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História Letters To Camila - Segunda Temporada - Good For You


Escrita por: itscamren-yo

Notas do Autor


Hey pessoal
Eu fiquei muito muito muito muito muito feliz com toda a repercussão que o último capítulo teve, então eu escrevi esse o mais rápido que eu consegui e ele ficou do jeitinho que eu queria, espero que vocês gostem dele!!!
Para hoje eu sugiro: Adore You da Miley Cyrus; Good For You da Selena Gomez até a parte que elas chegarem no closet; Fallin da Alicia Keys, Is This Love da Corinne Bailey Rae, Hate To See Your Heart Break do Paramore e por último Free Fallin do John Mayer.

Capítulo 32 - Good For You


Fanfic / Fanfiction Letters To Camila - Segunda Temporada - Good For You

Meus olhos estavam pesados, de certa forma, por mais que eu quisesse eu não conseguia abri-los, estava exausta.

Depois do nosso jantar em cima do palco onde o telão do cinema ficava, nós optamos por comer a sobremesa na minha casa e continuar nossa conversa divertida na minha sacada enquanto apreciávamos a linda vista e a excelente companhia. Acontece que uma coisa levou a outra e Camila e eu acabamos por deixar peças e mais peças de roupas pelo caminho até finalmente chegarmos em meu quarto e consumarmos o nosso amor naquela noite, mais de uma vez.

Respiro fundo e o perfume maravilhoso de Camila toma conta de tudo, era uma mistura do seu cheiro adocicado com o meu. Não havia nada melhor do que nossos perfumes misturados com o cheiro de sexo, muito menos nossos corpos entrelaçados um no outro após uma noite intensa envolvendo muito amor.

Meus pés estavam descobertos, entretanto o lençol macio de seda cobria meu corpo, assim como a perna direita de Camila estava sobre as minhas e seu braço direito me prendia em um abraço gostoso. Abro meus olhos e vejo Camz completamente enroscada em mim, mesmo com a enorme quantidade de travesseiros atrás de nós ela havia optado por dormir em cima do meu braço, para que nós ficássemos bem perto uma da outra.

Suspirei ao analisar seu perfil, Camila era tão linda.

Seus lábios carnudos e rosados estavam fechados, entretanto curvados em um pequeno sorriso. Seus cílios longos davam um ar gracioso ao seu rosto, sua sobrancelha bem desenhada só auxiliava nisso. Seus lindos longos cabelos castanhos estavam espalhados, fazendo cosquinha em meu pulso, acredito que por conta de seu cabelo ainda ser tão comprido como é conseguia fazer com que ela parecesse ainda mais jovem. As maçãs do seu rosto finas e delicadas mais o seu maxilar perfeito faziam aquele ar de mulher refinada sobressair todas as outras características.

Acordar quando você sente vontade já é maravilhoso, mas acordar com alguém que você tanto ama em seus braços é uma sensação indescritível. Nada se compara ao aroma maravilhoso que só a pessoa tem, o calor único do encontro de suas peles e o prazer pessoal em descobrir que você pode passar a noite ao lado de alguém que significa tanto para você.

Foder, transar, fazer sexo é maravilhoso. Mas foder, transar ou fazer sexo com alguém que você ama é muito melhor.

Roço meu nariz no topo de sua cabeça e beijo a mesma, sentindo o cheiro de morango que seus cabelos cheirosos emanavam, me viro de lado e acaricio seu maxilar delicado, beijando seu queixo com todo o cuidado do mundo para que ela não acordasse. Delicadamente puxo minha perna debaixo da sua, sinto meu coração disparar quando vejo ela se mexer e então virar para o lado ao contrário, como Camz ainda estava deitada em cima do meu braço faço com que vou me aconchegar em seu corpo e delicadamente tiro meu braço debaixo. Quando me sento na cama começo a ajeitar os travesseiros a sua volta para que ela ficasse o mais confortável e sentisse menos falta do meu corpo conta o seu.

Meus pés encostam no chão de madeira frio e eu arrepio automaticamente, estava pelada e com um pouco de frio agora, com uma certa pressa ando até o banheiro e abro a porta, me fechando no mesmo. Lavo meu rosto e então pego minha escova de dentes. Enquanto escovava meus dentes observava através do reflexo do espelho as marcas que Camila havia deixado em mim na noite passada, umas piores que outras, entretanto todas em lugares estratégicos para que não aparecessem, o que eu agradeci mentalmente.

Não demorei nada para voltar para sair do banheiro. A luz do dia atravessava as cortinas brancas do meu quarto, deixando o quarto iluminado. Olho para Camila e vejo que ela já havia mudado de posição novamente, naquele momento estava de bruços, agarrada em um dos vários travesseiros. Me aproximo da cama e mordo o lábio inferior ao ver as costas de Camila livres, o lençol havia descido e cobria apenas metade da sua bunda e suas pernas. Me curvo e puxo o lençol um pouco mais para cima, rindo pelo nariz e então caminhando em direção ao meu closet.

Visto uma calcinha nova e pego uma blusa preta de algodão, saindo do closet e olhando rapidamente para Camila, após ter certeza que ela ainda dormia abro cuidadosamente a porta e saio do quarto. Arregalo os olhos ao ver nossas roupas pelo lugar, havia colocado o top cropped de Camila em um dos prêmios dos certificados da VEVO e meu vestido estava jogada na planta que ficava ao lado do meu cômodo especial dos fãs. Apressadamente começo a juntar todas as nossas peças de roupas espalhadas pelos cômodos e caminho para baixo assim que tenho certeza que não esqueci nenhuma para trás.

- Bom dia. – Lea me lança um sorriso tímido assim que entro na cozinha, sinto minhas bochechas ficarem extremamente vermelhas.

- Bom dia... – Será que Lea havia subido e visto todas as roupas?

- Eu ia subir para te acordar, mas achei melhor não fazer isso... – Sinto minhas bochechas esquentarem, com aquilo ela havia respondido minha pergunta – Preparei o café da manhã de vocês, posso pôr a mesa lá fora ou...

- Não, eu vou fazer uma bandeja, nós vamos comer no quarto. – Concorda com a cabeça, vou para pegar as coisas.

- Deixe que eu arrumo a bandeja, deixe essas roupas na lavanderia lá atrás. – Aponta para as peças em minha mão, apenas concordo com a cabeça e caminho em direção a lavanderia.

Quando volto para a cozinha Lea já estava acabando de organizar tudo. Isso nunca havia acontecido, minha governanta jamais havia presenciado uma pessoa dormindo comigo, eu sempre dormia fora nessas ocasiões e não gostava da ideia de ter pessoas desconhecidas ou que eu não me sentia totalmente à vontade dentro do meu apartamento. Então eu estava totalmente sem graça em Lea saber exatamente o que eu fiz na noite passada.

