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História Liberté: Sangue do meu sangue - Uma parte nossa.


Escrita por: Alexiel_LaRoux

Notas do Autor


Olá meus amores, vou ser rápida nas notas hoje.

A fic está com um pouquinho de atraso nas atualizações por alguns motivos recorrentes que muito dos meus leitores já tem conhecimento. Quem me acompanha no face, sabe que eu ainda estou sofrendo com as dores no meu braço e esses dias ela tem me castigado muito e isso já reduz bastante a minha capacidade de escrita, além é claro, do principal e mais fofo motivo, meu filhote tem ocupado muito meu tempo em principal nas horas em que eu mais escrevia, por isso as coisas andam difíceis e peço compreensão. Como sempre digo, posso demorar, desistir jamais.

Obrigada por todos os comentários, que responderei o mais breve possível, me emociono e amo cada um deles. Espero que gostem do capitulo. Não consegui encontrar os créditos da imagem, então quem souber avise por favor.

Boa leitura.

Capítulo 5 - Uma parte nossa.


Fanfic / Fanfiction Liberté: Sangue do meu sangue - Uma parte nossa.

Camus olhou abismado para Milo naquele momento e nenhum dos dois conseguia conceber o que estava sendo dito pelo médico. Foi o loiro, então, que suspirou cansado e olhou de forma incrédula para o homem.

- Isso é brincadeira doutor? Camus é um homem, eu mais do que ninguém nesse orfanato sei bem disso. – Sua expressão era a da mais completa incredulidade.

- Eu não tenho porque brincar. Vejam a imagem, ela é incontestável. – eleEle usava um pequeno feixe de luz apontandomostrando detalhes  da imagem, aquele tipo de exame era de alta tecnologia e dava uma visão perfeita dos órgãos internos de Camus. – Ele possui um desenvolvimento de todo o sistema reprodutivo feminino aqui, e essa parte - ele deixava nítida ainda mais a imagem, onde já se notava a formação mínima de um bebêe - é um feto de mais ou menos 8 semanas de gestação. Eu não sei como, nem faço ideia do porquê, mas Camus tem sim um feto se desenvolvendo dentro dele. Assim como todos os órgãos para abriga-lo. Isso ée um milagre, uma descoberta maravilhosa! O mundo ficaráa abismado ao saber disso!

- Não! – Camus falava tenso, firmeduro  e já tratava de cobrir sua barriga terminando aquele exame. – Ninguém vai saber disso, ninguém pode saber disso doutor!

- Mas Camus, cientificamente isso... – O homem ficava assustado com a reação do ruivo.

- Ele tem razão, ninguém pode saber disso! - Milo já tomava a iniciativa de defender seu namorado, compreendendo onde ele queria chegar – Não vou deixar o Camus virar motivo de curiosidade, material de pesquisa, como se ele fosse uma aberração. nósNós vamos esconder isso e o senhor vai prometer que não vai contar para ninguém!

- Compreendam, uma descoberta dessas, é uma oportunidade única é algo totalmente extraordinário. – Ele falava aquilo entre o abismado e o fascinado pelo que achava ter descoberto ali. -, aAinda mais com a questão dos problemas populacionais, a visibilidade e....

- Quanto você quer para tratar do Camus e manter o sigilo médico? – Milo dizia de forma dura ao interrompe-lo, fazendo o médico arregalar os olhos.- Eu pago o que for pelo sigilo, para escondermos isso!

- Mas, Milo... eu...- ele falava meio confuso pensando na proposta do rapaz, a situa=cãosituação daqueles que viviam naquela região da Nova Europa não era relativamente boa, ele não sabia se aquele rapaz poderia realmente pagar pelo seu silencio, já que ética era algo que passava longe de muitos em um período como aquele vivido por toda sociedade.

