que daria para mandar para Sofia e iria aprender muito, afinal iria aprender a ser uma ótima profissional com pouco, não pude recusar.

Quando cheguei lá foi um grande choque de realidade, diferente de tudo que eu já havia presenciado, confesso que chegava a ser pior que ver crianças presas na UTI por conta do câncer. Aquelas pessoas não têm absolutamente nada, é uma pobreza que traumatiza qualquer um. Você não dá conta de atender todos e tem que fazer tudo rapidamente por conta do estado debilitado que chegam por conta da desidratação e imunidade muito baixa por eles não terem o que comer.

Comecei a mandar 1/3 do meu pouco salário para Miami, enquanto os outros 2/3 ficavam para mim lá e eu comprava a maior quantidade de mantimentos, quando não estava fazendo plantão saia pelas ruas e era obrigada a escolher quem eu iria alimentar e hidratar gratuitamente, já que não havia alimento e muito menos água para todos. Deixei de comer o que as pessoas do hospital me serviam para alimentar crianças que vinham visitar parentes no hospital improvisado.

Tive que voltar por conta de problemas familiares, minha avó anda muito doente e Sofia começou a me questionar coisas de nossos pais, são perguntas que eu não sei como responder sem contar absolutamente tudo e acho que ela ainda não tem maturidade o suficiente para aguentar a verdade e muito menos lidar com isso caso algo aconteça com a minha avó, por isso andamos brigando muito e o clima anda tenso entre nós, mas nada que eu não consiga resolver com o tempo.

Mesmo tendo muitos problemas aqui jamais me permiti esquecer essa experiência de vida, quando recebi o seu cheque confesso que chorei a noite toda, você não tem noção de quantas pessoas vai ajudar com aquela quantidade de dinheiro e eu não brinco quando digo que jamais conseguirei colocar em palavras e gestos o tamanho da minha gratidão. Espero que as flores sejam um bom começo.

Não há muito que eu possa te contar sobre o projeto já que ele é apenas isso, outros médicos que já vivenciaram a mesma experiência e eu estamos juntando dinheiro para enviar a médicos e futuros médicos que fazem a diferença lá para melhorarem o ambiente que aquelas pessoas vivem e definitivamente melhorar a qualidade de vida de todas aquelas pessoas. Sei que existem muitas cidades assim, o que me aborrece, mas fico feliz que eu posso ajudar ao menos uma boa quantidade delas.

Espero sinceramente que você pense com cuidado e carinho, caso você queira ajudar já sabe o que fazer –afinal Dinah tem muitos panfletos explicativos-, toda ajuda é bem-vinda.

Obrigada por tudo, Camila Cabello.”

Encarava a carta com a boca aberta e totalmente sem fala, estava completamente sem reação e não sabia se haveriam palavras para uma resposta. Porém eu sabia o que fazer.

- Candece? – Falo assim que ela atende o telefone – Eu preciso da sua ajuda para expor um projeto, o mais rápido possível.


Notas Finais


Vero de volta. Camila e Lauren trocando cartas. Sofia e Marie com problemas.
Me diga o que você achou do capítulo ai embaixo ou no meu twitter (@switch5Hearts) você também pode me mandar perguntas no ask.fm/SushiDaMegan lembrando que a fic também é de vocês, uma das falas que eu usei aqui foi inspirada em um comentário de uma leitora, por isso é legal vocês comentarem, me ajudam mais do que imaginam!!!!!!
Obrigada por tudo <3
Natália xX(:


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