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História Levitate - Prove-me sua lealdade


Escrita por: OliviaDemiris

Notas do Autor


Oi Galerinha do Mau!!!
Peço desculpas pela demora, mas acho que alguém fez uma macumba contra mim e tudo começou a dar errado na minha vida. Como podem ver, nem sou dramática.
Kkkkkk
Mas, enfim...
Gostaria de agradecer a @FuckDarkWitch17 e @Vicksouza por favoritarem a fic.
Ah, a garota "nova" no banner do capítulo é a Dana.
Espero que gostem.
Boa leitura!!!

Capítulo 36 - Prove-me sua lealdade


Fanfic / Fanfiction Levitate - Prove-me sua lealdade


Lexi's POV
   

Ele estava ali, bem na minha frente. Era a minha chance de acabar com ele, então pensei em distraí-lo enquanto eu recuava até a mesinha de cabeceira e pegava a Glock de dentro do livro falso que eu deixava em cima do cômodo. Desde que voltei pra casa, desde que não vi mais os meninos e ele, eu mantinha aquela arma escondida no meu quarto e, agora, finalmente chegou a hora de usá-la.

 

- Senti sua falta tanto quanto uma zebra sente de um leão. - Disse irônica e Michael riu debochado.
   

Dei dois passos para trás e Michael deu dois passos na minha direção, dei mais três passos e finalmente alcancei o livro.

 

- Sabe, Lex, eu adoro desafios e, veja que irônico, você é um desafio para mim. - Michael sorriu sombrio.
   

Peguei a arma e mirei em sua direção, puxando o gatilho, mas nada aconteceu. Michael começou a rir, ele levou a mão ao bolso e, naquele momento, pensei que fosse morrer, mas tudo o que ele tinha em mãos, era o carregador da arma. Da minha arma.

 

- Um bom atirador percebe quando uma arma está leve demais, docinho. - Michael sorriu irônico.

- O que quer comigo, Michael? - Disse entredentes. Podia sentir as veias pulsando em meu pescoço.

- Pensei que isso já tivesse ficado bem claro. - Michael sentou-se na poltrona que ficava no canto do meu quarto. - Mas, tudo bem, não me importo em dizer de novo. - Michael disse num tom calmo que me deixou mais irritada ainda. Como ele pode ser tão frio? Com tanta frieza assim, é capaz de congelar o inferno! - Eu quero você pra mim, Lexi.

- Por quê? - Cruzei os braços.

- Por que todo rei precisa de uma rainha, - Michael começou a andar na minha direção e eu comecei a recuar. - por que eu desejo você - Minhas costas haviam encostado na parede, não havia mais para onde recuar, o braços de Michael estavam nas laterais da minha cabeça e ele estava próximo, bem próximo de mim. - e porque eu vou à loucura só de olhar para o seu corpo. - Michael olhou para meus lábios e, por um momento, pensei que ele fosse me beijar, mas ele se afastou, me fazendo suspirar aliviada. - E essas sua resistência só faz com que eu a deseje mais. Confesso que, quando namorava a Juliet, eu não reparava muito em você, mas, no dia em que eu fui atrás da Juliet, eu vi o quão perfeita você era. Perfeita pra mim.

- Você nunca me terá. - Disse entredentes.

- Será que não? - Seu olhar sombrio olhando diretamente em meus olhos, fez um arrepio subir pela minha espinha.
   

O celular de Michael começou a tocar. Ele o tirou do bolso e estendeu para mim.

 

- Acho que é pra você! - O sorriso sombrio presente nos lábios de Michael me fazia ter a certeza de que, quem quer que estivesse do outro lado da linha, não me trazia nenhuma notícia boa.
   

Peguei o celular da mão do Michael e aceitei a chamada de vídeo. Meu choque foi imenso quando vi Henry do outro lado da linha. Será que Michael o tinha sequestrado?
   

"Olá, Lexi, surpresa? Me parece que precisa escolher melhor quem são seus amigos! - Henry riu debochado. O quê? Henry trabalhava para o Michael? - Você caiu tão fácil na minha conversa. Deu até pena! - Henry disse em tom de deboche. - Agora, vamos ao que interessa! - Henry tirou a câmera de seu rosto e filmou Juliet dormindo serena em sua cama. Não pude evitar de deixar as lágrimas caírem pelo meu rosto. - Ou você obedece o meu amigo aí, ou ela morre. - Senti vontade de gritar quando vi a arma sobre a cabeça de Juliet. - Ela, e ele. - Henry apontou a arma para a barriga de Juliet. - Até breve, sexy Lexi!"
   

