1. Spirit Fanfics >
  2. Liberte-me >
  3. Capitulo 1

História Liberte-me - Capitulo 1


Escrita por: miller88

Capítulo 1 - Capitulo 1


Eu sempre fui uma garota da cidade grande.
Tendo meus luxos e mimos atendidos num piscar de olhos em minha infância.
nunca pensei que me tornaria um empecilho na vida dos meus pais quando grande mas foi o que aconteceu...eu me tornei uma mimada rebelde pra caralho.
Talvez tudo que eu passaria dali para frente possivelmente nunca teria acontecido se uma simples palavra saísse da minha boca mais vezes.
Desculpa...que se foda os bons modos.

--não pode fazer isso comigo?!!--seguindo os passos do meu pai pela casa minha voz quase não saia da minha garganta diante tanta injustiça.

Ele ocupado que era,apenas virou e me fitou com um suspiro de muito pesar enquanto desfazia a gravata.
Sentia que ele estava tomando uma das piores decisões de sua vida apenas mantendo estampado naquele rosto seu sinal de desapontamento.

--só deus sabe o quanto tentei te manter longe de problemas...mas não dá mais Alex!eu não posso sair do meu trabalho todos os dias para te resgatar das suas bebedeiras!!--ok...eu admito.eu tenho problemas seríssimos com a bebida mas quem ver ele falando,tão cansado e triste pensa mesmo que ele teria todo esse trabalho comigo.(rs) que desilusão..ele só se preocupa assim porque é o sobrenome dele que vem depois do meu nome.é a fama dele que é manchada graças a mim...mas na minha eu fiquei.discutir com o coroa sempre dava problema.
--eu vou te mandar para o campo!!eu herdei uma casa anos atrás e mal piso lá mas...você vai ficar bem por lá mas aqui não dá mais...não ate você tomar um rumo na sua vida.é isso!--disse ele sem se importar com minha vida na cidade ou dos amigos que perderia.simples assim.

--não pode estar falando sério??!!(rs) eu me recuso disto.não vou deixar minha vida para trás para morar num chiqueiro velho no meio do mato!--retruquei e o vi vermelho ficar com a explosão de raiva que ele teve ao ouvir minhas palavras.eu estava ferrada..

--você bateu o carro e só não morreu porque vaso ruim não quebra!!você ainda de ressaca nem deve ter visto o estado que aquela porcaria ficou...--ele disse e eu não me importei.

--e daí??--retruquei tímida só pra ver ate onde isso iria.

--você perdeu o controle do carro, girou no ar e atingiu uma arvore!!é pouco para você!!?eu não quero saber Alex,você vai hoje para bem longe dessa cidade antes que eu te faça parar em outro lugar que será bem pior do que uma casa de campo e sim uma casa de reabilitação.--engoli seco ao lembrar de minha ultima visita para aquele lugar mas amolecer era o que eu não ia.

--você sabe que essa merda nunca funcionou comigo.--retruquei e sim,as vezes eu adoro piorar para o meu lado.

--será mesmo?então escolhe!--gelei mas preparei minhas malas em silêncio.

*****

Durante minha viagem eu odiava pensar que estava indo para o campo mas cada vez que eu via pelo vidro do carro aqueles belos e lindos arranha-céus e aquela infinidade de lojas diminuírem sua frequência,dando o lugar a mercearias e casinhas simples ate o completo verde tomar de conta de todas as direções batia aquela bad em mim.

Eu gosto da multidão e da correria da cidade.
Da praticidade ao meu redor e principalmente de ter internet no meu celular.
aquele lugar sabe deus onde era me deixava com aquele sentimento perdido ao olhar para aquela longa estrada de terra e desamparada do jeito que eu estava, aquilo era uma agonia para mim.

--qual é Miguel!!me diz!!!para onde esta me levando??já tem mais de quatro horas que estamos nesse carro.--impaciente pelo meu tormento eu implorei pelo conhecimento do meu motorista que com um sorriso atendeu meu pedido.

