História Leve-me para onde as flores desabrocham - .eu, primavera. tu, outono.

Você esteve lá comigo, vendo a neve derreter e o sol raiar durante o meio-dia, nós sempre tivemos gostos diferentes, eu era alguém que contemplava o desabrochar das flores na primavera e você sempre preferiu assistir a neve caindo da janela, com a ponta do nariz gélida por não conseguir ficar no aconchego das cobertas e preferir a brisa fria que adentrava à casa.

E eu sempre berrava no seu ouvido, enfurecido pela sua casa parecer um freezer por conta das janelas abertas no inverno, era fato que eu sempre iria preferir passar finais de semana no aconchego das cobertas com você me abraçando e deixando a estação que eu menos gosto parecer um pouco mais confortável.

Mas apesar de preferir as estações quentes, eu ainda estava lá com você nas estações mais frias, para te aquecer e ser aquecido, não somente por conta do frio, mas também por ser algo necessário para nós dois. Eu poderia amar o calor, mas nada se comparava com a sensação de acolhimento que você me proporcionava e que dava aquele calor gostoso por dentro.

Você era adepto das xícaras de chá e café e eu dos copos gelados de refrigerante e sucos, mas nós dois apesar de tudo éramos a combinação perfeita de tudo que havia de bom no inverno e no verão, apesar de eu preferir a primavera e você o outono.

— Isso é para você… — Lembro-me de você sussurrando ao meu ouvido, os pelos do meu corpo se arrepiaram de imediato, e em sua mão tinha um pequeno trevo-de-quatro-folhas, logo em seguida eu o repreendi por ter o arrancado.

— Pra quê eu quero um trevo-de-quatro-folhas? Só por ter você em minha vida, eu já sou o homem mais sortudo do mundo. — Falei, vendo um sorriso nascer em seus lábios que logo se tornou uma risada gostosa.

— Eu não me lembrava de você sendo tão galanteador, Sehun.

O hábito de passar nossos finais de tarde no verão, sentados em um banco de madeira daquele parque perto do seu emprego nunca caiu no esquecimento, com um algodão-doce em uma mão, e os seus dedos presos aos meus, sentíamos a brisa chocar-se contra nossos rostos e contemplamos o sol se pôr pouco a pouco, era como um espetáculo diário feito especialmente para nós dois.

Na primavera, minha estação favorita, o romantismo parecia ser inesgotável. Carícias eram trocadas em nossas caminhadas matinais, palavras doces eram sussurradas ao ouvido um do outro durante os nossos jantares que sempre rendem momentos inesquecíveis. Você sempre tinha o costume de me dar orquídeas, girassóis e lírios todos os domingos da primavera, uma unidade de cada flor, pois sabia como eu era apaixonado por cada uma delas.

E era assim que eu gostaria de passar todas as estações, Jongin, ao seu lado, te amando e sabendo que é recíproco, te aquecendo no inverno e sentindo o calor do seu amor durante as estações quentes e sabendo que a flor do nosso amor sempre iria desabrochar independente da estação.