Subo as escadas com a bandeja e caminho pelo corredor, empurrando a porta com a cintura e fechando a mesma com o pé logo depois de entrar. Coloco a bandeja na cabeceira que eu tinha ao lado da cama e então caminho em direção ao closet, pegando uma blusa minha para que ela usasse, deixando a mesma ao lado da bandeja, subo na cama, observando Camila ainda de bruços.

Suas costas conseguiam ser extremamente sensuais, sua cintura era extremamente fina e sua pele macia, as vezes eu tinha medo de encostar em Camila e ela quebrar. Sua beleza, seu corpo, suas curvas e traços sempre foram delicados.

Me curvo brinco com as pontas das longas mechas de seu cabelo, aproveitando para tirar as mesmas das costas de Camila para que eu pudesse ter uma visão ainda melhor dela. Roço meu nariz em seu ombro seguindo uma linha até sua nuca, sentindo seu cheiro gostoso. Acaricio suas costas com a ponta dos meus dedos e me ajeito melhor na cama, ficando com meu rosto na frente de suas covinhas ao final das costas, beijo ambas e sinto a pele de Camila se arrepiar debaixo de mim.

Eu subia meus lábios pelas suas costas, deixando beijos em todos os lugares possíveis e até mesmo mordidas superficiais, queria acorda-la da melhor maneira possível para que nós tomássemos nosso café da manhã na cama em um clima ameno e ainda mais maravilhoso do que o último que havíamos tomado juntas. Soube que ela havia acordado quando beijei sua nuca novamente e puxei seu corpo para perto do meu, a ouvindo suspirar longamente. Sorrio contra e sua pele e aspiro melhor o cheiro de seus cabelos.

Camila consegue ser cheirosa vinte e quatro horas por dia, não importa o que ela tenha feito.

- Bom dia... – Murmura rouca, apenas pelo tom de sua voz eu sabia que estava sorrindo.

- Bom dia, linda... – Acaricio sua cintura e ela vira seu corpo, deixando seus lindos seios completamente visíveis, trago saliva e respiro fundo.

Diferente do que eu achei que faria Camila me lançou um lindo sorriso, sem vergonha alguma de estar exposta daquela forma para mim, sorri de canto e me curvei, beijando seus lábios em um delicado selinho.

- Não, amor... – Me afasta – Eu não escovei meus dentes. – Leva a mão sob a boca, se sentando apavorada e me assustando – O banheiro é para lá, certo? – Questiona e eu aponto para a porta no canto do cômodo, com um pequeno sorriso.

Camila se levanta, nada escondia o seu corpo, podia ver algumas marcas em suas coxas e cintura.

- Camz? – Ela para no batente da porta – Peguei uma blusa para você. – Jogo a mesma – E já separei uma escova de dentes, está em cima da pia. A gente toma outro banho depois, quero tomar café da manhã com você. – Sorri, concordando com a cabeça, entrando no banheiro.

Coloquei a bandeja em cima da cama e peguei uma uva sem semente, passando a mão em meu cabelo com a mão livre, antes que eu continue comendo me levanto e puxo a cortina, observando o lindo dia que fazia do lado de fora. Não sabia dizer se o dia realmente estava lindo como eu achava ou se era o meu bom humor incontrolável que tornava tudo bonito e agradável, inclusive o dia de hoje.

Saio do meu transe quando escuto a porta do banheiro abrindo, me viro e vejo Camila com uma blusa que ficava um pouco grande, mas não o suficiente para esconder tudo com uma única peça de roupa. Eu havia apenas lhe dado uma blusa, aparentemente ela não se importou muito com isso, nem mesmo se sentiu desconfortável para pedir uma segunda peça.

- Meus olhos estão aqui em cima. – Ri divertida quando percebe meu olhar na região das suas coxas, uma região que ela fazia questão de ficar tentando esconder com a barra da blusa.

Caminho até ela seus braços envolvem minha cintura, Camz enterra seu rosto em meu pescoço e beija o mesmo, me fazendo sorrir. Levo minha mão ao seu queixo e colo nossos lábios, sentindo o gosto refrescante em seus lábios, Camila puxa minha cintura e faz nossos corpos ficarem ainda mais grudados. Minha mão vai para sua nuca e meus dedos vão para seus cabelos, sugo seu lábio inferior e distribuo vários selinhos em seguida, para só depois colar de vez nossos lábios e então fazer nossas línguas se encontrarem. Meu corpo inteiro se arrepiou quando Camila sugou minha língua e suas unhas arranharam minha cintura, me fazendo ficar completamente entregue a ela.

Aos poucos diminuímos o ritmo do beijo, Camila me beijou seguidas vezes em longos selinhos, até que nós separamos nossas bocas, ambas com elas vermelhas e sorrisos nada discretos.

- Está com fome? – Questiono entrelaçando nossas mãos e a puxando para cama.

Como da última vez que tomamos café da manhã juntas sentamos na mesma posição, eu encostada nos travesseiros e ela sentada entre minhas pernas se encostando em mim, para ficar mais confortável Camila se puxou o lençol para cobrir suas pernas, afinal eu não havia dado nenhuma peça intima para ela e nem ela pedido uma para mim.

Nosso café da manhã foi maravilhoso, enquanto comíamos e bebíamos as coisas que eu havia trazido podia perceber o quão solta Camila estava, assim como eu estava muito mais leve e totalmente à vontade com a sua presença. Conversamos sobre os planos para o dia, nós duas tínhamos que trabalhar, mas combinamos de aproveitar aquelas horas da manhã, afinal nós havíamos acordado mais cedo do que o esperado.

Terminamos de tomar o café da manhã e eu coloquei a bandeja no chão, ao lado da cama, deitamos abraçadas e continuamos combinando o que poderíamos fazer essa semana, afinal minha agenda começaria a ficar apertada e seria cada vez mais difícil de nós nos vermos, o que era um verdadeiro saco. Ninguém quer ficar longe da namorada, ainda mais uma que se tornou a pouco tempo, você só quer passar a maior parte do tempo o possível com ela.

Enquanto conversávamos Camila subiu um pouco minha blusa e começou um carinho delicado na região do meu abdômen, a ponta de seus dedos faziam um toque quase superficial pela região do meu umbigo e eu estava sentindo um misto de coquinha e excitação ao tê-la fazendo isso já que seus dedos brincavam com o elástico da calcinha que eu usava, suas pernas agora completamente expostas não ajudavam em absolutamente nada.

Disfarçadamente cruzo minhas pernas e continuo prestando atenção em seus lindos lábios se movimentando enquanto ela dizia algo sobre as frutas diferenciadas que existem na Ásia.

- Foi uma troca de informações... – Olho para ela, tinha olhado tanto tempo para seus lábios que não conseguia dizer o que ela havia dito – Sabe, Lauren, quais eram minhas aulas favoritas na faculdade? – Muda completamente de assunto. Trago saliva quando percebo seu olhar furtivo sobre mim, nego com a cabeça – Eu gostava das aulas que eu sabia que poderiam vir a ser úteis no meu dia a dia.

