“Semana passada, durante o almoço, a minha irmã mais nova falou sobre um tal de admirador secreto que mandava cartinhas pra ela. Eu achei fofo, ao mesmo tempo que achei ridículo.
Aquilo era tão infantil e adorável que fiquei numa luta mental para que eu me decidisse se era um ato legal ou chato.
Mas eu só me decidi quando eu te vi. Pra ser mais específico, hoje de manhã.
Eu não gosto de falar sobre isso, mas eu to te mandando uma cartinha, então acho justo explicar o motivo de estar no mesmo local que você.
Mês passado a minha mãe descobriu que estava com câncer, eu não liguei muito, a gente tinha dinheiro pra pagar o tratamento, até o mais caro se possível. Foi então que eu me toquei de que a personalidade alegre dela tinha sumido e ela andava cabisbaixa pelos cantos. Automaticamente eu me toquei de que, eu era o filho dela e mesmo assim não tava dando apoio.
Me senti tão mal que fiquei triste por dias, minha cabeça doia de tão preocupado, papai me disse que era enxaqueca, até começar a passar mais tempo do lado dela, sorrir mais e ser gentil.
Foram questões de dias pra ela voltar a ser risonha e feliz. Ela precisava de mim. Mesmo com o apoio do meu pai. Ela queria amor.
E eu fiquei tão feliz que no primeiro dia do tratamento dela — hoje — não levei meu celular, nem meu video game portátil.
O hospital é legal, né? Você viu as estrelas no teto? Elas eram invisiveis, diferentes da do meu quarto, elas são de cartolina amarela e ficam brilhando quando a luz do sol toca nela.
Os enfermeiros brincaram comigo e fizeram a minha mãe rir, então eu gostei deles.
Ai eu te vi. Você tava sentado no banco, do outro lado da sala, tristinho e sério. Eu queria que você risse então eu pedi para os enfermeiros irem brincar com você também.
Mas você não riu.
Portanto, eu lembrei das cartinhas que a minha irmã tinha falado. E decidi que elas valiam a pena.
Não fica triste, tudo bem? Vai dar tudo certo!
Eu espero que você goste da minha cartinha.
Do seu mais novo amigo: Park ChanYeol!”
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