1. Spirit Fanfics >
  2. Life Style in NY >
  3. Campus

História Life Style in NY - Campus


Escrita por: VitOliveira

Capítulo 1 - Campus


 

Novo país, nova vida, nova escola, novos amigos e amigas... Argh, esta escola não é para mim. 

Estou parada no portão da faculdade ENORME que minha mãe e meu pai fizeram questão de pagar para eu entrar. 

Basicamente, é uma faculdade onde só tem gente rica é, bom, apesar de minha mãe e meu pai terem dinheiro, eu cresci com minha avó, que não tem. Meu pai e minha mãe nunca foram presentes na minha vida, eles sempre estavam viajando a trabalho ou ocupados demais para passar qualquer tempo comigo. 

Cresci em uma fazenda humilde no Brasil, em um lugar afastado da cidade, sempre fui de tirar notas razoáveis no colégio, faço parkour, amo andar de skate, tenho uma paixão por motos e livros criminais. Hoje, eu iria ter minha primeira aula aqui nesta faculdade em New York. Eu estava meio insegura pois creio que meio inglês não seja fluente e, caso eu cometa algum erro alguém encha meu saco. Mas enfim, dou um suspiro e conto até 10 antes de entrar no pátio gigante da faculdade, hoje eu precisava resolver muitas coisas e eu não tinha muito tempo. Era exatamente cinco horas da manhã e eu precisava encontrar um apartamento dentro da faculdade pois, aqui é assim.

É um campus realmente ENORME, tem o prédio gigantesco da faculdade, 11 estacionamentos, tem um pequeno shopping com algumas lojinhas, tem 9 prédios lotados de apartamentos para os estudantes alugarem, tem uma piscina e um lugar para fazer comida ao ar livre. 

Logo que eu entro no portão, vejo um grupo de garotos passar por mim em cima de seus skates. Eles não andam tão mal assim. As pessoas aqui não parecem tão amistosas mas eu sei que às vezes as aparências enganam. 

Depois de MUITO caminhar, finalmente entro no prédio da faculdade. O saguão era grande e tinha alguns bancos ao redor de uma fonte que espirrava água para todos os lados. onde será que é o escritório do diretor? Fico olhando para os lados sem saber onde ir, eu tenho certeza que vou acabar me perdendo neste lugar. 

Sinto um cutucão no ombro e me viro para encarar uma garota mais ou menos da minha idade, com os cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo, olhos verdes e... Uma roupa esquisita. 

- Ola! Você é nova aqui, não é mesmo? - ela sorri 

- Sou sim - ótimo, agora tenho a oportunidade de pedir ajuda. Sorrio de volta. Meu inglês não saiu tão ruim, a propósito. 

- Nossa! Que sotaque! De onde você é? 

- Sou brasileira 

- UAU! Sempre quis conhecer uma brasileira! Você joga futebol? 

- Um pouco... - na verdade, eu sempre joguei em um clube de futebol no Brasil mas eu decidi não contar pois não sabia se eu iria falar tudo certo. Como eu disse, meu inglês não é tão bom.

- Legal! Bom, eu sou Hanna. - ela estende a mão para mim e eu a aperto.

- Sou Clara. - ela faz uma careta e sorri. Claro que meu nome é esquisito para ela, então eu dou de ombros e desvio o olhar.

- Pode me chamar de Claire. 

- Ótimo! Eu não sei se conseguiria falar teu nome corretamente, de qualquer maneira. - nós duas rimos 

- Bom... Eu estava me perguntando, será que você não pode me ajudar a encontrar o escritório do diretor? Eu estou meio que perdida. - a garota da alguns pulinhos de alegria e bate palminhas animadas. 

- Sim, eu estou aqui para isto. Virei "diretora" do grêmio estudantil... Sabe o que é isto, certo? - na verdade eu não sabia mas queria cortar o assunto, então balanço a cabeça positivamente e sigo a ruiva. 

Agradeço a Hanna por ter me mostrado o caminho e ela sai caminhando, me deixando sozinha na frente daquela porta grande que dizia "principal", era a sala do diretor. Ajeito minha postura e bato na porta algumas vezes.

- Pode entrar! 