- Como assim? – Franzo o cenho – Tudo que você aprendeu são coisas que você usa no dia a dia para atender seus pacientes.

- Sim, isso sim. Mas eu me refiro a coisas que me ajudaram a ter uma saúde melhor e até mesmo de tirar dúvidas sobre outras coisas... – Concordo com a cabeça – Uma das aulas adicionais que eu tive em Stanford com a Professora Aniston eram sobre as regiões mais sensíveis do corpo humano, tanto o masculino quanto o feminino. – Passa a língua sobre os lábios e olha no fundo dos meus olhos.

- É mesmo? – Cruzo ainda mais minhas pernas, eu conhecia aquele olhar – E o que você aprendeu nessas aulas? – Camila estala a língua e sorri.

- Tire a blusa. – Franzo o cenho – Vou te mostrar o que eu aprendi... para fazer isso nada melhor do que colar em prática. – Ri maliciosa, colando nossos lábios e brincando com a gola da minha blusa – Você vai gostar, é divertido estudar. – Morde meu lábio inferior e leva sua mão até a barra da minha blusa, a puxando para cima e a jogando no pé da cama – Deite e preste atenção, sim? – Concordo com a cabeça, fazendo exatamente o que ela pedia.

Camila sorriu largo ao me ver daquele jeito, mas ainda não ficou satisfeita, ajeitou meus braços para que eles ficassem meio esticados e então se sentou sobre o meu ventre, me fazendo arfar ao sentir seu sexo se roçar naquela região. Minha namorada passou a língua sobre seus lábios e arranhou superficialmente meu abdômen, fazendo eu respirar fundo e prender a respiração.

- Acontece que as regiões sensíveis variam muito de uma pessoa para a outra, eu posso ser sensível em um lugar que você não é e vice-versa, entretanto, nós mulheres temos pontos que são extremamente sensíveis por conta de estarem ligados a terminações nervosas. – As pontas dos seus dedos ainda percorriam meu tronco - Vamos começar com as regiões mais relaxantes... – Deita sobre meu corpo.

Diferente do que eu achei que faria seus dedos passeiam sobre a região dos olhos, tocando e acariciando em volta deles, seus toques realmente me deixaram relaxada e suspirando em um prazer que não tinha nada a ver com algo sexual. Suas caricias pararam quando nossos lábios se encontram, inesperadamente ela beija meu lábio superior e então passa para o inferior, começando a distribuir beijos pelo meu maxilar até chegar em minha orelha.

Camila tinha seu corpo todo em cima do meu e ainda assim não pesava, suas mãos arranhavam minha nuca de uma forma superficial enquanto meu lóbulo recebia mordidas e chupadas, me deixando desnorteada e excitada. Seus lábios foram trabalhar em meu pescoço, mordidas superficiais, sugadas rápidas que eu sabia que não deixariam marcas e até mesmo beijos maravilhosos que me deixaram em um estado pior do que o anterior. Levei minhas mãos até a bunda de Camila e seus beijos foram para a lateral do meu pescoço.

- Não não... – Ri, mordendo o lábio inferior, enquanto se sentava novamente sob meu ventre.

- Camz... – Resmungo.

- Deixe eu te ensinar. – Rosno frustrada e ela ri sapeca – Feche os olhos, sinta. – Segura minha mão esquerda e suas caricias agora começam meu pulso.

Depois de acariciar meus pulsos e um pouco para baixo da região dos bíceps Camila sorriu satisfeita ao me ver relaxada e sem estar querendo a continuação da noite passada. Suas caricias delicadas me deixavam arrepiadas e excitadas de uma forma diferente, estava ansiosa para ver o que ela faria em seguida. Abro os olhos e a pego me encarando, Camz suspira e sorri de canto, desviando nossos olhares e então encarando meus seios.

- Essa, como você já sabe, é uma das regiões mais sensíveis de todas.

As pontas dos seus dedos acariciaram simultaneamente as laterais do meu seio, me deixando completamente arrepiada e com os olhos vidrados em suas expressões. Quando seus dedos passaram perto da aréola eu suspirei, querendo que ela me tocasse mais e finalmente acabasse com aquela tortura.

- Perceba que a caricia que fiz nas laterais dos seus seios não causaram as mesmas reações quando eu toco mais perto do seu mamilo.

- Se você sabe disso porque não toca ele? – Questiono em um tom rude, apertando suas coxas e ela ri.

- Assim? – Camila dá um apertão em meu mamilo esquerdo e eu arfo, a apertando contra mim.

- Sim, assim. – Rosno.

Os toques de Camila eram torturantes, ela variava onde tocava, tocava com calma e precisão que só conseguiam deixar meu centro ainda mais molhado e eu em uma situação vergonhosa por estar tão excitada e tão exposta. Minha namorada se curvou e mordeu superficialmente a lateral do meu seio, sorrindo ao ver que eu olhava o que ela fazia. Seus beijos, mordidas e chupadas foram em todos os lugares, menos o lugar que eu mais queria.

Minha mão foi para a sua cabeça e eu enrolei seus cabelos em meus dedos, empurrando a cabeça de Camila contra o meu mamilo. Para me provocar Camila sugou a parte de baixo da minha aréola e não o lugar que eu havia a instruído com a mão. Puxo seu cabelo com uma certa força e ela ri em meio a um gemido, tomando meu mamilo em sua boca de uma única vez e me fazendo arfar e gemer satisfeita com o encontro da sua boca quente no lugar que eu mais desejava que ela estivesse naquele momento.

Aquelas sugadas e carícias intimas com a sua língua era algo totalmente diferente de qualquer coisa que eu já havia experimentado. Não tinha a pressa de nos tocarmos como das últimas vezes, só tinha a determinação e vontade absurda de me proporcionar prazer através dos malditos pontos sensíveis do meu corpo. Quando Camila muda de seio sua mão vai para o seio que antes ela sugava, apertando o mesmo, espalmando sua mão e o massageando de uma forma que fazia eu revirar meus olhos de prazer.

Se todos os lugares que ela fosse me tocar fossem me proporcionar tamanho prazer eu queria que ela encostasse em todas as partes possíveis do meu corpo.

Eu podia sentir minhas coxas quentes roçarem uma na outra enquanto eu me contorcia de prazer e tentava aliviar de alguma forma a as sensações que todo o meu corpo mandava para o centro do meu sexo, me deixando extremamente molhada e entorpecida com todas aquelas sensações.

Sem me conter começo a fazer Camila se movimentar sobre o meu ventre, isso enquanto ela ainda sugava meus seios com uma enorme devoção. Queria descobrir se ela estava excitada como ou mais do que eu, queria sentir o quão quente ela estava e o quanto me chupar a excitava.

Minha namorada solta meu mamilo quando eu faço seu sexo se roçar em mim, sorrio satisfeita quando escuto seu gemido baixo e estrangulado.

