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História Letters To Camila - Segunda Temporada - Long Distance


Escrita por: itscamren-yo

Notas do Autor


Ei pessoal,
Eu sei que eu não atualizei semana passada, mas eu não atualizei por dois motivos: 1. porque eu ando extremamente desanimada com a história. 2. eu tinha alguns compromissos e resolvi adiar o capítulo.
Para ser bem sincera eu não sei que música indicar, porque eu to morrendo de sono e não vou revisar o capítulo, mas é só entrar na playlist da história e deixar no modo aleatório!!
Boa leitura:

Capítulo 50 - Long Distance


Fanfic / Fanfiction Letters To Camila - Segunda Temporada - Long Distance

Ajeito os óculos de sol e apenas dou um sorriso tímido, acenando para os fotógrafos que estavam a minha frente, tirando algumas fotos minhas fazendo compras com Ally em Londres.

A minha turnê mundial havia começado, depois de dois meses terminando a turnê nos Estados Unidos, antes de começar a viajar ao redor do mundo havia voltado para New York e fiquei duas semanas matando um pouco das saudades que eu estava sentindo de Camila e ela estava sentindo de mim, e nem isso foi suficiente.

Camila havia feito a sua apresentação para os diretores do hospital, que ficaram surpresos e animados com a ideia depois da minha namorada ter apresentado todos os custos e possíveis patrocinadores para o hospital. Ela havia voltado a trabalhar, especificamente naquela ala, a pedido de seus superiores para ter certeza que tudo estava sendo feito como o combinado e consequentemente o projeto estivesse dando certo.

Todos os dias pessoas que não tinham condição de receber um bom tratamento contra o seu câncer tinha uma oportunidade de entrar no hospital onde Camila trabalhava para que então pudessem ser atendidas de uma forma digna e excelente, sem ter que pagar absolutamente nada. O plano futuro era que esse projeto passasse acontecer em outras áreas do hospital para que não só pacientes com câncer fossem atendidos.

- Eu acho esses sotaques tão fofinhos... – Ally sussurra depois que vendedora se afasta e eu sorrio negando com a cabeça.

- Eu também, amo fazer imitações deles.

- Eu sei! – Rimos e ela pega um casaco – O que acha? – Nego com a cabeça.

- Pega aquele ali. – Aponto para o casaco na cor creme – Esse vai combinar mais...

- Você sabe que a Camila vai brigar com você por você estar fazendo compras desnecessárias novamente, não sabe?! – Concordo com a cabeça, rindo.

Em cada lugar que eu parava para fazer show ou ficar por alguns dias fazia questão de comprar coisas para mim e para ela, era muito mais forte do que eu, amava lota-la de presentes.

- Lauren. – Olho para Big Rob, que parecia mais sério do que o normal – Nós vamos ter que passar pela multidão na hora de sair, ok?! – Olho para fora e vejo a saída da loja lotada de fãs, assim que os encaro os gritos começam, ficam pior depois que eu aceno.

- Como eles descobriram onde você estava? – Ally ri divertida, ela amava a bagunça que meus fãs sempre faziam, principalmente quando eles cantavam embaixo da minha sacada.

- Geralmente alguém me vê na rua, escreve no Twitter e então as outras pessoas veem e começa a perseguição! – Dou de ombros, pegando o que eu iria comprar.

- Apenas isso, Sra. Jauregui? – A mulher questiona com um largo sorriso.

- Sim, apenas isso. – Sorrio pegando meu celular para filmar meus fãs.

Dinah havia finalmente me convencido a baixar o Snapchat em meu celular, me ensinou a usar e como estava em turnê achei que seria legal gravar uma coisa ou outra para eles verem, mas acontece que DJ gravava mais do que eu para postar tudo em sua conta, tanto que meus fãs amavam quando nós estávamos juntas. Ally e Normani acabaram aderindo o aplicativo e agora todas nós fazíamos questão de sempre postar alguma coisa ou outra, para a alegria de todos que nos tinham no aplicativo.

Quando me aproximei do vidro da saída os gritos ficaram mais altos ainda, apenas filmei eles e Ally rindo do desespero de cada um quando me aproximei para tocar o vidro.

