Point of View — Dominic Hall
Eu não acredito que meu próprio pai fez isso. Estou com um ódio tão grande dele, que vontade de matá-lo não falta. Bufo e me levanto, vou até o frigobar e pego uma garrafa da água. Scarlett e Leon estão dormindo juntos em um quarto. Simon está em algum lugar que não me interessa mais. Alguém bate na porta e entra logo depois. Magnus se senta no sofá e me encara. Suspira e tira um papel de seu bolso e me entrega.
— Antes da bomba explodir, achei isso em cima dela. — Falou com a voz cansada. Suspiro e passo a mão pelo cabelo.
“Estou voltando, filhinhos.”
— Como? Como ele entrou na minha casa? Ela estava rodeada de segurança. — Falo frustrado. Realmente a casa estava cheia de seguranças por todos os lados, como ele conseguiu entrar lá? Pergunto-me. E ainda mais sabendo que Scar estava lá dentro. Isso é frustrante, saber que seu próprio pai fez isso.
— Nem eu sei cara. Eu realmente não sei, mesmo. — Falou com as mãos na cara.
— Como você achou a bomba?
— Eu estava falando com a Scarlett, e perguntei se ela queira comer. Quando estava voltando para a cozinha ouvi um barulho de Tic Tac vindo de seu quarto, fui ver o que era e vi a bomba lá. — Falou me encarando estranho. Eu preciso saber como a bomba foi parar em meu quarto e como que ele entrou na casa sem ninguém ver. — O estranho é que como eu estava na sala antes, não ouvi um barulho se quer. E você sabe que eu tenho sono leve, qualquer coisa escutaria... Bom, a única coisa que ouvi foi um falatório, só que quando acordei não tinha ninguém por perto, a televisão estava desligada.
Isso tá estranho, ele tem um sono muito leve mesmo. É como se alguém conhecesse tudo e todos. Minha preocupação é Scarlett, ela não sabe de nada, e pretendo manter isso.
— Ok. Parece que alguém sabe de todos os nossos planos. Sabia que você estaria em casa com a Lett. Sabia que eu não estava em casa.
— Dom, a única coisa que entendi foi que seu pai está voltando. E você precisa contar logo pra Lett. — Falou e assenti. A última vez que menti pra ela foi quando era mais nova. Ela ficou sem falar comigo por um longo tempo.
— Não, ela não precisa saber de nada. — Falo nervoso. Ele sorriu de lado como se soubesse de algo.
— Vocês podem se odiar, mas ele é o único que pode te ajudar de verdade. E se seu pai realmente voltou, ele irá tomar seu trono, você irá perder tudo. E, o mais importante, a confiança de Scarlett, ela não vai mais confiar em você.
— Quem pode me ajudar?
— Justin Bieber. — Falou calmo.
— Tá bom, só um minuto. — fiz uma pausa. — O que?
— Peça ajuda a ele. Ele também não quer perder o seu trono. — Deu de ombros e saiu. Ele quer mesmo que eu peça ajuda pro Bieber? Pego meu celular e ligo para ele, no segundo toque ele atende. Respiro fundo.
— No que devo a honra de sua ligação?
— Preciso de sua ajuda.
— Você? Precisa de ajuda? Em que?
— Conhece Gregório Brown?
— Sim, mas ele sumiu à muito tempo. E o que isso tem haver com a sua ajuda?
— Ele é o meu pai.
Ele começa a tossir. Ri um pouco.
— Como? Ele não teve nem uma família, imagina em um filho!
— Minha mãe não queria que nós tivéssemos o mesmo sobrenome dele. Para que ninguém viesse atrás de nós.
— Certo... E que tipo de ajuda precisa?
— Eu quero matá-lo! E é por isso que eu preciso de sua ajuda.
— Porque eu te ajudaria?
— Ele está voltando, e ainda é dono de quase o território todo, incluindo o seu. Ele pode muito bem pegá-los de volta em um piscar de olhos.
— Ok. Vou ajudar.
— Me encontre no endereço que irei mandar.
Desliguei antes que ele respondesse. Jogo o celular pra longe. Como já tinha uma casa, tive que comprar uma só por precaução. Levanto-me e desço indo para a cozinha. Scar, Leon e Magnus estão lá comendo.
— Nick, eu quero um celular novo. — Ouvi Scar dizer e me viro a encarando confuso.
— Cadê o seu? — Pergunto e pego um pedaço de bolo. Ela revira os olhos.
— Explodiu junto com a casa. — Deu de ombros. — Eu preciso de um novo pra falar com a Amber.
— Ok. — Dou meu cartão pra ela. Ela saiu saltitando para a escada. Ri com isso. — Justin está vindo.
Point of View — Justin Bieber
Estava na piscina com os garotos. Quando meu celular toca pego e vejo que é Dominic. Atendi na segunda vez, ele me pediu ajuda para matar o pai dele, estranho? Nem um pouco. Mas irei ajuda-lo. Não posso perder meu trono, de jeito nenhum. Já me arrumei e estava à espera dos garotos, que parecem garotas se arrumando. Eles descem e vamos para o carro. Ligo e vou para o local marcado.
(...)
Chego no local e desligo o carro, desço e fecho a porta. Olho em volta, uma casa grande, bem legal. Ando até os portões e o segurança nos deixa entrar. O jardim é enorme, interessante. Entro na casa sem bater nem nada. Dom estava vendo televisão e se assustou com a minha presença. Ri.
— Fala ae. — Falo e fiz um toque. Nós conhecemos a anos, mas por causa de algumas coisas preferimos romper a amizade. Os garotos fazem o mesmo e me sento no sofá. Vejo uma foto dele é da Scarlett, ela é linda. Ela não me conhece, ainda. Não é porque eu fiz algumas ameaças contra ela que a odeio, longe disso. Sei que ele a protegeria de tudo. — Qual o plano?
— Ainda não sei, estou esperando os outros chegarem. — Assinto e pego o controle da tv, mudo de canal. Dez minutos depois a porta se abre.
— NICK, CHEGUEI. — Ouço um grito feminino. Conheço essa voz de longe. Ela entra e para, fica me encarando.
— Bom... Vamos ao escritório. — Falou Dom. Assinto lentamente ainda a encarando. Dom chega perto de mim e fala baixo. — Ela namora.
Subimos para o escritório e entro por último.
— Plano?
— Vai ser difícil matá-lo. — Falou suspirando.
— Dom, ele ainda tem obsessão pela Scar? — Pergunto e Dom me encara.
— Não vou fazer isso. — Falou nervoso. Assisto.
— Ok. — Levanto as mãos me rendendo.
— Podemos fazer uma emboscada. Ele quer o trono dele de volta, então, que tal a gente dar o trono para ele? — Magnus falou. Sim, conheço todos.
— Como assim?
— Vamos fingir dar o trono e matamos ele. Para isso precisamos planejar isso direito. — Falou e assentimos. Um barulho ecoa pelo escritório fazendo todos se levantarem, o barulho vem lá de baixo.
— Scarlett está lá em baixo. — Falo e corro para fora dali. Desço e vejo Gregório apontando uma arma para Scarlett. Engulo em seco. Ela está com o rosto todo vermelho.
— Surpresa, filhinhos. — Falou em um tom assustador.
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