- E a boca? – Questiono, conseguindo sua atenção – A boca também é sensível? – Camila sorri e concorda com a cabeça, segurando minhas mãos sobre minha cabeça, ficando cara a cara comigo – Sua professora falou de bocas?

- Falou, mas não citou que existe uma boca tão gostosa e viciante como a sua.

Não tive nem tempo de responder, Camila invadiu minha boca com a sua língua quente, nossas línguas não demoraram nada para se encontrarem e iniciarem um beijo apavorado e excitante. Nós nos beijávamos como se fosse nosso último beijo e tínhamos a vontade e desejo de um primeiro beijo. Eu arranhava com as poucas unhas que tinha a coxa de Camila, apertando a carne macia de sua bunda e até mesmo a pressionando mais de uma vez sem quebrar o contato dos nossos lábios.

Explorávamos o corpo uma da outra, aproveitando textura e o local onde tocávamos, queríamos sentir tudo e o fato de nossos corpos estarem tão sensíveis só faziam com que os toques proporcionassem o dobro de boas sensações.

- Porra... – Leva a mão sobre as minhas e me impede de fazer mexe-la sobre mim mais uma vez – Se for para me movimentar em algum lugar não é esse que vai ser. – De uma forma complicada ela consegue tirar a calcinha que eu usava, retirando sua blusa logo em seguida, apertando minhas coxas dolorosamente quando coloca os olhos em minha intimidade – Lauren... – Rosna meu nome e se ajeita sobre mim.

Camila se curvou e me beijou de uma forma bruta e ainda mais gostosa do que a última vez, enquanto ela me beijava fui ajeitando seu corpo sobre o meu até que empurrei um pouco seu corpo para baixo e fiz com que nossos sexos se roçassem pela primeira vez e fizesse nós duas gemermos uma na boca da outra.

Nossos toques deixaram de ser cuidadosos e lentos. Estavam brutos e rápidos. Nós duas estávamos excitadas demais para deixar aquele momento ser delicado, já havia sido delicado demais das outras vezes.

- Você disse que queria se movimentar em outro lugar... – Separo nossos lábios – Anda Camila, quero ver você se desfazendo em prazer. – Ergo meu quadril e puxo ela para baixo, fazendo nossas intimidades se chocarem e ela gemer um pouco mais alto – E você vai roçar em mim e não vai parar até gozar, estamos entendias? – Espalmo minha mão na curva da sua bunda e coxa, escutando o barulho do contato entre minha mão e sua pele.

Vejo seu lábio inferior tremer, mas logo um sorriso safado toma conta.

- Está brava por eu ainda não ter feito você gozar, Jauregui? – Ri pelo nariz quando se movimenta pela primeira vez e eu seguro o gemido – Eu resolvo isso para você.

Então ela começou a se movimentar em uma velocidade que era um meio termo, nem muito rápida nem muito lenta, mas através desses movimentos ela conseguia fazer com que os pontos certos se roçassem e o prazer fosse ainda maior. Mas para mim aquele contado não parecia o suficiente, meu peito estava em brasa, podia sentir meu sexo ficando cada vez mais molhado facilitando tudo, apertava as coxas de Camila cada vez mais forte para que ela não visse minhas mãos tremendo com tamanho prazer que ela estava proporcionando.

Abro bem os olhos quando Camila joga o cabelo para apenas um lado e ajeita minha perna para que ficasse mais fácil para que ela roçasse em mim e o contato ficasse ainda mais intenso. Seus seios se movimentavam de acordo com os seus movimentos, me fazendo encara-los e em seguida fazer uma pressão com dois dedos em seu mamilo, escutando Camila gemer mais alto e se roçar ainda mais em mim.

- Lauren. – Rosna com raiva quando eu aperto seu mamilo mais forte.

- O que? – Tiro minha mão e levo minhas mãos até sua cintura, apertando o sexo dela contra o meu – Porra... – Rosno quando ela faz um movimento extremamente lento e maravilhoso – Não, Camila. – Levanto e jogo na cama, ficando por cima – Porque você precisa ser tão gostosa, que coisa. – Fico por cima e seguro seus pulsos em cima da sua cabeça, começando a me movimentar freneticamente sobre ela, fazendo nossos sexos se roçarem cada vez mais.

Camila sorria vendo meus movimentos e nem ao menos tentava sair da posição que estávamos. Quando me distrai por alguns instantes ela inverteu nossas posições novamente, podia ver suas mãos tremendo. Eu não queria gozar antes dela, mas eu queria gozar, Camila tendo plena consciência disso parou de se movimentar.

- Não. – A olho irritada e frustrada – Eu falei que você só podia parar de se movimentar quando gozasse. – Aperto suas coxas com uma certa força - Porque você parou? – Pergunto em um tom raivoso.

- Porque eu estou no controle. – Segura o meu rosto, respondendo no mesmo tom áspero que eu usei para fazer a pergunta – E nós vamos fazer o que eu quiser e mandar. – Dois de seus dedos apertam meu clitóris e eu solto um gemido mais alto.

Seu dedo do meio escorregou entre as minhas dobras e eu tremi sobre os seus toques, sentindo seu dedo escorregar para perto da minha entrada e até mesmo quase me preenchendo. Pude sentir minha vagina se fechar no vazio e eu estremeci, queria que seus dedos me preenchessem e me tocassem de alguma forma que fizesse todo aquele tesão sumir e a satisfação entrar no lugar.

Com uma mão Camila começou a estimular o meu clitóris enquanto os dedos da outra percorriam todo o meu sexo, foi então que sem aviso prévio dois de seus dedos me preencheram e eu não consegui conter o gemido alto de satisfação que cortou a minha garganta. Camila movimentava em um ritmo torturante, que passou a ser extremamente prazeroso conforme a velocidade aumentou e a pressão que ela fazia no nervo principal do meu sexo passou a ser ainda mais intensa.

Eu não aguentei, gozei em seguida. Sentindo fortes espasmos tomarem conta do meu corpo e uma sensação maravilhosa predominar. Eu estava mole e não conseguia raciocinar direito e muito menos agir. Podia perceber o olhar dela sobre mim, ficamos em silencio por alguns segundos para que eu me recuperasse e provavelmente resolvesse o estado que ela estava.

O fato dela ter feito todos os meus sentidos ficarem em alerta, dar atenção para todas as partes mais sensíveis do meu corpo, que foi descobrindo conforme tocava e acariciava, só contribuiu para que aquele orgasmo fosse o melhor que eu já havia tido em toda a minha vida.

Viro meu rosto e encontro Camila me olhando, os dois dedos que ela havia me penetrado estavam dentro da sua boca, quando percebeu que eu estremeci com a visão ela sorriu satisfeita com o efeito que havia causado em mim. Suas longas pernas estavam cruzadas, seu peito subia e descia de uma forma ritmada e eu podia ver seus mamilos ainda rígidos, é claro que ela continuava excitada.

Respiro fundo e me arrasto pela cama, ficando meio por cima de seu corpo.

