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História Liberté: Sangue do meu sangue - Amor a Primeira Vista.


Escrita por: Alexiel_LaRoux

Notas do Autor


Demorei mas cheguei.

Amores muito obrigada pelo carinho dos comentários, eu to respondendo a todos devagarzinho, mas nunca os deixarei sem o carinho de uma resposta. Obrigada pelos favoritos, obrigada por tudo, essa fic é feita com carinho pra vocês.

Hoje vou pedir licença pra Lucy pra dedicar esse capitulo a uma pessoa bem especial! Feliz aniversario antecipado Amelinda, tudo de bom pra você e espero que curta bastante esse capitulo que estou te dando de presente. Espero que ainda tenhamos muitos e muitos anos de vida pra enchermos o saco uma da outra. Bjjjjj

Obrigada a todos que ainda me acompanham e pelo carinho de sempre, boa leitura!

Capítulo 21 - Amor a Primeira Vista.


Fanfic / Fanfiction Liberté: Sangue do meu sangue - Amor a Primeira Vista.

 

- Brilha, brilha estrelinha...

Milo cantava a música ninando o pequeno Hyoga que finalmente havia começado a dormir nos braços de seu pai. Milo estava sentado na poltrona de amamentação do quarto do filho e passava delicadamente a pontinha do dedo na bochecha rosada e branquinha do pequeno Hyoga.

- Nós cantávamos essa música para você dormir quando era bebê. – Kárdia e Dégel observavam o filho a cuidar do neto com carinho – Filho, você está cansado, tem certeza que não quer contratar uma babá para te ajudar com o Hyoga? – Kárdia perguntava ao filho.

- Até parece. Você não aceitou termos uma babá quando o Milo era bebê, Kárdia!

- E eu também não vou aceitar pai. Por mais cansado que eu esteja, cuidar de Hyoga me deixa um pouco mais próximo ao Camus, alivia minha saudade. – Milo carinhosamente entregava o filho nos braços do pai ruivo que o ninava por um tempo e o colocava confortável no bercinho. – E todas as vezes que eu canto essa música para o Hyoga, lembro de quando o Camus era criança e tinha pesadelos, ele só dormia abraçado comigo cantando essa música para ele.

- Nós entendemos filho, mas aceita a ideia do seu pai. – Dégel dizia acionando a moderníssima babá eletrônica do quarto, que daria visualização do sono do pequeno em toda a casa, caso necessitassem – Mas releve um pouco. – Eles três iam saindo do quarto indo para a sala de jantar, onde o mesmo já seria servido aos três. – Você pode continuar cuidando dele e descansar um pouco em alguns momentos o deixando aos cuidados dela. Se você não estiver bem, como vai cuidar do Camus quando ele voltar?

- Sem saúde você não vai conseguir cuidar do seu namorado. – Kárdia completava- E ele mais do que nunca vai precisar de você quando conseguirmos abolir essa lei maldita.

- Eu vou pensar pai, juro que vou pensar. – Os três se sentavam a mesa e começavam aquela refeição em família. Aquilo se tornou um habito desde a volta de Milo.

- Então amanhã teremos mesmo a manifestação em favor da derrubada da lei das cobaias? – Kárdia perguntava ao filho – Não vejo a hora de ver a cara daqueles velhos rabugentos do senado com um monte de gente gritando em seus ouvidos durante a sessão.

- Não exagera pai, vai ser algo simples. O Dite está as voltas com o Shun no hospital, e sem o apoio e presença dos dois, preferimos começar de forma mais amena.

- Mas não menos importante filho. – Dégel completava. – Pode não ser algo muito grandioso ainda, mas a força com que vocês têm movido as redes sociais é realmente importante.

- Além das entrevistas que você tem dado. – Kárdia dizia depois de tomar um grande gole de vinho. – Ouvi dizerem que farão um documentário sobre seu sequestro e sua vida no orfanato, falarão sobre o Camus a fuga de vocês, isso vai ser bem importante. – Riu- e eu já mexi meus pauzinhos para que não sujem sua imagem como da outra vez.

- Pai! Mas isso não pode parecer que eu estou manipulando a imprensa? – Milo dizia preocupado.

- E você acha que os senadores que tem ações milionárias nesses laboratórios não estão fazendo isso também?  - Kárdia dizia entre uma garfada e outra, dando pausas leves na refeição. – Foram eles que sujaram seu nome quando moveu a ação de retomada de seu filho e de Camus. Não é de interesse deles que a lei seja derrubada e nós temos que usar as mesmas armas que eles nisso.

