Zhang YiXing
[ 19:24 ]
Eu estava sentado em um dos banquinhos do bar, conversando com o barman, um amigo meu de longa data. Havia sido o único a me tratar bem desde que eu havia entrado naquele lugar. Desde que eu havia sido enganado por YiFan.
- Você demorou um pouco mais que o normal para chegar.. O que aconteceu? - Ele perguntou baixo, me dando um copo d'Água e soltando um fraco sorriso. Olhei para ele e suspirei.
- Meu melhor amigo está sofrendo por um alfa e eu não sei o que fazer. Eu fiquei escutando ele chorar desde que chegou do novo trabalho.. - Ele assentiu e se apoiou na bancada. - Você se lembra do Soo, não é, Jae?
Ele assentiu mais uma vez e eu escutei uma voz grossa chamar meu nome. Engoli em seco e me virei para meu patrão, vendo o mesmo perto de outro homem. Abaixei minha cabeça e andei até os dois, arriscando fitar os olhos de 'Kris' logo após.
- Você é pago para ser fodido pelos meus clientes, Lay. - Ele usou meu 'apelido', algo que eu tive de escolher para dificultar que os homens que me usavam me encontrem sem que seja por Kris. - E não para conversar com o maldito barman.
Assenti, quieto, desviando meu olhar do platinado, passando a encarar o homem bonito ao seu lado. Ele soltou um pequeno sorriso.
- Esse é JunMyeon. Ele vai te levar para casa hoje. - Abaixei minha cabeça e assenti, me aproximando um pouco do corpo desconhecido, pegando sua mão. - Faça um bom trabalho. Até amanhã.
JunMyeon nada disse, apenas apertou minha mão levemente e me puxou para o carro, abrindo a porta para mim, permitindo que eu entrasse no banco do passageiro e me sentasse. Mesmo que ele estivesse agindo de maneira cavalheira e fazendo algo raro, eu sabia que ele me machucaria muito naquela noite.
- Ahm.. - A sua voz grossa me assustou um pouco, fazendo com que eu virasse a cabeça em sua direção e franzisse meu cenho. Pisquei algumas vezes e ele sorriu, prestando a atenção na estrada a sua frente. - Eu sou JunMyeon, como sabe.. E você? Qual é o seu nome?
- Eu não posso falar.. Kris disse que eu não tenho permissão de conversar com os clientes.. Eu.. Me desculpe. - Abaixei minha cabeça, fitando meus dedos e apertando uma de minhas mãos contra a outra.
- Ah.. Mas.. Não precisa me tratar como cliente. Eu não quero usar você, quero lhe dar prazer também, sabe? - Eu ri, olhando para ele e corando levemente.
- Você realmente não sabe como funciona essa coisa de.. Prostituição. Não é? - Me virei levemente para ele, apoiando minha cabeça na janela. Ele negou com a cabeça e sorriu, desviando o olhar para mim por alguns segundos, logo voltando sua atenção para a rua, dirigindo devagar.
- Eu nunca tinha ido a um lugar desses antes.. Estava noivo até três meses atrás, e passei meu cio sozinho depois disso. - Ele coçou a nuca, um tanto envergonhado. - Mesmo assim, eu senti vontade e.. Fui procurar uma ômega.
- E por que me escolheu? Eu tenho cara de menina? - Rio, apoiando meu rosto em minhas mãos enquanto analisava o seu.
- Não.. Eu só.. Me senti atraído por você. - Ele apertou a direção com certa força, possivelmente nervoso. Seus nós dos dedos ficaram brancos. - Se eu não souber muito bem o que fazer com o seu.. Você me explica, okay?
- Você não precisa necessariamente encostar nele. - Fechei meus olhos, me ajeitando no assento.
- Eu já disse que não vou usar você. Eu quero que sinta prazer também, Lay. - Eu suspirei, voltando a abrir meus olhos.
- Meu nome não é Lay. - Ele olhou para mim rapidamente e sorriu.
- Então qual é o seu nome? - Formei um pequeno bico com meus lábios, pensando seriamente se eu deveria contar ou não meu real nome.
