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História Life Is Better With You - I'm Here


Escrita por: HelloItsLumi

Notas do Autor


O final está tão perto que eu to ficando triste...
Boa leitura!

Capítulo 18 - I'm Here


Os meus olhos estavam abertos, mas eu ainda não estava acordada.

Os dias se passavam sendo arrastados por todos nós. A cada dia que passava, Emma ficava mais debilitada. Ela não sentia nada da cintura para baixo, e agora seus braços estavam mais atrofiados. Suas expressões não eram mais as mesmas. Eu ainda lembro de quando a conheci, quando ela se levantou na cadeira e passou pelo balcão, indo em minha direção. Pude ver ali um brilho em seus olhos, o brilho da vida. Eu não via mais isso nela. E eu tinha muito medo de que ela realmente tivesse o perdido.

Quando olhei para o lado, Emma já não estava lá. Mesmo sem os braços e as pernas ela conseguia, de alguma forma, se levantar da cama sem a minha ajuda. Havíamos comprado uma cadeira motorizada, o que tornava isso bem mais fácil para ela. Respirei fundo antes de sair da cama, já sabendo onde ela estava.

Cheguei na sala e ela estava lá, no cantinho, olhando pela janela. Eu não conseguia me aproximar, eu não sabia como. Pude ver que ela sentiu a minha presença, mas não virou a cabeça. Juntei toda a coragem que eu tinha e andei até ela, beijando sua cabeça. Vi um pequeno sorriso brotar em seus lábios, o que fez o meu dia.

Voltei para a cozinha e comecei a fazer o café. Eu estava distraída, com meu olhar fixo na cafeteira e parecia que apenas o seu barulho existia no local. Minha mente estava tão imersa, que não ouvi Henry chegando na cozinha com a sua mochila.

- Oi mãe – falou se aproximando de mim, me dando um pequeno susto.

- Bom dia – respondi.

Ele virou a cabeça, olhando para Emma e dando um suspiro.

- Já faz meses... - disse cabisbaixo. - Eu só queria poder fazer alguma coisa.

- Eu sei... - dei um fraco sorriso, mas ele não retribuiu.

Suspirei e olhei para Emma por um tempo. Seus olhos, vidrados na vista dos prédios lá fora e a cabeça inclinada para o lado me davam uma certa nostalgia. Eu lembro de várias ocasiões em que ela ficou assim e sempre era porque alguma coisa a chateava. Voltei meu olhar para Henry que já estava comendo seu cereal e uma ideia clareou minha mente. Dei um grande sorriso, fazendo meu filho franzir o cenho.

- Faça as malas – sussurrei para ele.

- Vamos para algum lugar? - indagou, confuso.

- Faremos uma pequena viajem.

- No meio da semana? - assenti com a cabeça.

- Henry, você é uma das crianças mais inteligentes que eu já conheci, acho que você pode perder alguns dias.

Ele me encarou um tanto confuso, mas se levantou da mesa e partiu para o seu quarto.

- Mãe – me chamou em um tom baixo. - O que estamos fazendo?

Eu sorri.

- Estamos sendo uma família.

Ele sorriu de volta e foi correndo para o seu quarto.

Me virei para Emma que não havia se movido. Algo dentro de mim falava que aquilo não era o fim, e eu me segurava a essas palavras tão veemente que eu tinha certeza que elas nunca poderiam sair.

Peguei meu celular no balcão. Precisava fazer uma ligação. Disquei o número e fui atendida no terceiro toque.

- Regina? - sorri.

- Gus? Eu preciso da sua ajuda.

*

- Regina, você realmente não vai me dizer para onde vamos? - Emma perguntava, me esperando na porta.

- É uma surpresa – respondi com um sorriso no rosto.

- Isso é vingança pela última vez?

- Talvez... - ela sorriu.

Era a primeira vez que eu a via sorrindo verdadeiramente em semanas e aquilo aqueceu o meu coração.

- Ei! Kid! - chamou Henry quando o mesmo chegou na sala com sua mala. - Sabe para onde a sua mãe doida está nos levando?

- Doida? - perguntei arqueando as sobrancelhas.

- Quis dizer... maravilhosa... - revirei os olhos com um sorriso no rosto.

- Não faço a menor ideia – respondeu com um sorriso.

- Mas quanto tempo iremos ficar fora? - perguntou. - E a escola?

- Eu já resolvi tudo, não precisa se preocupar – ela bufou baixinho.

- Sinto que eu não tenho muita escolha.

- Que bom que você sabe.

Dei um beijo em sua bochecha e fui espera-los no elevador que já estava com as nossas malas.

Eu realmente esperava que aquilo a animasse um pouco.

*

- Não – ela disse e virou a cadeira, tentando voltar para o carro.

Revirei os olhos e fui atrás dela, segurando sua cadeira e levando de volta para o lugar em que estava. Mesmo ela estando de costas, eu conseguia ver sua cara emburrada.

