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História Liberdade para viver - Três


Escrita por: Tondy

Notas do Autor


De novo, obrigadaaaaaaaaa a MitsukiNohana!

Capítulo 3 - Três


Fanfic / Fanfiction Liberdade para viver - Três

O cantor acordou sentindo como se não houvesse passado nem um minuto dormindo, sua cabeça doia e seus olhos ardiam. O vampiro passou vários minutos revirando-se no caixão com esperanças de poder voltar ao pacífico mundo dos sonhos, mas não obteve sucesso. Como sempre, sua insônia parecia desejar que ele se mantivesse num permanente estado de exaustão.

Enquanto tentava dormir novamente, o cantor lembrou-se dos eventos depois do show. Ele tinha sido cercado por fãs e passado cerca de uma hora assinando autografos e batendo fotos, os vampiros só haviam se dispersado com o nascer do sol. Murdo tinha saído de lá completamente destruído, mal conseguindo se manter em pé, e  ainda sentindo a frustração de não conseguir alcançar as garotas.

Um barulho ecoou pelo trailer, afastando a imagem das duas vampiras da mente do cantor . Com isso, Murdo decidiu desistir de suas tentativas falhas para dormir e levantar-se, talvez dar uma volta pela cidade.

Ao sair de seu caixão, o cantor encontrou Carlotta se arrastando pelo trailer, provavelmente em busca de comida. Após alimentá-la, Murdo levantou-a e sorriu.

-A noite parece linda,  não acha, Carlotta? Podemos dar um passeio pela cidade. Acho que Maik mencionou um cemitério perto daqui, quer ir?

A sanguessuga pareceu gostar da ideia, se dirigindo para o bolso do sobretudo de Murdo.

O cantor saiu do trailer e respirou profundamente o ar puro. A noite realmente estava linda, constatou o vampiro: a lua cheia iluminava a pequena cidade e as estrelas brilhavam fortemente.

Ao sair do local onde a banda havia estacionado seus trailers, Murdo observou Xantor de longe. O homem o havia abordado antes do show, tentando convencê-lo, novamente, a não tirar férias com a banda ou, pelo menos, mantê-las curtas, segundo o empresário, a fim de não decepcionar os fãs.

Enquanto caminhava pelas desertas ruas de Bindburg, Murdo pensou no vampiro. O cantor não o suportava, mas ele era um excelente empresário, sempre organizando shows que lotavam e trazendo muito dinheiro.

Apesar de o incentivo financeiro não ser a maior preocupação do vocalista, ele pensava que era melhor ter o dinheiro do que não. Além disso, seus pais sempre perguntavam sobre as finanças e o rendimento monetário da banda. Quando o dinheiro ia bem,  eles não reclamavam sobre o fato de o filho nunca estar em casa e o estilo de vida peculiar do garoto.

Enquanto observava algumas casa iluminadas e seus habitantes, Murdo pensou na família. Eles sempre o viram como um estranho. Seu desejo de seguir a carreira musical e sua personalidade reclusa não eram bem vistos por seus pais. Os dois eram grandes empresários de renome, membros de famílias antiga de vampiros, que prezavam pela continuidade da estirpe e pela manutenção da reputação da família.

Murdo suspirou profundamente ao pensar nesse fato. Ele tentou afastar a imagem dos pais da mente e passou a observar a forma como a lua iluminava as ruas desertas. O cantor estava acostumado às movimentadas e barulhentas cidades de vampiros, então aquela imagem tão serena lhe trouxe tranquilidade.

Quando finalmente chegou ao cemitério, Murdo deparou-se com um lugar pequeno e acolhedor, com menos de 100 túmulos e cercado por uma floresta. O cantor sentiu o estresse desaparecer naquele local e sentou-se embaixo de uma árvore para observar a paisagem.

O vampiro mergulhou em seus pensamentos, enquanto observava as sepulturas antigas, com os nomes já apagados e corroídas. Sua mente analisava os últimos dias com a banda: as brigas, o estresse,  os shows. Tudo parecia demais para Murdo, ele se perguntava constantemente se aquilo valia a pena, se deveria continuar com a Krypton Krax. Talvez por isso ele tinha se importado tanto com a opinião de uma garota desconhecida, pensou ele, talvez seu cérebro buscasse alguém para lhe dar uma nova perspectiva para esses questionamentos.

-Sabe, eu acho que ele era um idiota, ele fez qualquer coisa no palco sem nem ligar. Parecia que ele nem estava prestando atenção nos fãs. Um grande filho da puta ingrato. Não sei como podia achar ele o máximo.- a voz despertou Murdo de seu devaneio, parecia ser de uma garota não muito distante.

 



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