- YiXing. - Falei baixo, logo vendo um pequeno sorriso se formar em seus lábios tão bonitos.
- E eu posso te chamar assim? - Não respondi, apenas assenti, levando meus dedos até meus olhos e coçando os mesmos levemente. Meu corpo ainda doía um pouco por culpa do maldito cliente da noite anterior. - Está tudo bem, YiXing?
Neguei com a cabeça, encolhendo me levemente ao ter sua mão sobre meu joelho. Ele acariciou a minha pele não exposta, coberta pelo tecido de minha calça.
- Você não precisa ter medo de mim. - Apertou levemente meu joelho e baixou sua mão. - O que aconteceu?
- O.. Cliente de ontem.. - JunMyeon assentiu, olhando para mim brevemente. - Ele foi bruto demais comigo.. E está ardendo.
Escutei o outro suspirar, mordendo o lábio de leve e negando com a cabeça logo após. Ergui meu rosto quando o carro parou. JunMyeon apertou um botão de um pequeno controle, fazendo com que o portão que cortava nosso caminho de abrisse. Ele entrou e sorriu para mim, estacionando o carro em frente a um prédio daquele condomínio. Descemos do automóvel e ele trancou o mesmo. Pegou minha mão, o que eu permiti, mesmo que nunca fizessem isso.
Andamos devagar até a entrada do edifício, abrindo a mesma, JunMyeon virou seu rosto para mim, encorajando que eu entrasse. Assim que o fiz, ele foi me puxando levemente até um dos elevadores. Apertou o botão que indicava o vigésimo quinto - e último - andar.
Soltei sua mão e virei-me para ele, notando que demoraria um pouco para chegarmos ao nosso destino. Me aproximei e engoli em seco.
- Eu.. P-posso? - Coloquei minha mão em seu pescoço, vendo o mesmo assentir, sorrindo de leve. Abracei seu pescoço e aproximei meu rosto do seu, selando seus lábios levemente.
Suas mãos foram colocadas em minha cintura e ele retribuiu. Eu notei a leveza em seus toques. Ele chegava a ser cuidadoso em tudo que fazia.
Pedi passagem com minha língua, acariciando sua nuca com meus dedos enquanto sentia o mesmo afastar os lábios levemente. Quando pude sentir o interior de sua boca, corei. Ele tinha um beijo delicado, gostoso e viciante, se assim podemos dizer.
Suas mãos desceram um pouco e apertaram minhas nádegas, me fazendo rir. Ele afastou nossos rostos e sorriu, corado, sussurrando um 'Desculpe' desajeitado. Neguei com a cabeça levemente e ele selou nossos lábios mais uma vez.
Aquela nova conexão durou pouco tempo, já que o elevador indicou que havíamos chegado ao nosso destino. JunMyeon entrou primeiro.
Me surpreendi ao ver que o elevador era como a porta do apartamento, de forma que o andar fosse apenas dele.
- V-você mora aqui? Sozinho? - Olhei em seus olhos e pisquei algumas vezes, um tanto surpreso.
- Sim, por que? Você nunca tinha entrado em um apartamento assim? - Ele corou de leve e coçou a própria nuca.
- O-os clientes normalmente preferem motéis.. - Sussurro, abaixando minha cabeça. Escutei ele se aproximando e erguendo meu rosto. Um sorriso apareceu em seus lábios.
- Eu não quero que me trate como cliente.. - Ele deslizou os dedos por meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse. Era uma parte sensível. - Eu quero que me trate como alguém que te fez sentir atraído. Alguém que.. Conquistou você.
- M-mas.. Eu.. - Ele arranhou minha pele de leve e sorriu, deslizando a outra mão para minha cintura, colando seu corpo ao meu. Deixei que meus dedos deslizassem pelo seu pescoço até sua nuca. - Eu me sinto atraído.
- Então.. Aproveite. - Seus lábios se aproximaram de minha orelha e morderam meu lóbulo levemente. Soltei um gemido baixo e sorri, permitindo que meus olhos se fechassem. - E faça amor comigo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.