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História Liberté: Sangue do meu sangue - Fragmentos de minha alma.


Escrita por: Alexiel_LaRoux

Notas do Autor


Passando rapidinho pra deixar o capitulo da semana pra vocês.

Muito obrigada pelo carinho de todos, pelos comentários e elogios recebidos no capitulo passado, vocês são meus amores e eu AMO cada um dos comentários que são deixados. Eu demoro pra responder a vocês mas juro que não vou deixar nenhum dos meus leitores no vácuo, viu! As coisas que andam meio corridas.

Preparem os lencinhos pro capitulo de hoje e uma cena muito esperada está próxima. Espero que gostem! Bjjj mil.

Capítulo 14 - Fragmentos de minha alma.


Fanfic / Fanfiction Liberté: Sangue do meu sangue - Fragmentos de minha alma.

As horas pareciam não passar enquanto estavam ali sentados, esperando notícias. A equipe já havia saído do quarto de Milo, mas eles não foram autorizados a entrar ainda. O clima estava pesado, tenso, todos tinham muito medo de receberem a pior de todas as notícias. Quando já estavam cansados de tanto esperar, o médico abriu a porta pedindo que eles entrassem. Ainda tentou pedir que os dois amigos de Milo ficassem lá fora, mas a pedido dos pais dele os deixou entrar. Eram muito importantes na vida do filho, mereciam receber notícias tanto quanto eles.

O quarto era muito grande, as paredes feitas em vidro de altíssima tecnologia. A parede na lateral da cama de Milo mostrava os sinais vitais do loiro, monitorado a cada instante. O jovem se encontrava deitado com alguns aparelhos ligados a ele. Aquela cena, para os amigos que não o viram desde quando ele levou o tiro, era desoladora. Milo parado daquele jeito não era o Milo cheio de vida que conheciam.

- Não vou negar que foi extremamente complicado reverter o quadro do paciente. – O médico suspirou cansado, depois da batalha para reviver o jovem loiro – ele teve mais de uma parada cardíaca. Quando o reanimávamos, poucos minutos depois ele acabava tendo outra, e acreditamos em um momento que ele não voltaria mais.

- Mas como? Pelo diagnóstico inicial, meu filho estava em plena recuperação – Dégel questionava. – Eu mesmo ajudei a avaliar os primeiros resultados dos exames, e mesmo com os problemas de atendimento, as chances dele eram grandes.

- Sim, Doutor Alexis, porém não conseguimos entender como seu filho regrediu tanto em tão pouco tempo. É como se ele tivesse desistido de viver. Não existem explicações físicas que justifiquem o regresso dele.

Afrodite olhou para o jovem amigo ao sentir a mão ser apertada pelo namorado, eles entendiam totalmente o que estava acontecendo a Milo. Ele estava desistindo de viver por não ter mais Camus ao seu lado. Os dois separados não conseguiriam mais seguir, eles eram duas metades, e uma enfraquecia sem a outra .

- Quais as chances dele, doutor? – Shun fazia a pergunta que todos tinham medo de fazer.

- Temos de esperar, o que podíamos fazer foi feito. Agora só depende dele. Se ele não mostrar melhora nos próximos dias, sinto muito, mas eu temo que ele não resista.

A notícia foi como um baque para eles. Os jovens amigos não tiveram como segurar as lágrimas, e Shun abraçou forte o namorado, sentindo aquilo doer como nunca. Kárdia estava catatônico. Nesse momento Dégel se preocupou com o marido, que levou a mão ao peito, fechando os olhos com força.

- Kárdia? – Ele estava preocupado, o marido ter um ataque cardíaco ali pioraria tudo – é o coração?

- Eu preciso do meu remédio, vou ficar bem. – Ele dizia, sendo forte. – Rapazes, vocês fazem companhia ao Milo por enquanto?

- Claro, senhor Alexis. Tente descansar um pouco, nós ficamos com ele.

Os dois saíram junto ao médico e Afrodite ajudou Shun a se sentar próximo ao amigo, ele mesmo ficando de pé e passando carinhosamente a mão em sua face.

- Oh idiota, você não pode morrer não, viu? – Dizia de forma brava.

- Dite, não fala assim. – Shun dizia triste, tomando a mão do amigo entre as suas.