Abro a porta lentamente e vejo um velho atrás de uma mesa que continha algumas pilhas de livros mais velhos que o homem. Sorrio e recebo um olhar de cima a baixo, para então ele fazer um sinal para que eu me aproximasse, e assim fiz.

- Você é...?

- Sou Clar... Claire. 

- O que você precisa... Claire? - o homem não tirava os olhos de um dos livros, me deixando desconfortável.

- Vim pegar a chave para o meu apartamento aqui no campus. Meus pais já pagaram por tudo, o senhor deve ter anotado em algum lugar o nome deles. Janice e Caleb. - sim, os meus pais tinham nomes americanos. Não eram os nomes que nasceram, eles mudaram quando vieram para cá pela primeira vez. O velho finalmente coloca toda sua atenção sob mim e ergue uma das sobrancelhas, para me analisar novamente.

- Você é filha dos Tavares? - o jeito que ele falava meu sobrenome era engraçado, mas seguro a risada. 

- Sim. - o velho hesita antes de se levantar e ir pegar alguma coisa na estante atrás dele. 

- Aqui está. - ele me entrega uma caixinha pequena, um mapa (finalmente) e um livrinho pequeno com o símbolo da faculdade na capa. 

- Obrigado. - saio às pressas do escritório e prendo meus cabelos em um coque mal feito. Estava calor. Tiro da caixinha uma chave com etiqueta que dizia " building 9, room 905 ". Tudo bem, agora é só olhar o mapa e achar o meu prédio. Eu posso pegar o ônibus aqui na frente da faculdade para ir para lá. Tudo bem, vamos nessa. 

---------x--------

Entro no meu prédio e recebo alguns olhares curiosos, todos deviam estar me achando esquesita por algum motivo pois não paravam de me encarar. Entro no elevador e aperto o andar 9 e espero as portas se fecharem mas, uma garota baixinha, com roupas caras, cabelo bem escovado e maquiagem forte esta hora da manha entra e faz cara de nojo quando me vê. Ela aperta o oitavo andar e as portas finalmente se fecham, deixando eu e a Barbie sozinhas. 

- Então você é a brasileira de que todos estão falando? - a pergunta dela me pega de surpresa. Estão falando de mim? Olho para ela com uma cara confusa.

- Sou... Acho que sou. - ou talvez eu não seja. Talvez tenha mais alguma brasileira por aqui. Não vejo motivo pelo qual estariam falando de mim. A garota passa a mão pelos cabelos loiros e encara a porta do elevador com um ar superior, que acaba fazendo eu dar uma risadinha silenciosa. 

- Nunca tivemos nenhuma brasileira por aqui, por isto estão falando de você. Não vá se achando especial pois eu garanto. - ela me olha de cima a baixo antes de voltar a encarar o nada - você não é. - qual é a dessa protótipo de Polly? O andar dela apita e as portas se abrem. A garota sai com um andar calmo e todo rebolativo. 

Entro no meu apartamento e quase tenho um ataque cardíaco. Era muito luxo para mim. A sala era toda branca com móveis de luxo e uma televisão que parecia de cinema, a cozinha no estilo americana me deixou de queixo caído, o banheiro tinha um chuveiro normal e uma banheira com hidro e, meu quarto era simplesmente muito grande para uma pessoa só. Tinha uma grande cama de casal no meio de uma janela grande de vidro que ia da extensão de um lado da parede até o outro, dando a vista maravilhosa da cidade de NY, o flower era grande e eu provavelmente não iria ocupar nem metade com as roupas que eu trouxe, tinha uma televisão de plasma é uma penteadeira linda com um espelho grande. Uau. Largo minhas malas no chão do quarto e volto para a sala. Tem sacada. A sacada era grandinha e tinha uma mesinha para relaxar. Tudo bem, talvez não seja tão ruim minha estadia aqui. Olho para o relógio em meu pulso e dou um pulo involuntário. 6:30. Tenho que tomar banho e me arrumar para minha primeira aula. 

Coloco uma regata branca simples, um short jeans com um moletom branco e vermelho amarrado na cintura, meu tênis alto e meu boné da DC. Meus cabelos loiros-platinados estavam escorridos pelos meus ombros e eu decido passar apenas um rímel para dar um toque volumoso aos meus olhos azuis. Pego minha bolsa, o mapa, o papel que dizia a sala de cada aula que eu tinha e saio do apartamento às pressas. Tudo bem, eu tenho exatamente 10 minutos para chegar na minha primeira aula que é de... Cálculo. Ótimo. Cálculo logo na primeira. 

