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História Lie {JiKooK} - Sem forças para continuar...


Escrita por: Kooknessie

Notas do Autor


Estou de volta com outro capítulo!! Este ainda é triste ewwwww, me perdoem. Ainda assim, espero que gostem e nos vemos nas notas finais!!

Capítulo 20 - Sem forças para continuar...


Fanfic / Fanfiction Lie {JiKooK} - Sem forças para continuar...

Jungkook Pov 

 

Estávamos chegando a casa.Stefan falou que James já nos esperava. Estava com receio do que ia acontecer.  

Assim que chegámos, vimos James em pé nos olhando com uma expressão nada agradável.  

-Que raio aconteceu?- ele perguntou irritado. Baixei a cabeça.  

-É melhor falarmos em privado- Stefan avançou.  

-Vamos- James concordou.  

 

Stefan Pov 

James sentou-se sobre a mesa que havia naquele espaço. Tinha de o convencer a acabar com Jungkook. Era muito perigoso tê-lo por perto. Se Jungkook abrisse a boca ia estragar todo o plano do Sr.Park e nós morreríamos quase de certeza.  

-Vai-me contar o que aconteceu?- James perguntou. 

-Bom, em primeiro lugar, parece que você não era o único que andava atrás do tal Park. Ontem ele e a mulher foram assassinados.  

-Como?-James arregalou os olhos e depois olhou para o chão. A notícia parecia tê-lo perturbado mais do que deveria.  

-O único sobrevivente foi o filho, Park Jimin. Jungkook é que o protegeu.  

-Como assim?-ele me encarou.  

-Jungkook namorava com o filho do seu inimigo. Ele nos traiu e juntou-se a eles. Mas tudo virou-se contra ele e os assassinos sabiam quem eramos e fizeram  Jungkook parecer o culpado. Neste momento ele está sendo procurado.  

-Porquê que só agora é que eu soube dessas coisas?  

-Nós pensávamos que dávamos conta do recado. Mas percebemos que não dávamos quando perdemos Yoongi. Os outros que andavam atrás do Park, mataram Yoongi.  

-Vocês deviam ter-me contado, Stefan. Eu sou o chefe, não tu- ele falou irritado. 

-Eu sei, chefe, e peço desculpa- baixei a cabeça.  

-O que é que eu faço agora?- James parecia cansado. Encarei-o. 

-Eu aconselhava-o a livrar-se de Jungkook. Nós só o trouxemos porque achámos que você é que o devia castigar, não a polícia.  

-Eu não o vou matar- ele me encarou de forma estranha e suspirou. Nunca tinha visto James tão...instável?- Jungkook apaixonou-se, não o posso castigar por isso, mas também não vou deixar isto passar em branco- ele levantou-se e passou por mim.  

 

Jungkook Pov 

 

-Jungkook...-vi James vir até mim. Já esperava o pior.  

-Sim, chefe- falei olhando para  o chão. 

-Pegue nas suas coisas e saía daqui, agora- ele falou firmemente. Encarei-o. Era só isto? Depois de tudo o que eu fiz, ele só me ia mandar embora?  

-É só isso?-perguntei desconfiado. James revirou os olhos e me socou com força me fazendo cair no chão. Senti sangue em minha boca.  

-Já está bom para si?-ele perguntou. Encarei-o com lágrimas se formando em meus olhos. Levantei-me e peguei  minha mochila. Olhei para todos os que estavam ali. Eles me olhavam com desprezo.  

Andei até Stefan e encarei-o.  

-Não pense que eu me esqueço de tudo o que você me fez- cuspi o sangue que tinha em minha boca para o seu sapato. Ele me olhou com raiva.  

Eu acho que no fundo ele esperava que James me matasse. Mas isso não aconteceu para minha surpresa.  

Agora estava livre. Livre mas sem a pessoa que amo.  

Saí daquele lugar imundo.  

O problema agora é : onde é que eu vou dormir? 

Andei pelas ruas. Muita gente me olhava de lado devido às feridas recentes que tinha no rosto.  

Encontrei um banco agradável. Daria uma boa cama, pelo menos por umas noites.  

Sentei-me e fiquei a ver as pessoas passarem apressadas. Deviam estar voltando para casa.  

O sol ia desaparecendo à medida que o tempo ia passando.  

Suspirei.  

O que é que eu faço agora?  

Estou completamente sozinho.  

Sem casa.  

Sem Yoongi.  

Sem Jimin.  

Quando a noite chegou, deitei-me no banco e tentei dormir. Minha mochila fazia de almofada enquanto que um de meus casacos fazia de cobertor.  

Por mais que tentasse adormecer o sono não vinha.  

Jimin não me saía da cabeça.  