--(rs) calma chica.teu padre me mata se te digo algo sobre essa casa.

--que ótimo Darth Vader ataca novamente.--como sempre pensei.

Miguel era motorista da minha família há anos,cresci cantando com ele todas as musicas mexicanas que ele conhecia e também foi graças a ele que tomei meu primeiro porre.
Um dos piores ate ao meu ultimo..
Desde desse dia nunca mais viajei com ele para o México mas nossa amizade era maior do que todo meu relacionamento que eu tinha com meus pais.
Ele era um cara legal para a idade dele.o único cara da minha vida que me entendia.

--sabe aquele interior dentro do interior??é para lá que estamos indo.--respondeu ele cedendo a minha carinha entristecida.

--tudo isso por arranhar o carro..--falei como se fosse pouca coisa.eu não presto eu sei.

--arranhar o carro??chica não sei como você não virou lixo compactado junto a ele.(rs) o senhor Ross fez mais do que o certo te mandando para o mais longe possível de um carro e de suas bebedeiras.

--ironicamente estamos em um.Frank Ross só se importa com ele Miguel!--lamentei dizer aquilo mas era o que eu sentia.

--no digas isso!ele te ama e é um homem que se preocupa contigo.se fosse outro te deixava largada na rua ou onde quer que tenha caído bêbada...no te preocupes com amigos que te levam para baixo e sim com aqueles que te levam para cima.agora sua nova vida começa.--disse ele com um sorriso no rosto me dando um leve tapa em meu ombro.senti um alivio por ele me entender.

De repente os portões de uma fazenda nos fizeram parar e Miguel desceu prestativo para abrir passagem para o carro.
Meu nervosismo aumentava com o que encontraria ali já que ao longe eu avistava o enorme casarão branco e sua escadaria de pedra.
Uma beleza dos tempos antigos e de gloria do brasil.
Bem,poderia não ser tão ruim assim.
Uma esperança para a minha vida talvez...

ao retornar Miguel analisou bem meu olhar esperançoso e com um riso contido ele ligou novamente o carro.

--hey chica,será que as coisas estão melhores para você agora?uma casa tão grande como aquela deve ter pelo menos agua encanada.--esse era o meu maior temor virando piada nas mãos do meu motorista.

--(rs) nem brinque com isso.--briguei e ele sorriu diante meu medo.

O carro avançou e analisei bem aquela entrada de terra que ainda restava.as altas palmeiras e todo aquele verde tinham o seu charme e ao contrario do que pensei o jardim estava muito bem tratado como boa parte do terreno esverdeado.

Com o fim do meu longo passeio de carro ate seu destino final pude por meus pés fora finalmente daquele veiculo e para sufoco de Miguel em retirar minhas coisas do porta malas.

--eu vou morar nessa casa enorme sozinha??--virei-me a Miguel e perguntei.

Ali não havia ninguém para me receber mas nem me dei muito em conta disto pois pela primeira vez me perdi admirando aquela paisagem ao horizonte.
uma paisagem verde com seus morros distantes e pássaros a cantar e voar pelo céu azul.a brisa pura batia em meu rosto e aliviava minha tensão e pressa de garota da cidade.

--es hermoso no es asi??(rs) só espero que não vire uma caipira quando eu vier lhe visitar.sabe?com sotaque e tudo mais.uma garota do interior.--o encarei por alguns segundos com aquela brincadeirinha imitando ate a voz de um caipira.me imaginei desta forma.eu deveria matar-lo apenas por isso.

--que horror.--retruquei afastando isso da minha cabeça.

Se aquela era minha nova vida,eu estava mais do que ferrada em começar-la sozinha.
De repente batidas de botas em minhas costas chamaram minha atenção a entrada da casa, deparando-me com um cinquentão marrento mas que ainda dando um caldo em muito novinho por ai,barba por fazer,cabelos castanhos um peitoral escondido dentro daquela blusa folgada.ele descia as escadas de pedra da varanda da casa como se fosse o verdadeiro dono daquelas terras.