Paguei o que havia comprado e Ally fez o mesmo com o que havia escolhido, entrelacei nossas mãos e meus seguranças logo abriram a porta, ficando a nossa volta para que ninguém nos machucasse e consequentemente nós conseguíssemos ir até o carro. Os gritos ficaram absurdamente alto e eu pude sentir Allyson tremer assustada, apertei sua mão e comecei a puxa-la enquanto eles tentavam encostar em mim de algum jeito, uma menina puxou o meu cabelo e outra pessoa tentou puxar a sacola que eu tinha em mãos para conseguir minha atenção de alguma forma, o que me deixou levemente assustada.

- Pera aí. – Grito para Travor quando vejo que um garoto havia caído no chão – Para de andar! – Falo ainda mais alto e eles param no lugar – Pessoal pera aí. - Sorrio sem graça para os fãs que ainda tentavam encostar em mim de alguma forma.

- Ei... – Ally chama o garoto – Você está bem? – Se aproxima e eu vou logo atrás, os seguranças afastam todos em seguida.

- Estou. – Ri sem graça, se levantando e passando as mãos pela própria roupa – Cai no chão com o empurra empurra. – Concordo com a cabeça.

- Desculpa por isso. – Ajudamos ele a levantar e o garoto sorri encantado, me fazendo rir baixo com o olhar direcionado para mim – Você está bem mesmo?

- Estaria melhor se você tirasse uma foto comigo! – Rio e ele pega o celular, começam a empurrar novamente e eu colo nossos rostos, sorrindo para a foto.

- Se eu soubesse que quem cai ganha foto eu também teria caído! – Uma menina grita e eu só consigo rir.

Quando voltamos a andar novamente eu ia sorrindo e tentando tirar fotos com eles, mas não dava muito certo porque Big Rob, Travor e Rick faziam questão de empurrar todos eles para longe. Ajudei Ally a entrar no carro e eu entrei depois, enquanto eles não saíam de lá me limitei a abaixar o vidro e tirar algumas fotos com algumas pessoas, dando o fora de lá em seguida.

Nós fomos conversando o caminho todo, rindo da garota que falou sobre cair. Acontece que a quantidade de fãs que me perseguiam durante os passeios que eu fazia pareciam ter aumentado, meus seguidores nas redes sociais haviam dado um belo salto, assim como os shows sendo praticamente todos esgotados, o que me deixava feliz e muito satisfeita.

Para ser bem sincera os projetos que eu estava lançando estavam trazendo mais repercussão para a minha música, tudo graças aos outros artistas envolvidos nas minhas campanhas e as propagandas que programas de televisão, revistas e jornais ao redor do mundo faziam. Aquele seria o auge da minha carreira, todos me conheciam de uma forma positiva e o meu sucesso aumentava, minha gravadora e aqueles que eu amo estão mais orgulhosos do que nunca.

Chegamos no hotel e não demoramos nada para pedirmos nosso almoço, Dinah e Normani entraram na minha suíte minutos depois da comida ter chegado, eu tinha um compromisso muito importante naquela tarde e elas iriam me acompanhar para que tudo passasse mais rápido e assim minhas amigas pudessem conhecer um dos lugares mais visitados de Londres.

Dinah escolheu uma roupa simples, chique e confortável. Eu vestia uma calça jeans azul escura, uma blusa listrada preta e branca de mangas compridas, uma casaco preto e botas também pretas.

Minhas amigas me atrasaram, mas o fato delas terem atrapalhado fez com que meus seguranças bolassem um jeito de sairmos no hotel sem que ninguém notasse, que era algo essencial para o compromisso que eu teria naquela tarde, agendado por Keyci. Minha agente aceitou a proposta de um programa na Inglaterra que queria que eu surpreendesse alguns fãs de Londres de uma forma diferenciada, quando ela ouviu o modo que a surpresa iria acontecer aceitou no mesmo momento a proposta.

Acontece que desde o primeiro dia em que eu estava na Europa o Museu Madame Tussauds London estava entrando em contato com a minha equipe para que quando eu fosse para Londres eu finalmente tirasse as medidas para a minha escultura, algo que é claro que todos concordamos, mas para que a minha estátua tivesse repercussão lá iria gravar um programa dentro do museu e então gravar a minha entrevista enquanto as medidas e fotos fossem tiradas.

- Hey. – Cumprimento o repórter.