Tirei uma de suas camisolas da mochila e coloquei-a perto do meu rosto. Sorri levemente ao sentir seu cheiro, mas logo esse sorriso desapareceu ao pensar que um dia estas camisolas iam perder seu cheiro.  

Saber que tudo tinha acabado era difícil de aceitar. Não conseguia aceitar o facto de que  nunca mais ia ver o seu sorriso, nunca mais ia ouvir sua voz , nunca mais ia sentir seu cheiro, nunca mais ia sentir seu toque, nunca mais o ia ter perto de mim me dizendo o quanto me ama... 

"Obrigado por fazer parte da minha vida"  

Será que Jimin ainda estava agradecido por eu ter feito parte da sua vida? 

Provavelmente não.  

Eu apenas trouxe dor à sua vida. Demasiada dor para um ser tão belo e bom aguentar.  

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.  

De uma coisa eu tenho a certeza....Jimin é e será sempre o amor da minha vida.  

… 

Já haviam passado três dias desde que vivia naquele banco. Eu devia estar procurando emprego para arranjar dinheiro mas nem forças para me levantar eu tinha. Preferia ficar ali deitado com meus pensamentos e minhas memórias.  

As pessoas que passavam por mim me olhavam com pena e às vezes até me ofereciam comida.  

Provavelmente pensavam " O que é que um rapaz tão jovem faz num banco de rua?"  

Suspirei.  

-Posso-me sentar?- um rapaz perguntou fazendo sombra para o meu rosto.  

-Não se pode sentar noutro lado?- fechei os olhos.  

-Vá lá, o banco é público- insistiu. Bufei e sentei-me. O rapaz sentou-se ao meu lado- Você vive aqui?-ele perguntou me encarando. Mas que raio, não me podem deixar em paz?  

-O que é que você tem a ver com isso?-perguntei friamente.  

-Você parece demasiado novo para ser um sem abrigo- ele sorriu.  

-Desde que quando é que se é demasiado novo para ser seja o que for?-perguntei de forma desagradável.  

-Você parece um velho rabugento- riu. Revirei os olhos.  

-O que é que você quer?-perguntei mais calmo.  

-Você precisa de casa?- ele perguntou chamando a minha atenção.  

-Não, você acha?- perguntei ironicamente.  

-Eu tenho passado por aqui nos últimos dias e você está sempre aqui. Eu falei com meu irmão e nós temos um quarto vago, você podia ir para lá até orientar sua vida. 

-Porquê que está me tentando ajudar?-perguntei.  

-Porque eu e meu irmão, na verdade não é meu irmão mas é como se fosse, nós perdemos nossos pais num acidente e também passámos por muitas dificuldades, sabemos como é não ter um teto.  

-Eu não sei- falei sinceramente.  

-Você vai gostar de viver connosco. Mark é uma ótima pessoa- ele sorriu- A propósito meu nome é Yugyeom- estendeu a mão. Olhei para sua mão um tanto desconfiado.  

-Jungkook- não apertei sua mão. Yugyeom recolheu a mão.  

-Jungkook, eu sei que pode parecer estranho uma pessoa vinda do nada ajudar você mas acredite que é com as melhores intenções.  Aceite nossa ajuda? 

Suspirei.  

Eu já precisava de um banho...  

-Tá...eu aceito.  

-Ótimo!- ele falou entusiasmado. Ri fraco- Oh você tem dentes- ele riu- Estão um pouco amarelos mas isso dá para resolver. Vá pegue nas suas coisas e vamos.  

Fiz o que ele disse e fui com ele.  

Ainda estava um pouco desconfiado mas eu não queria passar o resto da minha vida naquele banco.  

Mais tarde, chegámos a uma casa pequena mas bonita. Yugyeom abriu a porta.  

-Bem vindo a casa- falou. A casa tinha um aspeto muito agradável e quente. Era tudo o que eu precisava agora.  

-Conseguiu convencê-lo?- vi um rapaz sair do que parecia ser a cozinha- Prazer sou o Mark.  

-Jungkook- falei seriamente.  

-Bom, aqui é a sala como você já deve ter reparado- riu- Lá em cima tem 3 quartos, são pequenos mas aconchegantes. E ali é a cozinha- apontou para onde tinha saído- Ah a casa de banho é lá em cima também- sorriu. 

-Eu precisava de tomar um banho e descansar- falei.  

-Yugyeom mostra a você como funcionam as coisas lá em cima, eu trato do jantar e depois quando tiver fome é só dizer- Mark sorriu.  

-Ok- concordei.  

Yugyeom foi comigo e explicou-me tudo. Depois deixou-me sozinho. Primeiro fui tomar um banho demorado. Posso dizer que aquele banho me soube pela vida.  