Bufo enquanto entro no elevador. 

Tudo bem, tenho que manter a calma, vai dar tudo certo. O elevador para no sexto andar e um garoto com os cabelos pretos, olhos castanhos, alto e atrapalhado entra tropeçando nós próprios pés. Não consigo conter uma risada e ele percebe, ficando vermelho como um pimentão. Coitado, Clara. 

- Você está bem? - pergunto com a mão na frente da boca pra esconder meu sorriso. O garoto faz que sim com a cabeça e começa a pegar algum papel todo amassado do bolso.

- Você precisa de ajuda? - pergunto apesar de não saber muito sobre o campus já que sou nova aqui, mas ele parecia estar pior que eu. O moreno encontra meus olhos por um segundo e desvia o olhar nervoso para o papel em suas mãos.

- Sou novo aqui. Estou perdido. - então somos dois. 

- Eu também. Que bom que estamos perdidos juntos, então. - rimos 

- Qual a sua primeira aula? - pergunto

- Cálculo. 

- Ah, então você está com sorte. Minha primeira aula também é cálculo. - sorrimos um pro outro

Demoramos para encontrar a sala de cálculo, mas quando entramos, a professora nos recebe com uma cara antipatica de poucos amigos, acabamos sentando no fundão e para minha sorte ( ou azar ) a garota que me recebeu também estava aqui e a que pegou o elevador comigo também. 

Reviro os olhos.

Que merda. 

aula passou se arrastando, assim como todas as outras. Tentei prestar atenção ao máximo no que os professores falavam, fiz varias anotações, copiei tudo que eles escreviam no quadro... Preciso tirar notas boas, preciso me focar nos estudos daqui pra frente. Quando a última aula acabou, um garoto loiro e mais dois morenos entram na sala fazendo festa e gritando "WELCOME" bem alto. O loiro olha para todos na sala e bate uma mão na outra antes de sorrir para falar. 

- Bom, como todos os alunos antigos daqui, sabem... Sou Brad e sempre organizo uma festa para os novatos todos os inícios do ano. - ele faz uma pausa para trocar olhares com seus amigos. - Todos estão convidados. - festa? No primeiro dia? Troco olhares com Hanna, que sorria alegremente para mim e suspiro. Acho que vou ter que ir. Como ninguém estava tomando iniciativa para sair da sala, recolho meus materiais e começo a deixar a sala, mas recebi alguns olhares curiosos.

- Você não vai ir na festa? - pergunta um dos morenos que estava na frente da sala com o loiro anunciando a tal festa. Viro-me para ele e ergo uma sobrancelha.

- Creio que não sei. - respondo, curta e grossa. Aquele garoto estava com uma cara de quem estava prestes a fazer alguma piadinha e eu estava louca para dar uma resposta para ele, mas então Hanna levanta e se põe ao meu lado.

- Claro que ela vai. Vou levá-la comigo. - olho para Hanna com cara feia e cedo, relaxando os ombros e soltando um suspiro. O moreno sorri e volta a olhar para a turma. 

Saímos da sala e começamos a andar rumo aos prédios do campus, a única coisa que eu queria era chegar e me esticar sob a cama. Já era noite e eu estava exausta, cheguei de viagem hoje mesmo, tive aula até agora e eu pareço um zumbi. Não vou ter humor para ir em uma festa estupida.  

- Você tem fantasia? - Hanna pergunta com um tom esperançoso na voz, mas quando faço que não seu sorriso se desfaz.

- Isto é um problema. 

- Olha Hana, não quero ser antipática, nem nada... Mas eu não sei se vou. Estou exausta. Cheguei hoje mesmo de viagem e não tive tempo de descansar. - Hanna me olha, analisando minha expressão facial em busca de alguma graça, mas quando viu que eu estava falando bem sério, encara o chão. 

- Entendo... Mas, só para avisar, você não ir nesta festa, é um suicidio social. - bufo e paro de caminhar, fazendo a garota se assusta e para também para ficar me olhando, sensabor o que dizer.