- É um grande prazer finalmente te conhecer. – Sorrio concordando com a cabeça, quando olho ao redor vejo que minhas amigas já haviam sumido – Sua agente já contou o que iremos fazer? – Percebo a luz da câmera acender, já estávamos gravando.

- Não... só disse que vai ser algo envolvendo fãs. – Bebo um pouco da água que tinha na minha garrafinha.

- Bom, nós sempre recebemos cartas de fãs e tudo mais, então nós escolhemos alguns Jareguers para te conhecerem. – Sorrio largo e concordo com a cabeça, amava fazer pegadinhas para surpreender meus fãs – Algumas pessoas estão sabendo que você irá fazer uma escultura, outras acham que já está pronta e todas essas coisas, certo?

- Certo. – Cruzo os braços, querendo saber onde tudo aquilo iria.

- Então hoje nós vamos fingir que você é uma estátua, seus fãs vão chegar para tirar uma foto com você e então você escolhe quando vai surpreende-los, ok? – Rio, concordando com a cabeça.

- Então é só ficar parada em uma pose, fingindo que eu sou uma estátua, espero eles se aproximarem e então assusto eles? – O cara concorda com a cabeça – Eu posso praticar antes? Eu acho que consigo ficar sem piscar por muito tempo se não estiver olhando diretamente para um lugar iluminado. – O homem ri e eu sorrio – Key segura aqui. – Estendo minha garrafinha.

- Lembrando que eles acham que estão gravando algo para o museu, então eles não vão estranhar todas as câmeras! – Escuto o repórter falando e eu tiro o casaco, Keyci me estende uma jaqueta de couro e então um dos assistentes do programa me guiam para o lugar onde minha verdadeira estátua estaria.

Os minutos que se procederam foram da minha pessoa treinando diversas poses, para no final escolher a que mais me deixaria confortável. A pose que mais me agradou foi uma em que minha mão direita ficava em minha cintura, o meu pé direito ficava um pouco à frente do esquerdo e eu abria um sorriso tímido. Treinei minha respiração com um dos produtores do programa e então ele me instruiu o que eu deveria fazer, que era respirar o máximo possível enquanto os fãs não se aproximavam.

Logo todos que estavam envolvidos na pegadinha começaram a se esconder ou então fingir que eram pessoas olhando as estaturas de grandes figuras da música, o cômodo foi aberto e o produtor mais o apresentador saíram para buscar os fãs que iriam me conhecer hoje, quando Keyci me encarava eu fazia alguma careta ou dancinha, o que arrancava boas risadas da minha agente.

Recebi um sinal e senti o meu coração acelerar, era divertido surpreende-los, me posicionei e comecei a respirar cada vez mais devagar.

O primeiro fã começou a tirar fotos com as estátuas dos Beatles, que deveria estar a bons dez metros de mim, mas assim que me viu soltou um grito alto e correu na minha direção. Foi engraçado porque eu prendi a respiração e ele ficava olhando para a câmera e dizendo o quanto eu parecia ser real, quando ele tocou o meu nariz eu não aguentei e comecei a rir, fazendo ele gritar e então me agarrar, apenas o abracei apertado.

A segunda fã que entrou, entrou acompanhada de sua mãe, elas tiraram fotos com várias e várias estátuas, o que me permitiu respirar normalmente por um bom tempo. A mãe da garota que me viu, a menina abriu um largo sorriso e estendeu o celular para que a mãe tirasse nossa foto. Assim que a menina abraçou o meu pescoço pareceu notar e soltou um berro quando eu agarrei sua cintura, a mãe dela chegou até mesmo derrubar o celular, o que gerou muitas risadas.

- Ok, essas são as últimas! – O repórter me informa depois de eu conhecer mais dois fãs.

- Vou fazer uma nova pose. – Exclamo animada, aquela provavelmente havia sido a minha participação favorita em qualquer programa.

Duas meninas entraram de braços entrelaçados, elas primeiro tiraram foto com a estátua da Rihanna, depois com a da Katy Perry e então uma delas apontou para mim, o que fez a outra cobrir a boca com as mãos e puxar sua amiga pela mão para que pudesse ir até mim.

- O que vocês acharam da nova estátua do museu? – O repórter questiona e ambas o encaram, aproveito esse momento para respirar um pouco.

- Parece ser muito real. – A menina passa a mão pelos cabelos, cutucando meu braço.

