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História Liberte-me - Capitulo 6


Escrita por: miller88

Capítulo 6 - Capitulo 6


Pela manha me levantei mais morta do que fui dormir.nunca tinha trabalhado tanto na vida como naquela noite.
Tomei um bom banho e como o tempo de repente esfriou vesti uma jaqueta quentinha e um jeans.
Fui ate a varanda e me sentei em uma das largas cadeiras de madeira.
o tempo morto e uma neblina aparente densa tomou conta do jardim.me senti em um filme de terror.tinha ate meu monstro pessoal..e ele chamava Angel.
De repente entrei em um acesso de espirros.alguém estava ficando gripada.
Era como se tudo estivesse conspirando ou combinando para parecer pior para mim depois de saber que aquela condenada me achou.

No entanto o barulho de vários pedaços de madeira lançados ao piso da varanda me assustou.claro que isso só poderia ser trabalho de Vitor.
Não pude esconder meus espirros dele,algo que pelo visto o incomodou já que ele sem uma palavra sequer deixou a varanda.

Logo Luana apareceu com seu peixinho em um aquário oval.seu sorriso realmente era minha alegria naquele dia frio.

--diz um oi para o Roberto.--falou ela exibindo a nova morada do seu mais novo mascote.

--Roberto??deu um nome de gente para um peixe?!

--(rs) e daí??tem muita vaca por aqui com nome de gente e você nunca criticou mas o Roberto é um peixinho único.—isso poderia ser verdade.tinha ate uma chamada Angel.

--vou acabar ficando com ciumes desse Roberto.--falei já soltando mais um acesso de espirros.

--(rs) é impressionante a forma como o tempo por aqui é louco.e você deveria entrar.te preparo uma sopa.

--pode ser ensopado de peixe?(rs)

--(rs) não mesmo.

Luana me preparou a melhor sopa que já provei em toda minha vida.sério,nem as melhores sopas de Paris ou de Nova York eram tão boas como a dela.imaginei a fortuna que essa garota conseguiria se abrisse um restaurante.
Sua companhia acompanhada daquela sopa foi o bastante para me fazer esquecer de Angel e dos meus espirros.

--eu não quero gripar.--falei controlando-me para não espirrar.meu nariz já estava ate vermelho.que ódio.

--você já esta gripada.

--que saco.

--(rs) sabe o que isso quer dizer??vou cuidar de você.

--agora que você tem experiência em cuidar de peixinhos eu me sinto bem mais segura agora.(rs)--falei e ela fazendo uma careta ate que bonitinha pra mim me beijou.

--hey se continuar assim você vai ficar igual a mim.(rs)

--eu não me importaria.vale muito a pena.

Depois de três dias aos cuidados de Luana a base de muita sopa e transas quentes eu já estava livre dos espirros e gripe mas..

****

espirrando Luana olhava pra mim com uma carinha de arrependimento enquanto eu mantinha o sorriso e a clássica fala eu te falei em mente.não teria coragem de dizer tal coisa a ela.
Porem Vitor já tinha um tempo calado.ele parecia sempre nos vigiar com mais atenção agora e a gripe de Luana era o motivo desta atenção.

--seu pai esta começando a desconfiar de nós..

--o que??claro que não.--falou ela espirrando.

--o que ele diz sobre você subitamente ter pego a mesma gripe que eu em tão pouco tempo??

--anh?nada!quero dizer ele esta evitando falar muito comigo para não gripar.ate me perguntou se eu não poderia passar minha doença de volta para você permanecendo esses dias aqui na casa grande.acredita nisso??!!(rs)--disse ela toda animadinha.

--você tem que tomar cuidado.se ele sonhar que estamos juntas..

--eu sei!!...não precisa estragar esse momento.--disse ela ríspida com suas palavras ao pensar o mesmo que eu talvez.Vitor não mediria esforços para me manter longe de Luana disso eu não tinha duvidas.

--será ótimo ter-la aqui na casa grande.