- Eu vou. Mas eu vou pois realmente acho que preciso fazer algumas amizades... Não porque me importo com o que vão dizer de mim. - a garota abre um sorriso e concorda com a cabeça. 

- Estamos perto do mall center. Podemos passar ali para comprar uma fantasia para você. - reviro os olhos e faço que sim .

Nao havia tantas opções de fantasias disponíveis pois muitas garotas já tinham passado aqui para obterem as suas, eu era uma das últimas clientes por hoje. Quando se trata de "festa a fantasia", as garotas se vestem o mais putas possíveis, e nesta loja não tinha muitas fantasias diferentes... Hanna estava me enchendo o saco para eu experimentar a fantasia de Pocahontas, que é um cropped beje, uma saia curta da mesma cor e uma bota de salto ( imagem anexada no final )  decidi experimentar a fantasia. 

Me olho no espelho e me espanto pois eu realmente tinha ficado legal. Saio do provador e no momento que Hanna pousa os olhos em mim, logo arregala os olhos e sorri, vitoriosa. Eu gostei bastante, tirando o fato de que a saia é bem curta e eu não me sentia muito à vontade. 

- Você está maravilhosa! - ela me alcança um arco e flecha de brinquedo e eu faço uma pose engraçada. Hanna ri. 

- Vou com esta, então.

-------x------

Hanna me obrigou a eu ir me arrumar na casa dela, já que íamos juntas pra festa e eu não sabia onde era. Eu estava pronta, tinha colocado a fantasia, tinha feito uma escova em meus cabelos, para deixar eles soltos, passei um rímel, um batom escuro, tinha colocado um brinco de pena que Hanna me obrigou a estava esperando por ela sentada no sofá fofo que ela tinha na sala. 

- Hanna, acho que vamos chegar atrasadas! - grito no momento que ela sai do quarto vestida de policial ( foto anexada no final ). Ela estava bonita e permanecia com seu ar de "nerd". Bato palmas em aprovação e ela faz uma reverência, o que me faz rir.

- Vamos? - pergunta

- Vamos. 

--------x-------

Fomos a pé até uma parte do estacionamento perto do prédio dela, e ali já haviam algumas pessoas fantasiadas bebendo e rindo. A música podia ser ouvida daqui e eu me perguntava o que eu estava fazendo ali. Mas agora era tarde demais, eu não podia voltar para casa. 

Entramos dentro de um salão de festas, que mais parecia um palácio e várias pessoas dançavam alegremente com seus copos de bebida na mão. O som estava muito alto aqui dentro e eu podia jurar que ia ficar surda. Hanna me conduz até um canto do salão onde estavam algumas mesas que tinham enfeites dizendo "WELCOME" e que realmente me deixaram feliz por saber que tinham pessoas legais nesta faculdade, onde faziam festas assim para novatos terem a oportunidade de se introzarem com alguém. Sento-me e recebo um olhar de desaprovação.

Dou de ombros.

Não estou acostumada a andar de saltos e este que estou usando são extremamente altos para mim. Meus pés já estavam doendo e eu nem tinha dançado ainda. Hanna se aproxima de mim e cochicha no meu ouvido. 

- Vou pegar uma bebida, quer alguma coisa? 

- Quero algo com álcool. 

- Um martini?

- Tem cerveja?

- Tem. - ela faz uma careta quando eu peço cerveja, mas não fala nada. Ela me deixa sozinha na mesa enquanto ia pegar as bebidas. 

- Você veio. - ouço uma voz masculina tentando falar mais alto que o som. Viro meu corpo na cadeira e encaro o menino que mora no mesmo prédio que eu, o moreninho atrapalhado. Ele estava fantasiado de... Na verdade eu não sei dizer de que que ele estava fantasiado. Usava apenas um terno preto. 

- Sim. Uma conhecida falou que seria suicídio social perder está festa. - dou uma risada e dou de ombros - que bom que você veio também. - o garoto faz que sim com a cabeça e senta ao meu lado.

- Não vou muito à festas mas... Esta me pareceu interessante. - ele faz uma pausa para passar os olhos sob as pessoas que dançavam na pista. - Nunca perguntei seu nome. 

- Meu nome é Clara, mas os americanos me chamam de Claire. - ele sorri e estende a mão. 

