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História Liberte-me - Capitulo 9


Escrita por: miller88

Capítulo 9 - Capitulo 9


--eu contei tudo a ele Alex!ele virá buscar-la ainda hoje.--que palavras complicadas de assimilar.eu senti medo..eu sabia bem o que meu pai faria e Vitor sequer se importou com isso.

--não pode ter feito isso comigo!!Vitor ele vai me internar!!

--então tudo que posso lhe dizer é que se cure.

O dragão tinha ganhado e eu estava frita!as lembranças da minha ultima internação ainda estavam frescas na minha cabeça e eu digo,meu mundo ficou cinza com aquela noticia.

Clínica de reabilitação e psiquiátrica para jovens problemáticos.esse nome me perturba em meus piores pesadelos.
Meu pai sempre achou que meu problema com a bebida fosse algo que ela apenas engrandecia.
Mas este lugar me remete aos piores dias da minha vida.
Lá eles tratam de todo tipo de vícios entupindo a todos com coquetéis de remédios e banhos gelados durante a madrugada.quando estamos mais calminhos e livres do ódio por ficarmos presos naquele lugar eles nos avaliam e dependendo de nossas respostas ganhamos um tratamento mais leve digamos assim,sem as camisas de força ou os quartos escuros.
Era algo extremo para fins rápidos e diferente de qualquer clinica onde os filhinhos de papai e as patricinhas mimadas tiram férias,esse era algo assustador pela primeira vez então imagine voltar para lá.

Eu me recusei ate de arrumar minhas malas para unicamente permanecer na varanda tentando que por um milagre ver Luana,mesmo que longe e por um simples segundo mas não deu.

--esquece..você vai voltar comigo para a cidade.--disse Angel parada no portal da porta principal.

--não vou.--disse firme e forte.eu não ia com ela.

--quantas vezes ele vai ter que te humilhar pra você entender que ele não quer você trepando com a filha dele!!

--eu não me importo com o que ele acha de nós!!!Luana é minha!!

--´Luana é minha` continua a mesma merdinha de antes!!tudo é seu...(rs) o problema é que você não é dela.quando voltar para a cidade e você ver as inúmeras possibilidades de comer uma garota de novo você vai esquecer-la.aqui ela era seu passatempo e nada mais.sua única chance de chamar atenção.

--vai se ferrar Angel!!

--ah vou.(rs) se for com você...podemos ir para bem longe na minha moto antes que seu pai apareça..

--vá na frente então eu não ligo.--não precisei repetir,assim que terminei ela caminhou ate sua moto e partiu.não sei se era para sempre ou somente por umas horas mas ela sabia que dali dificilmente eu sairia.

pela tarde Miguel e meu pai chegaram a casa grande.enquanto que Miguel me olhava tristemente meu pai já saia do carro furioso com seus passos ate mim.

--você...é inacreditável!!te enviei pra esse lugar e a única coisa que fez foi ferrar tudo...DE NOVO!!agora não tem desculpas,vai para a clinica!!--disse ele subindo os degraus ate a varanda da casa.lá vinha mais um barraco e eu já não tinha mais folego pra isso.

--você..quer por favor me ouvir!!--implorei a ele.

--ouvir o que??!que você dormiu com a filha do empregado?!--perguntou ele a gritar debochado.

--pai me escuta!!!...pelo menos uma vez!!--gritei a ele com meus olhos já cansados de segurarem minhas lagrimas.
–...me trazer para este lugar foi a melhor coisa que me fez..a filha dele,Luana..

--já chega Alex.você vai voltar comigo e ponto final.Miguel já me contou todo esse meloso drama adolescente e isso é bom ate o momento que não precisa me envolver nele.ao te aceitar fiz disto nossa única regra.Vitor me falou de uma outra garota..não é a Angelina é???--perguntou ele louco para que minha resposta fosse sim mas eu não caia mas nessa.

--por que se importaria??você não gosta de se envolver lembra?ela não é problema seu.--falei seguindo para o meu quarto.

Cara como meu pai era um mala.arrumei minhas coisas com tanta indignação que tudo ficou desarrumado e bagunçado dentro das malas.
Miguel que odiava levar minhas malas acabou surpreendido por me ver guardar-las no porta-malas do carro.para ele uma evolução mas eu só estava cansada dos outros fazendo tudo por mim.

--pequena pense alem daquilo que tu sentes.Luana assim como a ti estas sofrendo por este amor, pelo padre que no aceitas e possivelmente quando descobrir sobre tua ida.deixar-la pode ter um lado bom..--disse Miguel docemente retirando o ódio do meu coração.

--um lado bom??

--ela sabe que te ama deixe os pais dela perceberem o mesmo.quando menos esperar..reencontrara tu amor.

--bem..vai me ajudar a escapar da clinica??--perguntei esperançosa.

--ah...não.meu emprego vem primeiro.

--sabia.--eu entrei dentro do carro ciente do que estava deixando para trás.ironicamente meu pai sentara a frente ao lado de Miguel me deixando sozinha no banco de trás.mais essa para me punir??

quando o carro ligou eu apenas ouvi Luana gritar meu nome.meu pai não perdera tempo mandou Miguel trancar as portas do carro me limitando apenas espiar pelos escuros vidros da janela do carro.
Luana corria para me alcançar e por um momento pensei que ela ate conseguiria mas não.não estavamos em um conto de fadas.
Vitor logo a perseguiu e a agarrou firme pela cintura antes mesmo dela chegar perto da casa grande.
Eu não resisti.

--abra a porcaria dessa porta Miguel!!

--continue Miguel e não pare.

--que droga pai!!ela precisa de mim!!