- Mas é verdade Shun. Milo, você tem um filho para criar, cara! Você sempre quis ter a sua família e justo e agora você pode ter as duas: a família que te pôs no mundo e a família que você formou! – Dite suspirava. – O seu pai está feito um louco atrás do Camus, sabia que o caso de vocês já saiu em toda a imprensa? Parece que seus pais tão até processando o laboratório onde o Camus vivia por causa do tiro que você tomou, cara. Agora quando eles aparecem, quando eles são poderosos pra cacete e podem mudar a sua vida e te dar paz com o seu ruivo, você quer morrer. Não seja idiota!

- Ele tem razão, Milo- Shun sorriu doce. – Nós temos que contar as novidades para você, te ajudar a criar o meu afilhado… Temos que fazer nossos passeios de casais e esquecer todo o sofrimento pelo que passamos. Seja forte meu amigo, nós temos que morrer velhinhos e rindo das batalhas pelas quais passamos. E com o Camus reclamando de como você é bagunceiro.

- E por falar em Camus... – Dite mexia nas suas coisas e pegava um pequeno livro, todo remendado e com a capa já quase caindo, e o colocava embaixo da mão de Milo – Lembra disso aqui? Eu que te ajudei a remendar quando aquele valentão tentou bater no Camus e o ruivo quebrou o nariz dele. O Camus não desgrudava desse livro, e quando o seu pai mandou pegar suas coisas na casa do Shun eu peguei ele para você. É um pedacinho do seu ruivo para ficar com você, para te ajudar a ter forças. Milo, você não pode morrer meu amigo, não pode.

Afrodite e Shun se abraçaram com carinho, chorando com medo de perder seu amigo. Milo não daria sinais de acordar pelos próximos dias.

 

 

Estava sentado em um pequeno banco, o lago estava com suas águas claras, onde vários cisnes nadavam deixando a paisagem ainda mais bela. Porém dois deles lhe chamavam a atenção. Eram um casal e, enquanto o bando nadava, não se separavam de forma alguma. Nesse momento uma voz forte e que sempre encantou os ouvidos de Milo se fez presente.

- Dizem que os cisnes, quando escolhem um parceiro, são eternamente fiéis a ele. Mesmo quando um deles morre o outro continua assim, fiel, sem jamais substituir seu parceiro. – Camus se aproximava surpreendendo Milo, vestia uma bata azul clara e uma calça leve, os cabelos longos contrastavam com a clareza de suas roupas. – Por que então você quer nos abandonar, Milo?

- Mas eu te vi morrendo, meu amor. – Ele dizia meio confuso – vi você e nosso filho morrendo.

- Nós parecemos mortos, Milo?

Ele apontou para a margem do lago, e lá um menininho vestido no mesmo tom de roupa de Camus estava brincando com os cisnes. Não tinha mais que três anos e os cabelos loiros como o ouro batiam na altura do ombro. Era risonho e parecia extremamente feliz, e principalmente, livre.

- Hyoga? O nosso Hyoga? _ Milo dizia de olhos arregalados.

- Quem mais seria? – Camus sorriu de forma doce e seus olhos brilhavam para o menino – Filho, seu pai precisa de você.

O menino ouviu a voz de seu pai ruivo e veio correndo na direção dos dois, saltando no colo de Milo e o abraçando com muita força.

- Papai! – Ele beijou com carinho a face de um Milo atônito – eu pensei que o senhor ia nos abandonar, que ia querer morrer.

-Seu pai nunca vai nos abandonar Hyoga. O nosso Milo jamais faria isso conosco, não é querido?

- Eu jamais abandonaria vocês, eu só pensei que...

- Vem Hyoga, está na hora de voltar.

Camus sorriu para o filho e ele foi para o seu colo, onde o pai deu um carinhoso beijo em sua testa e o menino se tornou pura luz antes de desaparecer. Milo nesse instante observou Camus olhando para ele carinhosamente, e percebeu seu ventre avantajado nos nove meses de gestação. O ruivo buscou as mãos de seu parceiro e as colocou sobre a sua barriga.

- Ele ainda está aqui, seguro, saudável e eu vou protegê-lo com todas as minhas forças. Mas nós estamos sofrendo Milo, estamos sofrendo muito. – Uma lágrima escorreu dos olhos do ruivo – Não vou poder ficar com nosso filho aqui dentro por mais tempo. Ele vai nascer e nós mais do que nunca vamos precisar de você. Volte para seus pais, lute junto a eles e nos salve, meu amor. Eu posso não ser mais como antes quando você me encontrar novamente, mas eu voltarei para você. Eu só preciso da sua força para me trazer à luz mais uma vez.