- Sou Freddie. Prazer em conhecê-la, Claire. - aperto a mão dele e recebo um cutucão nas costas, era Hanna com uma cerveja e uma taça na mão.

- Hanna, este é o Freddie. Freddie, esta é a Hanna. - pego a cerveja da mão dela e tomo um gole direto no bico. 

- Quer dançar Claire? - faço que não com a cabeça e observo Freddie se levantar e pedir a mão de Hanna, que a aceita um pouco envergonhada. Os dois vão para a pista e novamente me deixam sozinha. Pego minha cerveja e começo a caminhar até os fundos do salão, onde eu encontro uma porta, que eu não penso duas vezes antes de atravessar. Sai em um pequeno local ao ar livre onde tinha uma churrasqueira elétrica e um banco. O tal de Brad e seus amigos estavam conversando e bebendo ali. Eles me encaram, me olhando de cima a baixo, antes de sorrirem, me deixando um pouco sem jeito.

- É melhor eu voltar. - digo

- Não, capaz. Fique. - diz um dos morenos ao se levantar para se aproximar de mim. Ele parecia embriagado. 

- Não quero atrapalhar o "bromence" de vocês. - viro me para voltar para dentro e meu braço é segurado com força. 

- Fique, não está atrapalhando coisa nenhuma. - olho para a mão que me segurava e olho para a cara do garoto. Ele sem duvidas está embriagado. Tento puxar meu braço, mas ele o aperta mais ainda. Qual o problema deste cara? 

- Vou contar até 5 para você me soltar. - digo, tentando permanecer a calma. O garoto sorri e me puxa para perto dele, fazendo meu corpo se chocar contra seu tórax. 

- Eu adoro quando vocês se fazem de difíceis, mas não precisa mentir, eu sei que você me achou gostoso. Sei que me quer. - faço uma careta e caio na risada. Este cara tem alguns problemas com autoestima elevada. Paro de rir e finalmente percebi o olhar mortífero que ele estava me lançando, mas eu prefiro permanecer com uma pose de superior e não me deixar amedrontar. 

- Um....Dois... Três.... Quatro.... - ele não queria me soltar, então sou obrigada a pegar seu braço com minha mão livre e fazer um movimento circular, indo parar atrás do corpo dele com sua mão torcida junto comigo. - Cinco. - finalmente o loiro levanta do banco e se aproxima de nós com as mãos erguidas na frente do corpo.

- Ei, ei, ei, Pocahontas... Tenha calma. Ele está bebado. - o loiro encosta na minha mão e me lança um olhar pidão, para que eu soltasse seu amigo. Hesito um pouco mas por fim, o solto. 

- Mantenha ele longe de mim. - digo e me sento na ponta de uma lata de lixo que estava perto da churrasqueira. Bebo mais alguns goles da minha cerveja e ouço o barulho da porta abrir e se fechar, provavelmente os babacas estavam levando o amigo para dentro do salão. Eu não deveria ter vindo. Não sei fazer amizades e... A primeira pessoa que se aproxima de mim aqui, leva um braço torcido. Rio comigo mesma e tomo mais um gole. 

Ouço a porta se abrir e fechar novamente, então o loiro fica ao meu lado olhando para o horizonte do campus com sua cerveja na mão. O que ele está fazendo aqui? Tento não encara-lo e fixo meu olhar em um poste de luz ali perto. 

- Não está gostando da festa? - pergunta

- Não muito. - respondo depois de um tempo. 

- Eu também não. - eu o olho e ergo uma sobrancelha. Como ele pode não gostar da própria festa? 

- Só faço essas festas porque Lisha me obriga. - ele toma um gole da cerveja. - Eu não me importo com estas coisas, apesar de serem bacanas para novatas como você se introzarem com alguém. - ele ri - apesar de que você não parece ser uma pessoa que está buscando amizades. Sabe, torcendo o braço das pessoas não vai ajudar você a conseguir um namorado. - passou dos limites bonitão. Passou dos limites. 

- Quem disse que eu quero um namorado? 

- Você não quer? 

- Olha, eu nem sei porque estou conversando com você. - levanto e começo a rumar para dentro do salão e antes de entrar, ouço a voz de Bred

- Desculpa pelo meu amigo antes, ele não é assim. 


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...