História Liars Secrets - Prólogo

Point of View — Scarlett Hall

Acordo com o meu maldito despertador gritando. Me levanto vou ao banheiro e faço minha higiene matinal, ligo o chuveiro. Termino de me banhar, pego uma toalha e caminho até o closet. Pego minha roupa para a escola, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo frouxo, e carrego minha mochila. Desço as escadas correndo pelo simples motivo de que eu estou atrasada pra escola. Vou a cozinha pego uma maçã. Por quê nem tempo pra comer direito eu tenho.

Quer saber, vou pedir algum segurança para me levar a escola. Vejo um segurança perto da garagem.

— Ei. — chamo a atenção dele, ele deu um pulo. Acho que dei um susto no coitado.

Ri.

— Que susto menina — ele coloca a mão no peito. — O que a menina quer?

— Você pode me levar a escola por favor?

— Por que eu? — ele pergunta.

— Por que eu sei que você não quer que meu irmão te demita ou quer? — ameaço ele

— Tá bom vamos.

— Por isso gosto de você. — mentira gosto nada.

— Anda logo menina. — diz entrando em um carro. Entro no carro e ele sai da garagem.

— Então... Você trabalha a muito tempo aqui? E que nunca vi você por aqui.

— Não menina, sou novo aqui. — diz olhando para a estrada.

— Eu tenho nome.... — digo esperando ele falar o nome.

— Pietro, e qual o seu nome menina?

— Scarlett. — digo e vejo ele parar o carro.

— Entregue menina. — ele diz e da um sorriso. — e que sorriso lindo.

— Obrigada, gostei de conversar com você. — digo e saio do carro.

— Também espero conversar mais. Quer que eu busque você também? — ele pergunta.

— Não, até logo. — digo e ele arranca o carro.

Entro na escola e procuro minha amiga Amber. Vejo que está sentada olhando para os lados — ela é estranha — vou até a mesma. Chego por trás e dou um susto nela.

— Hey — digo abraçando ela.

— Porra, Scarlett, que susto praga. — ela diz e põe a mão no peito.

Ri.

— Que nada. — gargalhei. — Então, o que você tá fazendo sozinha aqui? — pergunto e me sento ao lado dela.

— Esperando você, agora vamos. — diz se levantando. — Já está sabendo que hoje a gente sai cedo, né?

— Claro que sim. Mas porque a pergunta? — me levanto e vamos andando até os armários.

— Vamos ao shopping hoje comigo?

— Não, é o que você quer fazer no shopping cedo, praga? — pergunto abrindo meu armário. Pego meus livros que vou usar hoje.

— Comprar uma coisa. — diz e olho desconfiada.

— Fala a verdade logo. — fecho a porta do armário e vou indo até a sala. — É pra pegar garoto, não é? — me viro pra ela.

— Porra mano como você sabe das coisas? E sim, eu vou pegar um boy. — ela diz e começo a gargalhar.

— Sabia, e me diz o que eu vou fazer lá? Ficar de vela que não vou. — entro na sala vou até a minha cadeira — que é no fundo — e me sento. Amber senta ao lado.

— Não, é só pra eu não ir sozinha por favor. — diz implorando.

— Cacete, tudo isso é só pra pegar um garoto? Puta que pariu em, tá na seca? — ri e olhei pra ela.

— Não, não estou na seca. Por favor, vai comigo.

— Só vou por que não tenho nada pra fazer em casa mesmo. — falo e o professor entra na sala. — Ele é professor de que mesmo? — franzo o cenho.

— Acho que é de matemática. — puta merda odeio essa matéria.

— Então para de conversar comigo, porque eu sempre me fodo em matemática. — falo e me viro pra frente.

— Ok.

(...)

A aula passou rápido demais. Pelo simples motivo que eu dormi na aula de história. Bateu a hora do intervalo e me levanto arrumo meu material. Chegando lá vou até a mesa que tem lanche. Pego um lanche. Amber chega com várias coisas — que por sinal não é pouca.

— Meu deus, Amber, assim você vai ficar gorda.

— Cala a sua boca e me deixa ser feliz.

— Tá bom, seja feliz gorda então. — falo e termino o meu lanche.

— Me deixa vaca. — ela diz e me taca um pedaço de alguma coisa.

— Para de me tacar coisas, senão eu não vou ir com você caralho. — tento ser séria, mas dura pouco e começo a rir.

— Você não consegue ficar com raiva de mim. — ela diz rindo.

Respiro fundo.

— Anda logo que já vai bater o sinal. — falo mudando de assunto.

— Tá bom o estressada. — ela diz e termina de comer. Me levanto junto com ela, jogou a lata da coca e a embalagem no lixo e ela faz o mesmo. Meu celular começa a tocar, pego sem ao menos olhar quem era e atendo.

— Oi — falo andando para a sala de aula.

— Vem direto pra casa. — vejo na tela que é meu querido irmão.

— Eu vou sair com a Amber.

— Não quero saber, vem direto pra casa, escutou bem? — mais que vontade de matar ele agora. Mas aí me lembro que se eu matá-lo fico sem meu irmão.

— Tá bem, era só isso? — perguntei sem paciência

— Sim. — ele diz e desliga na minha cara.

Filha da puta.

Guardo o celular no bolso. Entro na sala e espero o professor começar a aula. Puta que pariu que professor lindo nossa senhora.

— Então alunos, sou o professor de química de vocês só nesse horário. Me chamo Logan e espero que a gente se dê bem no decorrer deste ano. — ele diz e se senta.

— Prof o senhor tem quantos anos? — um ser pergunta e o professor dá um sorriso. Meu deus o sorriso dele é fodedor.

