História Liar - Imagine com Yuta NCT - Oneshot

- Por quê você fez isso comigo S/n? – Perguntei para o nada virando mais um copo daquela bebida amarga e que fazia com que minha garganta ardesse. – Por quê?

Ela dizia que iria sair com suas amigas, mas eu sabia que isso não era verdade. Nesses últimos meses esses passeios noturnos com suas “amigas” tornaram-se mais frequentes. Ela achava que eu era um idiota que não percebia nada, mas isto não era verdade, eu sabia muito bem o que ela estava fazendo.

Sabia que essas idas até a casa de uma amiga, ou até mesmo de seus pais eram na verdade uma visita a casa de seu amante, ela achava que podia me enganar, mas eu era mais esperto do que isso.

- COMO VOCÊ PODE?!? – Gritei atirando o pequeno copo que ainda encontrava-se em minha mão na parede branca da sala de estar. Observei o liquido âmbar escorrer e manchar a parede e logo depois o piso, aquilo não sairia com facilidade.

Sorri ao pensar em S/n com raiva por mim ter manchado mais algumas coisas, essas não foram as primeira, e com certeza não seriam as ultimas. Gostava de saber que ela se preocuparia com alguma coisa que eu fazia, mesmo que fosse algo como isso.

Ao menos isso diminuía a dor por saber que s/n me traia, e ainda por cima me traia com meu melhor amigo. Nunca pude entender o que se passava em sua cabeça para fazer isso, s/n sempre teve de mim tudo o que queria presentes, carinho e o principal, amor. Nunca amei ninguém como a amava, então porque ela fazia isto comigo?

Talvez o que ela sentisse por Johnny fosse mais forte do que qualquer sentimento que tenha tido por mim algum dia... Mas então por que não terminava tudo comigo para finalmente ficar apenas com ele? Por que tinha que me torturar desta maneira? Por que tinha que nos torturar? Nunca a entenderia.

Eu sabia que ela não estava mais feliz estando ao meu lado, por mais que ela tentasse me enganar com beijos, abraços e sorrisos falsos, eu podia sentir algo de diferente neles, não tinham o mesmo sentimento de antes, estes tinham apenas como objetivo me enganar.

Sinceramente, já estava cansado disso, não aguentava sofrer tanto por causa de s/n, queria deixá-la ir, talvez fosse o melhor a se fazer por nós dois...

Mas eu não podia, não faria por medo de perdê-la, s/n era a coisa mais preciosa no mundo para mim, não podia deixá-la partir.

Por mais que meu peito doesse por saber de sua traição, com certeza não aguentaria viver sem ela ao meu lado, mesmo que seu coração agora pertencesse à outra pessoa.

Doía vê-la se esforçando tanto para que eu não notasse nada de diferente no que ela fazia, e para que as outras pessoas continuassem achando que éramos o casal perfeito. Só queria saber o porquê de tanto esforço.

Em jantares de negócios ou de família S/n sempre estava ao meu lado como a esposa perfeita, com seu sorriso perfeito, e seus olhos vazios. Seus olhos... O primeiro sinal de que ela já não me amava, não importava quantas vezes ela disse “te amo” seus olhos a denunciariam. Eles já não demonstravam amor e ternura como antes, agora eu só os via assim quando s/n estava ao lado de Johnny.

Não, eu não odiava Johnny, não importava o quanto tentasse não poderia odiá-lo, ele não tinha culpa por ter se apaixonado por ela, como ela também não tinha culpa de ter se apaixonado por outro homem. Por mais que eu soubesse disso meu ego era mais forte, eu era egoísta de mais para deixá-la ir.

Passávamos todos esses eventos sociais de braços dados mostrando sorrisos perfeitos, ninguém poderia desconfiar que mais tarde no mesmo dia ela estaria com outro homem, enquanto eu ficaria em casa bebendo perguntando-me se ela ao menos sentia alguma coisa por mim, nem que fosse pena.

Esse tipo de coisa já havia virado rotina em nossas vidas, ela mentia e eu apenas fingia ser cego para tudo o que ela fazia, ou surdo para não ter de aturar as mentiras que saiam de seus belos lábios. E às vezes eu realmente queria ser cego diante de toda essa situação, daria tudo para nunca ter descoberto a verdade por trás de tantos sorrisos e beijos.

Levantei-me indo em direção ao copo, ao menos o que restara do mesmo que agora estava em pedaços, assim como meu coração.