- Aqui - Milo retirava um cordão do pescoço, que sempre ficava por dentro de sua camisa. Dele pendia um belíssimo escorpião de mais ou menos dois centímetros que tinha uma linda pedra vermelha no lugar do ferrão. – Isso deve pagar boa parte do tratamento do Camus e seu sigilo.

- Milo, não – Camus tocava a mão do namorado, no pulso que segurava o cordão. – Isso é a única coisa que liga você a sua família. Você sempre me disse que queria descobrir  quem eram seus pais e era com esse cordão queue ia conseguir. E a única coisa que te liga a a sua elesfamília.

- Minha família é você Camus! – Milo o olhava com uma convicção que fez Camus se sentir seguro e emocionado – eu não sei como isso foi acontecer, mas minha família é você e – ele tocou na barriga do namorado – esse bebe que você está esperando, o nosso filho! Eu jurei que ia te proteger e agora eu vou proteger você e nosso filho. – Se voltou ao médico. - Então doutor,  essadoutor, essa joia é verdadeira, eu já conferi. elaEla paga seu silencio e o cuidado da gestação do Camus?

- Bom, eu vou poder ficar calado por um tempo, - dizia meio hesitante. No fundo, a gloria de ter descoberto aquilo, um homem com poder de engravidar, era tentadora, mas o dinheiro e aquela joia brilhando dourada a sua frente também. - masMas o garoto não tem viabilidade de ter essa criança por meios naturais, ele precisaria de uma cesariana daqui a alguns meses, medicação, exames que não posso mandar para laboratórios, e....

- Eu pago, eu me viro e pago., sóSó quero que fique calado. – Milo dizia decidido e o homem pegava o colar oferecido. – O que o Camus vai precisar por enquanto ?enquanto?

- Pelo exame de sangue, o corpo dele parece ter se adaptado a gravidez assim como um corpo feminino o fariacom a dosagem hormonal,. eleEle próprio tem produzido hormônios para assegurar a gestação, mas vou prescrever alguns remédios para o enjoo e complementos para o período e desenvolvimento do bebêe, mas gostaria que ele fosse até o consultório daqui a uma semana para exames mais profundos.  – Ele fazia uma receita e a entregava a Milo. – Providencie isso para ele e tome cuidado com a alimentação. Por quanto é só isso. Manterei o sigilo Milo, por mais absurda e chocante que essa situação seja. Com licença.

O médico saia, ainda meio desnorteado e confuso com aquilo, e nesse momento os dois se olharam. Camus mordeu o lábio inferior e olhou para o próprio ventre, sentando-se na cama. o tocou como se quisesse acreditar. Realmente tinha sentido que havia ganhado algum peso naquele meio tempo, se sentia meio inchado, principalmente na barriga, e passava a mão ali como se não conseguisse acreditar.

- Então foi isso que eles fizeram comigo, por isso me chamavam de hibrido. – Os olhos dele se voltaram para o namorado e estavam cheios de lagrimas. – Eu sou uma aberração Milo,, eu não sei se sou um homem, eu não sei o que sou. Como eu vou esconder esse filho, o que vai ser de mim?

- Ah meu amor, não pensa assim. – Milo abraçou o namorado e lhe aninhou com carinho a cabeça sobre o peito. Estava tão em choque quanto ele, mas um dos dois tinha de ser forte para amparar o outro. – Você é um homem, um homem lindo que eu amo e vai me dar o maior presente de toda a minha vida, por mais assustador que isso pareça. Você só é diferente! Estou e estarei do seu lado, do seu e do nosso filho. Nós vamos superar isso, vamos superar juntos. Agora vem, vamos deitar, você precisa descansar.

- Milo... – Camus falava sentindo o namorado abraçado a ele e vendo que Milo passava a mão em sua barriga em uma caricia. Conseguia sentir que mesmo em meio a toda aquela loucura, seu loiro estava feliz em se tornar pai.- eu to com medo, medo de ser descoberto, de me levarem. De fazerem com nosso filho o que fizeram comigo. – Ele parecia perturbado. – Eu não acredito que eu vou ser pai, que eu vou gerar! Eu sou sosó um adolescente, um garoto.