Mais tarde, estava em meu quarto esperando que meu celular terminasse de carregar. Minha bateria tinha morrido à uns dias.  

Ouvi alguém bater á porta.  

-Entre- falei.  

-Jungkook, o comer já está na mesa, você vem?-Mark perguntou calmamente. Assenti.  

Já à mesa, um silêncio constrangedor pairava no ar.  

-Jungkook, de onde você é? Eu nasci aqui em L.A- Mark falou. 

-Eu nasci na coreia- Yugyeom falou.  

-Coreia- respondi à pergunta.  

Mark suspirou e levou uma garfada à boca.  

-Porquê que estava a viver na rua?-ele perguntou mais serio. 

-Meu amigos me meteram fora de casa- falei fitando a comida no prato.  

-Seus familiares estão na Coreia?- Yugyeom perguntou. 

-Eu não tenho família- confessei.  

-Oh... 

-Não tem problema- falei.  

-Você está cá há quanto tempo?- Mark continuou com as perguntas. 

-Bom, tecnicamente apenas á uns 4 dias, mas já cá vivi durantes uns anos.  

-Você voltou da Coreia à pouco tempo? 

-Sim- engoli em seco me recordando de Jimin. Suspirei.  

-Você é muito misterioso- Mark falou e logo riu. 

-É...-falei um pouco sem jeito.  

-Você podia contar-nos o que se passou?-Mark perguntou. 

-Já chega...-Yugyeom falou seriamente. 

-Desculpe, Jungkook- Mark riu- Eu só o queria conhecer melhor.  

-Não tem mal, mas eu preferia não responder a certas perguntas. 

-Nós compreendemos- Yugyeom falou e sorriu. 

… 

Estava assistindo TV com os rapazes. Podia dizer que Mark e Yugyeom eram bastante divertidos e faziam-me distrair e não pensar tanto no que tinha acontecido.  

Ainda assim, todas as noites eu chorava com saudades do meu pequeno. Não saber nada dele me deixava louco.  

-Podemos ver as notícias?- Mark perguntou para Yugyeom.  

-Isso é uma seca- Yugyeom fez careta.  

-Mas vai dar uma reportagem sobre o desemprego e você sabe que eu gosto de ver isso. 

-Tá...-Yugyeom bufou e colocou nas notícias. 

-Ainda não está a dar mas deve estar quase- Mark sorriu. 

Enquanto eles viam TV eu via algumas fotos que Jimin tinha no seu facebook. Há muito tempo que ele não atualizava suas fotos nem seu estado. Provavelmente ele já nem ligava mais para aquilo. Bufei.  

-Um individuo de 19 anos assassina mulher enquanto a mesma estava internada numa clinica. Infelizmente o indivíduo conseguiu fugir. Seu nome é Jeon Jungkook- olhei para TV. Havia uma fotografia minha no ecrã-  Temos informações de que ele pode ter fugido para os Estados Unidos. Pedimos atenção aos cidadãos, contactem a polícia caso vejam este individuo. Não o confrontem diretamente pois ele está armado.  

Eles sabiam que eu estava aqui?  

-Muito boa noite, temos connosco Park Jimin- senti meus olhos marejarem. Era Jimin. O meu Jimin- O que é que tem a dizer sobre o que aconteceu? Temos informações de que você tinha um caso com o assassino, é verdade?- o jornalista perguntou. Jimin olhou diretamente para a camara e suspirou. Ele parecia mais magro.  

-Eu não tenho nada a dizer- Jimin falou friamente.  

-Isso quer dizer que você não conhecia Jeon Jungkook?-o jornalista insistiu. Os olhos de Jimin marejaram. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.  

-Jimin...-falei sentindo a dor se apoderar de mim novamente.  

-Não- Jimin respondeu firmemente- Eu não conhecia Jeon Jungkook.  

-Você tem a certeza?-o homem insistiu. 

-Absoluta. Eu só quero que a polícia o apanhe e que o faça pagar pela morte da minha mãe.  

-O que é isto, Jungkook?- Mark perguntou- Você matou alguém? 

-Matei- confessei.  

-Oh meu Deus! Nós trouxemos um assassino para casa!- Mark falou em pânico.  

-Você conhecia o tal Park Jimin?- Yugyeom me olhou seriamente. Minhas lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto. 

-Sim- falei tentando controlar meu choro- Nós namorávamos... 

-Segundo o que ele diz, acho que não- Mark falou.  

-Você quer nos contar o que aconteceu?-Yugyeom perguntou.  

Comecei a contar tudo desde o início. Mark acalmou-se à medida que me ia ouvindo. Quando terminei limpei meu rosto que estava completamente molhado.  