Luana não perdeu tempo.foi buscar um par de roupas e acompanhada de Vitor não sei porque voltou a casa grande.

--ela vai escolher um quarto que lhe agrada.e isso só vai durar enquanto essa gripe dela não passar.me entendeu??--falou ele a mim e sim isso foi assustador.ele estava a uns trinta centímetros de mim enquanto Luana entrou na casa grande em busca de um quarto que não o meu para ocupar.
Foram questão de segundos para isso se tornar pior.
--vou deixar isso da forma mais clara.toque nela e não terá uma alma sequer nesse mundo que me faça mudar de ideia do que vou fazer.eu não vou gostar como você também não.

--ok...(rs)--eu tava rindo por fora mas por dentro eu tava...como definir??..medo apenas.

quando Luana retornou eu já estava sozinha e mais branca do que poderia ficar.

--eu já acomodei o Roberto em um dos quartos...você esta bem?--perguntou ela curiosa.

--claro..por que não estaria?.

--certo..(rs) peguei o quarto ao lado do seu.tudo bem pra você?

--(rs) ainda pergunta.só..mantenha seu pai longe de mim ok.

Durante a noite depois do jantar eu não ligava de pegar aquela gripe de novo se isso me impedisse de beijar Luana ou mais.
Essa noite era especial.

--tem certeza que quer colocar a boca logo ai?!--perguntou ela estranhando ter minha cabeça entre suas pernas.

--(rs) com certeza sim!

--não é normal..

--(rs) sei que parece estranho agora mas depois vai me implorar para não parar.

Eu comecei devagar e sob os súbitos sustos que minha língua provocava no corpo de Luana me divertia cada vez mais com aquilo sem falar do seu mel.
Logo os gemidos de Luana eram algo que ela não conseguia segurar.cada vez mais eu os ouvia gradativamente aumentar.

--shiiiiii faz silêncio Luana (RS)

--como consegue fazer isso tão..

--uma simples combinação de dedos e língua.depois te ensino.

--(rs) depois quero eu mesma aprender.--que safadinha.

Eu continuei enquanto uma forte chuva caia la fora.
Ela agarrava-se firme nos lençóis da minha cama e perdia-se no seu gemer.
De repente comecei a ouvir os passos lentos no corredor.
Alguem espreitava ate nossos quartos.

--não pára!--disse com vigor Luana a me puxar de volta a cama.

--não espera..--de repente os passos haviam cessado.
--tem alguem mais na casa.--falei sentando-me melhor na cama.

--e se for meu pai??--receosa Luana me encarou pálida.

--pode ser.

--pode ser??só tem ele por aqui que viria fazer tal coisa!!--ela erguera da cama nervosa.
--como vou voltar para meu quarto se terei que voltar pelo corredor??é impossível não cruzar com ele.

--eu tenho um plano.

Abrindo a janela do meu quarto eu me confrontei com o forte temporal.não seria fácil mas na parede exterior encontrei um pequeno caminho feito por tijolos desalinhados.me recostei a parede e fui ate o outro quarto o mais rápido que consegui e logo me joguei na cama cobrindo-me com o lençol totalmente.
Eu ouvi o momento em que ele apoiou-se na porta e espiou o interior do quarto.eu só precisava de alguns minutos mas infelizmente ele entrou no quarto.seus passos cuidadosos para não acordar a filha me surpreenderam com a leveza em seu andar.

--boa noite filha...me desculpa ter que enviar-la pra cá.eu não posso gripar,você sabe.--disse ele acariciando minha cabeça e as mechas que escapuliam do lençol.
--seu cabelo tá molhado??não é a toa que esta doente.--me controlei para não rir e muito menos me mexer.contudo ele sabia ser um pai apesar de tudo...bem o contrario do meu.

Assim que eu ouvi seus passos se dirigirem a saída do quarto e finalmente ir,joguei o lençol para longe e com muito cuidado pulei novamente pela janela.
Utilizei o mesmo truque me segurando pelos tijolos em desalinho para me manter junto a parede.mesmo que tudo estivesse escorregadio não tive como não dar uma leve escorregada.logo eu segurei a borda da janela e voltei ao meu quarto.
De longe eu ouvia os passos de Vitor o que em meu cansaço de todo esforço que estava fazendo me inquietava mais do que tudo.

