História Life Among The Dead - Take care

— Ele via as pessoas como elas eram. Ele sabia coisas sobre nós. A verdade. Quem nós realmente somos. Ele disse que o nosso grupo estava rachado. Não estamos rachados. Vamos provar que ele estava errado.

Rick dava um pequeno discurso no simples funeral que fazíamos para Dale, estava ao seu lado segurando sua mão, dando apoio para o mesmo, Dom estava com Carl, que agora eram inseparáveis. Dale era como um pai para todos nos, principalmente Andrea, que mais sofria pela perda.

Mais tarde, Hershel permite que fiquemos na fazenda, porém teríamos que contribuir com o que ele e Rick pedissem o que significava que os dois seriam os líderes ali. Rick começava a pedir ajuda a Daryl, o que me deixava animada, já que o Dixon era como um irmão para mim, mas percebe que meu primo não tinha ficado contente.

Com a permissão do Hershel de ficarmos na fazenda e com o inverno chegando, levamos todas as nossas coisas para dentro da casa. Em um canto da sala, arrumei um espaço para mim e Dom, já que não sabia se Rick iria querer ficar com a gente. Hershel deixou Lori ficar em um quarto, já que a mesma estava grávida, portanto, imaginei que Carl iria junto. Mas me surpreendi quando vejo o mesmo trazendo suas coisas até a mim.

— Posso ficar com vocês?

— Claro. – sorri pegando a caixa de sua mão.

Carl era um menino meigo, me lembrava de muito Brian, mesmo meigo sempre tinha a cara de durão, sempre querendo proteger aqueles que o ama, e toda vez que eu olhava o Carl eu via meu pequeno Brian, eu não ficava triste ou chorava, eu simplesmente sorria.

Levanto-me dali deixando Carl e Dom conversarem animados, sai da casa e vejo distante, perto do celeiro Rick e Shane conversando, Daryl estava ao meu lado observando junto a mim.

— Parece que não são mais como irmãos. – Daryl diz baixo.

— Isso é o que me dá medo Dixon, Shane quando pega raiva de alguém ele se torna perigoso.

Caminhei ate onde os dois estavam, vi que começara uma pequena discussão, e antes que ficasse pior, me aproximei, trazendo a atenção deles para mim. Shane me olha, mas não diz nada e logo sai dali com passos pesados.

— Tudo bem?

— Shane me entregou isso. – mostrou a arma. – Disse que estava com Carl...

— Como?

— Eu sei, também não entendo já que tiramos as armas dele e do Dom. Shane acha que estou colocando Randall à frente do Carl.

— Você não acreditou nele né? – ele fica em silencio. – Rick. – seguro sua mão e olho em seus olhos. – Todas as suas atitudes são viradas ao Carl, não tem uma coisa que você faça que não seja pensando nele.

— Tem certeza disso?

— Rick, todos sabemos que tudo que você faz é pela sua família, Shane apenas está irritado que você se distanciou dele e esta se aproximando mais do Daryl. Eu só te peço uma coisa!

— O que?

— Tome cuidado, por favor.

E sem respostas, apenas sinto seus lábios nos meus, o que estava acontecendo mais vezes, e cada vez que sentia seus lábios mais eu sabia que estava me apaixonando por ele, me sentindo uma adolescente novamente.

Depois de muitos a fazeres, decidimos que chegou a hora de Randall, T-Dog foi ate o celeiro buscar o garoto, Daryl estava com sua besta e as novas flechas, Rick estava no aguarda, então escutamos o T-Dog gritando, então já imaginamos, o garoto havia fugido. Todos já se preparando para a busca de Randall chame aparece totalmente machucado chamando pelo Rick.

— Ele está armado! Pegou minha arma!

— Glenn e Daryl, vocês vem comigo e com Shane a procura dele, o resto fiquem atentos, Clary e Andrea fiquem de vigia e qualquer pessoa que não seja a gente, atirem!

— Tome cuidado. – dei um selinho nele e me distanciei ate indo ate o Daryl.

— Tem flechas o suficiente?

— Está tudo bem Clary, o garoto não vai escapar tão fácil de nós.

— Apenas tome cuidado, não quero perde mais ninguém.

— Ficarei de olho no Rick.

— Não estou falando apenas dele. – o abracei. – Só tome cuidado e use essas flechas sem piedade.

— Cuide de Dom. – beijou minha testa.

Então vi os quatros homens saindo na escuridão a trás de um cara armado, olhei para Andreia que ao mesmo tempo já havia entendido, pegamos nossas armas e entramos para a casa, deixando que todos ficassem seguros.

Depois de um tempo escutamos um som de tiro, automaticamente fecho meus olhos esperando que não seja nenhum dos nossos e que seja apenas um zumbi que apareceu de surpresa, logo em seguido outro som de tiro.

Apertei mais a arma em meu corpo e fui para a varanda, tentando ver se enxergava algo ou um deles, mas nada se dava para ver naquela escuridão.

— Mãe, Carl sumiu. – Dom aparece ao meu lado.

Com os meus olhos arregalados olho para floresta onde tinha vindo o tira, Lori logo aparece e pergunta sobre o filho, mas eu não soube o que dizer.

— Isso tudo é sua culpa! – grita.

— Minha culpa? Lori, o filho é seu! Você deveria estar cuidando dele, o meu está aqui a salvo, eu cuido mais do Carl do que você mesma! Então não ouse dizer que a culpa é minha.

E em um movimento rápido sinto meu rosto arder, coloco minha mão sob meu rosto, onde tinha levado um tapa.

— Nunca mais digo que eu não cuido do meu filho, afinal ele ainda está vivo.

Sem palavras e com minha garganta fechada impedindo que minhas lagrimas escapassem, olhei pela ultima vez para o rosto de Lori e passei por ela esbarrando em seu ombro, Maggie que observava tudo veio atrás de mim, mas naquele momento gostaria de ficar sozinha.

“Afinal ele ainda está vivo” suas palavras foram como laminas, me cortaram profundamente. Sem mais forças me sentei no chão, ainda na varanda, permitindo que meus soluços e lagrimas escapassem de mim. Logo sinto braços ao meu arredor, sem saber quem é apenas abraço com força.

— Não a escute você sempre cuidou muito bem do Dom, portanto, não duvido que tenha sido igual com Brian.

— Oh Maggie, ainda dói tanto. Todos os minutos eu penso nele, e todos os dias acordo me afogando de culpa.

— Você não tem culpa de nada, olhe para mim. – levantou meu rosto fazendo a olhar. – Você é uma mulher forte, que luta por todos que amam, Lori apenas está nervosa por saber que não tem mais o Rick e que o Carl está ficando mais com você, não a escute, você é uma pessoa maravilhosa. Agora se levante, precisamos de você.

Mesmo sem forças, sequei meu rosto e me levantei, abracei pela ultima vez a Maggie e voltei ao meu posto de vigia, onde por uma boa distancia vi algo que iria acabar conosco caso não corrêssemos.