- É tão estranho, olha esses olhos, Shara. – A outra ri, me encarando extremamente perto.

- Eles passaram perfume na estátua? – Me seguro para não rir.

- Não, é que Lauren estava aqui a poucos minutos, ela tirou foto com a própria estátua e teve que sair, dar novas entrevistas! – O homem dá de ombros e eu continuo olhando fixamente para ele.

- NÃO! – A menina fala – Sério? A gente perdeu ela aqui? – Percebo sua frustração.

- A gente ainda vai ver ela se apresentar amanhã, relaxa Carol. – Shara murmura.

- Não acredito que ela já foi embora! – Me pronuncio e as duas começam a gritar – Ela saiu sem falar com vocês? Que grosseria. – As duas continuam gritando e a menina que se chamava Carol me agarra.

A menina que se chamava Shara se afastou completamente chocada enquanto Carol já estava agarrada em mim, eu comecei a rir e puxei a amiga que estava um pouco longe para perto, abraçando as duas ao mesmo tempo. Elas definitivamente haviam tido as reações mais engraçadas de todas que haviam entrado naquele cômodo. Tiramos a tão desejada foto e eu autografei o que elas me pediram para autografar, chegamos até mesmo a conversar um pouco sobre Londres e eu fiz questão de segui-las no Twitter.

Tivemos que nos despedir e então eu encontrei minhas amigas novamente, todas nós entramos no carro e Travor nos levou para um lugar não muito longe dali, onde eu iria começar a fotografar e tirar as medidas para que a minha verdadeira estátua fosse feita e então ficasse exposta ali em Londres.

Desci do carro acompanhada das minhas amigas, todas elas tinham um olhar cuidadoso e interessado pelo ambiente, chegava até mesmo ser engraçada a forma que elas analisavam tudo. Era sempre assim quando eu as convidava para visitar esses salões ou espaços ao ar livre em cada cidade que visitávamos.

A mulher que nos ajudaria a fazer um tour pelo lugar não demorou nada para se apresentar, chamava Alessia, a mulher começou a nos guiar pelo ambiente que era divido em dois: a parte interna e externa. O chão do salão era de taco de madeira, já a parte de fora tinha um jardim maravilhoso cercando o espaço que sempre aconteciam as festas, era bem enorme.

- É tão lindo aqui, olhe esse jardim! – Normani murmura – Ally vamos casar ali. – Dinah e eu rimos quando elas se abraçam e saem correndo de mãos dadas.

- Onde você vai tirar a foto? – Dinah questiona e eu caminho com minha câmera em direção ao jardim, subindo em cima dos bancos que rodeavam a fonte, posiciono a câmera e então tiro a vigésima oitava foto das cinquenta que eu iria precisar.

- Está escuro, acredito que o lugar fica ainda mais lindo pela noite, pretende fazer o evento pela parte da tarde ou noite? – Alessia questiona quando me aproximo dela.

- Final da tarde perto da noite. – Sorrio e a mulher concorda com a cabeça.

- Existem muitas possibilidades para que o lugar fiquei ainda mais aconchegante e gostoso.

- É possível colocar uma tenda por aqui? – Dinah pergunta interessada.

- Claro, nós temos até um deque de madeira enorme para estendermos por aqui, afinal muitos convidados de festas não gostam de pisar na grama. – Explica e eu concordo com a cabeça – Vocês já viram outros lugares ou querem fazer o evento aqui?

- Estou analisando as opções. – Sorrio e a mulher assente.

- Qualquer dúvida você pode entrar sempre em contato. – Começa a nos abraçar.

- Muito obrigada pelo seu tempo! – Ally agradece e nós acenamos começando a caminhar.

Estava bolando uma surpresa e para isso acontecer perfeitamente estava visitando salões e espaços com as meninas, para além de pedir suas opiniões sobre o melhor lugar, não ficar ansiosa e consequentemente interferir em uma futura opinião que viria a ser muito importante.

Olhei as fotos que havia tirado do lugar e sorri, eu realmente havia gostado dali, entretanto não superava o espaço que eu havia visitado na Itália, o melhor até agora em toda a minha opinião. Acontece que para mim não importava qual lugar seria, afinal eu havia gostado de todos os espaços que eu havia tirado foto, se eu não gostasse não teria as tirado.