- Eu sinto o mesmo Camus, mas nós vamos conseguir. Nós vamos lutar e vamos lutar juntos. Agora descansa meu anjo, nosso filho precisa de você bem.

***

 

Seus olhos se abriram e pareciam não acreditar no que viam ali.

Branco, a imensidão das paredes brancas.

 Moveu-se, passando as mãos na cabeça e não mais sentindo seus longos cabelos vermelhos ali, aquilo o fez entrar em desespero. Havia sido um sonho, sua liberdade havia sido só um sonho. Naquele momento, em meio a angustia de estar no lugar que lhe era o pior dos pesadelos, ele notou algo ao lado de sua cama e de dentro do pequeno berço, ele ouviu um resmunguinho baixo. Um som que fez seu coração apertar com uma dor que não conseguia mensurar.

Levantou-se devagar, sentindo o corpo doer do mesmo jeito de quando era uma criança e acordava após seus terríveis procedimentos. Se moveu arrastado até o pequeno berço e ao observar o que havia dentro dele, levou as mãos ao rosto como que abafando o grito de surpresa que quase soltou. Ali dentro havia um pequeno bebêe que sorriu alegre ao ver a figura de Camus. Era pequeno e tinha olhinhos vividos, em um tom de azul tão claro que combinados com os poucos fios de cabelos loiros, parecia a figura celeste de um pequeno anjo. E aquele pequeno anjo sorria esticando os bracinhos para o pai. Sim, em seu íntimo, Camus sabia que aquele era o seu filho com Milo.

Ainda incrédulo, ele moveu suas mãos a direção da criança. O fazia de forma lenta, como se tivesse medo de toca-lo. O pequeno envolveu o dedo do ruivo com sua minúscula mãozinha e sorriu, como os bebes sabem fazer. Camus sentiu seu coração se encher de amor, um amor tão grande e puro que não sabia como descrever de tão forte que era,. masMas então tudo se tornou um verdadeiro turbilhão.

Como neve, a pequena criança ia se desfazendo, derretendo ao toque de Camus e derretendo até não existir mais nada. Nesse instante, o jovem pai, ouvia em sua mente todas as vozes de seu passado, todas as vozes dos que infligiram tanto sofrimento a ele. E elas vinham de uma vez, como um chicote a lhe açoitar a mente.

- Ele não é seu, ele é uma cobaia, assim como você. – Camus levava as mãos à cabeça desesperado.

- Faremos testes no menino, aplicaremos o soro.

-Nosso pequeno e perfeito soldado, o resultado de anos de pesquisas. O ser perfeito.

- Você nunca o verá... nunca o terá como seu...

-Ele não é seu filho, ele não é o seu filho, ele não te pertence...

 

- Não! meMe devolve, me devolve meu filho! - Ele se debatia na cama, deixando o namorado desesperado – Façam o que quiserem comigo, com ele não, por favor, devolve meu filho!

- Camus acorda, Camus é outro pesadelo, acorda!

Milo sacodia Camus que acordou em um pulo e institivamente levou a mão a barriga, a passando aflito e querendo sentir segarantindo se seu filho realmente estava ali. Suspirou aliviado e levou as mãos à cabeça em agonia, afastando os cabelos do rosto.

- Você está melhor Camus? – Milo perguntava aflito, já dando um copo com agua ao namorado. Já havia se passado uma semana desde a descoberta da gravidez e Camus desde então não parava de ter aquele pesadelo.

- Estou Milo, foi só o mesmo sonho. Que nos roubavam o nosso filho. – Ele tomava a agua e parecia ficar um pouco mais calmo. – Que horas já são?

- Seis e meia, nós temos que nos arrumar., euEu tenho de passar no meédico com você antes de irmos para a escola, nosnós temos que decidir como faremos também... você sabe para esconder sua gravidez.