- Deite direito e abra bem as pernas. – Percebo seu olhar atento em mim, mas sem pensar em reclamar Camila faz exatamente o que eu mando – Olha isso... – Sorrio extasiada, me deitando de barriga para baixo, ficando com a cara em seu sexo.

Camila extremamente excitada, era como ter o ego massageado ao saber que ela ficava tão excitada quando nós fazíamos sexo. Ter sua intimidade tão perto do meu rosto me fez tragar saliva e querer provoca-la por ela não ter me obedecido momentos atrás. Olho para o seu rosto, vendo seus olhos fixos em mim, assopro sua intimidade desde de baixo até o seu nervo inchado, ouvindo ela gemer e a vendo se contorcer embaixo de mim. Abraço suas coxas e de uma forma meio bruta a puxo para baixo, fazendo seu sexo ir direto contra a minha boca. Seu grito ecoa pelo quarto e eu sorrio satisfeita.

Minha língua percorria todos os lugares possíveis, Camila me auxiliava mexendo seu quadril para que eu acertasse ainda mais o lugar que a fizesse ficar um passo mais perto de atingir seu orgasmo. Quando aperto seu clitóris inchado ela e minha língua ameaça penetra-la suas mãos apavoradas empurram minhas cabeça ainda mais contra o seu sexo, aproveito do seu pedido silencioso para penetra-la com a língua enquanto massageava seu clitóris.

- Lauren. – Geme meu nome em alto e bom som quando subo minha boca e sugo seu clitóris.

Acaricio sua intimidade com a minha mão e percebo os primeiros sinais do seu orgasmo se aproximando. Enquanto eu sugava seu clitóris optei por penetra-la com dois dedos, assim como eu, após algumas boas investidas minha namorada acabou finalmente atingindo seu ápice.

Caio ao seu lado logo depois de sugar todos e quaisquer resquícios do seu gozo, ela se aninha ao meu corpo e eu sorrio, roubando um longo selinho.

- Essa superou todas de ontem à noite. – Comenta e eu solto uma risada baixa.

- Hum... a que aconteceu durante nosso banho foi muito boa também. – Ela ri e eu sorrio, colando nossos lábios.

- Eu gosto de você assim... – Acaricia meu rosto.

- Assim como? – Franzo o cenho, aproveitando o carinho gostoso que ela fazia.

- Entregue e meio selvagem. – Solto uma risada baixa e rolo pela cama.

- E eu gosto de você assim... – Tiro uma mecha que escondia seu rosto.

- Assim como? – Repete minha pergunta com um sorriso relaxado no rosto.

- Assim... toda e somente minha.

Camila olhou no fundo dos meus olhos e eu pude ver seu rosto demonstrar o quão sem fala ela havia ficado com a minha resposta. Viro meu corpo e sorrio quando a vejo sorrir ainda mais largo, colo nossos lábios e acaricio seu maxilar a sentir querendo sorrir contra os meus lábios. Loto Camila de selinhos e até mesmo mordo seu lábio inferior, fazendo questão de que minha mão acariciasse desde trás da sua coxa até a sua cintura, garantindo que seu corpo ficasse ainda mais colado no meu.

Se fosse pela minha pessoa eu ficaria o dia todo assim, na cama com ela, trocando beijos e fazendo tudo que sentíssemos vontade, mas infelizmente nós não podíamos fazer isso.

Separo nossas bocas e eu recebo um beijo na bochecha, seguida de uma mordida na mesma, me fazendo rir e encara-la. Amava ficar com o meu rosto tão perto do dela assim, observar seus lindos traços e admirar ela como um todo, por sua personalidade maravilhosa que acabava transparecendo em sua beleza exterior.

- Tudo bem, Sra. Cabello, vamos tomar um banho e nos arrumar, temos um longo dia pela frente. – Rolo pela cama e saio da mesma.

- Ugh, tudo bem. – Se levanta e caminha ao meu lado em direção ao banheiro.

Nosso banho foi mais engraçado do que qualquer coisa, mesmo que nós nos beijássemos e encostássemos uma na outra riamos de coisas triviais e totalmente aleatórias, por conta desse motivo nosso banho demorou mais do que o esperado. Saímos enroladas em toalhas brancas limpinhas, pedi para que ela me acompanhasse até o closet e Camila foi logo atrás, ajeitando melhor a toalha em seu corpo.

Quando acendi a luz do cômodo pude ver Camila arregalar os olhos e ficar extremamente surpresa com meu closet, não sabia dizer se era pelo tamanho dele ou da quantidade de coisas que haviam lá dentro. Logo expliquei que havia colocado suas roupas para lavar e por esse motivo ela teria que usar algo meu e isso seria um pouco complicado já que nossos números não eram iguais e provavelmente ficaria um pouco grande nela.

Após vestimos as peças intimas eu abri o lado de vestidos para usar no dia a dia e de blusas que ela poderia escolher, assim fez. Camila optou por pegar uma blusa preta com estampa do The 1975, fui procurar a menor calça jeans que eu tinha para que ela usasse, que não ficou tão larga por conta dela ter uma excelente comissão de trás. De acordo com a minha namorada eu não precisava me preocupar muito com aquilo, já que assim que ela chegasse no hospital iria para o vestiário do mesmo e colocaria a roupa especial que precisa usar no hospital. O lado bom era que nossos sapatos tinham o mesmo número e Camila não demorou nada para escolher o meu All Star para usar, prometendo que devolveria tudo o mais rápido possível. Não demorei para escolher o que eu ia vestir, peguei uma blusa rosa salmão com a estampa cinza do Bob Marley, vesti uma calça jeans preta e meus coturnos.

Descemos as escadas de mãos entrelaçadas e Lea estava ajeitando a sala de baixo, passando pano pelo chão, assim que nos viu abriu um largo sorriso e acenou, vendo que nós já estávamos de saída. Pude ver Camila ficar extremamente vermelha e sem graça, logo a puxei pela mão e nós saímos depois de pegarmos nossas bolsas.

- Que horas que você tem que entrar no hospital? – Pergunto, abraçando sua cintura, fazendo com que Camila abrace meu pescoço.

- Daqui a pouco... – Suspiro sem conseguir não demonstrar a minha frustração – Você sabe que eu sempre entro perto da hora do almoço quando passo a manhã com você. – Ri, colando nossos lábios.

- Eu sei, é que eu esqueço. – Faço um bico frustrado, que Camila faz questão de beijar e rir contra os mesmos -  Sempre acho que vai dar para nós passarmos mais tempo juntas.

- Eu queria, acredite. – Segura meu rosto e olha no fundo dos meus olhos – Mas eu tenho que ir...

- Eu sei, tem que salvar pessoas. – Ela ri e concorda com a cabeça – Já pensou em usar uma capa vermelha? – Camila solta uma gargalhada enquanto me puxava para fora do elevador.

- Você acha que iria ficar bem em mim? – Pergunta parando no meio do estacionamento com as mãos na cintura e o peito estufado.