--você deve ser Alex Ross.--disse o homem com uma voz rouca julgando-me com aquele olhar critico cada peça de roupa que cobria meu corpo.

Quem ele pensava que era?me julgando apenas pelo que via na primeira hora,ele me fez mesmo acreditar que existia algo muito errado comigo.
Seria o meu cabelo??sei que o pintei com o preto mais forte que encontrei mas fitar-me daquela forma já era demais ou simplesmente era o fato daquela fazenda não ser o meu lugar??
Enfim,eu resolvi zoar toda aquela pose de macho que ele demonstrava ter.

--sim,senhor--bati uma das minhas botas na grama e fiz continência para ele e ficou claro o quanto ele adorou minha brincadeira.
Fitou-me com aquele olhar de só não te dou uma surra só porque tem testemunhas.era macabro!
--(rs) qual é?..foi brincadeira.--desviei dele já avançando meus passos a subir aqueles degraus de pedra.

--ela..é uma mulher na aparência mas uma criança na mente.no leve tão a sério o que ela diz senhor Vitor.--Miguel falou aliviando minha brincadeira e me fazendo virar-se no meio da escada para lhe lançar um olhar desacreditado.
eu era uma menina para ele?

--não se preocupe.daqui ela só sai uma mulher por inteira.--disse Vitor e na mesma hora não controlei meu riso.

--então este é o mais belo quartel que já vi!--falei admirando a vista daquele lugar.

--levarei isto como um elogio.--ele retrucou e eu pensei:que cara enjoento.

Ao entrar na varanda da casa cada passo que eu dava ao avançar um rangido de madeira velha fazia acompanhando-me ate a porta da casa onde ali a madeira era mais conservada e polida.

O que eu poderia dizer da decoração,bem.
Foi um luxo alguns seculos atrás.
Era como uma viagem no tempo,tapetes velhos espalhados pelo chão e moveis bem conservados como mesas e cadeiras assim como aparadores e sofás faziam de sua presença o estilo rustico principal da casa.
Aquele lugar havia completamente parado no tempo e agora me tornado uma duquesa ou coisa do tipo, e como se era de se esperar,uma duquesa sem internet.

--não fode!!não tem sinal nesta casa?!!--virei a Vitor e quase tive um ataque do coração com a minha descoberta.
já ele nem sequer ligou para meu chilique.

--não.--ele apenas respondeu sério enquanto me encarava e ao ouvir o carro de Miguel se afastar pela estrada via que agora era tarde demais.
Nunca fomos de nos despedir no choro e abraços apertados mas senti a falta daquilo neste momento.

--e o que eu vou fazer aqui??--perguntei a Vitor

--use sua imaginação...e claro fique longe da sala de bebidas!se eu te ver bêbada nessa casa vou te dar uma surra tão grande que me ver na frente de seu pai vai fazer-lo parecer um anjo.--gelei.

--Vitor não assuste a menina desse jeito..--uma voz feminina abençoava meus ouvidos para minha alegria, uma senhora apareceu me protegendo daquele bruto.

--é por isso que essas crianças da cidade nunca aprendem!!sempre tem um pra passar a mão na cabeça deles!--tipico.ainda bem que existiam pensava eu.

--(rs) não se preocupe Alex.meu marido é bruto as vezes mais é uma boa pessoa.

--vai dando liberdade a ela..e depois não me venha se queixar.o senhor Ross me deu ordens diretas para o cuidado dela e eu como um bom empregado assim como você é deveria seguir-las!

--como assim ordens??--perguntei curiosa.

--(rs)--ele riu da minha pergunta me deixando impaciente por nenhuma resposta.cara,nunca odiei tanto alguem em tão pouco tempo.

--não se estresse com isso agora Alex.vou preparar o jantar e logo depois quero que descanse.a proposito,meu nome é Maria.sou a governanta da casa grande e Vitor é o caseiro.