- Milo, não era hoje que você tinha que se apresentar na universidade para efetivar sua bolsa? – Camus dizia preocupado, se levantando e tirando a camisa para começar a se arrumar,. Milo já conseguia perceber certo volume no ventre do namorado, algo discreto, mas que ele sabia ser seu filho crescendo.

- Eu não vou. – respondeu de forma extremamente tranquila, como se não falasse nada demais.

- Como assim? – Camus arregalava os olhos para Milo, incrédulo.

- Assim., euEu não vou. Eu vou ficar Camus, eu não vou abandonar você e nosso filho. - Milo dizia decidido. – Jamais faria isso nesse momento.

- Mas Milo e o seu sonho? – Camus falava já se sentindo culpado.

- Meu sonho está onde você está. Você precisa de mim agora Camus, eu posso fazer a faculdade assim que o neném nascer e eu achar um lugar para vivermos., eu Aagora preciso procurar um trabalho, preciso de dinheiro para pagar o médico e para a gente sair daqui e poder te esconder.

-Isso é um absurdo!

- O que é um absurdo Camus?

- Isso., vocêVocê, se abdicar assim por minha causa. Eu sou uma aberração, eu sou um fugitivo e to te arrastando para lama junto comigo, eu devia era ir embora e te deixar seguir com sua vida! – Camus estava visivelmente angustiado.

- Nunca mais diga isso Camus! Eu sou tão responsável pelo seu estado quanto você. Nós fizemos esse filho juntos, nós vamos resolver esse problema juntos! – Milo se levantou abraçando a Camus por trás e dando um gostoso beijo em sua nuca que fez todos os pelos do ruivo se arrepiarem. - Entenda, eu nunca tive uma família. Desde que eu me entendo por gente eu vivo nesse orfanato, desejando saber o que é uma família, aí você chegou. Encontrei meu amor, a pessoa com quem eu desejo passar toda minha vida e agora... – Milo descia a mão para a barriga de Camus. – Aí por um milagre do destino, a loucura humana me deu o presente, desse meu grande amor,  seramor, ser capaz de gerar um fruto nosso, sangue do meu sangue. – Ele sorria e indicava o espelho diante dele para Camus. – Veja isso Camus, eu tenho a minha família, a nossa família. Vou lutar por ela com toda a minha força. Por mais assustador que isso seja.

-Você sempre faz tudo parecer tão mais fácil.- Camus dizia colocando as mãos sobre a de Milo e recostando a cabeça nele com carinho.

- Eu tenho esperança Camus, isso vai nos ensinar a crescer, posso parecer meio desmiolado, como vocês dizem, mas eu sei dos meus desejos e das minhas responsabilidades. – Sorriu – Acho que chegou a hora de crescer ne!

- Nós vamos ser pais, nós teremos alguém dependendo da gente. Eu ainda conheço tão pouco desse mundo e já sinto um peso tão grande como esse nas minhas costas.

- Vamos vencer meu amor, vamos ser felizes, uma família! e dDaremos a essa criança aquilo que nós não tivemos. Agora vamos tomar banho, você um café bem reforçado e vamos logo naquele mercenário que chamam de méedico ver se está tudo bem com nosso filho.

Camus se virou e beijou Milo demoradamente. juntosJuntos foram tomar banho e se preparar para aquele longo dia e todas as surpresas que ainda estavam reservadas para eles.

*****

Camus estava terminando de se vestir após o exame médico e sorriu ao observar o pequeno volume em seu ventre. Seu filho, ainda era tão pequenininho e já havia lhe trazido amor e preocupação a sua vida. Desde o momento que soube que ele estava ali dentro, depois de todo o pânico ter passado, sentiu que talvez pudesse dar a alguém o que ele mesmo não havia tido. Tinha tanto medo, mas queria tanto que aquele ser que ele gerava tivesse tudo o que lheele fora privado. Terminou de se vestir, ainda com a sensação boa de ter visto seu pequeno e ouvir seu coraçãozinho, se sentou ao lado de Milo que o aguardava com o médico.