--se esconde.--falei baixinho a Luana e ela rápida se colocou ao lado da porta.se a porta se abrisse ela estaria livre do campo de visão de Vitor ao quarto mas se ele entrasse...eu teria que apagar-lo.da melhor maneira possível é claro.

Como meu cabelo estava molhado isso o faria pensar demais como sempre,então peguei minha toalha e tentei secar-lo ate ouvir as fortes batidas na porta.
Ele sequer se importou se eu poderia no caso estar dormindo,um tratamento bem diferente ao que ele deu a Luana.

--abre essa porta.--falou ele do outro lado.Luana balançava a cabeça a negar mas eu não tinha escolha.

Abri devagar a porta,o suficiente para ele me ver.

--o que foi??--perguntei.

--nada só..estou conferindo uma coisa.

--o que??que eu estou aqui e não lá com sua adorável filha?

--não me leve a mal.mas não é essa a questão.tem...algo muito estranho rondando a casa grande e suas terras.algo rápido demais.--falou ele misterioso e contido.o que seria desta vez??

--um lobisomem??!mas espera..você é o único homem por aqui.--brinquei mas ele como sempre manteve seu olhar sério.

--tem um invasor na sua fazenda..e não quer pegar-lo??--perguntou ele a me provocar.

--vamos lá ferrar esse filha da puta.

Sai junto a Vitor esquecendo ate de Luana no meu quarto.estávamos decididos a encontrar esse invasor.
A chuva não cessou para esse trabalho nada disso na verdade agora a claridade dos relâmpagos iluminava fortemente a varanda e o terreno ao nosso redor.

--certo.pega essa machadinha e vasculhe o lado oeste da casa.eu fico com o leste.se achar algo acerte pra valer.--o que era aquilo?uma caçada??Vitor parecia bastante tranquilo para uma inesperada surpresa.era como se ele já tivesse feito isso varias vezes.

--o que??não vamos apenas dar um susto nele?!

--pensei que quisesse ferrar esse filha da puta...vamos.

Ele me empurrou em direção aos degraus e juntos descemos para no fim desta separarmos,ambos para um lado diferente.
Cada passo meu em direção a oeste da casa me levava para o celeiro que ate então era onde permanecia nossa carroça e o nosso belo alazão caramelo.
A porta principal estava encostada e sem pensar entrei.o barulho dos trovões assustava caramelo que o fazia bater os cascos no piso coberto por palha.

--calma garoto..é só a chuva.--o acalmei porem um barulho detrás da carroça guardada um pouco atrás me chamou a atenção.havia um vulto escondendo-se ali então segurei firme a machadinha em minha mão e avancei de uma vez com ela erguida e pronta para ferrar o filha da puta que invadiu minha fazenda.

--espera!!!--gritou a voz em meio a escuridão pra mim.

--Angel??!o que esta fazendo aqui??--me espantei ao ver-la sair do escuro e se erguer.

--hoje não é mesmo o dia pra te assustar Alex Ross--disse ela ofegante mantendo o olhar na machadinha em minha mão.

Levei ela para a casa grande e nisso Vitor não precisou nem me interrogar para saber lidar com Angel.
O jeito dela rebelde e parecido com o meu para Vitor era quase um pesadelo.
Luana assim como ele a olhava fixo ate um pouco espantada.
O cabelo ruivo dela combinado com as roupas pretas,jeans rasgado nas pernas,bota enlameadas.me lembrava bem a forma como cheguei.estranhando tudo ao meu redor.

--como pode morar aqui??não tem nada deste século!!pelo menos tem...(rs) algo para se entreter—disse ela com os olhos passeando sobre o corpo de Luana.como eu odiava aquele sorriso safado.Vitor diferente de mim não se controlou diante daquela provocação pegou a machadinha da minha mão e deu dois passos furiosos na direção de Angel antes que eu pudesse me colocar na frente.