- Eu não consigo entender esse mundo de vocês... – Milo suspirava cansado.

- E você acha que eu entendo Milo? – Dégel sorriu de canto – Seu pai leva muita coisa em brincadeiras e tudo mais, mas esse mundo da política não é fácil, ainda mais para alguém que tenta agir certo como ele. Já vi seu pai se enveredar em causas que eram praticamente perdidas e acabar vencendo no final, por saber como os senadores jogam. Não foram poucas as vezes que eu já pedi para ele largar a política de lado, esse ambiente é tão louco e estressante que um dia acho que vai acabar estourando esse coração fraco dele.

- Meu ruivinho... – Kárdia dava um sorriso de canto safado que fez Milo rir discretamente do pai – O único capaz de explodir meu coração é você. – Dégel ficou vermelho – E se eu tivesse saído da política hoje não estaria ajudando o Milo. Mas vamos mudar de assunto que eu odeio falar de trabalho enquanto estou comendo.

- Concordo – Milo dizia – No final tudo vai dar certo e em breve essa lei maldita vai cair, custe o que custar. Pai, o senhor não me contou como foi a cirurgia do Shun.

- Perfeita a priori, filho. O procedimento foi feito sem nenhuma dificuldade e agora só precisamos esperar um pouco até que ele possa tirar os curativos e avaliarmos se tudo vai funcionar como o esperado.

- Vão fazer isso amanhã mesmo? – Milo perguntava – Eu vou querer estar lá nesse momento.

- Claro, pouco antes da manifestação eu vou para lá, você pode ir comigo.

- Vou sim, e vou levar o Hyoga. O Shun vai adorar que o afilhado também seja uma das primeiras visões dessa sua nova vida. Obrigada pelo que fez por ele pai.

- Filho, ele salvou a sua vida. Cuidou para que meu neto tivesse a chance de se desenvolver com saúde e Camus tivesse um pouco de sossego e um lar ao seu lado. – Dégel dizia calmo.

- Além de tudo que seus outros amigos também fizeram por vocês. – Kárdia completava.

- Exatamente. Qualquer coisa que façamos por eles será mínimo pelo fato de terem o ajudado a estar aqui agora, ao nosso lado.

 

 

O dia amanheceu e Shun ansioso já estava acordado, deitado em seu leito no hospital. Já não podia ver a tanto tempo, que somente a ideia de que em poucas horas poderia, quem sabe, fazer isso o deixava em expectativa. Sabia que Afrodite deveria estar ali, no sofá do quarto dormindo todo torto, mas sem sair do seu lado sequer um segundo. Gostaria de saber se ele estava acordado, mas tinha medo de chama-lo e acabar interrompendo seu sono. Tocou a pequena bandagem em seus olhos e sorriu se ajeitando na cama.

- Falta pouco... – sussurrou baixinho para si mesmo e ouviu o som de alguém se movendo.

- Sim, daqui a pouco você vai ver o mundo inteiro ao seu redor Shun. – Afrodite se levantou e pediu espaço a Shun deitando ao seu lado e encostando a cabeça em seu peito.

- Te acordei Dite? – Shun dizia e passava a acariciar as madeixas longas de seu amado.

- Acordou sim, mas tudo bem, você está ansioso e mais um minuto naquele sofá, minha coluna entortava e eu virava o Corcunda de Notre Dame.

- Exagerado! – Shun ria do namorado. – Quantas horas meu anjo?

- Pouco mais de oito, logo, logo o médico já deve estar aqui. – Dite se levantava rápido ao dizer isso. – Eita, eu preciso me arrumar, pentear o cabelo – Dizia apavorado ao ter se dado conta da hora – eu to com a cara inchada, feio e com olheira, você não pode me ver assim, ou vai achar que estava namorando um monstro e não sabia - dizia todo afetado e Shun caia na risada. Logo ele segurou Dite pelo pulso e levou sua mão ao queixo dele o puxando para perto de seu rosto.

- Meu amor, seja lá como for o seu rosto, você é perfeito para mim. – Ele sorria e dava um leve selinho no namorado. – Eu me apaixonei pelo que você é, pelo seu carinho, cuidado, fidelidade. Você é o homem mais lindo desse mundo, perfeito, independentemente de sua aparência. Eu te amo Dite, amo muito.

- Eu também, meu bobinho apaixonado. – Sorriu roubando mais um selinho dele – Sou louco por você. – Ria, mas ainda assim vou me arrumar, vou me arrumar para você!

