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História Life after you - Lucky to meet you


Escrita por: 0live

Notas do Autor


Mals a demora... Não tive tempo de corrigir, por favor, ignorem os erros s2

Capítulo 9 - Lucky to meet you


Durante o resto do dia, resolvemos algumas coisas a respeito da minha contratação, assinei alguns papeis, deixei alguns de meus documentos na empresa. Acertamos que eu começaria na manhã seguinte, Sasuke iria me buscar, contra meu gosto, é claro, pois eu ainda não tinha crachá. 


Ele me deixou em casa, tomei um banho e troquei de roupa. Saí rumo à Kakashi, meu barman preferido.
---

 

Aquela cabeleira prateada foi a primeira coisa que vi ao passar pela porta, e aquele sorriso, que eu poderia jurar ser a coisa mais linda do mundo. Aquele sorriso que ficou ainda maior ao me ver parada na porta.

Me encaminhei para o canto do balcão, sentei no lugar de sempre e esperei. Não demorou muito e ele veio até mim. Tranzendo junto consigo, os olhares de ódio daquelas vadias que, como sempre, estavam naquele bar apenas com o propósito de ir para cama com ele, correção, para tentar ir para cama com ele. Eu até poderia fazer a gentileza de avisar a elas que precisa ter mais que um par de bóias infláveis no lugar dos seios para conseguir a atenção de Kakashi Hatake. Mas eu não sou exatamente a pessoa mais gentil do mundo, então, foda-se.

- Boa noite, Senhorita, em que eu posso te ajudar? – Indagou ele sorrindo maroto.

- Acho que você sabe!  - Retribuí o sorriso.

Ele me deu as costas por alguns segundos, apenas para pegar uma garrafa do whisky que eu pedia sempre. Mas foi tempo o suficiente para que eu pudesse dar uma olhada na parte de trás do Hatake.

- Bela bunda! – Disse, fazendo-o me dar um sorriso. Ele colocou dose de whisky para mim e outra para si. Conversamos um pouco, contei a ele como foi meu dia, sobre como eu estava feliz por Sasori estar fora de perigo, contei também como Sasuke era irritante e um imã de mulheres.

Não sei explicar o motivo, mas eu tinha aquela necessidade de contar a Kakashi como fora meu dia.. Eu e ele não tinhamos nada de sério, bom, pelo menos nada muito oficial. Apesar de já estarmos saindo juntos há muito tempo, nunca oficializamos nada ou sequer nomeamos aquilo que nós tinhamos e até aquele momento, estava dando certo. Eu não gostava quando outras garotas se insinuavam para ele e com ele era a mesma coisa, mas ao contrário de mim, ele nunca falou nada a respeito de outros me cantando. O motivo? Ele disse que sabia que nenhum outro cara ousaria se aproximar de mim enquanto eu estivesse com essa minha cara de cachorro raivoso, coisa que ele dizia que eu tinha sempre.

Kakashi era meu... Vamos chamá-lo de caso mais duradouro, nos conhecemos há alguns anos, eu havia acabado de sair da casa da minha mãe e me mudado para aquele bairro horrivel. Eu estava andando pela vizinhança em busca de uma loja de coneveniencia, precisava de Whisky e tinta para cabelo. Naquela época eu tingia o cabelo, odiava o fato dele ser daquela cor bosta. Foi Kakashi quem me convenceu a parar de tingir o cabelo e deixar ele da cor natural.

Praticamente contava os centavos para tudo, meu pai me ajudava com a faculdade e o aluguel, o que já era muita coisa e, mesmo não parecendo, eu era muito grata por isso. Estavam sendo dias dificeis, mesmo com a ajuda do meu pai, eu precisava me manter, então eu trabalhava como garçonete em uma lanchonete meia boca no Centro da cidade. Não gosto nem de lembrar dos tipos de caras que passavam por ali e nem do tipo de ofertas que eles me faziam, me dá náusea só em lembrar.

Continuando, finalmente encontrei a maldita loja de conveniencia, comprei a tinta de cabelo, o whisky e maos algumaa coisinhas. Na volta para casa a sacola em que eu carregava minhas coisas rasgou e tudo que eu havia comprado caiu no chão. Minha garrafa de whisky se espatifou em vários pedaços, eu precisava daquilo. Olhei em volta e vi que estava na frente de um bar, fiquei olhando pela janela. Mesmo sendo segunda-feira, haviam muitas pessoas lá dentro.

- Não sei se você tem idade para entrar aí, bonitinha! – Olhei na direção de onde a voz vinha e me deparei com aquele deus grego de cabelo prateado. Ele colocava algumas sacolas dentro das latas de lixo.

- Será que não tenho? – Perguntei o encarando.

 - Não parece ter – Disse soltando um leve sorriso.

- Estou conservada – Respondi logo me agachando para pegar o que sobrou das minhas coisas. Ouvi passos e logo o cara de cabelo prateado estava me ajudando a pegar minhas coisas;

- Quantos anos tem? – Perguntou sem me olhar.

