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História Life after you - Arrogância


Escrita por: 0live

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 2 - Arrogância


Fanfic / Fanfiction Life after you - Arrogância

Sasuke... Uchiha? Aquele nome era realmente familiar. Bom, provavelmente por ele ser famoso, acho que já ouvi falar dele na Tv ou li sobre ele em algum jornal ou revista. Voltei ao trabalho, eram quatro da manhã e eu sairia em duas horas, estava exausta, mas ainda tinha alguns pacientes para visitar.
As duas horas se passaram, bati meu ponto e fui embora. Perdi a primeira condução porque acabei cochilando no banco do ponto do ônibus, o que me fez esperar pelo próximo por mais vinte minutos. Preciso dizer o quanto fiquei irritada? Tanto faz, pelo menos eu teria o dia todo de folga, vou dormir até não poder mais. Era o que eu pensava.
Mal cheguei ao meu apartamento e os vizinhos de cima já estavam discutindo de novo. Eram sete da manhã, o dia havia acabado de começar. Que merda! Tentei ignorar, tomei um banho, comi alguma coisa e fui deitar. Estava exausta, mas mesmo assim não consegui dormir, o barulho estava infernal.
− Que inferno! – Levantei, coloquei um short e fui até o apartamento deles. Bati na porta com força e um rapaz com cara de assustado entreabriu a porta - Calem a boca! – Falei com cara a fechada e de maneira autoritária, fazendo o garoto se assustar ainda mais.
− S-sim, d-desculpe! – Disse ele.
− Quem está aí, Marvin? – Um garota ruiva com cara de idiota abriu ainda mais a porta e me olhou da cabeça aos pés – Quem é você? – Perguntou com cara de nojo. Notei que o garoto não estava usando calças.
− Menos barulho! – Disse a olhando com cara de tédio.
− Quem é essa, Marvin? – Ela perguntou ao garoto, que agora sei que se chama Marvin.
− É-é a nossa vizinha de baixo! – Ouvi ele dizer timidamente.
− Ah! Então é você, sua bêbada! Escuta aqui, eu estou na minha casa e você não tem o direito de vir até aqui e me dizer o que fazer, então vai pro inferno! – Ela berrou essas palavras e depois colocou as mãos na cintura. Segurei ela pela camisa e a puxei para fora do apartamento, coloquei ela contra a parede e a ergui facilmente.
− Sabem por que eu moro sozinha? – Perguntei.
− Porque ninguém gosta de você? – Indagou Marvin.
− Gente me desconcentra. Eu tô pouco me fodendo pra que caralhos estão metidos, só metam em silêncio. – Soltei a ruiva tagarela no chão e fui embora.

Entrei em meu apartamento apreciando o silencio que se instalara no apartamento de cima. Abri a primeira gaveta da minha mesinha de cabeceira e tirei de lá uma garrafa de whisky que já estava no final. Tomei um longo gole na garrafa mesmo e fui deitar. Dormi praticamente o dia inteiro, acordei eram quase seis da tarde.

Fui até a geladeira afim de comer alguma coisa, mas não tinha nada nela, nem água! – Merda! – Peguei minha jaqueta de couro barata, alguns dólares em minha bolsa e saí. Fui até a loja de conveniência que ficava na esquina da minha casa. Fui até o freezer e peguei duas garrafas de água e continuei caminhando pelo corredor. Peguei um pacote de batatas e dois copos de macarrão instantâneo, tudo o que uma garota precisa pra crescer forte e saudável. Caminhei até o cara do caixa, que me olhava com uma cara de predador, como se ele fosse de alguma coisa. Babaca! – Me dá o whisky mais barato que tiver. – Ele virou de costas lentamente e pegou uma garrafa que estava atrás de si e colocou na bancada. Paguei e fui embora, antes que eu entrasse em mais uma confusão.

Ao chegar em casa, meu telefone tocou. Era minha mãe – Mas que porra! – Deixei tocar mais algumas vezes e depois atendi – O que é?

− Querida, queria saber como estava! – Disse minha mãe fazendo-me revirar os olhos.
− Me poupe, fala logo o que você quer, estou ocupada! – Nunca gostei de enrolação.
− Está ocupada transando com alguém? – Perguntou rindo.
− Não é da sua conta e se não falar logo o que quer, eu vou desligar!
− Seu irmão está precisando de uns remédios e você sabe que são caros. – Passei a mão pelo cabelo. Droga!
− Como Sasori está?
− Pálido, ele precisa daquela cirurgia e você sabe. Esses remédios só conseguem tempo pra ele, não muito.
− Vou ver o que posso fazer!
− Sakura... – Desliguei antes que ela dissesse mais alguma coisa. Eu já estava fazendo inúmeras horas extras, não sei o que mais eu poderia fazer.

Tomei mais da metade da garrafa e peguei no sono. Acordei às cinco e meia da manhã com o despertador tocando mais alto do que eu me lembrava. Desliguei e fui tomar banho, escovei os dentes e passei enxaguante bucal. Mas nada parecia melhorar o cheiro de bebida que exalava de mim. Foda-se, não seria a primeira vez que eu iria trabalhar meio bêbada. Passei o perfume que ganhei de aniversário no ano passado, o vidro estava praticamente cheio, porque eu não costumava passar perfume. Saí do meu apartamento e encontrei Michael no corredor.

− Vai trabalhar de ressaca, Sakura? – Disse Michael coçando o nariz.