-Meu Deus, Jungkook- Mark suspirou- O que é que fazemos agora? 

-Eu não me importo que me entreguem à polícia- falei sinceramente.  

-Não- Yugyeom falou- Você não merece o que lhe está acontecendo. Você e seu namorado são as vítimas no meio de isto tudo.  

Mark suspirou novamente. 

-Yugyeom tem razão- Mark falou seriamente- Nós não o vamos entregar. Mas você terá de ter cuidado, é melhor não sair muito de casa porque alguém o pode ver e será pior para si.  

-Eu não sei o que dizer- falei emocionado. Eles não me conheciam de lado nenhum mas mesmo assim estavam do meu lado.  

-Um "obrigado" serve- Mark sorriu.  

-Obrigado- falei.  

 

Jimin Pov 

 

Tinha acabado de ver a notícia de Jungkook na TV. Nem acredito que disse aquelas coisas. Tive de o fazer por meu appa. Ele falou que já era suficiente a confusão com minha omma e pôr o meu nome no meio disto iria piorar tudo.  

Deitei-me no sofá e aconcheguei-me no cobertor.  Meus dias têm sido assim. Eu e o cobertor já eramos um só.  

Já nem conseguia sair de casa para ir ás aulas. A dor parecia aumentar a cada dia que passava me deixando sem vida.   

Toda a gente dizia que eu tinha de seguir em frente, que eu tinha de conhecer outras pessoas, que eu tinha de lutar pelos meus sonhos e esquecer o que aconteceu, mas eu não conseguia.  

Ás vezes meus amigos vinham bater á porta ou telefonavam-me mas eu não conseguia atender ou levantar-me para ir abrir a porta. Lidar com pessoas me fazia sentir ainda pior pois eu sentia que tinha de parecer bem para não preocupar os outros, então eu evitava qualquer contacto com pessoas.  

Nestas ultimas duas semanas eu vivia deitado com o celular perto de mim.  

Eu ainda tinha esperança que ele ligasse. Que ele dissesse alguma coisa.  

Uma parte de mim desejava esse contacto, outra só queria que ele permanecesse longe porque eu sabia que se ele voltasse eu não seria capaz de o perdoar. Eu conseguia tolerar que ele me magoasse a mim, mas a partir do momento em que ele faz mal a uma pessoa que eu amava...Isso eu não conseguia tolerar.  

Ouvi a campainha. Bufei.  

-Menino?-ouvi a voz de Dora. Senti meus olhos marejarem. Fechei os olhos com força- Menino, vou deixar uma carta para você. Muita força, meu doce- ela falou. Engoli em seco.  

Esperei que ela se fosse embora e levantei-me indo até à porta. Meu corpo estava tão fraco. Já não comia nada de jeito à mais de uma semana. 

Suspirei e peguei a folha que estava no chão. Fui até ao sofá e sentei-me. Abri a folha e comecei a ler.  

"Menino, é a Dora. 

 Ainda não consegui falar com você desde que aconteceu o que aconteceu, mas eu tenho uns conselhos para lhe dar. Eu amo muito você e não quero que você estrague sua vida por causa do que aconteceu. 

 Você tem todo o direito de sofrer, tem todo o direito de estar magoado e não querer ver ninguém, mas eu vou-lhe contar uma coisa. Sua omma tinha uma doença muito grave, ela já estava morrendo aos poucos, mas você notava sua dor? Notava seu sofrimento? Posso garantir-lhe que ela sofreu demasiado com a doença, mas ela não deixava os outros vissem isso. Você tem todo o direito em estar mal, mas eu sei que você tem força o suficiente para pôr um sorriso no rosto mesmo quando só lhe apetece chorar.  

Acho que está na hora de você colocar um pouco de gelo no seu coração e congelar todas essas emoções negativas. Você tem tanto talento, menino. Você tem de lutar pelo seu futuro. Tem de alcançar suas metas e ser um pouco egoísta. Essa dor e sofrimento não vão desaparecer da noite para o dia, mas você pode tentar lidar com essas emoções por si e pelo seu futuro...Você sabe que me terá sempre do seu lado para se um dia quiser desabafar, eu nunca deixarei você Jimin. 

Beijos! 

Dora"  

As lágrimas escorriam livremente por meu rosto.  Eu sabia que Dora tinha razão, mas isso ainda me deixava mais aflito. Eu sabia  que tinha de me levantar, mas isso parecia cansativo...exaustante. 

Eu sentia que não tinha forças para continuar...


Notas Finais


Espero que tenham gostado hihihi.
Nos vemos no próximo capítulo.
JIKISSES!! <3 <3


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