--tira essa cabeça de fósforo daqui antes que eu faça alguma loucura!--gritou ele sendo impedido apenas por mim e Luana.

--calma pai..--nervosa Luana falou e nisso vi a forma como Vitor rapidamente se acalmou.

--é,calma zé buscapé.(rs) será que não sabe se comportar na frente de seus patrões??!mostra pra ele Alex.(rs)--disse Angel folgada como sempre.

--Angel.cala a boca!eu cuido dela Vitor tudo bem.--falei baixo a ele acalmando aquela fera e sua reação a isso não foi diferente da qual esperei.ele deu as costas furioso e deixou a casa.

--eu..vou preparar algo quente para vocês.--disse Luana partindo para a cozinha sob o olhar de Angel.ela sequer sabia esconder isso de mim.

--(rs) você não aprende não é?ate a empregadinha?!deve ter ficado muito solitária aqui.(rs)

--eu não tenho nada com ela.--falei sem pensar.só de imaginar Angel provocando a paciência de Luana por minha causa era algo que não aceitaria de boca fechada.

--tem certeza??quer dizer se eu for ate a cozinha você não vai fazer nada?--perguntou ela e nisso tudo que fiz foi suspirar pesadamente.Angel não tinha jeito mesmo.

--quando a chuva passar você vai embora.dessa casa,da cidade..para bem longe de mim.

--hey!!eu vim atrás de você.como nos velhos tempos!

--de quem você esta fugindo Angelina??

--não me chame assim!não me faça ter que contar para o zé buscapé ou a gatinha na cozinha sobre o garotinho que você matou.

--eu..não matei ninguém!!!

--não é isso que o garotinho pensa...eu só tô querendo passar um tempinho com você Alex.relembrar os bons tempos.--disse ela vindo ate mim e aquilo nunca era algo bom.ela me beijou.

Digamos que Angel nunca foi uma garota muito calminha.
sempre seus beijos vinham acompanhados de algo mais.neste ela me pegou de surpresa ao agarrar-se firme na minha cintura me puxando ainda mais para ela ate ela desgrudar de minha boca e atingir seu próximo alvo,meu pescoço.isso sempre me deixava com algumas marcas.
A afastei antes que Luana retornasse mas o ar de que algo havia acontecido permaneceu.ela me olhou e era como ter o olhar de Vitor sobre mim.

--eu trouxe um pouco de chocolate quente.sirvam-se.--disse Luana pondo uma bandeja com três xícaras cheias de chocolate quente sobre a mesinha de centro da sala.

--com certeza gatinha.--falou Angel já atacando uma das xícaras e sentando-se no sofá para aproveitar-la.

Luana via perfeitamente o quanto aquela garota me afetava.minha vontade era jogar Angel na chuva na mesma hora...só que minha educação não me permitia.

--esta..tudo bem Alex?--veio Luana ate mim me perguntar algo tão evidente que não.

--tudo..ela é só uma idiota.

--hey..eu ainda estou bem aqui.(rs) agora volta pro seu quartinho de empregada vai.eu preciso falar com a sua chefe sozinha um pouquinho.

--durma no sofá eu não ligo.vamos Luana.

--(rs) não pode estar falando sério..

avancei meus passos e levei Luana ao andar acima o mais rápido que consegui.ao chegar no meu quarto tranquei a porta e antes que pudesse explicar algo a Luana colei meu ouvido a porta esperando ouvir o barulho que a escada fazia quando alguem subia.

--essa garota é uma...--controlando-se para não xingar Luana perdera ate a voz.

--sacana eu sei.--completei.

--por que a trouxe para a casa grande?!!

--ela estava escondida no estabulo.era isso ou deixar-la para o seu pai.

--mas você tinha uma machadinha!poderia ter cortado o mal pela raiz.--sinistro mas justo.

--ela sabe de uma coisa sobre mim..uma coisa que ela acha que é verdade.