- Definitivamente, ainda mais se você estiver com uma roupa preta colada. – Arqueio as sobrancelhas e sorrio maliciosa, Camila revira os olhos e bate no meu ombro.

- Ridícula. – Solto uma gargalhada e a abraço por trás, encaixando meu queixo em seu ombro.

Entramos no carro e Camila que me contou que seu desempenho e o de Hailee estavam tão bons que elas foram transferidas para trabalhar na área de emergência, o que era mais cansativo, mas que definitivamente valia mais a pena. Durante o caminho Camila prendeu o cabelo em um coque alto, deixando as mechas da franja soltas, abriu a bolsa e começou a procurar alguma coisa, tirando seu celular logo em seguida e digitando alguma coisa.

Conforme nós nos aproximávamos do hospital podia escutar algumas sirenes e uma certa correria por perto do lugar, olhei para Camila e pude ver que ela estava de cenho franzido e totalmente confusa com aquela situação, ela explicou que o movimento dos carros era grande, mas nunca caótico como estava. Estacionei o carro e nós descemos do mesmo, uma ambulância parou metros a distância e os paramédicos desceram correndo e puxaram um paciente extremamente machucado.

Começamos a caminhar em direção a entrada, eu poderia ter a deixado e ido embora, entretanto fiquei bem curiosa para saber o que estava acontecendo. Assim que entramos na sala de espera vemos muitas pessoas perto do balcão, querendo informações mais médicos e enfermeiros correndo por todos os lados, apressados. Perto de uma porta que dava a ala de emergência uma mulher que vestia um jaleco e tinha uma prancha na mão conversava com uma garota com roupa de enfermeira que não me parecia estranha, assim que a mulher termina de falar a garota olha em nossa direção e caminha apressadamente.

- Oi gente... – Nós sorrimos para a enfermeira, que não demorou nada para dirigir o olhar para minha namorada - Houve um incêndio em um prédio e estão precisando de mais gente o possível, vamos ter que entrar mais cedo. – A garota fala apressadamente.

Os cabelos castanhos, quase pretos, estavam presos em um rabo de cavalo alto. Seu nariz era perfeito e seus lábios rosados, pele branca demonstrando que ela não tomava som a um bom tempo. Ela era da altura de Camila e podia perceber o olhar cumplice que ela tinha com a minha namorada, que me fez ligar os pontos rapidamente, essa era a parceira de plantão de Camila, Hailee.

Camila teria mais alguns minutos, tanto que seriam os minutos que usaríamos para ficar dentro do meu carro e aproveitar ao máximo o pouco tempo que ainda teríamos juntas, mas depois de Hailee dar aquela informação Camila precisaria ir mais cedo, claro que eu não iria me importar.

- Eu... – Camila me olha como se pedisse permissão e eu sorrio com o seu jeitinho.

- Vai lá, bom trabalho. – Colo nossos lábios rapidamente e ela sorri acenando e caminhando apressadamente para longe de mim.

Assim que vejo Camila passar pela porta e eu a perco de vista me viro para sair do hospital, tinha que ver David ainda, nós iriamos sair para almoçar e ele precisava me contar alguma coisa muito importante.

Dirijo para o apartamento do meu amigo, já que hoje de manhã ele havia me enviado a mensagem informando que iria pedir comida para nós, David queria uma grande privacidade para a nossa conversa. Isso só me deixou ainda mais nervosa. Mas eu sabia que tinha algo a ver com o casamento, minha aposta era para que eu encontrasse algum substituto para ele no começo da turnê, algo que eu não via problema algum em fazer se fosse algo que ele quisesse.

Nem precisei apertar o interfone, o porteiro do prédio possibilitou a minha entrada, anunciando para David que eu estava subindo enquanto eu pegava o elevador. Quando as portas do mesmo abriram pude ver meu melhor amigo me esperando na porta de seu apartamento com o sorriso charmoso de sempre, o abracei e então entrei em sua casa, vendo a mesa posta para o nosso almoço, ele havia pego comida japonesa.

Sentamos a mesa e começamos a conversar sobre nosso assunto favorito desde sempre: música. David falava sobre os arranjos legais que ele e o pessoal da banda estavam fazendo para elas serem tocadas ao vivo e como haveriam mais pessoas com novos instrumentos na banda só deixaria tudo mais legal e ainda mais divertido de se apresentar.

Mesmo muitas coisas boas acontecendo enquanto eu estava de férias eu não via a hora de voltar a estrada, espalhar minha música para que todos pudessem ouvir e se divertir em shows, programas de TV e rádio. Sem falar nos vários novos fãs que eu iria conhecer mais os antigos que eu iria rever, ficava extremamente animada só de pensar.

- Mas então, o que você queria me falar? – Questiono depois de beber um pouco de água.

- Ah... é. – Ri sem graça – E-Eu queria que você fosse tipo a minha madrinha. – Arqueio as sobrancelhas e ele fica vermelho – Você sabe, o noivo e a noiva precisam de alguém para ficar no altar com... – Concordo com a cabeça – Geralmente as pessoas que ficam no altar auxiliam os noivos antes do casamento e...

- David eu sei o que uma madrinha de casamento é. – Rio pelo nariz e ele sorri – Mas o que seria ‘tipo’ minha madrinha...

- Uma madrinha normal. – Enfia o salmão na boca – Ashley acha que eu não vou escolher um bom terno e essas coisas... – Revira os olhos – Ela sabe que você é a minha melhor amiga de todo o mundo, tem bom gosto, fez com que a gente ficasse juntos e todas essas coisas, então sugeriu que eu pedisse para você. – Engole a comida e eu sorrio – E eu vi que era realmente uma excelente ideia, quem melhor para estar no altar comigo do que a minha melhor amiga e a pessoa que me ajudou a ter algo com Ashley desde o começo?!

Eu realmente não esperava que fosse isso.

David e eu andávamos muito próximos novamente, como carne e unha, como nos velhos tempos. Mas jurava que ele iria pedir para outra pessoa fazer essas coisas em seu casamento, afinal de conta ele havia feito muitos amigos com o decorrer do tempo que ficamos brigados. Jamais iria esperar que isso era o que ele tanto queria falar e acho que ele jamais iria imaginar o quanto aquele pedido significava para mim, era como se nós nunca tivéssemos deixados de ser aqueles grandes amigos que na verdade pareciam irmãos.

Quando eu percebi meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu chorava feliz pelo pedido. Meu amigo me encarou sem reação, ele não sabia lidar com pessoas chorando, mas de qualquer forma se levantou e me abraçou, me fazendo agarra-lo e abraçar bem apertado.

- Isso é um ‘sim’? – Murmura e eu rio.

- Definitivamente. – Beijo sua bochecha.

- Você vai entrar com Ian, ele é o meu padrinho. – Sorri orgulhoso e eu rio, concordando com a cabeça, não seria um estranho e isso era ótimo.