Quando a chamada terminou, caí de joelhos no chão e comecei a chorar descontroladamente.

 

- Por favor, deixem a Juliet e o bebê em paz! - Supliquei.

- Venha comigo e nada acontecerá aos dois. - Michael estendeu a mão para mim.

- Mas, - Enxuguei as lágrimas. - e meus pais, a Juliet, eles vão notar a minha ausência.

- Já cuidei disso! Eles pensam que você foi viajar com o Henry. Claro que aquela sua amiga, a garçonete, não gostou nada disso. Agora vamos! - Michael me tirou do chão.

- Posso pelo menos pegar algumas roupas? - Disse fitando o chão. Se eu tinha alguma esperança de acabar com o Michael, ela tinha ido por água à baixo.

- Não precisa, terá um closet cheio de roupas só pra você na nossa nova casa. - Nossa. A ideia de dividir a mesma casa, a mesma cama, qualquer coisa com Michael, era definitivamente meu pior pesadelo, mas eu tinha que fazer isso para que aqueles que amo não saíssem machucados ou até mesmo mortos. - Vamos?

- Vou me vestir. - Disse indo em direção ao meu guarda-roupa. 

- Confesso que prefiro você assim, seminua, mas não quero meus capangas olhando pro que é meu. - Michael disse possessivo e eu revirei os olhos.
   

Peguei a primeira roupa que encontrei e ia para o banheiro, mas Michael segurou meu braço, impedindo-me de ir.

 

- Não precisa se trocar, já te vi seminua e pretendo ver muito mais do que isso. - Michael disse malicioso e mordeu o lábio inferior.

- Me solta, Michael! - Disse ríspida. Michael revirou os olhos e soltou meu braço.
   

Entrei no banheiro e coloquei a camiseta preta, o shorts jeans claro e meus coturnos. Saí do banheiro e Michael me olhou de cima a baixo.

 

- Você vai me dar trabalho, garota. - Michael murmurou.
   

Revirei os olhos e fui em direção à janela, pulando-a pela quinta vez só naquele dia, só que, dessa vez, completamente contra a minha vontade.
   

Esperei Michael descer pela janela. Ao contrário de mim, ele desceu com facilidade, caiu de pé e não fez ruído algum.
   

Michael segurou minha cintura e até pensei em tirar sua mão do local, mas eu tinha que evitar contrariá-lo, a qualquer momento ele poderia apertar um único botão e mandar Henry matar Juliet e meu afilhado, então tentei ignorar o máximo a repulsa que sentia de sua mão em meu corpo e deixei que ele me guiasse até a Ferrari vermelha parada do outro lado a rua.

 

- Você irá adorar nossa casa, Lex, - Michael colocou a mão na minha coxa e eu rapidamente a tirei, recebendo um olhar repreendor do garoto. - continuando, - Michael me mostrou um tecido preto. - mas não posso lhe dar o luxo de ver o caminho que leva ao nosso "humilde" lar.
   

Revirei os olhos e deixei que Michael vendasse meus olhos.
   

A sensação de estar em movimento e não poder ver, era perturbadora, deve ser assim que um cgo se sente logo que descobre a deficiência.
   

Quando o carro parou, escutei Michael abrir sua porta e eu comecei a tatear, procurando o abridor da porta do passageiro, mas alguém foi mais rápido e a abriu para mim.

 

- Vamos, minha rainha. - Michael disse e segurou minha mão, tirando-me do carro.
   

Ele logo tirou minha venda e eu pude ver a enorme mansão de pintura azul bebê.

 

- Gostou? Posso mudar a cor se não gostar de azul. - Michael disse e me puxou pela cintura para mais perto de si.

- Pra um cativeiro, até que não é nada mal. - Disse com ironia.
 

 Michael segurou meu pulso com força e me obrigou a ficar de frente para ele. Podia ver raiva em seus olhos e algo me dizia que toda aquela raiva estava sendo direcionada a mim.

 

- Preste atenção, Lexi, eu só vou falar um vez! - Michael disse entredentes. - Eu sou muito bom quando eu quero, posso ser até um príncipe, mas, se me tirar do sério, desejará nunca ter nascido, entendeu? - Engoli em seco e assenti positivamente. - Excelente! Agora vá tomar um banho e trocar de roupa, nós vamos sair.
   

Michael soltou meu braço e empurrou minhas costas para dentro da casa.

