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História Life with a Dog - Capítulo Único Life With The Dog


Escrita por: Rosicky

Notas do Autor


Heeey, primeiramente, pra quem não me conhece, HELLO IT'S ME, NIRVI, escrevo uma fic a cada mil anos ahskjakjsk e segundamente, me desculpem PQ EU SÓ ESCREVO ESSAS COISAS FOFINHAS QUE UGHHH ;---; espero que gostem ♥ faz mto tempo que não escrevo, então estou um pouco nervosa ;-; SOU APAIXONADA POR ESSE SHIPP, quem tiver fic deles podem mandar que leio, comento, favorito, morro ajhksjak ♥ THAT'S ALL FOLKS! Desculpem os erros, XD

Capítulo 1 - Capítulo Único Life With The Dog


Fanfic / Fanfiction Life with a Dog - Capítulo Único Life With The Dog

    Matt não tinha certeza de quando começou, mas Frank e ele haviam ficado muito próximos um do outro, e por mais que ele não quisesse admitir, ele gostava da presença de Frank. Quando eles lutavam lado a lado, ou quando um ajudava o outro com suas feridas, Matt era realmente grato que Frank havia aparecido em sua vida. Apesar de todos falaram que Frank não passava do grande e mau Justiceiro, Matt conseguia "ver" através disso. Uma prova disso, era Frank esforçando-se para matar menos pessoas desde que ele e Matt começaram a ficar juntos. Claro, Frank ainda matava, era difícil segurar seus impulsos de justiceiro, mas ele tentava, apenas por Matt.

     Frank estava em seu apartamento limpando algumas armas; ele não via Matt a quatro dias, normalmente ele estaria preocupado, mas como Matt disse que estaria ocupado com um caso essa semana, ele estava mais relaxado. Porém, alguma coisa continuava coçando em sua mente, como se algo estivesse errado. 

    Estava chovendo forte e já passava das 3h da noite, quando batidas na porta alertaram Frank. Ele rapidamente pegou sua arma, marchando em direção a porta. A única pessoa que sabia onde ele morava era Matt.

    — Frank, sou eu. — Matt sussurrou cansado, o bastardo provavelmente estava escutando os batimentos cardíacos de Frank novamente.

    Frank enfiou a arma na cintura, abrindo a porta para um Matt encharcado, sujo de sangue, com um dos lábios cortados, uma contusão vermelha na bochecha, e sem seu traje de Demolidor. 

    — Que porra aconteceu com você, Red— Frank rosnou, puxando o menor para dentro, não antes de verificar os corredores do prédio.

    — Nada de mais, Frank. — Matt respondeu, removendo seus sapatos e sentando no sofá velho do maior.  Três caras atacaram um dos meus clientes, por sorte eu estava por perto. Ele está seguro agora com a polícia. 

    — O que é isso? — Frank arqueou as sobrancelhas, apontando para um pacote embrulhado no blazer de Matt.

    — E-eu achei ele no caminho... — Matt esfregou o pescoço, relevando um filhote cinza de cachorro em seu colo, tão molhado quanto Matt.

    Os olhos de Frank ampliaram com a visão do pequeno filhote encolhido entre as pernas do menor. Matt sentiu os batimentos de Frank alterando-se e começou a tentar se explicar.

    — E-ele estava sozinho, Frank. Estava chovendo muito e e-eu, eu pensei que talvez... Ele é só um filhote. — Matt sussurrou, esfregando seu casaco sobre o filhote, que soltou um choro baixinho.

    — Que droga, Red. — Frank resmungou, retirando sua camiseta e embrulhando o cachorro. — Quem abandona filhotes na rua? Quem consegue ser tão ruim a esse ponto? — Frank rosnou, e Matt conseguia sentir a raiva dele borbulhando. 

    Frank segurou o filhote com seus braços fortes, enquanto sussurrava palavras suaves para ele. Matt sorriu, tremendo de frio; ele tinha entendido totalmente errado as alterações dos batimentos de Frank, e ele estava feliz por isso. 

    — Pare de sorrir como um idiota e vá tomar um banho. — Frank bufou, notando o quanto Matt tremia, encharcando seu sofá, não que ele realmente se importasse.

    — Vou pegar algumas roupas secas e uma toalha. — Frank resmungou, ainda com o filhote entre os braços.

    Matt sorriu ainda maior, retirando suas roupas e marchando em direção ao banheiro de Frank.

 

 

      [...]

 

      Depois de devidamente seco e alimentado, Frank arrumou o filhote em um travesseiro sob o sofá, cobrindo-o com uma coberta. 

     — Frank...? — Matt chamou, limpo e vestido com um par de calças de moletom. 

     — Você está sangrando, Red. 

     — Será que você poderia... você sabe. — Matt murmurou, torcendo a camisa que Frank havia emprestado.

     — Vamos lá, sente aqui. — Frank puxou Matt para o sofá, com o kit em mãos.