- Tudo bem, nós precisamos começar a ver as coisas então. – Falo animada – Posso te levar para algumas lojas incríveis e eu preciso pensar em um presente legal, os padrinhos sempre dão presentes legais.

- Hum a melhor parte, você é rica e definitivamente vai arrasar no presente. – Reviro os olhos e ele solta uma gargalhada – Você sempre foi boa com presentes, tenho certeza que você não vai me decepcionar no meu presente de casamento, algo bem caro, de preferência.

- Você é um ridículo. – Jogo um bolinho de arroz nele e ele solta uma gargalhada alta.

Nós começamos a conversar sobre o casamento e era a primeira vez que eu via David tão nervoso ao falar sobre aquele assunto, o grande dia estava chegando e as poucas coisas que Ashley havia pedido para ele fazer ele não havia feito, algo me dizia que eu teria que ajudar meu melhor amigo em todas as coisas para que a noiva dele não ficasse louca com todos os detalhes do casamento. Combinamos dias e horários para ver determinadas coisas, fiz questão de ser em dias que Camila estaria de plantão para que eu pudesse dar toda atenção a ele e realmente ajudar com todos os detalhes.

Nosso almoço logo acabou e nós continuamos conversando sobre o que ele poderia fazer de diferenciado para surpreender a todos, então sugeri que ao invés de falar no discurso ele cantasse uma música, algo que ele sabia como fazer e tinha uma facilidade maior em escrever, rapidamente meu melhor amigo apoiou essa ideia e pela sua cara percebi que ele já pensava em algo.

Levamos as coisas sujas até a cozinha e antes que eu começasse a ajuda-lo arrumar David pediu para deixar tudo lá, precisávamos ir até o estúdio já que hoje eu iria gravar com Tori.

O EP de Tori chamaria Foreword, neles estariam algumas músicas que Julian fez questão de escolher com ela para que todo mundo conhecesse. Nesse EP ela teria uma única parceria, que seria comigo, e essa música em parceria seria o seu single, que eu tinha certeza que tocaria em todos os lugares com a divulgação certa. Simon achou que seria melhor lançar um EP antes de um álbum, era como um teste, se o público gostasse dela e sua música realmente tocasse ele definitivamente investiria em tudo no seu primeiro álbum, mas como Tori já tinha um EP independente ela não precisaria ficar fazendo muitos covers, poderia realmente investir na sua música.

Caminhamos pelos corredores tão conhecidos e entramos na sala que ela sempre gravava, acontece que dessa vez Julian e Keyci estavam lá nos esperando. Tori estava dentro da cabine e segurava uma partitura enquanto gravava concentrada, podia perceber que ela cantava com toda a vontade e paixão do mundo, o que me fez sorrir.

- Tori? – Julian a chama quando ela acaba – Vamos gravar a segunda parte de novo, tente segurar a nota um tom mais alto, porque nessa parte vamos colocar voz da Lauren com a sua e assim a sua voz pode ter um destaque. – Ela concorda com a cabeça e acena para David e eu.

- E algumas partes, como nas finais eu poderia segurar um mais baixo para que Lauren e eu nos igualemos nos tons de alguma forma. – Sugere e todos nós concordamos com a cabeça – Ok, pode colocar a música.

- A voz dela é incrível... – David sussurra quando vê Tori cantando – Merece todo o sucesso que vai receber.

- Eu sei, não tem uma voz igual hoje em dia. – Comento – Ela vai muito longe, eu tenho certeza disso, e o que eu puder fazer para ajuda eu vou.

- Pode contar comigo, tampinha. – Me abraça pelos ombros.

As gravações continuaram pelo resto da tarde, quando não estávamos gravando estávamos discutindo sobre como as notas poderiam serem usadas para que a música ficasse melhor e se ajustasse ainda mais as nossas vozes, já que quando eu cantei vimos que algumas partes tanto ela quanto eu teríamos que mudar para que desse certo.

Lucy chegou quase no final das gravações, ela tinha duas câmeras nesse dia e explicou que precisava conversar comigo sobre uma ideia que havia tido. Algo que ela fez assim que terminamos de gravar, agora eu sempre teria que andar com uma das câmeras que eu havia trazido, para registrar os momentos que ela não poderia registrar, com uma perspectiva ainda mais inovadora.

Nós quatro fomos para o meu apartamento, já que Lucy que iria gravar os covers da Tori e em seguida algumas originais, tanto que Tori e eu iriamos cantar Dear No One e lançaríamos essa versão acústica no meu canal do YouTube quando sua música fosse lançada para que várias pessoas tivessem conhecimento.

Entramos em casa e Lea nos recepcionou, informando que a comida para nós beliscarmos já estavam postas na mesa da sacada, que seria onde nós iriamos gravar. Subimos as escadas e todos nós ajudamos Lucy com os equipamentos, abri a porta da sacada e começamos a montar tudo, puxando as cadeiras e os sofás para ficar algo ainda mais íntimo e legal.

- Eu deveria me apresentar antes? – Tori questiona confusa.

- Claro, faça sua própria introdução. – Dou de ombros.

- A da Lauren é bem criativa! – David fala debochado – “Hi i’m Lauren Jauregui” – Elas riem eu soco o ombro do meu melhor amigo, que geme de dor.

- Como eu estava dizendo, pode ser algo simples, é só para que quando as pessoas que não tiverem ideia de quem você é, forem para um próximo vídeo vão acabar gravando seu nome inconscientemente. – Sorrio – Faça sua introdução e diga a música que você vai cantar, então comece quando quiser. – Passo a mão pelo cabelo e me sento, bebendo o suco que eu havia pegado.

- Estou nervosa. – Declara rindo, tapando o rosto com a mão.

- Relaxa, não tem porque ficar nervosa, tenho certeza que eles vão gostar de você. – David se senta por perto – Você sabe como tocar e como cantar, o resto é com Lucy. – Meu amigo sorri ajeitando o topete.

Ficamos em silencio quando Lucy terminou de ajeitar as luzes, o sol se punha atrás de Tori e ela estava vestida da forma de sempre, o que seria um ponto positivo já que as pessoas geralmente gostavam mais de pessoas simples cantando. Sua blusa cinza tinha umas estampas legais em uma cor cinza ainda mais escura, seu cabelo estava jogado todo para o lado esquerdo da sua cabeça e sua calça jeans escura agarrada mais o All Star branco davam o ar de jovem a todo aquele look.

- Pronta? – Lucy questiona.

- Quando você quiser. – David sussurra.

- Ok. – Tori ajeita o violão – Hey eu sou Tori e essa é a minha nova música All In My Head.

Todos nós ficamos em silencio e ela começou a cantar sua música, que me deixou com as sobrancelhas arqueadas. As letras de Tori eram muito fortes, qualquer um se identificaria em algum momento e sentiria vontade de cantar, porque todo mundo vivencia algo como aquilo. Em All In My Head sobre um amor que a deixou para trás e ela vê a pessoa que tanto ama com outra, mesmo que essa pessoa direcionasse olhares e desse a entender que queria algo com ela, então ela questionava, ele realmente estava interessado nela ou era tudo coisa da sua cabeça que tinha idealizado que eles tinham algo.