 

- Nosso quarto é a última porta no final do corredor esquerdo. - Michael disse antes de fechar a porta de entrada e me deixar sozinha com os empregados da casa.
   

Respirei fundo antes de subir os dois lances de escada e me deparar com dois corredores imensos e, cada um, aparentava ser maior do que minha casa. 
   

Segui para a porta que Michael havia me falado e encontrei um cômodo imenso: as paredes eram de um belo azul escuro acinzentado, o piso de madeira clara, uma imensa cama de casal, dois closets, uma porta, que deveria ser o banheiro e uma penteadeira cheia de produtos caros de beleza.
   

Abri o primeiro closet e encontrei camisas, ternos, calças, camisetas e sapatos, tudo de marcas caras e algumas que eu nunca havia visto na vida. No outro closet, também haviam sapatos, roupas e acessórios sofisticados, porém esse era feminino. 
   

Quando Michael me disse que teria um closet só para mim, não imaginei que seria tanta coisa assim. Peguei uma roupa, um sapato, acessórios, óculos escuros (Link nas notas finais) e segui para o banheiro. A decoração do banheiro era toda em preto em branco, assim como seu piso e seus azulejos, além disso, havia uma imensa banheira redonda e um box com chuveiro. Não era muito fã de banheiras, então segui para o chuveiro.
   

No box, também haviam produtos caros, como um shampoo, condicionador e sabonete líquido de morango, todos da marca Victoria's Secret. Tomei um banho longo e, quando fechei o registro do chuveiro, pude sentir o delicioso aroma de morango tomando conta do ar. Passei um creme no corpo, também de morango. Vesti minha roupa e segui para o quarto, onde fiz uma maquiagem leve e coloquei meus saltos. Não gostava de me maquiar quando não ia para uma festa ou coisa do tipo, mas, se todos aqueles produtos caros estavam ali, era porque Michael exigia que eu usasse e abusasse deles.
 

 Desci as escadas e encontrei Michael me esperando ao pé da escada.

 

- Nada mal, minha rainha. - Michael estendeu a mão para mim. - 

- Será que dá pra parar de me chamar assim? - Cruzei os braços ignorando sua mão estendida.

- Mas é isso que você é! Eu sou o rei do tráfico e o maior campeão da Corrida Mortal e você é minha rainha! - Michael sorriu convencido. - Só minha!
   

Revirei os olhos e Michael me puxou pela cintura, quase me fazendo cair da escada e nos aproximando mais do que deveria.

 

- Ah, esse cheiro de morango que vem de você, poderia arrancar sua roupa e cometer loucuras com você agora mesmo. - Michael me olhava como um leão olha para uma zebra e eu realmente estava assustada com aquilo. 
   

A verdade é que eu ainda não tinha parado para pensar nisso, se eu era a "rainha" do "rei Michael", então ele com certeza pretendia me levar para cama. Deus, o que fiz para merecer isso?
   

A porta se abriu, mas eu não me virei para ver quem era.

 

- Senhor, já está tudo pron... - Olhei para o lado e encontrei Dana. A garota estava boquiaberta, com certeza devia estar surpresa ao me ver ali, nos braços de Michael. Minha vontade era de correr até ela, abraçá-la e contar tudo o que estava acontecendo, mas isso acabaria com o disfarce dela, com certeza eu teria algum momento em que pudesse falar com ela a sós, então só me restava esperar.

- Minha rainha está linda, não está? - Michael me exibia como se eu fosse um troféu e isso fazia com que eu o repudiasse mais ainda. Não sou um objeto para ser apreciado dessa maneira, mas era isso que ele fazia, me tratava como se eu fosse um fantoche inanimado que ele podia manipular como bem entendesse.

- Está, senhor. - Dana recompôs-se.

- Não sabia que gostava de mulheres, Dana. - Michael caminhou na direção de Dana e me puxou pela mão, para que eu caminhasse ao seu lado.

- Eu não gosto de mulheres, senhor, só não sabia que havia arrumado uma namorada, senhor. - Dana disse.

- Pois acostume-se, porque, se depender de mim, ela nunca mais sairá do meu lado. - Michael disse possessivo.
   

Talvez meu olhar me denunciasse, porque, pelo modo como Dana me olhava, parecia saber muito bem o que estava acontecendo.

 

- Bem, vamos? - Michael disse e Dana assentiu.
   

Michael abriu a porta para que eu entrasse na Ferrari vermelha, me fazendo revirar os olhos.