O caminho todo de volta para o hotel foi bem engraçado, as meninas cantavam as músicas o mais alto que conseguiam enquanto gravávamos novos Snapchats e Dinah tentava comer um pedaço da barra de chocolate que Mani tinha na bolsa, o que gerou uma pequena discussão e muita implicância entre elas.

O dia havia sido extremamente longo, o banho que eu havia acabado de tomar só serviu para que eu ficasse ainda mais relaxada e com mais sono ainda. Acho que o pior lado de se fazer turnê são os horários confusos e corridos, os fusos horários complicam tudo e te deixam mais exausta do que o normal.

Termino de vestir minha calça moletom cinza e uma blusa limpa qualquer que eu achei dentro da mala, liguei para o número anotado ao lado do telefone do quarto e fiz o pedido da minha janta, as meninas iriam sair e eu iria ficar descansando enquanto fazia uma chamada no Skype com Camila para matar um pouco da saudade que eu sentia dela, faria um mês que não ficávamos no mesmo metro quadrado.

Minha namorada estava 100%, até mesmo brincava que estava pronta para outra, mas sempre acabava revirando os olhos e assumindo que nem que estivesse preparada gostaria passar por tudo aquilo novamente. Seu cabelo finalmente havia começado a crescer, ainda mais com a alimentação correta e saudável que Camz estava tendo, ela fazia de tudo para que seus fios crescessem o mais rápido possível e após quase cinco meses completos desde que recebemos a boa notícia seus fios já estavam dando um bom sinal, indicando que iriam crescer cada vez mais.

- Hey, estrela! – Sua voz soa animada e eu rio, me ajeitando melhor na cama.

- Hey, futura médica. – Camz ri e eu sorrio, abraçando o meu travesseiro – Estou atrapalhando?

- Claro que não. – Sorri ajeitando alguma coisa ao seu lado – Eu estava lendo para passar o tempo, mas aí eu parei para refletir no que eu poderia falar em meu próximo vídeo, não consegui pensar em nada. – Suspira frustrada e eu sorrio.

Camila estava especialmente linda aquele dia, seu cabelo estava ralo e ela tinha uma tiara com um pequeno laço –como nos velhos tempos-, vestia uma camisa jeans e o anel que eu havia lhe dado a um tempo atrás brilhava ao lado do antigo anel de sua mãe.

- E você, o que estava fazendo? – Questiona interessada, apoiando sua cabeça em sua mão.

- Estava tomando banho, tirando o que a equipe do museu deixou em mim. – Rio e ela arregala os olhos, como se tivesse lembrado o que eu havia feito.

- Eu havia me esquecido que hoje você tiraria o molde para a sua estátua, como foi? – Me olha curiosa e eu rio.

Comecei a contar todo o meu dia para Camila e não havia nada melhor do que escutar sua risada alta ao ouvir meus relatos sobre as reações dos fãs quando descobriam que na verdade era eu de verdade e não uma estátua. Depois falei sobre as compras que havia feito pela manhã com Ally, o que arrancou uma carranca dela e eu mudando de assunto rapidamente, não demorei para questionar sobre como as coisas estavam no hospital.

- O mesmo de sempre, vi a mãe de Jaqueline ontem, ela recebeu alta e pode finalmente ir para a casa. – Abro um largo sorriso e Camz sorri – Ontem Hailee salvou a vida de uma criança que tinha engolido uma peça de lego e você precisava ver a alegria dela ao me contar. – Rio com a cara que ela faz – Que tipo de mãe deixa uma criança de um ano com peças de lego? – Revira os olhos – Aquilo poderia ter entrado no nariz da criança ou sei lá, quando nós tivermos filhos eles não vão brincar com lego até os oito anos. – Comenta e eu não consigo evitar de sorrir.

Era difícil Camila falar sobre futuro, ela gostava muito de viver o agora, então ela falando algo como aquilo me deixava extremamente animada e encantada. Eu queria tanto construir uma família com ela, eu faria qualquer coisa para apenas ver sua felicidade e realizar todos os seus desejos, ainda mais se um desses desejos fosse igual ao meu.

- Filhos? – Passo a língua sobre os lábios e só então ela nota o que havia dito – Você quer ter filhos comigo? Mais de um? – Questiono interessada e eu percebo sua expressão ficar levemente constrangida.