— Tenho 23 anos. Qual o seu nome? — vejo as meninas babando pelo professor.

— Me chamo Chloe. — ela dá um sorriso.

— Como a Chloe já se apresentou agora é a vez de vocês, um por um. Vamos lá, você. — ele aponta para Amber.

— Amber. — ele da um sorriso. Já falei que o sorriso dele lindo? — Você do lado da Amber, agora. — Ele aponta pra mim.

— Scarlett. — ri.

— Nome bonito. — ele da um sorriso.

— Obrigado — agradeço. Ele continua a perguntar os nomes. O sinal toca e arrumo meu material. Me levanto vejo que só tem eu, Amber e o professor na sala.

— Amber, meu irmão me ligou e disse pra ir direto pra cara. — falo e ela afirma com a cabeça. — Depois você me conta como foi lá. — falo e ela sai, deixo cair meu lápis no chão.

Pego e coloco na mochila. Coloco minha mochila no ombro, me viro e vejo o professor me olhar. Confesso que fiquei com medo desse olhar que ele deu. Ele me olha de cima a baixo e da um sorriso. Dou um sorriso e vou até a porta da sala. E o professor também com suas coisas. Quando eu ia abrir ele me prensa na parede perto da porta.

— O que você tá fazendo? — pergunto e sinto a respiração dele em meu rosto.

— Nada. Até a próxima aula. — ele fala e da um beijo no canto da minha boca e sai.

Porra.

Respira e expira.

Saio da sala correndo.

(...)

Chego em casa ofegante por ter corrido. Coloco a mão no joelho tentando regular a respiração. Abro o portão e vejo que tem o triplo de seguranças no jardim e todos correndo de um lado pro outro. Eu não entendo pra que tanto segurança nesta casa, sendo que a gente nem é famoso.

Começo a andar até a porta de casa. Entro e vejo que os amigos de meu irmão estão lá e vou correndo pra abraçar eles.

— Que saudade de vocês. — digo abraçando um que eu esqueci o nome, depois de abraçar todos me sento no sofá.

— Nós também sentimos sua falta pequena. — um deles falou.

— Eu não sou pequena e você que é grande de mais. Apenas isso. — digo e me levanto indo até ele.

— Ah sim, claro. — juro que meto a mão na cara dele se não fosse meu irmão aparecendo do além.

— Scarlett. — ele me chamou. Ele não gosta que eu fique perto dos meninos.

— Oi pra você também. — digo.

— Oi. Vamos ao assunto. — ele diz e os meninos sentam no sofá.

— Tô vazando. — falo pegando minha mochila.

— Pode ficando, isso envolve você. — ele diz sério.

— Posso nem ir trocar de roupa? — pergunto.

— Não.

— Só vou trocar é rápido. — digo pelo simples fato de estar um calor e eu aqui usando calça.

— Rápido. 5 minutos. — ele diz e eu corro em direção a escada e subo igual o flash. Abro a porta e vou até o closet pego um short curto, uma blusa fina. Desço a escada novamente na velocidade da luz.

— Viu, nem levou 5 minutos. — digo e mostro a língua.

— Tá. vamos ao que interessa. — ele diz. — Como você viu eu estou reforçando a segurança, pois é preciso. E não faça perguntas!

— Isso eu já percebi, né meu querido. — falo e ele trava o maxilar, ele odeia quando eu o chamo de "querido" pois ele fala que é coisa de gay.

— Eu não estou para a suas gracinhas hoje. Então vê se não enche a porra do meu saco, entendeu ou eu vou ter que desenhar pra você? — Ele diz rude e eu saio da sala correndo indo para o quarto.

Por que ele me tratou assim? O que eu fiz de errado dessa vez? Só isso que eu quero saber. Ele nunca me tratou assim.

Point of View — Dominic Hall

Já estou puto com essa correria toda aqui em casa e eu como um bom "otário" desconto nela. Essa foi a primeira vez que eu falei assim com ela. Quando ela me olhou depois que eu disse aquilo senti tristeza em seu olhar. Como nunca tinha visto antes. Sei que ela não tem culpa de nada que está acontecendo aqui em casa, mas ela não ajuda aaralho. Sinto que estou perdendo minha irmã aos pouco por conta dessa vida que eu venho levando. Tenho a plena certeza que ela vai me odiar quando descobrir. Passo a mão sobre o rosto tentando não surtar.

— Agora fala o porque de você ter nos chamado aqui cedo? — Leon pergunta.

— Simples, adivinha quem está na cidade? — falo olhando para todos.

— Não faço a mínima ideia. — Magnus diz.

— Fala logo, dude. — dessa vez foi o Simon.

— Justin Bieber. — falo e eles me olham assustado.

— E o que isso tem haver? E o por que você está reforçando a segurança? — Simon pergunta.

— QUAL A PARTE QUE VOCÊ NÃO ENTENDEU, QUE O BIEBER ESTÁ NA CIDADE? — grito e levanto.

— Isso eu já entendi. Era só isso? Já podemos ir? — Simon pergunta. Eu só não dou um tiro na testa dele porque ele faz parte da gangue.

— Não, vamos ao meu escritório.

— Posso ir ver como sua irmã está? — Leon pergunta. Ele é melhor amigo dela. Mas acho que rola algo a mais.

— Pode e depois volta aqui. — falei é ele saiu do escritório.

— O que você quer falar com a gente? — Magnus pergunta

— Vamos assaltar um banco, para podermos comprar mais armas.

— Temos que ter carros mais rápidos. — Magnus fala e seus olhos brilham

— Vai ter um racha hoje a noite. — Simon diz

— Ótimo, avisa que nós vamos. — falo e dou um sorriso, essa noite promete. — Podem ir. — digo e eles sai.