Que gentil mulher.Maria deveria ter a mesma idade de Vitor e tinha um corpo que muitas mulheres invejariam nessa idade,pena que estava escondido pelo vestido caipira que usava.parecia ser conservadora e mulher dos velhos costumes mas tinha um sorriso encantador e me salvou de um sermão então só amores por essa mulher.

Apresentações feitas Maria deixou-me no meu quarto e correu para a cozinha.
O por do sol visto dali era lindo mas por que tantas janelas?!?deveria ter umas quatro apenas no meu quarto que por falar era enorme e espaçosa do jeito que eu sou serviria bem.
Corri ao banheiro e rezando abri o chuveiro e para minha alegria a agua estava quentinha.
A cama não tinha do que reclamar no momento, era fofa e com a cabeceira de ferro estilizada quase me fez pensar que estava em casa mas ainda estava presa no meio do nada.
Joguei-me sobre ela e parei por um momento.
Os grilos já começavam a cantar e os passarinhos davam seu últimos assovios dizendo adeus para aquele dia que se fechava e eu com meus suspiros entristecidos, a minha vida na cidade.

Depois de um bom banho logo senti o cheiro da comida caseira da Maria me atraindo diretamente para a cozinha onde encontrei com ela pondo minha refeição a mesa e com Vitor apenas a observando e comendo.
Ao me ver de imediato ele fechou a cara e continuou a comer sua refeição em silêncio.que coisa linda de se ver.sarcasticamente falando né gente.

--coma a vontade.tenho que ir para casa se você assim não precisar de mais nada essa noite.--novamente mais uma novidade.

--espera!..vocês não moram aqui na casa grande??--perguntei curiosa.seria mesmo que eu passaria minhas noites sozinha naquele casarão enorme e sob a luz de velas?sim,poucas eram as lampadas daquela casa pois era uma casa antiga e o gerador desta não poderia aguentar iluminar toda a casa.

--(rs) isso aqui não é pra nós garota.moramos atrás da casa grande...uma casinha bem mais humilde do que seu palácio de verão.—disse Vitor sem demonstrar raiva em suas palavras mas um sarcasmo ao ironizar minha situação.

--o primeiro dia sempre é assustador mas logo se acostumará.ah..e antes que eu me esqueça as luzes são acesas apenas a noite.acho que você já entendeu bem o porque.(rs) agora preciso ir.--Maria despediu-se de mim com um beijo no topo da minha cabeça.nem quando era criança era tratada daquela forma mas me senti uma no momento.

--irei logo em seguida Maria.--para minha decepção ele falou antes de ver Maria partir.
--seu pai me falou algumas coisas sobre você.--agora essa.

--é mesmo??o que por exemplo?

–....--o silêncio dele já me dizia bem do que se tratava por isso sorri com sua tentativa.

--ahh entendi.é sobre eu gostar de meninas.não vejo problemas nisso.

--é estranho e anormal!você pode vestir essas roupas modernas mas ainda é jovem!!deve deixar essas ideias de lado e procurar um homem para casar!--que papo tedioso e machista era aquele?ate minhas roupas lindas e maravilhosas entraram nessa conversa.o que meu tenis all-star e minha calça jeans colada tinham haver com essa historia?minha blusa nem se fala,uma belíssima caveira estampada e não escrito lésbica aqui pode julgar!cara como eu odeio esse cara.
Se ele quer ver o estereótipo de lésbica em mim é pra já.

--(rs) eu acho bem difícil isto acontecer.nas festas que eu ia adorava pegar as novinhas sabe.aquelas que são curiosas por natureza mas não sabem de nada essas sim são especiais para mim.(rs) tem também as coroas!elas ali sabem bem como usar a língua.--é.. agora eu fui muito lésbica...ate demais.acho que o traumatizei.

Ele nem terminou de comer e deixou os pratos sujos sobre a mesa e partiu sem dizer uma palavra e eu pensava um ponto pra mim.
limpei os pratos e fui ao meu quarto.um ponto pra ele.