Afrodite ria indo para o banheiro e Shun se ajeitou melhor na cama quando ouviu um leve toque na porta e a mesma se abrir.

- Olha só quem veio fazer uma visita para o seu dindinho. – Milo ia entrando com o filho nos braços e Shun sorria alegre com isso.

- Meu neném! – Shun esticava os braços se sentando na cama. – Me dá ele aqui Milo, seu pai me disse que ele estava adoentado.

- Um pequeno resfriado, - Milo entregava o bebê - ele ficou meio enjoadinho, mas já se recuperou.

- E você não devia estar preparando tudo para a manifestação de hoje? – Dizia brincando com o neném

- E te fazer perder a oportunidade de ver o loiro mais lindo, gato e gostoso de toda essa capital? 

- Quem o Dite? Esse já está aqui e já é todinho meu! Ah não, você está falando do Hyoguinha ne? – Shun ria brincando.

- Bobo! Sério agora. Já adiantei muita coisa e não poderia deixar de vir aqui hoje, meu pai já está conversando com seu médico, logo ele deve estar aqui. Ansioso? Cadê o Afrodite.

- Enfiado no banheiro, na frente do espelho, para variar. Ele é vaidoso demais e cismou que tem de estar lindo para mim – riu – e aí alguma novidade sobre o projeto do seu pai?

- A coisas estão andando devagar, a pressão contra o projeto dele tem sido muito grande, praticamente quando damos um passo para frente retrocedemos dois. – Milo suspirou cansado, já não aguentava mais aquela história. – Espero que os protestos, as manifestações populares alcancem um resultado, mas sabe Shun, cada dia mais eu tenho medo de nunca mais ver o Camus.

- Não diga isso Milo. Eu também não tinha mais a esperança de um dia voltar a enxergar, me achava condenado a escuridão eternamente e veja onde estou. Graças a você e a seus pais eu vou voltar a ver. – Shun apertou a mão do amigo, depois de ter tateado em sua busca. – Esperança e força! Você já venceu algumas batalhas, perdeu outras, mas no final você ganhará essa guerra, só não perca a fé.

- Eita! Desse jeito eu fico com ciúmes desse loiro gato segurando a mão do meu namorado. – Afrodite vinha rindo e brincando já todo arrumado.

- Eu sei que sou lindo Dite, não precisa ter ciúmes. - Milo estufava o peito todo convencido.

- E quem disse que to falando de você venenoso? Eu to falando é do Hyoguinha! – Dite dizia indo até o bebê e o pegando no colo – Oi meu lindinho – O loirinho ria ao ser erguido no ar contagiando todo o quarto -  avisa a esse seu papai, que ele perdeu o posto de bonitão, que agora o rei do pedaço é você. Diz assim para ele: Oh! Perdeu papai!

Eles todos caiam na risada e logo notavam Dégel chegar junto ao médico. Todos paravam de rir e ficavam ansiosos com a chegada deles.

- Bom Shun, ansioso para sabermos o resultado da cirurgia? – O médico dizia e Shun sorria alegre.

- Muito! – Dizia alegre esfregando as mãos. – Eu vou poder ir para casa hoje também?

- Acho melhor te observarmos hoje e amanhã você está liberado cedinho. Mas vamos tirar logo essas ataduras e observar o resultado dessa cirurgia.

Ele dizia já se aproximando e começando a retirar as bandagens que vendavam o menino. O processo foi rápido, Milo ficou ao lado de seu pai, ansiosos, e Dite segurava o pequeno Hyoga se movendo de um lado para outro angustiado com a demora. Quando o médico pediu que Shun abrisse os olhos, ele se sentiu nervoso, com medo.

Lentamente, Shun abriu os olhos e ele não mais encontrou a escuridão de antes. Sua visão estava embaçada, clara demais e vagarosamente as imagens foram se formando. Ainda tinha dificuldades de focar a visão, ter nitidez, mas as lágrimas irromperam de seus olhos abundantemente nesse momento. Seus olhos procuraram pelo quarto e a primeira visão que obteve foi dele.

 Lá estava a pessoa mais bela que já poderia ter visto diante de seus olhos antes de ficar cego. Os cabelos em um tom de loiro levemente platinado, tinham algumas ondas, principalmente nas pontas. Aqueles olhos vivos, de um azul tão lindo pareciam ansiosos e intensos e a pintinha embaixo de um deles era um charme a mais. Ele era lindo, estupendo como ele sempre imaginou e Shun se sentiu pouco para estar ao lado de um homem tão belo. Como Dite poderia ter uma alma tão nobre sendo aquela criatura perfeita e amando a um invalido como ele era. A imagem do pequeno bebê no colo de seu amado também era outro achado. Seu afilhado era a criança mais linda que já vira.