- Oras, é claro que eu quero. – Comenta, desviando o olhar – Só que apenas mais para frente, é claro, nós estamos apenas...

- Começando a viver. – Completo sua fala e ela me encara com um pequeno sorriso, concordando com a cabeça – Nós podemos ter três? – Questiono interessada.

- Lauren eu não gosto de número ímpar! – Reviro os olhos.

- Então vamos ter quatro, simples assim. – Camila ri e eu sorrio.

- Você não acha que quatro é um número grande? – Questiona realmente interessada no assunto.

- Angelina Jolie e o Brad Pitt têm mais de quatro e da super certo. – Ela ri, negando com a cabeça.

- Nós somos ocupadas e eu não quero que ninguém fique sozinho, ou se sinta sozinho, que está por si só. – Percebi sua voz falhar levemente.

Eu sabia que essa era provavelmente um assunto difícil dela tratar. Camila sempre amou crianças e sempre teve um contato muito grande com elas, mas eu sabia que era difícil falar sobre educação e principalmente sobre como crianças eram criadas de uma forma geral. Minha namorada praticamente criou Sofia, então ela sabia como era trabalhoso e o quão difícil era, assim como uma criança/adolescente se sente ao não ter uma figura mais velha como pais por perto.

- Eu jamais deixaria isso acontecer, assim como você também não deixaria. – Murmuro e Camila me encara com um pequeno sorriso – Nós podemos ter duas meninas e dois meninos então? – Camz ri e revira os olhos marejados, mordo o lábio inferior.

- Temos tempo para pensar e decidir isso, Lo. – Se levanta e só então eu posso ver que ela estava com um short cinza – Pera aí. – Ela pega o computador e começa a andar, tentando disfarçar como aquele assunto havia mexido com ela – Estou com fome. – Percebo que ela descia as escadas.

- Meu jantar vai chegar daqui a pouco! – Olho para o relógio, só então notando que estava demorando para chegar.

- Vai comer o que? – Deixa o computador em cima da bancada da cozinha e então fica de costas para preparar alguma coisa.

- Não tenho ideia, é o especial do chef. – Passo a mão pelo cabelo, pela distância que Camila estava da câmera eu podia ver perfeitamente o seu corpo todo de costas – O que está preparando? – Pergunto ao vê-la abrindo a geladeira, se afastando com um suco.

- Vou fazer um sanduiche para meu café da tarde. – Ela se aproxima da câmera e estica o braço do lado, pegando uma banana – Nutella com banana no pão. – Arqueio as sobrancelhas e rio quando vejo ela realmente fazendo aquilo.

Enquanto Camila ia preparando o seu sanduiche nós íamos conversando sobre as saídas que ela deu com Taylor esses dias, minha irmã ainda estava na cidade e vez ou outra ia para o apartamento para fazer um pouco de companhia para Camila, algo que eu apreciava, gostava de ver as duas juntas.

Deixei meu computador em cima da mesa que tinha no quarto e fui estender minha toalha no banheiro, quando voltei Camila mordia seu sanduiche com vontade e chegava até mesmo revirar os olhos apreciando o gosto do alimento. Me sentei a mesa e peguei meu violão para mostrar minha nova composição para Camz, que virou toda sua atenção para mim.

Antes que chegasse ao fim da música pedi para que Camila esperar porque a janta havia finalmente chegado, fui para a pequena sala que tinha na suíte e então caminhei em direção a porta com o violão em mãos, abri a porta e sorri para a mulher que empurrava o carrinho. A mulher que pareciam bem jovem, provavelmente era seu primeiro trabalho, entrou em meu quarto e eu apontei que ela poderia deixar no quarto, assim ela fez.

Procurei a minha bolsa e não consegui acha-la, queria dar uma gorjeta ou algo do tipo, assim que entrei no quarto para procurar a bolsa lá pude ver a menina encarando o computador com uma enorme cara de choque, Camila me olhava com uma cara preocupada e eu franzi o cenho, odiava quando invadiam a minha privacidade.

- Como você se chama? – Questiono, conseguindo toda a sua atenção.

- Phoebe. – Abro minha bolsa e só acho cartões, eu havia gastado meu dinheiro naquela tarde.

- Phoebe eu estou sem dinheiro para lhe dar uma gorjeta, mas amanhã mesmo deixo o dinheiro com o gerente... – A mulher arregala os olhos, ela parecia apavorada.