- Doutor, o que eu vou precisar fazer agora? – Camus perguntava sério.

- Somente continuar com o que já havia lhe prescrito, algumas vitaminas a mais e cuidado com a alimentação. – Ele dizia fazendo algumas anotações e logo continuava se levantando. – Vou precisar somente de mais um exame de rotina. , só mMe aguardem um instante, que vou buscar um aparelho.

Ele ia saindo do escritório, e Camus olhou para Milo e riu de canto. O loiro o olhou de forma inquisitória.

- O que foi Camus?

- Sério mesmo que você chorou? – Camus dizia com um sorrisinho para Milo, que o olhou de cara feia.

- Eu não estava chorando! – Emburrava.

- Estava sim que eu vi!, bemBem na hora que viu a imagem do nosso filho e que o médico fez o teste genético nos disse que é um menino. – Camus ria-se por dentro do namorado e o jeito emocional que as vezes ele tinha.

- TEstá bom!, euEu estava, mas é meu filho poxa! Ele é tão pequenininho, tão frágil. Ainda bem que você é bem forte para proteger ele aí dentro. – Milo dizia sério, emburrado com o risinho do namorado.

- Bobo! – Puxou o namorado e deu um selinho delicado em seus lábios. – Ele está demorando muito não?

- Também, estou achando.

Camus se levantou e foi a direção da porta a abrindo devagar. Ao observar a fresta que abriu da mesma se surpreendeu com o que viu na recepção da clínica. Haviam dois homens que conversavam com o médico, trajando negro., masMas isso não era o que surpreendeu a Camus, mas sim o brasão bordado no uniforme deles.

- Ele me entregou – Camus dizia fechando a porta rápido com expressão de pavor em seus olhos.

- Ele quem Camus? – Milo se voltava ao namorado assustado.

- O médico Milo, são os homens do lugar de onde eu fugi. São eles  lá fora!, Aaquele maldito pegou o seu dinheiro e nos traiu, eu tenho que fugir, eu tenho eu sair daqui!

Camus entrava no mais completo desespero e Milo observava a porta vendo os homens do lado de fora e a trancando rapidamente, puxando o móvel para escorar a porta. Camus já tinha os olhos marejados tamanho era o seu desespero.

- Eles vão me pegar Milo, eles vieram trás de mim e vão me levar para aquele inferno, eu e nosso filho! – A expressão de pânico do ruivo era nítida.

- Calma Camus, nós vamos fugir! – Milo observava tudo ao redor deles em mais completo desespero. Agarrava a mão do namorado e o puxava na direção do banheiro. Observou o lugar e então estourou a janela do mesmo. – Anda, observa antes de sair, eles devem ter mais gente ao redor da clinicaclínica.

Camus fez assim como o namorado havia pedido. Assim que pulou do outro lado da janela, ouviu o estrondo da porta sendo arrebentada e Milo rapidamente saltar logo ao seu lado. O loiro agarrou a mão do namorado, correndo a toda a velocidade que podia dali, até encontrarem uma pequena viela e se enfiarem ali ocultando-se.

- Maldito cretino, eu juro que arrebento a cara daquele mercenário por o ter nos entregando. –Milo dizia com ódio socando a parede. Só aí notou que Camus estava atônito com o pavor do momento. – Camus?

- Nós não podemos mais voltar para casa Milo, eles já devem estar no orfanato! – Camus tinha um olhar perdido e angustiado quando seus olhos vermelhos se voltaram ao namorado. – Que vamos fazer agora Milo? Para onde nós iremos? O que vai ser da gente, do nosso filho, eles vão...

- Calma Camus, se ficar nervoso só vai piorar tudo e ainda vai fazer mal a nosso filho. Lembra do que aquele cretino disse- Milo colocava a mão na barriga do namorado – Você tem um menininho crescendo bem aqui, ele precisa de você e nós temos de ficar calmos, nada vai acontecer a nossa família.