 

Desde a parada cardíaca de Milo já havia se passado uma semana. Seus pais já haviam perdido as esperanças de terem seu filho de volta, mas em nenhum momento eles deixavam sua cabeceira. Kárdia estava dormindo no sofá do quarto do filho e Dégel ao lado da cama do loiro, segurando com força a mãos do filho. De tão cansado que estava, acabou dormindo com a cabeça recostada ali. O enfermo lentamente moveu a cabeça, sentindo a mão presa. Seus olhos azuis tiveram dificuldade em se acostumar novamente à claridade.

Sua mente parecia confusa e ele não conseguia entender onde estava. Lembrava-se de sonhar com Camus e com o filho, do sequestro de seu amado e da dor horrível do tiro que tomou. Tentou se mover, mas o corpo estava muito fraco. Virou a cabeça de lado e viu a vasta cabeleira ruiva próxima a ele e somente uma palavra saiu, em meio a sussurros, acordando seu pai.

- Camus?

 

******

 

- Milo...

A voz de Camus soou antes mesmo dele abrir os olhos, em meio àquele sonho que havia tido. Ver seu amado, mesmo que no mundo dos sonhos, era um alívio à sua mente cansada e perturbada. Seus olhos se abriram, vendo Agatha novamente a mexer em suas coisas e ele coçou os olhos, como querendo limpar sua mente daquela visão.

- Meu menino, chamando por ele de novo. O que tanto te encantou nesse personagem, para chamar por ele toda hora? – Ela dizia paciente e doce com o jovem ruivo.

- Ele não é um sonho! – Se encolhia na cama – você que não é real, eu te vi morrendo. Eu te vi morrendo! Eu não vou ficar louco, não vou!

- Ah meu menino, me faz sofrer tanto ver você alucinando assim. Te trouxe livros novos, espero que você se distraia com eles e aceite a sua realidade. Camus, você nunca saiu desse quarto. Esse Milo e o filho que você tanto fala, é só sua mente brincando com você. Logo os efeitos do remédio vão passar e você volta à realidade minha criança, e só um efeito colateral.

Ela o deixou ali e Camus repetia para si mesmo que aquilo não era realidade. Estava esperando um filho sim, e esse filho era o fruto de seu amor por Milo, a união dos dois. Fechou os olhos suspirando cansado, e então nesse momento algo o fez levar rapidamente a mão ao baixo ventre.

- Ai!!!! – Ele gemeu alto, se encolhendo um pouco com a dor muito forte que sentiu no ventre. Era como se todos os músculos de sua barriga se contraíssem de uma vez e ela enrijecesse bastante. – Hyoga, agora não meu filho, seu pai tem que salvar a gente! Você não pode nascer aqui dentro!

Camus se contorceu de dor. Ao contrário da gestação normal de uma mulher, ele não teria passagem para aquele bebê nascer por vias naturais e por isso suas contrações vinham sem um longo espaçamento entre uma e outra, e com uma dor muitíssimo forte, que o fazia quase gritar. Encolhia-se todo com medo, quase entrando em pânico. Do outro lado do espelho, na sala de observação, um dos enfermeiros que monitorava o jovem ruivo, quase que 24 horas por dia, dava o alerta do que estava acontecendo.

- Senhor Surtr – ele dizia, vendo uma imagem holográfica se projetar na parede de vidro com a imagem do ruivo. – O Híbrido demonstrou alucinações a pouco, mas agora parece ter entrado em trabalho de parto. Ele está se contorcendo com as dores das contrações.

- E Fafner, onde está? – O ruivo perguntava, demonstrando empolgação com a notícia do parto de Camus.

- Viajou em um congresso, e não se encontra nas instalações do laboratório.

- Ótimo. – Surtr se sentiu feliz, poderia passar por aquela experiência sem interferência do outro pesquisador. – Abra uma conferência e o ponha em chamada holográfica na sala de parto, para acompanhar o procedimento mesmo à distância. Mande preparar o centro cirúrgico, eu mesmo quero cuidar do nascimento dessa criança. Levem o Híbrido e preparem-no. Não quero que apliquem o soro de contenção nele. Camus, quer dizer, o Híbrido, tem de passar por isso totalmente sóbrio.