- Dite. – Shun sorriu e olhou para ele com carinho – Então você é assim meu amor? Tão lindo.

- Ah Shun – Dite entregou o bebê a Dégel e saltou sobre o namorado o enchendo de beijos. – Você está enxergando, você me viu! – O loiro estava em lágrimas de felicidade.

- E ter um homem lindo e meu afilhado como os primeiros que vi nessa nova vida é a coisa mais perfeita que eu poderia desejar. – Shun beijou Dite carinhosamente. – Você também é bonitinho Milo, mas imaginei um pouco mais – Disse em claro tom de brincadeira.

- Nossa você mal voltou a enxergar e já me soltou um elogio desses! Bonitinho é feio arrumado Shun! – Ria nitidamente entrando na piada.

- Eu to brincando Milo, você também é lindo mas... – ria se voltando emocionado a Dite – Meu amor é muito mais. Você é lindo, meu Dite, lindo! E é o seu rosto que eu quero ver todos os dias quando eu acordar a partir de agora.

Os dois se beijaram mais uma vez e felizes todos comemoraram aquele momento.

 

 

Alguns meses se passaram desde que Shun havia recuperado sua visão. Nesse meio tempo a pressão popular sobre o senado não havia sido pequena, Milo havia passado de louco possessivo a pai apaixonado que lutava pela união de sua família e o fim a desumanidade e sofrimento das cobaias. Mas parecia que isso ainda não era o suficiente. A votação da queda da lei das cobaias era adiada o máximo possível, empurrada com a barriga, no grande impasse do jogo de interesse.

Alheio ao mundo ao seu redor e da luta que era travada em seu nome, Camus, naquele instante, estava debruçado sobre o sanitário colocando tudo o que tinha almoçado para fora, vomitando de maneira exaustiva.

- Meu pobre menininho. – A voz de Agatha se fazia a Camus, e ela o observava com ar de compaixão. A semanas ele não conseguia mais se livrar da visão dela e de sua mente a lhe pregar peças. – Isso logo vai passar.

Camus somente levantou e lavou a boca se arrastando exausto para a cama. Bocejava ignorando totalmente a cuidadora, mas ela não parava de segui-lo com o olhar, cuidar das coisas do quarto, arrumar e arrumar. Ele estava cansado, sonolento.

- Não adianta me ignorar meu menino, eu sou real e estou aqui, - Camus fitava o teto cansado daquilo, tentando expulsar aquela visão da sua mente. – Você sabe o que significa todo esse vomito, as torturas, náuseas, seu sono constante.

O ruivo arregalou os olhos por um instante realmente sabendo sobre o que ela dizia. Nos últimos meses passava mal constantemente e sentiu sua barriga começar a ficar maior. Fechou os olhos com força e verteu algumas lágrimas, levando a mão a barriga.

- Eu disse que seu filhinho nunca saiu daqui isso é mais uma das loucuras deles, eles colocaram seu neném dentro de você. Seu filhinho está dentro da sua barriga.

- É mentira, é mentira! – Ele jogava o travesseiro na direção dela. – Meu Hyoguinha está com o pai dele. – Ele inclinava a cabeça para o lado ficando com o olhar verdadeiramente perdido. – Meu menininho está lindo e feliz. – Ele então mudava a expressão de vazio para a de completamente intrigado. – Mas então... quem está aqui? – Ele colocava as mãos sobre a barriga se sentando. – Eu sei que tem alguém aqui, alguém crescendo aqui.

- Quem está aí é seu filho Camus. – Ela dizia – Me deixa cuidar de vocês, aceita que precisa de mim Camus. Não dói mais imaginar que tem alguém lá fora te esperando?

- Dói, a saudade dói demais. – Ele fechou os olhos chorando abraçando a barriga. – Dói ficar sozinho, eu quero meu filhinho. – Ele se encolhia e a via se sentar ao seu lado.

- Então aceite seu filhinho, ele está crescendo dentro de você agora, cuide dele Camus, espere por ele. Esqueça essa fantasia de um mundo lá fora.

