Flashback on
Era como se entrasse em meu próprio mundo quando entrava naquela biblioteca, lia sem interrupções o livro em minhas mãos.
Era assim quase todos os dias. Saia da escola e ia direto para a biblioteca. Mamãe nem se preocupava tanto. Sabia que eu estaria aqui.
Alguém se senta em minha frente mas não me ouso olhar. Continuo lendo o livro. Alguém pigarreia. Levanto meu olhar e um garoto de pele de pêssego e cabelos loiros está sentado em minha frente. Era o assistente da bibliotecária.
Olho para seu rosto esperando ele falar alguma coisa. O que ele não faz. Lentamente vou abaixando minha cabeça novamente. Franzo a testa e continuo a ler o livro.
-Oi. - ele diz e eu levanto meu rosto
-Oi. - digo um pouco tímida.
-Gosto desse livro. - ele diz apontando para o que eu estava lendo.
-Eu também. - digo sorrindo.
-Acho que irá gostar desse. - ele diz e coloca um livro em cima da mesa.
-Ah, vou ler depois. - digo pegando o livro.
-A propósito qual o seu nome? - pergunto.
-Lee Jihoon, mas pode me chamar de Woozi.
-Ah, ok Woozi. - digo sorrindo.
-E o seu?
-Meu nome é ________. - digo
Flashback off
Sorrio com o pensamento. Hoje faria 6 meses desde que nos conhecemos. E faz só apenas um mês que venho sentindo esse sentimento estranho.
Estava o esperando em frente ao aquário da cidade. Por sorte hoje não estava tão cheio. Vejo Woozi chegando e minhas mãos começam a soar. Me incomodo com o sentimento.
Ele dá um aceno e me puxa para dentro. Começamos nossa caminhada. Íamos andando e passando por vários animais marinhos grandes e pequenos.
Enquanto íamos andando ele ia falando algumas espécies. Segundo ele aquele era um de seus lugares favoritos. Ele apontava e eu o observava.
Ele dava um sorriso e seus olhos se fechavam quando ele olhava para mim e via que não estava entendendo muita coisa do que ele falava.
Entramos em uma parte, olho para os lados e franzo a testa, não tinha ninguém. Só o silêncio e os animais marinhos nadando do outro lado do vidro. Paro em frente a grande tartaruga e fico quieta a observando.
Ele para ao meu lado e sinto o pesar de seus olhos sobre mim. Viro meu rosto em sua direção e ele dá um sorriso de canto. Ele respira fundo e fica calado.
-___________... - ele diz e segura meu braço.
-Sim? - me viro para ele e agradeço mentalmente por ser baixa.
-Eu preciso te dizer uma coisa, mas não sei como te dizer isso.
-Sabe que pode me dizer qualquer coisa.
-Eu sei. - ele diz e solta um suspiro.
-Tem alguma coisa acontecendo? - começo.
-Bem... Acho que sim.
-Então me diga.
-Eu. - ele diz e dá uma pausa. - eu acho que estou gostando de alguém. - ele diz e vejo um leve sorriso em seus lábios.
-Ah sim. - digo e meu coração dói.
-Mas não sei se ela sente o mesmo. - ele diz e abaixa a cabeça.
-Experimente contar para ela, o máximo que pode receber é um não. - digo.
-Tem razão. - ele diz.
Dou um sorriso e me viro novamente para o vidro. Não olhava para mais nada. Só olhava para um ponto em meio aquelas criaturas. Havia me perdido em pensamentos. O que era essa dor que estava sentindo?
-Está com fome? - ele me pergunta. - acho que essa é a última parte do aquário.
-Não muita. - digo e meu estômago se revira dando aviso que não aceitaria nenhum tipo de comida.
-Quer um sorvete?
-Pode ser. - digo
-Então vamos. - ele diz e puxa meu braço.
Caminhávamos lado a lado silenciosamente e avisto o pequeno carrinho de sorvete, nos aproximamos e eu reviro procurando algum sabor que eu gostaria. Acabo pegando um de vanilla. Woozi opta por um de chocolate.
Nos sentamos em um banco que havia ali perto. Começamos a comer e o silêncio prevalece novamente. Me viro para Woozi.
-Quer um pedaço? - pergunto
-Pode ser. - ele diz e eu estendo o sorvete em sua direção.
Ele não segura o sorvete. Ele da uma mordida e eu não consigo evitar de olhar seus lábios. Viro minha cabeça para qualquer ponto.
-Quer provar o meu? - ele pergunta.
Assinto com a cabeça e pego delicadamente de sua mão. Dou uma mordida e o devolvo. Terminamos de comer o sorvete e jogamos o resto no lixo que havia ali perto.
-Ja quer ir embora? - ele pergunta.
-Pode ser. - digo.
Vamos em direção à saída e começamos a andar em direção a minha casa que ficava ali perto por sorte. Franzo a testa ao ver que ele estava fazendo um caminho diferente e avisto de longe o pequeno parque.
Quando entramos no local ele segura em meu braço e me leva para um banco que havia ali perto me fazendo se sentar.
-_________, preciso te dizer uma coisa ou vou explodir. - ele diz rapidamente.
-Vá em frente.
-Certo... - ele diz e respira fundo
-Eu estou sentindo uma coisa boa, mas que revira meu estômago. Apesar de não saber o que se passa com os seus sentimentos eu irei falar por conta de isto estar martelando em minha mente que acho que irei à loucura. - ele diz e dá uma pausa, meu coração havia começado a bater mais rápido.
-Eu sei que é muito cedo para falar isso, mas eu realmente preciso de você do meu lado agora, e eu não quero mais ser seu amigo, porque eu quero ser algo a mais, eu não aguento mais esse sentimento que toda vez que te vejo tenho que me segurar para não te agarrar.
-Então não se segure. - as palavras escapam de minha boca sem nem pensar direito.
Ele para e olha para o meu rosto, eu rapidamente coloco minha mão em minha boca por ter falado uma coisa tão idiota. Ele dá um passo para frente e continua olhando em meus olhos.
Ele lentamente levanta seu braço e toca em meu braço que cobria minha boca. Seu toque faz chamas em meu braço. Ele tira meu braço e coloca sua mão em meu queixo.
Seus lábios vão se aproximando dos meus e meu coração batia tão forte que achava que iria saltar de meu peito.
Fecho os olhos e sinto seus lábios tocarem delicadamente nos meus. Ele deixa apenas um selar e novamente se volta para meus lábios pedindo passagem com a língua.
Entreabro os lábios e sinto sua língua quente sobre a minha. Coloco meus braços ao redor de seu pescoço e o puxo para mais perto.
Nos separamos por falta de ar e eu olho para os lados checar se ninguém estava nos observando.
-Não tem ideia do tanto que esperei por isso. - ele diz
-Eu também. - digo e ele dá um sorriso.
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