O silêncio daquela casa era mais do que macabro e a escuridão em minhas janelas apenas me assombravam ainda mais,forçavam-me a fechar-las sem sequer olhar para elas direito mas uma luz chamou-me a atenção.
Era uma casinha escondida pela arvores sendo vista por mim graças as luzes fracas dentro dela.
Foi a coisa mais deprimente que vi.
Aquela casa tinha inúmeros quartos vagos e eles preferiam aquela simples casinha?
Eu nunca entendi isso.
E ficar naquele casarão era tedioso.
nunca dormi cedo,nem quando estava sóbria.
A minha vida começava ao anoitecer e por isso me ergui daquela cama e saí a procura de algo que me entretece naquele casarão e não pensei em outra coisa melhor do que a sala de bebidas.

A porta permanecia trancada mas nada que um bom grampo não resolvesse para abrir aquele bloqueio.
É eu sei bem o que minha consciência diria.
´´você vai levar uma surra daquele caipira Alex e vai doer``
pra falar a verdade eu nunca fui de ouvir muito minha consciência.
Se eu queria eu fazia,simples assim.

Dentro da cristaleira me deparei com um mundo de possibilidades.
De vinhos a cachaça tinha de tudo ali e eu como uma boa garota peguei alguns deles e em um copo fiz uma mistureba de sabores.
Uma garota como eu acostumada a cerveja, beber aquilo seria uma experiencia no minimo interessante de se viver.
E sim...eu me fodi.

Horas depois repetindo aquela receita minha visão girava mais do que brinquedo de parque mas eu tava fazendo o que queria então ria sem motivo ouvindo as musicas da minha playlist no smartfone.minha diversão durou pouco mais ou menos ate o aviso de perda de bateria aparecer.era hora de dormir.
Tombei pela casa tentando encontrar meu quarto naquela escuridão ate que as coisas começaram a ficar sinistras de verdade quando do corredor algo branco passou entrando no meu quarto conseguindo de verdade atrair minha atenção.
minha visão fora apenas de um fino tecido branco,iluminado apenas pela luz do luar que iluminava meu quarto mas fora o suficiente para fazer meus passos pararem.
Se fosse alguem com certeza não havia me visto, pois estava escuro de onde eu estava e no meio do corredor existia apenas um abajur paia que nem um metro iluminava e eu como uma garota muito danada apenas abri algumas luzes da casa deixando a maior parte dela a luz do luar caso Vitor ou Maria suspeitasse de algo.

Bem,cambaleando não tive muitas escolhas a não ser ir ate meu quarto.
Fantasma ou não ali ainda era meu quarto e para minha surpresa me deparei com a coisa mais linda que já vi voltando-se a sair do comodo.

Ela deveria ter minha idade dezoito anos e eu implorava para que isso fosse verdade.
De frente a ela desci meus olhos examinando-a dos pés a cabeça e isso a deixou mais do que envergonhada ao perceber porem,eu sabia que ela estaria fazendo o mesmo comigo.

Com a escuridão ao nosso redor não pude reparar nos detalhes mas seu vestido simples e branco do qual batia nas coxas dela muito justificava o meu espanto naquela noite em confundir-la com um fantasma mas no momento, eu não estava ligando para isso.
Era aquele rosto que me atraia, tão puro e inocente em suas feições,fitando-me fundo em meus olhos na tentativa de entender o vazio em minha alma.
embora em minha mente embriagada não se perdia tempo para admirar aquele instante no silêncio em que compartilhávamos e meu corpo insistia para profanar aquela beleza.

--o que esta fazendo no meu quarto fantasma?--perguntei a ela e antes que esta pudesse responder eu mesma me respondi.é aquela mistureba tinha mesmo acabado comigo.
--(rs) espera!!...você é a minha consciência!!--animada por descobrir que minha consciência era a coisa mais linda deste mundo eu avancei cuidadosa com cada passo que dava em direção a ela e via bem o recuo de seus passos e seu semblante confuso ao que eu dizia.