- Cuidar do meu filhinho. – Os olhos vermelhos de Camus se perdiam no vazio. – Você tem razão eu sou um tolo. – Ele passava as mãos na barriga e sorria com carinho – Somos só nos dois filhinho, o papai vai cuidar de você, vai te amar. Eu prometo não confundir mais, minha realidade é você. Só você meu filhotinho.

E naquele momento a dor se esvaiu, a saudade deixou seu peito e a mente quebrada de Camus o dominou por completo levanto tudo que o machucava com ela. Eram somente ele e seu novo filho, ele em um mundo onde as alucinações ganhavam a tangencia da verdadeira realidade.

 

 

 

Aquele dia havia sido verdadeiramente cansativo no laboratório. Dégel tivera problemas com um erro de cálculo em um dos projetos que quase pôs toda uma pesquisa a perder, por sorte eles notaram tudo a tempo de corrigir, mas isso custou horas de trabalho extra. Já estava tarde e ele seguia para o estacionamento já praticamente deserto. Aproximou-se do carro e a distância notou alguém ali. Serrou levemente os olhos, não tinha como ser um bandido, o sistema de segurança de seu prédio era muito bom e o crime dentro da capital era quase inexistente.

Aproximou-se com cuidado e a visão que teve realmente o surpreendeu. O ruivo, de cabelos pouco mais claros do que o seu se voltou para ele com aquele sorrisinho que Dégel realmente não gostava nada de ver. Estava surpreso com a visita inusitada que lhe fitava a aproximação com algo em mãos.

- O que quer aqui Surtr? – Dégel perguntava sério olhando o outro homem sem entender realmente o porquê daquilo. – Você não trabalhava no laboratório de minha antiga família, naquela maldita pesquisa do Fafner?

- Sempre perspicaz Dégel, usou o verbo correto, trabalhava! – Sorriu de maneira verdadeiramente irritante

- Que bom, vejo que criou vergonha na cara e saiu do rastro daquele cretino. – Suspirou cansado, não estava com paciência para conversas, ainda mais com aguem de quem não gostava nem um pouco. - O que quer aqui? Sabe que se for procurar por uma vaga em meus laboratórios nunca aceitaria um pesquisador do seu tipo entre os meus. _ ele dizia abrindo seu carro e entrando no mesmo sem dar muita atenção ao outro. – Seus métodos são mesquinhos e desumanos, você sempre se veste nessa figura de amigo bonzinho, mas é tão lobo quando Fafner por dentro.

- Eu não quero um emprego novo Dégel. – Se aproximava mais - seu jeito agua com açúcar também não faz meu estilo, você é bonzinho demais, com suas causas humanitárias e bla bla bla, dinheiro que é bom nada.

- Então não temos o que conversar, com licença. – Ele já estava pronto para partir com o carro quando Surtr encostou na janela do mesmo o impedindo de arrancar.

- Oras eu vim trazer um presentinho para você e me trata desse jeito. – Fazia uma expressão teatral de desgosto e sorria. Dégel já estava com vontade de quebrar todos aqueles dentes perfeitinhos do sorriso dele - Nossa que menino mal-educado.

- Presentinho? – Dégel arqueava uma das sobrancelhas. – O que você poderia ter que pudesse me interessar? Uma pesquisa importante que queira me vender? Desculpe, mas não trabalho assim.

- Isso aí, um presentinho bem especial.  – Surtr jogou um caderno no colo de Dégel assim como uma pasta grande e cheia de papeis, aquilo assustou o ruivo, mas logo ele pegava aqueles documentos de forma intrigada – eu sei que você gosta de ler a moda antiga então imprimi tudo e também deixei a versão digital aí em um Chip – Dégel folheava aquilo e arregalava os olhos. – Boa leitura meu colega. São autênticos tá e os vídeos também estão no chip.

- Surtr, mas isso aqui é? – O Pai de Milo dizia de forma extremamente surpresa. – Porque está me entregando isso?

 - Sim, é exatamente o que você estava precisando. A última peça no seu quebra cabeça. – Ele sorriu começando a caminhar indo embora – Isso é só uma pequena vingança Dégel, Fafner foi um menino muito, muito malvado e eu não gosto de meninos malvados. Use tudo isso muito bem! – Ele ria e olhava para trás – Vou adorar estar à beira mar curtindo minhas férias forçadas enquanto sei que você e seu maridinho vão pôr fogo no mundo com o que eu te dei – ria - Você vai adorar a leitura do diário, eu começaria por ela!


Notas Finais


E Camy vai ser papai de novo, como sera que a mente louca dele vai lidar com isso hein.

Surtr ta aprontando...

Bjjjj e obrigada!


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