- NÃO! – Arqueio as sobrancelhas – Não precisa! – Podia ver que suas mãos tremiam.

- Hum... – Coço a nuca – Tudo bem então, obrigada. – Camila continuava comendo o seu sanduiche – Eu te acompanho até a porta. – Comento caminhando até a porta.

- Sra. Jauregui? – Encaro a mulher e ela parecia completamente constrangida – Minha irmã é uma enorme fã da senhora e eu troquei de lugar com a minha amiga hoje só para que eu tentasse te ver, amanhã é aniversário dela e seria possível você dar um autografo?

Aquilo havia me pegado de surpresa, era por esse motivo que a garota estava tão nervosa, sorri sem graça e apenas concordei com a cabeça. Peguei um dos bloquinhos que tinham ao lado do telefone do quarto e fiz uma dedicatória, desejando um feliz aniversário e alegando que eu a amava, assinando meu nome logo em seguida.

- Muito obrigada. – Sua mão tremia muito e ela tinha um largo sorriso – Você não sabe o quão feliz ela vai ficar quando ver isso. – Ri desconcertada.

- Vocês vão no meu show amanhã? – Questiono passando a mão pelo cabelo.

- Oh, não. – Da um sorriso triste – Eu tentei juntar um dinheiro para comprar os ingressos, como presente de aniversário, mas quando eu finalmente juntei os ingressos estavam esgotados. – Faço uma careta e então coço minha testa.

- Você pode passar o nome completo de vocês? E suas idades? – Pego o bloquinho novamente e uma caneta – Eu vou deixar o nome de vocês no lado onde apenas pessoas autorizadas podem entrar, vou fazer questão de deixar meu pessoal ciente de vocês e então vocês entram para assistir ao show e até mesmo ir até o M&G, ok? – Sorrio timidamente.

- Oh meu Deus, você está falando sério? – Pergunta com os olhos marejados.

- É claro que eu estou. – Rio divertida – É só anotar o nome de vocês. – Estendo o bloquinho e a mulher rapidamente começa a anotar – Coloque o seu telefone também, caso eu vejo que vocês não entraram eu peço para que Big Rob combine um lugar com vocês para que vocês entrem. – Pisco para ela.

- Eu nem sei como agradecer, meu Deus, muito obrigada. – Me abraça e eu fico surpresa com o gesto repentino, apenas devolvo o abraço – Muito obrigada!

- Não precisa agradecer. – Rio divertida – Obrigada por trazer minha janta.

- Espero que esteja tudo como você gosta. – Concordo com a cabeça, pegando o papel – Qualquer coisa é só ligar para a recepção.

- Pode deixar. – Sorrio abrindo a porta – Obrigada, Phoebe.

- Obrigada você! – Ela sai agarrada com o papel do autografo e quando fecho a porta consigo escutar um gritinho animado, o que me tira uma risada baixa.

Assim que voltei para a frente do computador empurrei o mesmo, colocando todo o meu jantar na minha frente enquanto explicava para Camila porque eu havia demorado para me despedir da mulher, o que fez minha namorada ficar rindo das reações que eu contei que ela tive, até disse que amanhã cedo falaria com Ally para que ela conseguisse chamar a menina no palco para que eu cantasse Brave Honest Beautiful com ela.

Eu andava tão feliz e completa que era impossível nenhuma outra pessoa reparar, assim como era impossível não compartilhar essa felicidade com outras pessoas. Do que adianta ter tudo se você não pode dividir com as pessoas que você ama?!


Notas Finais


Eu espero que vocês tenham prestado atenção no capítulo porque eu dei algumas dicas do que vão acontecer no próximo capítulo, espero que vocês tenham notado.
Bom, como eu disse lá em cima eu ando meio zzzzzz com a fanfic por vários motivos, ando sem vontade de escrever além de ter que me concentrar nas provas finais, então é. Não sei se semana que vem eu atualizo, então já deixo aqui avisado(:
Não se esqueçam de comentar ou divulgar, isso ajuda na divulgação e da história e me deixa feliz, caso você não tiver uma conta aqui é só me chamar no tt (switch5Hearts) e se não tiver conta e quiser falar comigo/sobre a fanfic é só mandar coisa no ask.fm/SushiDaMegan em anonimo!
Natália xX(:


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