- Você nos trouxe para Pensilvânia pra fazer isso? - perguntou, olhando para o local.

- Sim – respondi simplesmente.

- Eu vou poder ir? - perguntou Henry, com os olhos brilhando.

- Nem pensar, mocinho – emburrou a cara. - Você pode fazer outra coisa, mas ainda é muito novo para isso.

Ouvi ele resmungar alguma coisa, o que me fez rir.

Me agachei na altura de Emma e a olhei nos olhos.

- Lembra quando nos conhecemos? - ela assentiu. - Eu lembro que você tinha sede pela vida... eu não vejo mais isso – ela abaixou o olhar. - Você fazia coisas loucas e me levava com você... - coloquei meu dedo em seu queixo e a fiz me encarar. - Por mim...

Ela deu um pequeno sorriso de canto.

- Eu te odeio...

Sorri e dei um selinho em seus lábios.

- Eu também te amo – falei com as nossas testas coladas.

- Prontas? - perguntou August, se aproximando novamente.

- Eu não tenho escolha... então sim – falou Emma o fazendo rir.

- O pequeno pode ficar bem ali... - apontou para o local dentro do prédio e eu vi os olhos de Henry arregalarem.

- Sério? - ele me olhou com expectativa.

- Vai fundo – falei.

Ele correu até mim e me abraçou com força, falando “obrigado” a todo o momento. Fez a mesma coisa com Emma e correu para dentro do local, onde Tink o esperava.

- Agora, vamos lá – ele disse e nos guiou para onde Emma iria se trocar.

Depois das devidas instruções, fomos para o local onde toda a magia aconteceria. Eu estava nervosa pela minha loira, mas eu sentia que ela precisava daquilo.

- Nervosa? - perguntei antes que ela pudesse embarcar.

- Nah... talvez – se virou para mim. - Não pode ir comigo.

- Desculpe patinha – August surgiu atrás de nós. - Apenas cadeirantes.

Ela suspirou.

- Ei – me abaixei. - Estarei aqui, esperando por você.

- Promete?

Me permiti sorrir.

- Prometo.

Dei um selinho em seus lábios e August se prontificou a levá-la para dentro do pequeno avião.

Eu estava nervosa, e não podia imaginar o quão nervosa ela estaria. Uma vez, ela me disse que sempre quis pular de paraquedas. Eu apenas estava fazendo esse sonho de criança virar realidade. Eu esperei no campo em que ela iria pousar. Enquanto olhava o avião decolar, fiz uma nota mental de agradecer August novamente, por conseguir fazer isso acontecer.

O avião se aproximava lentamente, e quando vi um pontinho preto sendo jogado do mesmo e voando no céu, não pude deixar de sorrir. Mesmo com o coração apertado, a felicidade se alastrou por mim, ficando ainda maior quando eu comecei a ouvir seus gritos de alegria.

Quando pousou na minha frente, seu enorme sorriso aqueceu meu coração de uma forma que nunca havia acontecido. Seus cabelos desgrenhados a fazia ainda mais bonita, se era possível.

- Gina! - gritou meu nome, me fazendo sorrir.

Me aproximei e ajudei August a remover as cordas que a prendiam no paraquedas. Seu sorriso não havia desaparecido em nenhum momento e seu olhar estava preso a mim.

- Gostou? - perguntei, terminando de desamarra-la.

- Isso foi... incrível! - exclamou, me fazendo rir.

Voltamos para o local em que deixamos Henry com Emma falando o tempo inteiro, detalhando com um grande sorriso no rosto como havia sido a sua aventura ao pular de um avião. Sua felicidade era palpável e por isso, a minha também era.

Quando chegamos, Henry ainda brincava no simulador de quedas, onde ficava “voando” dentro de um tubo. Ele ria tanto que o deixamos ir mais algumas vezes no simulador, enquanto o esperávamos sentadas por perto.

- Eu sinto falta – disse ela de repente.

A olhei com o cenho franzido.

- Eu sinto falta de te tocar... de te sentir – vi uma lágrima cair de seu olho. - Eu nunca pensei que seria tão difícil...

- Ei – a interrompi, me levantando do banco e agachando em sua frente. A olhei nos olhos e beijei sua bochecha. - Sente isso? - fez força para assentir com a cabeça, então beijei seus lábios, demoradamente. - E isso? - assentiu novamente. - Essa sou eu Emma. Eu te sinto e agora, sei que você também me sente. Eu estou aqui Emma... e eu não vou a lugar nenhum.


Notas Finais


Comentem e me digam o que esperam do final da fic!
Tentarei postar os dois últimos capítulos semana que vem, mas talvez eu só consiga postar um... vamos ver o que acontece.
Gente, postei uma nova fic, mesmo não tendo tempo pra isso kkkkk Vou deixar o link aqui em baixo. Espero que gostem e que estejam gostando dessa fic, Beijos!
Do Alto do Prédio:


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