- Que coisa mais feia para se perguntar a uma dama, ainda mais uma que você acabou de conhecer – Meu sarcasmo sempre foi a melhor coisa em mim. Ele riu.

- Vamos pegar uma sacola nova pra você lá dentro! – Ele fez um gesto com a cabeça para que eu o seguisse. Minha mãe nunca aprovaria essa proposta que ele acabou de me fazer, entrar em um bar com um estranho, mas eu me senti estranhamente bem nesses poucos segundos com ele. Eu queria sentir aquilo por um pouco mais de tempo. Ele ficou parado na porta enquanto esperava que eu tomasse minha decisão; “Que se dane!”

Passei por ele e entrei no bar. Era arrumadinho e maior do que aparentava ser por fora, o prateado passou por mim e foi para trás do balcão, abriu uma gaveta e tirou de lá uma sacola preta, colocou minha coisas que estavam com ele dentro dela e estendeu para mim.

- Obrigada! – Agradeci e coloquei as coisas que estavam comigo dentro da mesma. Saí de lá sem dizer mais nada, eu podia sentir o olhar dele em mim.

Depois disso, eu passava na frente daquele bar sempre que podia, só para olhá-lo pela janela por alguns segundos. Alguma coisa naquele cara me chamava muita atenção e considerando a quantidade de mulher que havia ao redor do balcão, não era só a minha atenção que ele chamava.

- Vadias! - Bufei e continuei meu caminho.

Os dias foram passando e certo dia, quando eu voltava do trabalho passei pelo bar novamente, mas não o vi pela janela, até procurei um pouco, mas nada. Abri minha garrafa termica e tomei um gole do meu whisky vagabundo.

- Podia beber isso em um copo – Ouvi aquela voz ao fundo, foi como um deja-vu. Ele colocava algumas sacolas na lata de lixo e usava uma camisa cinza e uma calça preta.

- Esse whisky não é bom o bastante pra botar em um copo – Respondi lembrando de como fui idiota na ultima vez que o vi.

- Tenho coisa melhor lá dentro – Disse apontando para a porta vermelha do bar. Ele colocou as mãos nos bolsos e ficou me olhando – Já te vi passando por aqui várias vezes, mas você nunca entra. – Ele deve ter esquecido de mim., pensei.

 - Não é pro meu bico – Indiquei a garrafa com o whisky vagabundo em minha mão.

- Noite das mulheres! Minha nova promoção – Olhei para dentro do bar, mas dessa vez não havia nenhuma mulher lá dentro.

- Não é não! – Respondi, como se fosse obvio.

- Agora é! – Ele passou por mim entrou no bar. Ponderei por alguns segundos se deveria ou não entrar, então parei de ponderer e fiz o que eu queria fazer há muito tempo. Ele já estava atrás do balcão, servindo alguns clientes. Pela primeira vez, sentei no ultimo banco disponivel daquele balcão, perto da parede. Segundos depois ele veio até mim.

- O que gostaria de beber, senhorita? – Perguntou ele, com um sorriso sexy. Aquela foi a primeira vez que ele me fez molhar a calcinha.

- Já que é a noite das mulheres, vou querer uma dose do melhor whisky que tiver – Me apoiei no balcão.

- Claro, posso ver sua identidade? – Ele estendeu a mão.

- Isso é sério? – Perguntei meio incrédula.

- Só quero ter certeza de que não estou fazendo nada de ilegal – Suas palavras me passaram um duplo sentido. Passei meu documento para ele – Vinte e um anos! – Disse em voz alta, parecia dizer isso mais para si mesmo do que para mim. Ele me devolveu o documento e colocou o que eu pedi.

Ele revezava sua atenção entre mim e os outros clientes, mas a medida em ia ficando tarde, os clientes iam embora. Inclusive seu ajudante no bar.

- Saídeira? -  Perguntou ele.

- Ainda é a noite das mulheres? – Indaguei e ele fez que sim com a cabeça – Então põe um duplo – Ele colocou o whisky no copo e o entregou a mim.

- É muita birita pra uma garota tão pequena – Comentou ele;

- Sou resistente – Respondi e ele sorriu, voltando-se aos copos que estavam na prateleira de trás – Há quanto tempo faz isso?

- Faz tempo.

- Você é daqui? Tem família aqui? Amigos?

- Tenho clientes – Respondeu ele. Eu observava cada movimento seu, a maneira como ele secava os copos e os colocava alinhadamente nas prateleiras. A maneira como os musculos de suas costas se mexiam a cada movimento seu – Dia dificil no trabalho?

- Todos os dias são dificies! – Tomei um gole da minha bebida.

- Meu pai sempre dizia: Se o trabalho não te dá prazer, procure outro trabalho.

- Eu fiz isso, estou no novo emprego.