--então ela não sabe nada sobre você.

--vivemos um evento juntas..ela acredita que é!

--conte-me.

--é aquele maldito acidente de novo!era pra ela dirigir só que depois de irmos a uma festa ela encheu a cara e eu tive que dirigir.eu nunca fiz isso sem passar dos noventa então no caminho aconteceu.

--aconteceu o que??--perguntou ela preocupada.

--a gente começou a discutir eu..também estava um pouquinho bêbada e..

--você estava um pouquinho bêbada???como isso é possível?!!isso não existe no seu dicionario pelo que me lembre!

--ok..estávamos bêbadas..começamos a discutir e ela puxou o volante de uma vez eu não consegui retornar o suficiente..o carro bateu em algo,girou e voou!!quando eu acordei eu estava no hospital mas não estava lá por causa de alguma fratura ou arranhão eu estava lá porque eu estava bêbada!!meu pai nem minha mãe me falaram nada..eles só diziam tudo bem você não teve culpa.naquele dia essa vagabunda sumiu...desapareceu do mapa.(rs) e agora voltou para me chantagear!ela acha que você e Vitor não sabe e ela esta certa pela metade disto!

--vai deixar-la ficar e continuar???!!

--eu sei da verdade..eu vivo atormentada por causa desse garotinho que pode ter morrido por minha causa mas ela..ela sabe de algo mais.esta na cara dela.apenas...confie em mim eu vou descobrir.se ela ficar por perto..posso arrancar mais respostas dela.

--espero que esteja certa.e que tudo isso seja um grande engano!

*****

No dia seguinte o frio daquela manha ainda indicava um dia chuvoso mas com o meio dia o sol já marcava sua presença no céu com ainda um pouco de nuvens.
Luana assim como eu fizera o mesmo.ao descer as escadas já procuramos Angel pela casa e felizmente ela havia sumido sabe-se deus pra onde.

--ela foi e limpou a geladeira.acredita?--falou Luana surpreendida com a bagunça que a cozinha estava.

--ela sempre teve uma fome de leoa.enfim o que faremos hoje?

--(rs)...o dia ainda esta nublado e não tem graça sair por ai assim..

--como não??se chover podemos correr por ai como duas garotinhas na chuva.(rs)

--como assim??(rs) nunca fez isso??

--correr na chuva??já!mas não tem graça quando isso acontece na cidade.na verdade não ligamos quando acontece..fugimos.somos estranhos eu sei.(rs)

--quero fazer algo diferente com você..pelo menos por enquanto que não chove.

Ela me levou para fora da casa grande e para minha surpresa quis fazer isso de mãos dadas a mim.

--para onde esta me levando??--perguntei curiosa mas ao ver-la seguir em direção a casa dela não pude deixar de conter meus passos.
--o que esta fazendo?!sabe que Vitor não me quer nem perto de você imagina dentro da casa dele.

--a essa hora ele esta trabalhando no campo.anda (RS) não tem problema minha mãe esta por la e ela não pensa que você é algum tipo de monstro que deve ficar em quarentena.

Assim caminhamos a pequena casinha e Maria me recebeu de braços abertos.

--Alex!!me perguntava quando voltaria a nos visitar.(rs)

--acredite eu queria fazer isso mais vezes..

--eu sei Vitor pode ser meio...você sabe.mas ele te quer bem.sei o quanto a casa grande as vezes pode parecer solitária mas Luana deve ter preenchido essa ausência de gente por lá.gente da sua idade.

--(rs) ela tem sido de grande companhia.agradeço..

--(rs) fiquem a vontade!!farei um lanche.

--vem eu quero te mostrar uma coisa.--disse Luana toda satisfeita me puxando para o seu quarto.

O lugar me trouxe lembranças da ultima vez que pisei ali.graças aquele ganso do Junior eu tinha ganhado a garota mais especial do mundo.
Ali ela me mostrou os vários livros que ela tinha,sem falar do carinho com o qual ela descrevia cada um.todos eram seus favoritos e acabei ate me identificando muito dos meus gostos favoritos com os dela.sabe..coisas que me lembravam as tardes que passava na casa da minha mãe lendo meus livros sem ter que me preocupar com nada alem da minha irma chata.