--como??--ela retrucou e logo lançou seu olhar sobre a garrafa que tinha em uma das minhas mãos.
--talvez você devesse descansar..--calma,ela tirou a garrafa da minha mão e a pôs sobre uma comoda que ali ficava próximo a porta e aquilo foi incrível!nunca alguem tirou uma garrafa de bebida de mim sem ver um escândalo meu...mas ela sim.
--me desculpa por eu ter entrado no seu quarto..

--não, eu não desculpo.--a puxei pelo braço eu a trouxe de uma vez para mim recebendo-a com um beijo em sua boca.
O que eu estava fazendo??iria mesmo transar com uma alucinação?ia!!!

sua boca era doce e inexperiente.
Meus movimentos a boca inerte dela me faziam parecer uma expert em meu beijo mas o que mais me excitava era a forma que ela tentava se afastar de mim.
Cuidadosa ao me empurrar mas receosa ao que eu iria fazer.aquilo me enlouqueceu.
Agarrei-me em sua cintura com uma das mãos e ela gelada por sentir meu corpo tão perto desviava seu rosto dos meus beijos mas eu tinha bem a boca dela onde queria...bem junto a minha, graças a mão que mantinha em sua nuca.
suas mãos sem forças apenas se mantinham entre nós duas protegendo seu peitoral com medo de me tocar e como eu queria isso..

--não faz isso por favor!você esta bêbada e amanha não vai lembrar de nada..--disse ela com uma voz chorosa e com os olhos brilhosos mas fortes para não derramarem suas lagrimas na minha frente.afastou-me devagar,contendo-me a frente dela.
--vá dormir..eu juro que não conto a ninguém sobre isso mas não faz isso.--com uma voz quase a sussurrar ela falou preocupada com meu estado e com o dela, que de tão nervosa olhava incessantemente para a porta do quarto aberta.eu só conseguia admirar-la e nenhuma palavra escutava.ela era um anjo com tanta beleza.

--eu estou de verdade me apaixonando por essa sua carinha de resistente consciência..--segurei ela pelos pulsos e forçando-a caminhar para trás a joguei sobre a cama, e cara como eu estava amando aquele rostinho assustado.
Ela apenas ficou ali paralisada, deitada sobre minha cama fazendo o possível para que suas pernas não se abrissem para mim e nem que visse o que ela não queria.

A forma como ela tremia ao me ver montando sobre ela,ainda mais ao sentir uma das minhas pernas entre as delas fez minha noite uma das melhores com suas reações involuntárias onde seu corpo reagia ao meu.ela pelo visto nunca sentira o carinho de uma garota e eu tava adorando isso.
Eu sentia ela,quente abaixo de mim e ao levar meus lábios ao seu pescoço seus gemidos surgiram e ela como por um impulso agarrou-se em minha blusa.
Me fixei ali como uma vampira escutando os contidos e baixos gemidos de sua voz um pouco rouca cada vez que eu pressionava minha perna em seu sexo sobre o vestido.
Claro,que eu ousei,sentia sua calcinha por baixo e minhas mãos safadinhas seguiram ate a peça adentrando lentamente por dentro daquele vestido mas com minha mão cada vez mais se aproximar daquela peça senti ela apertar meu pulso retirando minha mão debaixo do seu vestido.

--por favor...eu não estou entendendo aonde quer chegar com isso.vim aqui porque achei que..--com a voz fraca e temerosa ela falou sem concluir e aquele olhar a me encarar perdida me fez louca por ela.

--(rs) achou que eu estava solitária...nessa casa??!acertou.--ergui meu corpo e retirei minha blusa e ela me olhou assustada como se aquela fosse a primeira vez que via o corpo de outra menina.
--(rs) gostou??--ela enrubesceu com a pergunta virando seu olhar para o piso.ela era gentil demais para ficar me secando.puxei sua mão e a fiz alisar do meu peito ainda coberto pelo sutiã a descer pela minha barriga.