 

- Eu sei abrir e fechar a porta do carro sozinha, Michael. - Retruquei assim que ele entrou no carro.

- Não posso ser cavalheiro com minha rainha? - Virei meu rosto para a janela, ignorando-o completamente, mas Michael puxou minha mandíbula com força, me obrigando a olhá-lo. - Lembre-se do que eu te disse hoje mais cedo, Lexi, você não vai querer conhecer o meu outro lado, portanto, seja uma boa menina e comporte-se! - Michael soltou meu rosto e eu levei a mão ao local, que estava dolorido. - Sei que não gosta disso, mas não vai poder ver para onde estamos indo.
   

Michael me vendou e, em seguida, ligou o carro. Eu não tinha noção da distância percorrida quando estava com os olhos vendados, mas com certeza nós demoramos mais para chegar ao tal local do que para chegarmos à mansão do Michael.
   

O carro parou e ouvi o barulho de um portão velho de metal sendo aberto. Não demorou muito e Michael finalmente desligou o carro, tirando a venda dos meus olhos em seguida.
   

Olhei ao redor e só então pude notar que aquilo era um depósito abandonado que um dia pertencera à BMW. Ainda haviam carcaças de lataria e motores enferrujados no local.

 

- Legal, não é? - Michael disse. - Meu mecânico está restaurando todas essas peças e, se você for boazinha, poderá ter um carro só pra você.
   

Boazinha! O que ele acha que eu sou? Uma criança olhando a vitrine de uma loja de brinquedos? Bem, talvez fosse isso que eu estava parecendo naquele momento enquanto olhava com fascínio para as peça, que mesmo destruídas pelo tempo, ainda tinham uma beleza cordial.

 

- O que viemos fazer aqui, senh... - Dana não concluiu a frase, pois  Michael a prensou contra a parede, colando o antebraço em seu pescoço, impedindo-a de respirar.

- No começo você até que me enganou, mas agora eu sei, você é uma traidora. - Michael rosnou. Dana tentou tirar o braço de Michael de seu pescoço, mas todo o esforço foi em vão.

- Eu... não sou traidora! - Dana disse com dificuldade.

- Prove! - Michael fastou-se de Dana, que caiu no chão e evou a  mão ao pescoço, tossindo e respirando com dificuldade. Tentei chegar perto para ajudá-la, mas Michael me impediu.
   

Dana levantou-se e Michael e puxou pelo braço, levando-a até uma roda de homens, não sei o que tem naquele meio, mas estou com um mau pressentimento e, se tratando do Michael, com certeza não é algo bom. Ele disse que Dana precisa provar sua lealdade, o que será que ele quis dizer com isso?
   

Chegamos até a roda e os homens nos deram passagem, revelando Nathan de joelhos, algemado e com o corpo cheio de marcas roxas e sangue. Meu amigo, aquele que prometera me ajudar, estava ali, vulnerável e todo arrebentado e eu sentia que era incapaz de ajudá-lo.

 

- Não! - Levei as mãos à boca.
   

Michael soltou o braço de Dana e pegou a Glock g25 que um de seus capangas lhe estendia.

 

- Se você realmente é leal a mim, prove, mate esse ser insignificante. - Michael puxou o braço de Dana e colocou a arma em sua mão.
   

Eu sabia que precisava intervir, mas como?

 

- Não! Ninguém vai matar ninguém aqui. - Me coloquei na frente de Michael. - Eu aceitei vir com você contanto que você não machucasse aqueles com quem me importo e eu me importo com esse garoto. Ele é meu amigo!

- Eu disse que não machucaria a Juliet. - Michael sorriu perverso. - Sanchez, Carter, tirem ela da minha frente!
   

Dois homens vieram na minha direção, cada um segurou um braço meu e  e ergueram do chaõ, me tirando dali.

 

- Me soltem, seus brutamontes. - Gritava e esperneava numa tentativa falha de me soltar.

- Quer que a leva para casa, chefe? - Um dos homens disse.

- Não, quero que ela fique e assista tudo! - Michael sorriu perverso. - Onde estávamos mesmo? Ah sim! Quando quiser, Dana.
   

Com as mãos trêmulas e lágrimas nos olhos, Dana apontou a arma na direção de Nathan.

 

- Vamos, Dana, você consegue, apenas faça! - Ouvi Nathan sussurrar e acho que Dana também escutou, pois ela negou com a cabeça.
   

Dana fez o que eu menos esperava que ela fizesse, apontou a arma para a própria cabeça.

 

- Não! - Nathan protestou.


Notas Finais




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