     Havia tornado-se um hábito comum entre eles após as lutas, um costurar o outro. Frank nunca iria admitir, mas ele gostava de verificar os ferimentos de Matt, ouvir seu coração batendo, sentir que ele estava realmente vivo. Frank bufou com o pensamento, começando a costurar um corte no ombro de Matt, não muito fundo, provavelmente de faca.

     — Você está tremendo, Red. — Frank falou, tocando o peito do menor com a ponta dos dedos, traçando um cicatriz antiga, fazendo Matt arrepiar-se com o contato. 

     O corpo de Matt ainda estava frio, apesar de suas bochechas estarem vermelhas. Ele provavelmente estava ficando doente de toda a chuva que tomou. Frank levantou-se, jogando a camisa limpa em Matt, indo em direção a cozinha buscar um pouco de café quente. A última coisa que ele queria era lidar com um Demolidor com pneumonia esgueirando-se pelos telhados de Hell's Kitchen.

    — Obrigado. — Matt murmurou pegando a caneca com um sorriso. 

    — Tome e vá descansar um pouco. 

    — Mas, Frank... 

    — Nada de mas, Murdock. Dormir vai fazer bem a você. — Frank resmungou, pegando sua própria caneca.

    — Okay. — Matt respondeu, ele sabia que tentar discutir com Frank era idiotice, e fazia um bom tempo desde que ele havia dormido um pouco.

    Matt terminou seu café e aconchegou-se no sofá velho de Frank, pronto para tentar descansar um pouco. 

    — Cama, Red. Tem cobertores lá. 

    Matt resmungou alguma coisa e moveu-se para a cama de Frank, seu corpo estava tão cansado, ele não tinha forças para argumentar. O travesseiro de Frank tinha exatamente o mesmo cheiro que ele, pólvora, café e provavelmente suor; era estranhamente aconchegante para Matt. Ele fechou os olhos e adormeceu em pouco tempo.

 

    [...]

 

    Quando Matt acordou, parecia que seu corpo inteiro estava dormente. Ele sentiu o sol batendo em seu rosto, o que significava que já era tarde. Ele não lembrava-se de quando ele dormiu tanto, e tão bem assim.

    — Bom dia, raio de sol. — A voz grossa de Frank despertou Matt de seu último vestígio de sono.

    — Bom dia, Frank. Por que você não me acordou antes? — Matt murmurou com um bocejo, sentindo um cheiro bom no ar.

    — Achei que você precisava dormir um pouco. — Frank respondeu, terminando de fritar alguns ovos.

    — Você me fez café-da-manhã? — Matt exclamou surpreso, sentando na cama sentindo algo pequeno subindo na cama e lambendo seu rosto. — Ei, amiguinho.

    — Enquanto você estava aí babando, eu fui comprar algumas coisas e levei Max para passear. Então, trate de sentar a bunda aqui e comer. — Frank rosnou, tomando um gole de café.

    Matt automaticamente levou a mão à boca, limpando com as costas da mão. Jesus, o Demolidor babando na cama do Justiceiro, quem acreditaria nisso?

    — Max? — Matt sorriu, ganhando um latido contente do filhote.

    — Algo contra? Eu vou ficar com ele.  — Frank bufou, cruzando os braços sobre o peito, como um pai orgulhoso.

    — É um ótimo nome, Frank. — Matt riu um pouco, levantando-se com Max e indo em direção a Frank.

     Matt colocou o cachorro nos braços de Frank, sentando-se na pequena mesa de Frank, começando a devorar seus ovos com bacon. Frank grunhiu uma risada presunçosa, puxando uma cadeira ao lado do menor.

    — Jesus, Red. Você não come faz quantos dias? — Frank riu, e Matt deu de ombros, muito preocupado em comer.

    Eles permaneceram em silêncio, Matt comendo, Frank tomando seu café enquanto Max mordia seus dedos alegremente. Tudo estava tão calmo, que eles quase podiam esquecer que eram vigilantes noturnos, arriscando suas vidas toda noite. Era como se eles fossem normais, vivendo suas vidas pacificamente. 

    Matt terminou seu prato, soltando um suspiro satisfeito. Frank estava certo, fazia dois dias desde Matt tinha realmente comido algo, ele estava tão ocupado com seus deveres de advogado e vigilante, que mal tinha tempo para alimentar-se.

    — Sabe, eu tentei recuperar seu antigo cachorro com a policia, mas eles me disseram que ele foi adotado para ser um cão policial. — Matt falou sorrindo, ouvindo um bufo de Frank.

    —  Eu sinto falta dele. Ele nem era realmente meu, mas eu gostava daquele bundão. — Frank bufou, mas Matt sabia que eles estava escondendo um sorriso. 

 

   [...]

 

    — Você nunca teve um cão guia, Red? — Frank arqueou um sobrancelha, acariciando as orelhas de Max distraidamente. 

   Eles tinham acabado de voltar de mais uma vigília, por sorte, nenhum dos dois estava gravemente ferido, apenas alguns cortes. Matt queria checar como Max estava indo, como ele sempre fazia desde o dia que ele resgatou-o. Max estava crescendo grande e saudável; assim que eles entraram Max correu alegre, latindo e mordendo suas botas.