Ela tinha o toque perfeito mesmo contra a vontade dela em sua pura timidez.
--me beija...só assim poderei dormir em paz.--não entendia o porque mas meus olhos pesavam mais do que nunca depois daquele pedido meu e minha consciência apenas avaliava minhas palavras.eu estava assim tão necessitada e carente por alguém??

Eu queria ver-la ceder a mim e ela aos poucos parecia render-se, foi quando apaguei sobre seu ombro para alivio de minha consciência.
droga,vencida pela bebida.

****

Pela manha eu me acordei e percebi estar coberta pelos grossos lençóis da minha cama.
Eu não me lembrava de muita coisa da noite passada mas eu sabia que meu quarto tinha uma historia pra contar sobre ela.
Sempre tinha, e para minha surpresa tudo parecia tão arrumado que para meu espanto me fez erguer da cama com um pulo.
Me lembrava de cada segundo com minha linda alucinação então por que nada em meu quarto parecia assim como esse pensamento?
Seria aquilo tudo vivido por mim ontem uma loucura da minha cabeça??parei por um momento e pensei..
É,a bebida faz estragos..mas por que eu ainda permanecia sem minha blusa?
Eu estava cheia de duvidas mas resolvi tomar um banho.

Com roupas limpas e comportadas troquei a calça jeans rasgada por um short e uma blusa xadrez e como não tinha intenção de sair da casa grande, descalça eu fiquei.

O cheiro do café da manha me atraiu da mesma forma que dá noite passada fui atraída pela comida da Maria.então sem perder tempo desci e pelos grunhidos que meu estomago fazia igual a deu um zumbi faminto fui direta para a cozinha.
Minha cabeça ainda dolorida mal conseguia suportar toda aquela luminosidade do dia...como eu odeio essas janelas.
Coloquei meus óculos escuros no rosto ajeitei meu cabelo e torci para não me encontrar com Vitor.seria desastroso já ter antes do café da manha uma surra por mexer em algo que não devia mas ao invés disto tive a surpresa mais inesperada que pudera me acontecer.

Ao entrar na cozinha me deparei com minha consciência,decorando a mesa com cestas de frutas e pães quentinhos e toda uma diversidade de delicias sobre a mesa que já me esperavam a exalar aquele cheirinho de comida feita na hora.
Simplesmente paralisei.
Ao perceber minha presença ali a fitar-la espantada retirando meus óculos,ela envergonhada abaixou a cabeça e afastou-se da mesa que preparava.
Eu ainda estava bêbada ou apenas ficando louca??eu tinha que verificar.

--consciência??--assim que a chamei desta forma ela me olhou vermelha conferindo com seus olhos se estávamos de verdade sozinhas naquele espaço.

--pare de me chamar assim!--envergonhada ela retrucou.
--eu tenho um nome se caso isso lhe interesse.--com um tom bravinho ela concluiu e eu achei aquilo a coisa mais linda de se ver mas ainda tinha minhas duvidas,se não era minha consciência pregando peças em mim.

--você é de verdade mesmo?!--perguntei ainda desacreditada.

--é claro que sou!--retrucou indignada pela pergunta..acho que aquela questão era mais do que obvia para ela que sem jeito lembrava muito bem da noite passada já que me lançava olhares curtos e nervosos.

Ela era mais linda a luz do sol.seus cabelos presos em uma trança desarrumada tinham a cor castanho claro e novamente vestia um vestido branco batendo-lhe em suas coxas como na noite passada.
Encontrei algo nela que combinávamos no gosto,era seu tênis um pouco desgastado e ate um pouco sujo de lama seca,era da mesma marca que o meu.
all star rules!!
ela tinha olhos azuis tão lindos bem diferentes dos meus castanhos sem graça.contive meu riso e desta vez tentaria ser a mais normal possível.depois do que acontecera era o certo a se fazer.