- O que faremos Milo? – Ele dizia tenso.

- Nós vamos ter de voltar ao orfanato, não tem jeito, eu preciso pegar nossas coisas e todo o dinheiro que eu tenho economizado a muito tempo está lá. – Suspirava cansado vendo o pânico nos olhos do amado. – Você vai ficar nas proximidades me esperando, eles não me conhecem, vai ser mais fácil me esconder e eu posso contar com a ajuda dos rapazes. Você me espera e logo nos encontramos e vemos um lugar para ficar. Confie em mim Camus.

- Eu confio Milo, mas eu estou com muito medo.

- Eu também meu amor, mas nós vamos fugir, ninguém vai pôr a mão em vocês dois, ninguém, eu prometo.

****

 

Milo havia deixado Camus escondido e agora vinha pela entrada de trás do orfanato, subindo as escadas com pressa. Não havia avistado nenhuma pessoa parecida com as que vira no hospital e isso era um alivio, pareciam não ter começado pelo orfanato e talvez tivessem algum tempo de vantagem. Ele adentrava com pressa seu quarto, mas levou um verdadeiro susto ao perceber que não estava sozinho ali.

- Aí você quer me matar do coração?! – Milo dizia ao avistar seu amigo ali dentro. e pegPegouar a mochila e começouar a jogar as suas coisas e as de Camus ali dentro.- Afrodite, você quer me matar do coração invadindo meu quarto assim?

- Nossa Milo, depois o dramático sou eu! – Afrodite era um dos mais jovens da turma sendo mais velho que Aiolia e um mês mais novo que Camus, pela idade que o garoto ruivo estimava realmente ter. Ele também era um dos melhores amigos do namorado de Milo. – Eu trouxe as calças que o Camus me pediu para alargar e as batas, folgaderrimas, que ele me pediu para fazer. Seu namorado está engordando, se não mandar ele tomar cuidado logo, logo ele vira uma baleia horrenda- Dizia com o jeitinho afetado que era só dele e serrou os olhos ao ter as vestes do amigo tomadas de sua mão e enfiadas em uma mochila. – Pera aí, você está indo aonde com as roupas do Camus e as suas?

- Não importa Dite, só não conta para ninguém o que você está vendo, muito menos pra Amy. – Milo dizia já pegando outra mochila e enfiando mais coisas nela. – Droga, eu precisava levar comida.

- Pera aí Miluxo.... Vocês dois tão fugindo? – Ele dizia isso e Milo o olhava com expressão de quem pedia para ele falar mais baixo e fazer menos escândalo. – É isso, você e o Camus tão fugindo! Mas porque você está fazendo isso, você não ia para a faculdade no final dessa semana,semana? logo você fica livre desse orfanato. Cara você estava falando dos seus planos para todo mundo.- ele o olhava confuso e dizendo tudo atropeladamente. - Pera aí, isso tem a ver com os caras que te procuraram mais cedo aqui e tão lá no escritório com a Amy?

- Eles estão aqui? Tem gente já atrás de mim? – Milo falava assustado.

- Sim, dois homens super elegantes, um loiro e um ruivo lindíssimos que eu babei, chegaram mais cedo procurando por um dos garotos do orfanato e parece que o Aiolia ouviu a conversa e acha que tão falando de você. Eles tão trancados com a Amy até agora. – Dite dizia daquele seu jeito doidivanas.

- Aí que merda eles já chegaram aqui! - Milo falava enfiando com mais rapidez suas coisas na bolsa e a jogando nas costas. – Vou ter de deixar a comida para trás, eu compro algo na rua. – Dizia já começando a ir para a porta e foi impedido por Dite, que parou logo a sua frente o impedido.

- Pera ai! Você e o Camus tão fugindo, não é? Eu posso parecer meio doido e afetado as vezes, mas sou inteligente e percebi. Desde umas semanas vocês tão estranhos. Você vai me contar o que está acontecendo, você não vai fugir com meu amigo sem me contar o porquê.