--eu sempre preferi um mundo só meu..um lugar onde meu pai não pudesse me encontrar..encontrei nos livros tantos lugares para adorar e viajar e certamente ele se animou com a ideia de me ver lendo e estudando sobre tantas coisas mas ele nem entendia a angustia que eu tinha em ficar aqui...sozinha.quando eu te vi pela primeira vez tão diferente e tão..ousada eu lembrei das inúmeras personagens que viviam em meus livros!(rs) aquelas que não temem nada nem ninguém..aquelas que nunca se deixariam permitir ficar presas num lugar como esse.

--você é mais forte do que pensa.eu sou uma fracassada.

--não não é!

--sou sim!!.eu tinha uma vida de verdade quando morava com minha mãe.meu pai nunca esta em casa e quando esta prefere que eu não esteja.minha mãe é uma obsecada pela moda.ela é dona da maior sede de moda que conheço.(rs) mas pelo menos ela ainda perguntava se eu estava bem...se duvidar ela nem sabe onde estou...antes de conhecer a Angel eu era você.uma nerd da leitura e amante do mundo.deveria ter visto meu quarto..(rs) ele era igualzinho ao seu.--eu não sabia definir aquele momento.eu estava triste ou aliviada??eu..não sabia responder.resolvi por um sorriso no rosto.não queria estragar aquela tarde.
--quem sabe eu te leve para conhecer tanto meu quarto quanto a minha mãe.

--(rs) com certeza irei..mas por enquanto quero que leia comigo.--disse ela me puxando para sua cama.

Eu mal vi a tarde passar,ela lia com tanta gana mas com tanto encantamento em desbravar cada pagina do livro,a cada surpresa era tão linda de se vê no seu semblante.a historia..eu já havia lido e relido inúmeras vezes mas parecia tanto como a primeira vez que via aquele conto.era assustador ate a forma como me apaixonava por ela todos os dias novamente.

Contudo quando a porta do quarto se abriu Vitor paralisou ao me ver.eu estava na cama com sua filha e não isso não é uma cena clássica de sacanagem só estávamos lendo mas eu sei bem o que se passou na cabeça dele.

--se livrou daquela lá??--perguntou ele.suspirei apenas.

--ela sumiu quando acordamos.quero dizer..eu no meu quarto e Luana no dela é claro.(rs)

--que bom..o que esta fazendo aqui??

--pela amor de deus pai.estamos lendo!

--espero que já esteja melhor da gripe.--falou ele como se aquilo fosse uma obrigação dela.

--bem melhor.mamãe me fez um suco de laranja forte o suficiente para acabar com o que restava de gripe em mim.

--certo.então pode me fazer um favor??preciso pagar algumas contas la na cidade.pode fazer isso pra mim??

--claro pai.

--posso acom...panhar-la?--perguntei receosa e ele me encarou pensativo.

--pode mas cuidado com aquela carroça.quero as duas aqui antes do anoitecer.

Luana não perdeu tempo assim como eu.pegamos o caramelo e partimos para a vila velha.lá eu vi que tudo já tinha voltado a monotonia que era.as ruas desertas,os velhos sentados na varanda das casas.chatice total..
quando enfim chegamos a mercearia que fornecia nosso suprimento pagamos a conta que já se estendia em um palmo. eramos poucos mas comíamos muito.
Era estranho andar por aquele lugar ainda mais agora com o súbito aparecimento de Angel na festa junina tudo ao meu redor era suspeito.

--acha que ela veio pra cá novamente??--perguntou Luana assim como eu vigiando nossas costas naquela rua.

--eu não sei..mas não duvido de nada vindo da Angel.ela sempre esta com aquela moto dela.aquela fodendo Harley Davidson.uma exterminadora (RS).

