Point of View — Scarlett Hall
Acordei cedo, fiz minhas higienes e tomei um café reforçado. Voltei para o quarto, e troquei de roupa (link). Desci com o meu celular em mãos, e me sentei na beirada da piscina.
Apesar que eu não estava falando muito com Amber, sinto saudade dela. Ela era minha melhor amiga, de fato, a única amiga menina que eu tinha. Tudo está dando errado na minha vida. Meu pai virou — totalmente — um louco por mim. Amber morreu. Descobri que meu primo está vivo. E também que meu pai matou várias pessoas por mim. Loucura, não? Pois é. Muita loucura pra uma menina como eu. Pego meu celular e vou para a playlist da Ariana Grande. Amo as músicas dela, principalmente as do álbum novo dela, Dangerous Woman. Coloco Be Alright para tocar no celular.
— O que faz aqui sozinha? — Escuto a voz de Justin, e me viro para vê-lo melhor, bato a mão ao meu lado pra ele se sentar, e assim ele faz.
— Apenas pensando, nada de mais. — sorri. — E você?
— Iria falar com Dom, aí eu vi você aqui, e decidi vir. — Falou, dando de ombros. Me encostei nele, que me abraçou pelos ombros. — Como a gente ficou tão...?
— Grudados? Não sei. — gargalhei. — Foi tão normal, que nem parece que você é um gângster.
— É. — me olhou. — Você e o Leon já se resolveram?
— Nem o vi ontem aqui, acredita. — suspirei. — Eu realmente não sei o que está acontecendo com ele, Justin. Ele está mais distante que antes!
— Não fica assim, você tem a mim, gatinha. — riu.
— Bobo. — dei um tapa nele.
— Já tomou café? — assenti. — O que quer fazer?
— Sei lá, ficar aqui mesmo. — dei de ombros.
— Porque você tá assim? — o olhei confusa.
— Assim como? — arqueio as sobrancelhas.
— Diferente. — Disse.
— Eu to normal... — sussurro.
— Não, não está. — puxou meu rosto. — Ei, pode contar comigo sempre.
— Não tenho nada pra falar. — me aproximei dele, e sorri.
— Que tal você voltar para a escola? Aí você não ficaria tão solitária aqui, hein?
— Pode ser. — Falo manhosa.
— Não seja manhosa. — o abracei. — Tá carente, é?
— Sim. — Falo contra seu peitoral.
— Cadê seu celular? — apontei para o outro lado, estava longe da piscina um pouco. — Se segura.
— Que... — logo sinto a água fria, dou um grito alto por ser pega de surpresa. — Bieber!
— Você tá muito branca. — Murmurou.
— Idiota.
— Você tem que pegar uma cor, não acha? — assinto de leve.
— Eu to com frio, vadio!
— Vamos sair. — ele me pega no colo, e saímos da piscina. Entramos em casa e vejo os garotos na sala, principalmente ele; Leon. Ele apenas me encarou, e suspiro, subimos as escadas e eu fui para o meu quarto, não sei ele. Tomo um banho e troco de roupa (link²), arrumo meu cabelo, e me jogo na cama. A porta se abre, e logo sei que é Leon por conta de seu perfume.
— Letty? — se deitou ao meu lado.
— Hmm?
— Me desculpa, amor. — me puxa para deitar em seu peito e o abraço.
— Porque? — não o encarava.
— Tenho que te falar algo.
— Fala, ué.
— Olha pra mim, porra! — me puxa com tudo pra cima, e o olhei. — É sério.
Maneio a cabeça para ele continuar.
— Tudo que tivemos não foi real. Nada. Absolutamente nada; beijos, abraços, os “eu te amo”, não foi real. — riu amargo. — Era apenas uma farsa!
— Leon, para de brincar. — ele não esboça nenhuma reação. — Amor, é mentira, né?
— Claro que não, bobinha. — me segurou. — Tudo não passou de um plano. — sorriu. — Foi fácil fazê-lo. Conhecer você da melhor maneira; virando amigo, depois namorado, e noivos. Ótimo plano, não?
— Para! — Grito. — Cadê o Leon fofo, amoroso, carinhoso? Esse não é você! Diz que é mentira...
— Foi tudo uma grande mentira. — Gritou me apertando. — Nunca existiu um nós, entenda. Tenho vários segredos. Esse era um deles, mas eu tô aqui contando para você. ME ESQUECE.
— DOMINIC! — Grito alto. — Você não é assim. — passo a mão em seu rosto. — Volta, amor! Leon.
— PARA, PORRA! — a porta se abre. — Eu cheguei a te amar, mas foi uma grande ilusão. Eu sou o traidor, acredita? Ninguém nunca iria saber disso. Sabe porquê? Por que eu era o teu namorado e amigo do trouxa do teu irmão. — seus olhos estavam marejados, ele estava chorando. Limpo seu rosto, o mesmo chega perto de meu rosto e fica me encarando. — Eu cheguei a te amar quando te conheci. — me beijou lentamente, e por mais que não possa, eu retribui. O beijo era como se fosse uma despedida, com um pouco de desespero. Segurei sua nuca, e o puxei para mais perto, terminei o beijo com dois selinhos e o abracei. — Eu te amei, foi preciso. Boo, me perdoa.
— Leon, solta ela, não irei fazer nada com você, só solte-a e vai embora. — Dom disse, e sussurro um “não”. Não podia ser real, eu o amava.
— Tá. — me soltei dele, logo ele saiu do quarto. Corri abraçando Dom, que me apertou em seus braços. Então liberei minhas lágrimas rapidamente.
— Deixa eu falar com ela. — Justin disse, Dom me colocou na cama e todos saíram, menos Justin que deitou ao meu lado. — Chora.
— Eu o amo, amava ele. — suspirei. — Ele foi meu primeiro em tudo, sabe o que é isso?!
— Só chora. — assenti.
“— A metade de um amigo, é a metade de um traidor.”
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