Assim como ordenado, Camus viu a porta de seu quarto se abrir e enfermeiros entrarem. Ainda quis lutar para se livrar deles e impedir que o levassem, mas a dor era insuportável. As contrações vinham com muita força e ele sentia como se seu ventre fosse rasgar para tentar dar passagem àquela criança. Colocado na maca, foi levado às pressas para o centro cirúrgico, onde o pesquisador ruivo que o tratara com tanta paciência da outra vez já se encontrava pronto.

-Apliquem a anestesia. – Ele parou na cabeceira da mesa e passou as mãos puxando os cabelos de Camus para trás, os prendendo em uma touca. – Fique calmo, eu juro que não faremos nenhum mal ao seu bebê, mas temos de tirá-lo ou os dois morrerão. Sei que não confia em mim, mas pelo bem dele, fique calmo.

Camus fechou os olhos com força, sentindo a anestesia começar a fazer efeito e a dor passar. Não sentia mais absolutamente nada além do desespero por aquele momento. Chorou muito, enquanto os homens ao seu redor iniciavam o trabalho. Naquele momento, na parede de vidro do centro cirúrgico, a imagem do pesquisador de cabelos claros quase brancos se fez presente, e aquele seu sorrisinho vil parecia ainda maior.

- Então, como está o trabalho com o Híbrido? – Perguntava com curiosidade. Toda vez que era chamado assim, Camus sentia como se um punhal o perfurasse o peito, de tanto ódio.

- Ao contrário de um trabalho de parto natural, as contrações vieram com uma velocidade acima do normal, não tendo o espaçamento esperado. – Surtr ia fazendo o relatório de forma fria. – A Cobaia sentiu dores extremas, resistindo com bom desempenho. A anestesia especial fez efeito de forma rápida e manteve o Híbrido consciente. Farei a primeira incisão e começaremos o processo da cesariana.

Camus parecia ignorar o que estavam falando ali, ele sempre era tratado assim, como um objeto a ser observado, manuseado. De seus olhos lágrimas verteram, ele sequer se movia. Não queria que fosse daquele jeito. Na sua inocência, sonhou que naquele instante teria um Milo totalmente ansioso ao seu lado, rindo e chorando ao mesmo tempo, louco para ouvir o chorinho daquele bebê por quem tanto ansiaram e lutaram. Não era para ser assim, não naquele laboratório frio, sozinho e com o medo de sequer poder ver seu filho quando ele fosse arrancado de si.

- Órgãos em perfeito estado, gestação normal como esperado e desenvolvimento perfeito – o relatório continuava. – Retiraremos a criança agora.

Os olhos de Camus se fecharam e as lágrimas verteram mais fortes ainda, quando minutos depois ouviu o som forte do choro tomar todo o ambiente. Não conseguia mais ouvir os relatórios que eram ditados pelo pesquisador, só conseguia ouvir aquele choro. Seus olhos se abriram, e ele conseguiu em um rápido momento visualizar seu filhinho sendo levado para longe, e a cirurgia entregue a outro médico para finalização.

- Me perdoa, Hyoga... – ele ainda esticou o braço tentando alcançar o filho - me perdoa, meu filhinho... 

Perdeu de vez os sentidos quando uma máscara de oxigênio foi colocada em seu rosto e ele adormeceu. No mesmo instante em que o pequeno Hyoga nascia, seu outro pai despertava em um dos grandes hospitais da Capital.

 

***********

 

Dégel se moveu, acordando ao ver que seu filho havia despertado. Nesse momento Milo olhou o pai nos olhos, e ao contrário do vermelho acolhedor dos olhos de seu amado, viu o brilho carinhoso no tom de azul, quase violeta, dos olhos de seu pai.

- Não filho, o Camus não está aqui, eu sou o seu pai. Dégel. – Ele dizia, e sorria com alegria pelo filho finalmente despertar. – Kárdia, veja. Nosso filho acordou, Kárdia.

Milo ainda parecia meio confuso quando viu o outro homem se erguer do sofá. Cerrou levemente os olhos e o observou se aproximar. Parecia que sua mente voltava a funcionar devagar, ainda meio perturbada pelo que ele havia passado.