- Aí Dite eu não tenho tempo! – Milo dizia angustiado.

- Você vai ter de passar por cima de mim se quiser sair sem me contar a verdade. Anda Milo do que você e o Camus estão fugindo. – Ele falava a Milo que revirava os olhos.

- Eu prometi não contar Dite, o Camus está me esperando!

- Então você não vai sair daqui. – O loiro mais novo dizia resoluto, jogando o belo cabelo levemente platinado para trás.

- Aí, como você é chato! – Milo revirava os olhos – Nós estamos fugindo do passado do Camus, existem pessoas que querem pega-lo e lhe fazer mal, nós vamos fugir porque o encontraram., masMas não me pede para contar mais nada eu prometi ao Camus guardar o segredo dele. Eu não posso deixar meu namorado sozinho, ainda mais agora, me deixa passar Dite.

- Ah o Camus e as complicações dele! Mas não vai ainda, me dá uns minutos, só dois minutos Milo. – Afrodite dizia e saia correndo do quarto., Milo ficava nervoso com isso, mas dez minutos depois o amigo voltava com uma bolsa grande. – Aqui, eu desci e peguei alguma comida para vocês, não é muito, mas são coisas não perecíveis e que vão ajudar os dois, agora isso aqui. – Ele enfiou a mão no bolso e tirou um pouco de dinheiro, era uma quantia não muito alta, mas razoável. – Eu juntei isso a um tempinho, mas vai ser mais útil para vocês.

- Não Dite! Você tem ganhado isso com as roupas que tem feito. – Dite sempre teve o sonho de trabalhar como designer e o sucesso que fazia acabava o fazendo ganhar algum dinheiro vendendo suas ccriaçõesoisas para as garotas da escola, que queriam algo exclusivo. O talento dele ainda daria muito dinheiro ao jovem, se ele tivesse sorte ao sair do orfanato e ir para uma faculdade de moda. – Eu não posso aceitar suas economias.

- Cara, eu não sei no que você e o ruivo gato se meteram, mas para estarem fugindo assim é porque o assunto é importante e poxa, o Camus ée um dos meus melhores amigos, vocês tão precisando mais do que eu. Junto mais grana depois, só me avisem para onde estão indo assim que puderem, assim eu e a galera podemos ajudar de vez em quando!

- Aí Dite, você é um amigo de verdade! – Eles se abraçavam e Milo ia saindo com a ajuda de Dite que observou o caminho até a saída dos fundos. Ao chegarem lá se despediram – Obrigada Dite!

- Só não esquece de me mandar notícias, me mandem uma mensagem viu!

- Mandarei! Peça perdão ao resto da turma por mim, queria me despedir deles.

Milo dizia e partia dali rapidamente olhando tudo ao redor deles para ter certeza de que não estava sendo seguido. Ao ganhar distancia, ainda pode notar um luxuosíssimo carro estacionado a entrada do orfanato, deveria ser dos homens que procurava a Camus e já haviam o ligado ao namorado, por isso estavam atrás dele. Correu o mais rápido que pode e logo conseguia chegar ao beco onde Camus aguardava ansioso.

- E então? – Camus dizia nervoso, tendo só lábios tomados pelo namorado em um selinho rápido.

- Você não vai acreditar na ajuda que o Dite nos deu! – Ele dizia empolgado com aquela boa notícia.

- Você não disse nada a ele ne? Não quero nossos amigos correndo risco.

- Não, mas ainda assim ele compreendeu a situação e nos ajudou, agora temos um pouco de dinheiro e comida para os próximos dias. – Ele pegava a mão do namorado e o puxava dali o mais rápido possível. – Vem, nos vamos ter de sair da Vila o mais rápido possível. Temos de sair daqui antes que nos encontrem.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Logo a vida desses dois começa a virar de cabeça pra baixo!


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