− Não é muito cedo para se chapar? – Perguntei passando direto por ele. Michael era um drogado que morava duas portas depois do meu apartamento, de certa forma, acho que eu eu tinha pena dele.

Peguei o ônibus lotado, como sempre e cheguei ao trabalho quase em cima da hora. Bati o ponto e fui ver minha lista de pacientes.
− Ai, ele é muito grosso!
− É verdade, tentei trocar as ataduras dele e ele praticamente me enxotou de lá.
− Bom dia, Sakura! – Cumprimentou-me uma delas.
− Bom dia! – Respondi por responder e passei o ponto para elas, que já estavam de saída.
− Boa sorte! – Disse a outra.
− Com o quê? – Perguntei com minha cara de abuso matinal.
− Mattew quer falar com você na sala dele, querem te empurrar... Digo, encaminhar você à um paciente específico. – Informou ela, colocando a bolsa no ombro e indo embora.
Fui até a sala do Mattew, meu supervisor, bati na porta e ele me mandou entrar.

− Senhorita, Haruno. -  Cumprimentou-me ele.
− Soube que queria falar comigo. – Sentei na cadeira.
− Ah sim, quero que fique responsável por um paciente em particular. – Disse Mattew digitando coisas em seu computador – Ele rejeita todas as enfermeiras e elas tem medo dele. Como sei do seu pulso firme, acho que não há ninguém melhor para cuidar dele que você. A família dele quer pagar um bônus para quem conseguir tratar dele.
− Quem é o paciente? -  Perguntei meio desinteressada.
− Sasuke Uchiha – O gostosão? Caramba, para as enfermeiras vadias daqui estarem recusando atende-lo, é porque ele deve ser um monstro – Quarto 410, pode ir – Saí da sala dele e fui direto para o quarto dele. Haviam dois seguranças sentados nos bancos próximos da porta. Eles me lançaram um aceno de cabeça como cumprimento e eu retribuí. Entrei no quarto e ele estava assistindo televisão. No chão estava a comida que provavelmente uma das enfermeiras trouxe hoje de manhã. Olhei para ele e vi que ele estava me olhando pelo canto do olho. Fui até o telefone que tinha no quarto e liguei pedindo alguém para limpar aquela sujeira.
Ele não parava de me encarar com aqueles olhos negros.
− Algum problema, Sr. Uchiha? – Perguntei enquanto olhava sua ficha médica.
− Tem, não quero você aqui! – Falou curto e grosso.
− É mesmo? Que pena! – Coloquei a ficha no lugar – Tenho que trocar suas ataduras.
− Alguém já disse que seu cabelo é horrível? – Perguntou o Uchiha.
− Sim, minha mãe me dizia isso todos os dias. – Respondi indo até o armário que havia ali e pegando o que fosse necessário para trocar os curativos dele.
− Já disse que não quero você aqui! – Gritou quando eu me aproximei dele.
− Problema seu! – Eu não estava de bom humor; Peguei a perna dele para tirar as ataduras, mas ele tentou puxar, eu a apertei, fazendo ele soltar um urro de dor – Se ficar quieto, eu troco isso e te deixo em paz por hora. – Comecei a tirar as ataduras.
− Não quero que volte! – Ele começou a puxar o pé de novo e eu apertei novamente.
− Sr. Uchiha, se não trocar essas ataduras, as feridas vão infeccionar e você vai correr o risco de perder a perna. Mas isso não vai ser um problema, porque você é rico e pode colocar uma prótese daquelas bem caras. Mas você já parou pra pensar que aqui é um pouco frio? Essa prótese seria um incomodo ainda maior. Então o Sr. fica quieto e me deixa terminar isso e todo mundo sai ganhando. – Ele parou de puxar a perna e eu troquei suas ataduras. Passei então para o curativo em sua barriga. Comecei a limpar.
− Esse seu cabelo, é natural mesmo? – Perguntou olhando para mim.
− Sim, deviam ser ruivos, mas devido há uma alteração genética ficaram dessa cor bosta. – Ele estava sorrindo, como se tivesse lembrado de uma piada obscena – Sim, Sr. Uchiha, os pêlos de lá também são dessa cor – Respondi e ele riu, logo olhando para o teto.
− Não é tão idiota quanto pensei que era. – Disse ele.
− Obrigada! Queria poder dizer o mesmo. – Troquei o resto dos curativos em silencio. Joguei o material usado no lixo – Vou pedir algo para você comer.
− Não estou com fome. – Disse ele ajeitando-se na cama.
− Se quer se livrar de mim e desse lugar, precisa se alimentar. Já volto! – Saí do quarto sem esperar por uma resposta.

Deis as instruções ao pessoal da cozinha e esperei que a comida ficasse pronta, o que para minha surpresa foi bem rápido. Voltei para o quarto e ele me olhou. Coloquei o suporte de alimentos em suas pernas e em seguida depositei a bandeja lá e fui sentar na poltrona. Percebi que eles estava me olhando.
− O que foi, quer que eu dê a comida na sua boca? – Perguntei com desdém.
− Você é bem arrogante para uma funcionária desse hospital. – Disse ele começando a comer
− Você também não é muito gentil.
Sasuke Uchiha passou o dia me infernizando, se essa era sua estratégia para me fazer desistir, ele estava perdendo seu tempo.

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Notas Finais


Não revisei. Opiniões são importantes!


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