História Liars Secrets - Rastreador

Point of View — Dominic Hall

Escutei tiros sendo disparados, e me levantei pegando minha arma. Minha prioridade era Scarlett, vou ao quarto dela e não a vejo. Que nada tenha acontecido com ela. Desço as escadas e o som cada vez aumentando no lado de fora. Pego o rádio e ligo.

— O que tá havendo?

— Seu pai está atacando a casa. — Pietro falou baixo. — Tem um carro tentando entrar aqui.

— Tem muita gente?

— Uns cem. — murmurou. — Dom, manda reforço.

— Tá. — desligo o rádio. Ouço um barulho na cozinha e destravo a arma. Entro na cozinha que estava escura, acendo a luz encontrando Lett no chão chorando. — Ei, está bem?

— Sim. — levantou a cabeça, pude ver um corte em sua testa. — Quem está fazendo isso?

— Gregório. — suspiro. — Cadê todo mundo?

— Não sei. — Gemeu e a olhei. Ela levantou a blusa e vejo que ela havia levado um tiro. Puta que pariu. Já não bastava o Leon, agora ela. — Tá doendo.

— Levanta. — ela nega, pego ela no colo. Ouço os vidros sendo quebrados, ele conseguiu entrar. — Consegue correr?

— Mais ou menos. — Bufo nervoso.

— Ok. — pego o rádio e tento ligar para Leon. A essa hora eles devem estar treinando tiros. Lá não tem como ouvir nada aqui de cima. Motivo: Isso é de baixo da terra, subterrâneo. Isso era bom, mas ao mesmo tempo ruim. Bom porque não tem com o que se preocupar com a segurança de lá. Blindado. Tudo de cimento. Ruim porque não se ouvia nada, nada mesmo. Ouço um ruído e percebo que é o rádio.

— Dominic?

— Onde estão vocês?

— Subterrâneo. — bufo. — O que houve?

— A casa tá sendo invadida. — Falo baixo, escuto um barulho e a casa se apaga. — Fiquem aí.

— Não, não. Scarlett está aí, eu vou subir. — subo as escadas. — Precisa de algo?

— Tudo bem. — riu vitorioso. — Trás bastante armas. Todos os tipos, o máximo que conseguir. — Murmurou um ok, e contínuo. — Eles estão com um tanque. Boa Sorte. Estaremos no andar de cima.

— Entendi. Vou ficar com o rádio. — Falou. — Cuida dela.

— Sempre cuido. — desligo, coloco ela na cama. — Fica aqui, eu já volto. Segura isso, é só apertar e atirar. — estamos no último quarto, preciso pegar mais armas em meu escritório. — Não faça barulhos.

Tranco o quarto, assim como os outros. Ando silenciosamente até meu escritório, até porque está tudo escuro. Entro no escritório e digito a senha. A porta se abre, tiro um colete e o coloco, pego duas armas e as coloco sobre meu pescoço, mas não sem antes verificar as munições, as armas são grandes. Pego outra, só que dessa vez um pequena e coloco na cintura.Tento pegar o máximo que consigo, resumindo: Duas grandes, uma pequena, e mais duas, um pouco maior que a pequena, duas metralhadoras automática em cada mão. Fecho tudo e saio do escritório, vou para a cozinha e tiro cinco munições, coloco-as na frigideira com um pouco de óleo, ligo o fogão e saio dali. Elas irão esquentar, e logo depois vão sair pulando que nem pipoca. Vou para debaixo da escada, logo escuto passos subindo. Sinto meu celular vibrar, nem tinha me ligado que ele estava comigo.

"— Cadê vocês?" — Leon.

"— Em baixo da escada. Eles subiram." — Dominic.

"— To indo ae." — Leon.

Guardo o celular. Rezo em todas as línguas para que ninguém a pegue. Sinto alguém ao meu lado, e coloco a arma em sua testa.

— Sou eu, porra. — abaixo a arma. — Cadê a Scarlett?

— Deixei no último quarto. — bufou.

— Os meninos estão comigo aqui. — assenti mesmo ele não podendo ver. Logo ouço o som de balas sendo disparada. Minha ideia deu certo. Sorri comigo mesmo. — Vamos meter bala.

— Usem silenciador. — Justin diz.

— Leon e Justin, vem comigo. — Falo. — Ryan e Chris, fiquem na sala. Magnus, Chaz e Simon se espalhem. — Escuto um ok de todos. — Não os deixem subir, Scarlett levou um tiro e a deixei lá em cima.

— Tiro? — Leon Grita.

— Silêncio, porra. — soco ele. — Prontos? Eu espero que sim.

Vou para fora da casa e vejo muitos corpos, além de meu seguranças também tem as de meu papai. Ouço uma explosão e olho para o lado. Ainda estava de dia, o que é ótimo.

(...)

Já matamos metade, mas não achei meu pai ainda, o que é péssimo. Encontrei todos na sala e me sento ao lado deles. Levei um tiro de raspão, já Justin levou um na perna e outro no ombro. Meu jardim está cheio de corpos e sangue pra tudo quanto é lado. Terei que procurar outra casa, haja dinheiro. Não estou reclamando, longe disso, apenas não gosto de gastar muito. E além do mais, tenho que pagar a faculdade de Scarlett, sei que ela não quer entrar pra esse mundo, oque eu agradeço. Estava com uma puta dor de cabeça do caralho.

— Nick...? — Escuto a voz fraca de Lett, e olho para escada. Ela está no colo de um negão, e meu papai está ao lado com um sorriso falso nos lábios. Lett sorri me confortando, mas isso não adiantou. Me levanto indo em direção a ele, mas alguém me segura. Puxo meu braço com força.

— Deixa ela. — Exclamo alto. Ele negou rindo. Desgraçado arrombado.

— Irei deixar se despedirem. — Falou, logo o negão a coloca  no chão, corro a abraçando.

— Ele fez algo com você?

— Não.

— Próximo. — Gregório fala. Me afasto e Leon a beija. Os dois deixam lágrimas caírem, eles dão um último beijo e Leon dá um colar a ela. Sorri sabendo o que era. Rastreador. Ainda tenho as gravações do dia do hospital. Trouxa de merda.

— Eu amo você, Le. — Lett diz. Logo o negão a pega no colo, ela estava fraca por conta do tiro. Eles saem  da sala, me jogo no sofá deixando as lágrimas caírem.

Eu sou um merda. Como eu pude deixar que ele a levasse? Me pergunto. Eu não consegui, não consegui ser um irmão pra ela. Eu vou matá-lo.