Em seguida eu me juntei a elas e nós gravamos Dear No One. Essa música sempre seria uma das minhas favoritas, nela dizíamos que gostávamos de ter nossa liberdade, de não termos ninguém para nos prender ou dizer o que devemos fazer, mas que as vezes nós apenas queríamos alguém que estivesse ali para nos acolher e nos amar do jeito que, no fundo, todo mundo precisa ser amado. Então aquela canção seria para as pessoas desconhecidas, que anos atrás, nós duas tanto procurávamos para termos em nossas vidas.

Depois de duas daquelas músicas Tori entrou para trocar de blusa e prender o cabelo, apenas para as pessoas acharem que esse outro vídeo havia sido gravado em um dia diferente. Lucy achou que seria melhor tentar gravar um cover lá dentro em um fundo branco e com ela de pé, para parecer mais amador, Tori optou por gravar Think Bout You do Frank Ocean. Várias vezes David passou atrás de Lucy e arrancou sorrisos discretos de Tori, que queria rir das caretas que ele fazia, mas não riu para não ter que gravar de novo.

Gravamos mais uma original da Tori e outro cover, guardando o equipamento de Lucy e começando a comer tudo que Lea havia preparado para nós. Enquanto comíamos Lucy tinha seu computador em seu colo e um fone de ouvido, ela ia editando algumas coisas, quase nenhuma já que Tori em nenhum das músicas precisou de uma segunda gravação, exceto Dear No One que nós duas começávamos a rir por qualquer motivo besta no começo.

Após terminar de baixar o primeiro cover de Tori e a mesma divulgar em todas as redes sociais Lucy acabou dizendo que precisava ir, David pediu uma carona e os dois se despediram de mim, podia perceber que Tori não pediu carona por estar um pouco tensa, ela provavelmente queria conversar. Acompanhei os dois até a porta e então subi novamente, não encontrando Tori na sala, mas assim que fui me virar para ir até a sacada vi que ela estava vendo meus prêmios no corredor.

- Está tudo bem? – Questiono, me aproximando.

- Quando você começou sua carreira, você tinha medo de tudo dar errado e ser uma perda de tempo? – Pergunta olhando para o meu EMA.

- Não. – Suspiro, cruzando os braços – Quando eu comecei minha carreira eu dei tudo de mim e me preocupei em investir na minha música, me preocuparia com o resto depois. – Franzo o cenho – Você tem medo de isso ser uma perda de tempo?

- Não... bom, não sei. – Ri pelo nariz – Eu já tenho uma vida formada, não estava em meus planos tudo isso acontecer, entende?

- Isso é bom, planejar as coisas nunca da certo. – Passo a mão pelo meu cabelo – Você tem que querer isso mais do que tudo, Tori, você tem que dar tudo de si e ter em mente que as coisas vão mudar bastante. – Ela me olha – Talvez não dê certo, mas talvez tudo de certo. Coloque na sua cabeça que nenhum sentimento vai se igualar ao que você vai sentir quando ver seu sonho se tornando realidade depois de tanto esforço. – Sorrio de canto.

- Mas quais são as chances disso acontecer?

- Muito grandes. – Respondo rapidamente – Você não pode trabalhar visando o que vai ganhar com isso, faça isso com o seu coração, de tudo de si e faça porque ama e não porque quer ganhar algo em troca. – Me analisa – Se fizer isso aproveitando a experiência, vivenciando os momentos e amando tudo apenas por estar trabalhando com o que você tanto ama, tudo vai se tornar muito mais divertido e as coisas vão acontecer sem que você perceba. – A abraço pelos ombros – E Tori se limita a concorda com a cabeça, sorrindo - Ok, eu tive uma ideia, vamos postar algumas fotos juntas.

- Mais de uma? – Arqueia a sobrancelha.

- Eu posto uma no meu Instagram e você uma no seu, as pessoas vão ter curiosidade de saber quem você é! – Ela continua ficar sem entender onde eu queria chegar – Eles querendo saber quem você é vão te procurar em todas as redes sociais e vão escutar seu trabalho, garanto que seu novo vídeo vai ter mais acesso do que normalmente tem nos primeiros dias. – Ainda sem ter tanta certeza do que eu dizia minha amiga concorda.

Tiramos várias fotos, com diferentes poses e caretas, a última foi a foto mais normal que conseguimos, uma que nós duas sorríamos verdadeiramente e bem grande. Enviei as fotos para Tori e ela disse que faria uma montagem legal, eu apenas coloquei nossa foto em um fundo branco e então publiquei a mesma com a legenda “nada melhor do que trabalhar com pessoas talentosas, @ToriKelly suas músicas são incríveis”.

Eu sabia que Tori tinha medo de que as coisas dessem errado, mas também sabia que a vontade de que seu maior sonho se realizasse conseguia ser tão grande a ponto de faze-la mudar toda sua vida apenas para que ele se realizasse, e eu podia sentir, assim como ela também –provavelmente- sentia que o seu sonho tinha tudo para dar certo e finalmente se tornar realidade.

Nós seres humanos vivemos para amar e para sonhar, por isso nunca devemos deixar de sonhar, nossos sonhos nos movem e acredito que alguém que não sonha é alguém que nunca vai ter o prazer de viver.

Quando Tori estava se despedindo de mim naquela mesma noite, antes que ela pensasse em ir embora peguei uma caneta que eu estava usando para assinar algumas coisas e puxei seu braço, escrevendo ali a frase que uma vez haviam me dito e que eu jamais me atrevi a esquecer, passando a usar como lema de vida.

Em uma linda letra de mão cursiva se podia ler em seu antebraço esquerdo, virado em sua direção, para que ela -principalmente- pudesse ler pelo resto da noite: “Se seus sonhos não te assustam, é porque eles não são grandes o bastante.”.


Notas Finais


Opa hey, esse capítulo aqui está sendo um capítulo semi-ponte para chegar aos pontos que eu realmente quero chegar hehehe Espero que tenham gostado desse capítulo e no próximo vai ter a sugestão de uma leitora e talvez Normila, Caminah, Camally, Camren, Alren, Laurmani e etc etc etc
Não se esqueçam de comentar, eu amo ler os comentários de vocês. Não esqueçam de divulgar para os abiguinhos e abiguinhas, garanto que eles vão gostar. Não esqueçam de checar as músicas legais que tem na playlist de Letters to Camila, oprque eu tenho bom gosto e só tem música boa lá askdjbaskjbd
OBRIGADA POR TUDO, VOCÊS SÃO UNS LINDOS, QUALQUER COISA ME CHAMEM NO TT (switch5Hearts) ou me mandem perguntinhas no ask.fm/SushiDaMegan
Natália xX(:


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