História Liar's Dice - Prólogo

Aquela lua magnífica e resplandecente a meia noite, apenas me forçava a imaginar o que eu poderia escutar naquele pequeno bar, bar que não tenho muitas relações, nada amoroso ou amizades, apenas um bar, que aposto e sempre arrisco, se é que assim posso dizer, ao tocar aquela carta de baralho, ou até mesmo uma ficha de 10 dólares, que sinceramente não se compara a grandes cassinos ou algo deste nível. Aquele pequeno bar no cruzamento entre esquinas não se tratava apenas de um local de bebidas e apostas, mas também de melodia, afinal qual é a graça de ficar em um local que nos ofereça como música algo ruim?

*Apoiada na parede da rua, olhando o céu estrelado, Marina tragava o seu doce e melancólico cigarro, não tão doce, pois memórias juvenis se tratam apenas de problemas, mas não tão amargo a ponto de esconder o prazer da nicotina passando pelos os pulmões como mini ondas em um mar compactado*.

Bom, voltando ao bar, na verdade não me resta muito a falar deste, apenas momentos de loucura apostadora e prazeres carnais relacionados ao dinheiro que qualquer ser humano tem nada fora do comum...

*Ainda com o cigarro nos lábios, Lambrini expelia a fumaça pela a boca deixando escapar um pouco pelo o seu nariz, enquanto a fumaça que saia pela a boca ficava em um pequeno formato de coração*.

Bem, agora o que me resta é apenas cruzar a rua não é mesmo?

*Em passos largos  e demorados, a jovem atravessava os dois cruzamentos que a separavam do bar, no meio tempo alguns carros passavam, motoristas a xingavam, palavras de baixo calão obviamente, mas nenhum acidente, no final Marina não se importava, pois já sabia que na verdade estava morta por dentro e meras ofensas iriam ser apenas um petisco para o mar da podridão de seu coração*.

Passo a passo, tragada por tragada, fico mais próximo desta minha pequena rotina, ou seria mais um hobbie? De qualquer forma, como não consigo me enojar ou até mesmo enjoar deste pequeno Bar?

*Perguntas obviamente pairavam pela a cabeça da jovem de trinta e um anos, supostamente logo após de ter atravessado a rua, uma leve brisa, porém diferente da calada da noite levantava o pequeno cabelo ondulado de Marina, tocando nas extremidades de seus olhos, até a mesma escutar uma voz um quanto familiar*.

-Você aqui novamente?