--ontem...desfiz suas malas.--ela falou tímida permanecendo em sua posição parada no meio da cozinha.
Era nítido ver o quanto ela estava sem jeito com nosso primeiro encontro da noite passada,mal conseguia focar seu olhar pra mim e aquilo me deixou um pouco mal ao sentar a mesa.

--e ontem eu apaguei...são poucas as coisas que me lembro.--ela olhou para mim com aqueles olhos esperançosos.parecia que implorava para que eu não me lembrasse do que havíamos feito e assim eu resolvi explorar mais essa sua perturbação.
--fiz...algo que você não gostou?eu te incomodei??--ela me encarou perdida com o que ia dizer mas negou balançando sua cabeça e foi ai que vi o chupão que deixei em seu pescoço escondido pela trança que ela inquieta alisava.
--(rs) puta merda!eu não fiz nada??eu...realmente exagerei ontem a noite!—ela me fez uma cara de desentendida mas ao me ver apontando para meu próprio pescoço ela logo corou novamente levando sua mão a cobrir o roxo de seu pescoço.
Rápida ela pegou uma bandeja de prata da pia e examinando seu pescoço virou-se a mim espantada.

--meu pai vai me matar....e depois vai te matar!--nervosa ela falou levando sua outra mão a testa e foi então que me bateu uma curiosidade.

--espera!seu pai é...Vitor??--perguntei já vendo a merda que tinha feito.

--sim..estou aqui para cuidar de você enquanto minha mãe não se recupera de uma virose que pegou.--me desculpe dona Maria mas obrigada meu Deus!!

--lamento por isso.--mentira.

--não..ela vai ficar bem..já meu pai não gostou nada de saber que viria para cá.--medo de mim será??

--e acho que isso no seu pescoço não vai ajudar em nada.vem comigo,acho que posso resolver isso.--avancei em sua direção e ao pegar na sua mão senti o recuo que ela deu ao ver que eu estava justamente a levando novamente para o nosso ninho do amor.
--sei que ontem eu fiz besteira.eu sempre faço, mas eu não vou te deixar levar a culpa por mim.--assim que terminei de falar voltei a puxar-la e ela não negou me seguir.

No meu quarto vasculhei na minha mochila a procura do meu kit de maquiagem e nele logo encontrei uma base e a entreguei.
Para minha surpresa ela mal sabia o que era aquilo.

--o que eu faço com isso??--perguntou ela.

--é uma base...você pode usar-la para disfarçar o roxo que deixei no seu pescoço.eu costumava usar para outras finalidades como alguns roxos diferentes de chupões inesperados.--ela corou e abaixou a cabeça envergonhada.
--vai servir.--ela continuava sem saber como iria usar e apenas examinava o objeto em suas mãos.me fez pensar que não queria se livrar da minha marca em seu pescoço mas ao pensar no tanto que Vitor iria surtar ao ver aquele chupão me aproximei dela e peguei a base de suas mãos.
--eu te ajudo.--coloquei um pouco em meus dedos e levei a marca roxa em seu pescoço.era engraçado fazer aquilo,das inúmeras garotas que já peguei ela com um simples olhar conseguia me hipnotizar de todas as formas.

--posso te perguntar uma coisa?--perguntou ela.

--claro.

--sei que ontem você estava completamente bêbada mas...por que me chamou de consciência?

--(rs) eu achei que você era uma alucinação minha.

--como é??

--eu tenho um probleminha com a bebida e ontem foi demais.

--você se lembra??!!--retrucou ela revoltada.

--(rs) só do que me interessa.--é eu não me controlei tive que dizer aquilo.ela mais do que irritada me deu um tapa e partiu do meu quarto mas segundos depois voltou desconcertada e das minhas mãos pegou a base.

--e para que saiba...eu odiei!--disse ela voltando a sair e não, ela não sabia mentir.

Notas Finais


comentem pessoal a opinião de vocês é muito importante principalmente quando tenham gostado. bjs~<3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...