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História Liberdade para viver - Cinco


Escrita por: Tondy

Notas do Autor


Valeu MitsukiNohana 😘😘😘
-Kami

Capítulo 5 - Cinco


-Certo, então deixa eu ver se entendi direito: você viu uma vampira avulsa no show, que você notou porque ela parecia “irritada” contigo, então, simplesmente por isso, você ficou completamente obcecado com ela, terminou a música mais rápido porque ela tava indo embora e saiu voando como um louco pra tentar alcançar essa menina, só pra tentar descobrir o que tinha deixado ela assim, já que você não consegue sobreviver se um vampiro no universo não gostar de você, né? – O comentário lhe proporcionou um olhar ameaçador do amigo – Mas ai, além de tudo isso, você dormiu pensando nela, acordou pensando nela, foi parar num cemitério, milagrosamente achou a garota, entretanto, para seu desespero! -Maik gesticulou dramaticamente- Ela te achou um pervertido e você começou uma briga sem sentido com ela...

-Não foi uma briga sem sentido, Maik – Interrompeu Murdo – Ela que começou a me insultar e...

-Ta, ta, acredite no que quiser, cara. – disse Maik, dispensando o amigo - Mas então, você brigou com essa menina e agora quer ficar em Bindburg, a porcaria de Bindburg, que tem, uma população de, no máximo, uns dez vampiros, só pra tentar achar ela de novo? Que obsessão é essa, Murdo?

-Não é uma obsessão, ta? Eu só quero saber porque ela tava com raiva de mim. E eu não vou ficar aqui só por causa dela. Eu quero passar um tempo longe de toda a confusão da Transilvânia. Não aguento mais todo aquele barulho, vampiros voando por todo canto, meus pais... Quero um pouco de paz, sabe?

-Eu entendo, cara. – afirmou Maik apoiando a mão no ombro do amigo – Se você ficar aqui, eu fico com você.

-O que? Não, não precisa, sério, eu vou ficar bem. Além disso, você não aguenta cidades pequenas, não vai ter nenhuma “balada descolada” aqui ou vampiros pra você pegar, daqui a dois dias você vai enlouquecer.

-Você me subestima demais, Murdo, eu consigo sobreviver sem ficar com pessoas, ta? – riu Maik – E não tem discussão, eu vou ficar aqui com você. Não vou largar meu melhor amigo numa cidadezinha no meio do nada enquanto ele ta no meio de um colapso mental!

-Ei! Eu não to “no meio de um colapso mental”, eu só quero um pouco de paz!- Defendeu-se Murdo.

-Claro, porque ficar, do nada, obsesionando sobre uma vampira não ser muito sua fã é, sem dúvidas, um sinal de estabilidade psicológica e autoconfiança, e não representa, de forma alguma, algum tipo de crise sobre como as pessoas te veem, sua imagem própria e todas essas porcarias. – Afirmou o baterista.

Murdo suspirou profundamente e revirou os olhos, era impossível fazer Maik mudar de ideia uma vez que ele tinha se decidido.

-Então, a gente tem que procurar algum canto pra dormir, porque eu não pretendo passar nossas férias num trailer apertado com você. – Disse Maik, puxando o celular do bolso e acessando a internet. – Cara, essa cidade é minúscula, não tem nenhum hotel nesse inferno. Por que a gente veio fazer um show aqui? Esse lugar é um deserto! – Resmungou o baterista.

-Não é culpa minha, foi o Xantor quem marcou o show, ele disse que tem um monte de vampiros nas cidades ao redor dessa. Mas deve ter algum hotel aqui, só não ta marcado na internet, vamos ter que sair e procurar. – Afirmou Murdo, levantando-se da cadeira e puxando o amigo pelo braço.

                                                                                              ....

-Eu tenho o quarto perfeito para vocês! Tem a melhor cama daqui! Tenho certeza que vão adorar, meninos! – Disse a dona da pousada, uma senhora idosa com roupas vibrantes e sempre sorridente, gesticulando alegremente.

-Desculpa, mas cama? No singular? – Perguntou Maik arregalando os olhos – Nós queriamos um quarto com duas camas, ou dois quartos, sabe?

-Mas esse é o único quarto disponível, jovens, afinal, estamos em temporada alta e vocês não tem uma reserva, não posso fazer nada! – Afirmou a senhora.

-Temporada alta? Bindburg tem temporada alta? – O baterista aparentava estar extremamente chocado.

-Mas é claro! Vocês chegaram justo a tempo de participar no Festival de Alho de Bindburg! Centenas de pessoas de todo canto vem pra cá, é maravilhoso! – Respondeu a idosa.

-Ouviu isso, Murdo? Um festival de alho! Eu não poderia estar mais feliz por você ter escolhido passar as férias justamente aqui! Vamos nos divertir tanto! – Disse Maik, lançando um olhar assassino ao amigo.

O cantor apenas suspirou como resposta ao colega e pegou a chave do quarto, entregue pela dona da pousada.

-Sabe, se você não gosta daqui, você pode ir embora, Maik, eu não preciso de babá, consigo me cuidar. – Comentou Murdo, enquanto subiam uma sacada de escadas em direção ao quarto onde estariam hospedados.

-Cara, eu tava só brincando! Eu quero ficar aqui com você, para de tentar me expulsar. Além disso, ela disse que o festival trazia “centenas de pessoas”, talvez eu acabe descolando alguém.

-Com certeza, Maik, você, um vampiro, vai ter muita sorte beijando pessoas que participam num festival de alho e, com certeza, não vai ter nenhuma reação alérgica severa, né?

-Para de ser pessimista, cara! Se continuar assim eu não vou te ajudar a achar sua garota dos sonhos! – Advertiu o baterista.

-Ela não é minha garota dos sonhos, ela é só uma vampira que eu quero entender, sabe?

-Acredite no que quiser, garotão. E não se desespere, vamos encontrar sua amada!- Disse Maik, gesticulando exageradamente.

Murdo revirou os olhos, mas não conseguiu deixar de rir do amigo.


Notas Finais


Eu sei que o negócio do Festival de Alho é meio idiota, mas eu não sabia que festival botar, e eu achei esse que realmente existe (Festival de Alho de Gilroy), então coloquei.
-Kami


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