- Filho? – Kárdia sorriu feliz se aproximando de Milo, que ficou surpreso ao ver a imagem do outro. – Vá chamar o médico Dégel, ele vai querer avaliar nosso menino. – O ruivo ia sair dali, meio a contragosto, mas sentiu sua mão ser segurada pelo filho, para que ficasse.

- Eu lembro de você. – Milo disse a Kárdia, que ergueu uma sobrancelha confuso – nos meus sonhos, eu via vocês dois. Você exatamente assim, brincando comigo no balanço de um jardim, e você - se voltava a Dégel. –, sua imagem sempre me foi muito confusa, mas também estava lá. Vocês são meus pais? Eu não tô sonhando? Por que vocês me abandonaram? – Ele fazia a pergunta que sempre quis fazer durante todos aqueles anos.

- Nós não o fizemos – era Dégel que respondia – você foi tirado de nós. Estamos te procurando desde então, e só agora descobrimos onde estava.

- E quando descobrimos, você fugiu com o seu namorado e não dos deu tempo de ajudá-los.

- O Camus! Eu preciso ajudar o Camus! – ele tentou se levantar e sentiu o peito doer e a cabeça girar. Podia-se ter passado bastante tempo da cirurgia, mas Milo ainda não estava totalmente recuperado. – Aii!

- Calma filho, nós já estamos cuidando disso. Você precisa se cuidar, levou um tiro e até a pouco nós estávamos desenganados sobre sua melhora! – Dégel falava tentando acalmar ao filho. – Se não se cuidar, não vai poder salvar seu namorado nem nosso neto.

-  Vocês já sabem? – Ele arregalava os olhos ao ouvir os pais citarem o filho.

- Sabemos, os rapazes nos contaram. – Kárdia respondia, vendo Milo torcer o nariz com raiva.

- Aquele bando de traíras, eles não podiam ter contado! _ dizia revoltado.

- Eles não tinham alternativa. Você estava doente, o Camus desaparecido e tudo o maior caos, eles tiveram que nos contar. E se eles não tivessem nos contado eu não poderia saber para onde levaram o Camus. – Dégel respondia.

- O senhor sabe onde ele está, pai? – Aquela palavra fez o coração sempre tão gélido e fechado do ruivo se aquecer, e ele apertou a mão do filho com carinho.

- Infelizmente o levam para o laboratório. Já estou vendo formas legais de tentar tirar ele de lá, mas por enquanto já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, filho.- ele suspirou- Você precisa se focar em se recuperar, pois vamos ter um longo caminho na justiça até conseguir a liberdade de Camus, e dessa vez em definitivo.

- Quanto tempo eu fiquei desacordado? – Ele falava com medo da resposta.

- Três semanas, filho. - Kárdia mordia levemente o lábio tenso.

O jovem loiro levou as mãos ao rosto e nesse momento não conseguiu segurar a dor que sentia. As lágrimas vertiam de seus olhos claros e faziam o coração de seus pais sangrarem com a dor que o filho sentia. Milo suspirou profundamente e olhou novamente para os pais, com o rosto banhado em lágrimas.

- A essa altura meu filho já deve ter nascido e está nas mãos daqueles loucos! O Camus deve estar em pânico! Eu jurei que ia protegê-lo, eu jurei e falhei! Eu falhei como namorado, eu falhei como pai... – Ele chorava e aquilo destruía mais ainda o coração de seus pais. – Pai, se vocês dois me amam, eu não quero nada de vocês. Só salvem meu namorado, salvem o meu filho!

Ele chorava e os pais o abraçavam. Kárdia deu um beijo demorado na testa do filho e se virou, indo para a saída do quarto. Dégel se assustou com a atitude do marido.

- Onde vai, Kárdia? Nosso filho acabou de acordar.

- Eu vou fazer o que ele está me pedindo Dégel, eu vou salvar o meu genro e meu neto! – Ele dizia sem olhar para o marido e o filho. Tinha ódio brilhando em seus olhos. – Ninguém mais vai sofrer por essa maldita lei. Vou fazer o que já devia ter feito há muito tempo. Eu vou destruir a lei das cobaias!

 


Notas Finais


Nosso loirinho nasceu, lindinho e fofinho como so ele, mas o que sera do Hyoguinha agora?

Milo acordou, aleluia.

Espero que tenham gostado, deixem suas opiniões! Seu comentário é muito importante pra mim e deixa a autora feliz! Bjins amores!


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