--ate agora não vi nenhuma moto,sem falar que as pessoas daqui não perdem tempo para avisar a todos sobre qualquer novidade.eles diriam se visse uma ruiva psicopata por aqui.

--(rs) você realmente acreditou naquela pose dela?

--ela me parece uma surtada.(rs)

--é..pelo visto ela foi embora.bom pra nós!

No caminho de volta pra casa não resisti.meu desejo aumentou de uma forma que fui incapaz de evitar,beijava Luana enquanto ela dirigia aquela carroça tão concentrada na estrada e eu tão concentrada em sua boca e pescoço.como eu adorava aqueles pescoço e toda vez que ele se arrepiava.

--(rs) pára!!assim vamos acabar batendo a carroça.--afastando-me Luana reclamou.ai que perigo.

--por que a gente não para??

--por aqui??no meio do nada??

--escolhe um lugar por ai que não tenha ninguém...isso não vai ser muito difícil.só precisamos tirar a carroça da estrada.

Luana foi rápida e efetiva.ela levou a carroça ate um determinado gramado de onde o verde se perdia ao azul do lago ao nosso lado praticamente.
Logo passamos para a parte detrás da carroça e logo os botões do vestido de Luana estavam sendo desabotoados por minhas mãos ansiosas.
Com nossos beijos intensos e as coisas esquentando cada vez mais e não por causa do sol Luana permanecia com parte do seu vestido abaixado ate a cintura e eu não poderia deixar de fazer o mesmo ao retirar minha blusa.

--por que seus sutiãs são sempre mais bonitos do que o meu??--perguntou ela me fazendo rir.

--(rs) se quiser pode ficar com este?

--(rs) não vamos transar necessariamente aqui não é?

--por que não?--falei ansiosa para continuar beijando-a mas algo em meio a grama alta chamou minha atenção.era a maldita moto da Angel estacionada logo ali alguns metros de nós.

Logo meu olhar e o de Luana foram atraídos para a figura em uma bóia rosquinha.era a desgraçada aproveitando o sol de biquíni e óculos escuros enquanto descansava na bóia a deslizar pelo lago.

Simplesmente congelamos ela abaixou um pouco os óculos e com seu maldito sorriso nos encontrou.

--eae gente!(rs) não parem por minha causa eu (RS) não vou olhar.--disse ela toda convencida.Luana se cobriu novamente e pela carinha irritada que fez ficaria assim por um bom tempo.
Parecia que ela em seu silêncio estava apenas acumulando cada sentimento de raiva e ódio relacionado a Angel em seu interior tanto que em seu olhar marejado era a vontade de chorar que se apresentava diante de mais um obstaculo em nosso caminho.

Angel porem deixou o lago com seu sorriso no rosto e ainda vitorioso e se aproximou de nós na carroça.

--hey..eu vou voltar com vocês para a Casa grande combinado?

--o que??!!--em um uníssono Luana e eu falamos.realmente aquela ideia estava fora de questão.

--(rs)...você??na minha casa??nem fodendo!

--(rs) ah mais vai. Sabe,essa cidadezinha de merda não faz bem o meu estilo.eu nasci para ter do bom e do melhor da vida e vocês vão me ajudar nessa.(rs) ou eu vou abrir minha boca e creio que toda essa cidadezinha de merda vai querer saber o que a garotinha da cidade grande fez com o anjo do campo..nossa!!vou fazer esse mato queimar com o barraco que vou fazer!

No final ela chegou a casa grande bem antes de nós e nossa carroça com sua moto.
Ela era nosso demônio pessoal não podíamos ir contra ela..não agora.

--eu adoro esse ar fresco!!você não Alex??--perguntou ela sarcástica desmontando de sua moto enquanto que eu apenas adentrei na casa sem me importar com suas piadas.Luana veio atrás de mim mas assim como ela eu estava furiosa.

--eu vou matar-la!--falei indignada.

--se isso fazer-la finalmente calar a boca.--disse Luana para minha surpresa.

--nem isso conseguiria tal proeza.

Notas Finais


^u^


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