- Em que você trabalha? – A ultima coisa que eu queria dizer pra ele que eu trabalhava naquele muquifo, pelo menos não era o que eu queria dizer no primeiro encontro. Então apenas o encarei e dei um sorriso discreto – Então você quer manter o mistério.

- É isso aí! – Bebi o que sobrou do meu whisky – Onde estão todas aquelas mulheres que costumam vir aqui?

- Elas não costumam aparecer no começo da semana.

- Ah não? Mas você está aqui todo dia – Ele me olhou confuso – Sei que você sabe que elas só vêm aqui por sua causa, seu bar é ótimo, mas elas não apreciam isso. Não apreciam a grande variedade de bebidas que tem aqui, nem o som de jazz que está tocando. Aposto que elas pedem sempre a mesma coisa: um coquitel ou uma cerveja.

- Parece entender das coisas – Disse ele, colocando o pano que estava em seu ombro, sobre o balcão.

- Não foi muito dificil, passo aqui em frente todos os dias, elas estão quase sempre com as mesmas roupas provocativas, praticamente esfregando os peitos na sua cara – Minhas palavras o fizeram rir – E o mais engraçado é que você parece não dar a minima para elas, se não tivesse passado a noite flertando comigo, eu diria que você gay – Ele riu descontroladamente e eu acabei rindo também.

 - Eu estava flertando com você? – Indagou enquanto tentava conter o riso – Você que passou a noite flertando comigo.

- Eu não flerto. – Afirmei.

- Ah não? E o que você faz? – Ele finalmente havia parado de rir e me olhava fixo nos olhos.

- Eu digo o que eu quero! – Nós não desviamos o olhar nem por um segundo.

- E o que você quer? – Perguntou ele apoiando-se no balcão.

- Você!

Não lembro de como chegamos ao seu apartamento, mas lembro da sua não quente passeando em minha pele, dos arrepios que seus toques causaram em mim. Os beijos depositados em meu pescoço, suas mãos firmes em minha cintura, me apertando contra seu corpo. Me lembro de perder todo o contole que ainda tinha. Lembro do seu hálito de menta.

Lembro de ter pensado em como ele conseguia ser dono de um bar e não ter hálito de bebida. Lembro de ter sentido coisas que eu ainda não havia sentido. Lembro de desejar que aquilo não termisse tão cedo.

Então eu acordei na cama dele, apenas com um lençol branco ao meu redor e eu tenho certeza que foi ele quem colocou aquele pedaço de pano ali. Olhei para o lado e vi que ele estava deitado ao meu lado com os olhos fechados, sem camisa, possivelmente só com o lençol também, ele parecia tão tranquilo. Peguei meu celular e vi que estava quase na hora da minha aula, levantei devagar para não acordá-lo.

- Bom dia, Lindinha! – Ouvi sua voz mais rouca que o normal – Eu não gosto de dormir com alguém e acordar sozinho, tenta lembrar disso na próxima vez.

- E vai ter uma próxima vez? – Perguntei enquanto vestia minha calça.

- E não vai? – Ele levantou da cama e foi andando até o banheiro, eu estava certa, ele não estava usando nada alem do lençol. A visão que eu tive me deixou sem palavras – Se quiser, sabe onde me encontrar... E a propósito, meu nome é Kakashi.

Essa foi a primeira das muitas noites que eu teria com o Kakashi. Sorri ao lembrar de como nos conhecemos.

- Aí, quer comer alguma coisa? – Perguntou Kakashi tirando-me de meus devaneios.

- Quero! – Respondi.

- Vou pedir comida chinesa! – Fomos até o apartamento dele, comemos, conversamos, fizemos sexo. Tudo com ele era tão tranquilo, tão leve, tão natural. Acabei passando a noite lá. Esquecei de colocar o celular pra despertar, acordei com Kakashi acariciando meu cabelo – Acho que já está na hora de acordar.

- Que horas são? – Perguntei meio sonolenta;

- Tarde! Seu telefone já deve ter tocado umas quatro vezes, não sei como você não ouviu.

Peguei o celular e vi quatro chamadas não atendidas de Sasuke. Droga, ele iria me buscar em casa – Tenho que ir, Kakashi, é meu primeiro dia e já estou atrasada – Dei um selinho em sua boca saí correndo.

Vi o carro de Sasuke parado na frente do meu predio logo que virei a esquina.

Merda!

Entrei em meu prédio e logo o vi parado no corredor, ele me lançou um olhar como se estivesse me analisando.

- Você não tá com cara de quem foi comprar pão! – Disse ele.

- É porque eu não fui – Tirei minhas chaves do bolso e entrei em casa, seguida por um Sasuke não muito satisfeito. Tomei banho, troquei de roupa, comi alguma coisa e saímos rumo a empresa.

Desde que conheci o Uchiha, essa foi a primeira vez que o vi tão calado, sem piadas ou trocadilhos sem graça.

- Você está bem? – Indaguei.

- Estou! – Foi tudo o que ele disse.

O que será que ele tem?

***                                                                                                                                       

 


Notas Finais


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