--(rs) se você não parar com esse seu chilique darei um motivo real para se preocupar com ela pois vou colocar toda a família dela na rua!que me provocar?!continua pra ver..--disse ele e eu não tive outra escolha a não ser me sentar novamente no banco de trás o mais quieta possível.

Ela chorava tentando escapar dos fortes braços do pai e ele percebia bem a força que ela tinha ao ser insistente e continuar tentando me alcançar.

--Alex!!você não pode me deixar aqui sozinha!!!ALEX!!--gritou Luana ao vento enquanto tudo que ela via era meu carro distanciar.

Nessas horas não importava o veiculo,eu poderia estar de jato que veria essa cena da mesma maneira..lenta e dolorosa.
Deixamos a fazenda e ainda nos portões era como se eu ainda ouvisse seu pranto.me senti um lixo por deixar-la mas por que então todos diziam que era melhor para ela??

a viagem era longa e não trocaria uma palavra com meu pai.
tratei de me deitar no banco de tras e fingir que dormia mas logo o sono acumulado me pegou e quando menos esperei estava sendo acordada pelo brusco remexer que meu pai fazia em uma das minhas pernas para me acordar.
A pior sensação que existia era ver que seus medos podiam se tornar realidade.ao olhar para fora do carro me deparei com a clinica.

--anda..vai ser melhor pra você.

--(rs) se você me visitasse mais iria saber que há meses não coloco uma gota sequer na minha boca.

--e a garrafa de cachaça que encontrei jogada na sala??vai me dizer que era de Angelina??!

--era!!!

--vai!!

--mas que merda.--deixei o carro mas não ousei dar um passo sequer ate meu pai me puxar pelo braço.

Entramos na recepção e lá a balconista já me olhou com um sorriso debochado no rosto.ela já me conhecia e me ver novamente ali pelo visto foi engraçado.

--oi Barbara.--a cumprimentei e ela continuou sem esconder seu sorriso.parecia que estava adorando me ver voltar pra lá de novo.

--ola Barbara,o doutor tá ai??--perguntou meu pai já cansado dessa minha popularidade nas clinicas de reabilitação.

--ola senhor Ross,o doutor Ned se encontra em sua sala.pode entrar?(rs) seja bem vinda de volta Alex.--disse ela toda debochada e logo meu pai continuar me puxando pela camisa em direção ao escritorio do velhote.

O cheiro da naftalina era fácil de sentir ali,assim que meu pai abriu aquela porta e me puxou pra dentro daquela sala aquele odor quase nos me sufocou.desfaleci nos braços do meu pai amolecendo todo o meu corpo.

--Alex!!...levanta!...isso não tem graça!--brigou meu querido pai mas preferi continuar morta ate ele lentamente me colocar ao chão.

Permaneci deitada como uma ótima atriz mas ao abrir um dos meus olhos para espiar o velho doutor ele apenas me olhou repreensor como sempre.

--ola senhorita Ross.--disse o velho diretor da clinica rangendo os dentes para conter sua raiva.

--eae velhote.--retruquei do chão mesmo.queria mostrar o quanto eu ainda era birrenta.

--Alex!--disse meu pai a me repreender com seu tom de voz mais grave.

--ok.já entendi.--me levantei recompondo minha pose.um alivio para o envergonhado do meu pai.
--doutor Ned,não acha que já esta na hora de trocar as naftalinas??

--continua engraçada como sempre.me diga,o que fez desta vez??mais um carro capotado,tocou fogo no próprio quarto com um baseado ou desvirtuou mais uma jovem??

--a ultima!--em um uníssono,meu pai e eu respondemos.era ótimo ver essa sintonia que tínhamos.

--como sempre..essas garotas de hoje em dia não chegam aos pés das moças recatadas de antigamente,do meu tempo!!--disse o velhote todo revoltado com a nova geração.

--bem se formos pensar um pouco não há dados dizendo que as mulheres da caverna eram tão simpáticas.(rs) eu lembro de um porno que vi que mostrava o quanto ela cavalgava selvagem em uma..

--CHEGA!!--gritou ele quase tendo um infarto.eu tinha esse dom,irritar as pessoas quando elas menos esperam,isso era sempre a minha perdição.
--sua filha tem um seríssimo problema psicológico senhor Ross,acompanhado de um desrespeito sem tamanho.creio que aqui na clinica ela terá toda ajuda necessária para corrigir esses erros de personalidade feiíssimos.

--eu acho bom e para que o tratamento seja completo quero ver ela limpa e livre desse alcoolismo.--completou meu pai.

--eu já não bebo há meses!!--retruquei.

--e aqui continuara esse doloroso processo.te enviei para a fazenda com essa intenção,não para pegar a filha de Vitor.sabe o que é ter um empregado reclamando sobre a filha dele no meu ouvido?!

--(rs) e como sei.Vitor pode ter feito da minha vida um inferno naquele lugar mas ele sim sabe ser mais pai do que você.ele não joga seus problemas para os outros cuidar.--eu não sei porque disse aquilo,Vitor como pai protegia Luana de tudo..talvez minha indiferença com ele se tratava apenas disto.eu por ser uma péssima imagem de filha e ele por ser um pai que eu nunca tive..

--não terá com o que se preocupar senhor Ross.Alex vai ficar e sair daqui outra mulher!--disse o velho e não era a primeira vez que ouvíamos aquilo mas o que acontecera depois foi algo totalmente imprevisível.

A porta do escritório do velhote se abriu de uma vez e dela entrou minha mãe e minha irmã.
uma espanto tanto para mim como para meu pai pois quando aquelas duas se juntavam era certeza que meu pai estava ferrado.

--minha filha aqui não fica!--disse minha coroa poderosa enfrentando o velhote e a meu pai.


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