    — Eu nunca precisei de um, Frank. — Matt respondeu tirando seu capacete, sentando-se ao lado de Frank no pequeno sofá.

    — Qual é, Red. Cães são os melhores. Você deveria ter um, só por ser um cachorro. — Frank resmungou, colocando Max no colo de Matt, apertando uma toalha molhada na bochecha ferida do menor.

    — Eu não acho que eu conseguiria cuidar de um sozinho, de qualquer maneira. — Matt deu de ombros, grunhindo com o ador em seu rosto.

     — Você já teve algum antes, Frank? — Matt perguntou, pegando a toalha do maior e apertando em sua mão ensanguentada.

     — Quando eu era criança. Era praticamente igual o Max, talvez mais escuro. Cara, eu amava aquele cachorro. — Frank suspirou com um sorriso. — Minha mãe ficava louca com ele, dormindo na minha cama e comendo os móveis. Ele era meu melhor amigo.

     Matt sorriu em silêncio. Frank não costumava falar sobre seu passado, principalmente por causa de sua família. Matt sabia que ele nunca iria esquecer, mas ele evitava falar. Mas, ouvir Frank falando sobre seu antigo cachorro trazia um calor no peito de Matt. 

     Matt acabou dormindo no sofá com Max em seu peito, enquanto Frank costurava um buraco de bala em seu casaco e ouvia seu rádio frequência da policia. 

 

    [...]

 

 

    — Red, precisamos levar Max ao veterinário. Acho que ele pode ter comido um projétil agora a pouco. — Frank suspirou aflito, pegando o cachorro nos braços.

    — Jesus! Eu conheço um aqui perto, vamos logo. — Matt empurrou um boné na cabeça de Frank e os dois saíram do apartamento.

    Matt havia ido até lá para discutir sobre um caso que eles estavam trabalhando juntos, mas assim que ele entrou no andar de Frank ele sabia que algo estava errado. Os batimentos de Frank estavam muito acelerados e ele andava em círculos. 

    Apesar de toda a preocupação de Frank, Max parecia o mesmo, lambendo alegremente o rosto de Frank durante todo o caminho. 

    — É aqui, chegamos. — Matt recolheu sua bengala, segurando no braço de Frank.

    O consultório estava quase vazio, com exceção de uma mulher com seu chihuahua e um garoto com seu gato. Max começou a resmungar e latir quando viu o gato, fazendo Frank contorcer-se para mantê-lo em seus braços. 

    — Vamos logo, Matt. — Frank resmungou, acariciando as orelhas de Max, tentando acalmá-lo.

    Matt andou até a atendente, explicando que era uma emergência e que eles estavam muito preocupados com seu filhote. Logo, a veterinária apareceu, era uma senhora de mais ou menos 60 anos, ela os levou para uma sala para tirarem um raio-x de Max.

     — O que você disse que ele pode ter ingerido? — Ela perguntou, preenchendo os dados de Matt, enquanto sua auxiliar ligava uma máquina.

     — Um projét...

     — Um pedaço de metal. — Matt apertou o braço de Frank com força, ajeitando seus óculos sob o nariz.

     — Por um momento, eu achei que iria dizer que ele ingeriu um projétil. — A veterinária riu, e Frank lançou um olhar furioso para Matt.

     — Bom, vocês tem que ficar do lado de fora durante o exame. Vamos cuidar bem do nosso amiguinho. — A auxiliar pegou Max dos braços relutantes de Frank, fazendo-o soltar uma espécie de grunhido descontente.

     Por sorte, Matt estava ali, ele arrastou Frank para fora da sala, voltando para a recepção, sentando-se em um dos bancos. 

     — Frank, vai ficar tudo bem. Eu acho que ele nem comeu nada... — Matt sussurrou para o maior, mas ele podia sentir como Frank estava tenso, como seu coração batia acelerado e seus punhos estavam fechados bem apertados.

     — Se algo acontecer a ele, Red. Eu não sei... — Frank respirou fundo, esfregando a mão entre os fios de seu cabelo.

     — Nada vai acontecer, Frank. Max vai ficar bem. — Matt suspirou, apertando uma mão reconfortante na coxa de Frank.

     Frank não disse mais nada, Matt sabia que ele estava culpando a si mesmo pelo ocorrido. Frank havia perdido sua família, e agora ele achava que iria perder seu cachorrinho. Matt estava começando a ficar seriamente preocupado, quando a auxiliar da veterinária chamou seu nome.

    — Sr. Murdock, venha comigo.

    Frank levantou-se em um pulo, fazendo Matt seguir o exemplo. Os dois caminharam pelo corredor em direção a última sala. Matt conseguia ouvir como o coração de Frank batia acelerado (igual o seu próprio), soando como marteladas nos ouvidos de Matt. 

    — Vai ficar tudo bem, Frank. — Matt falou baixinho, agarrando uma das mãos de Frank. 

    Frank resmungou alguma coisa, apertando a mão de Matt mais forte quando eles entraram na sala.

    — Bom, fizemos o exame e aparece que Max não comeu nada demais. É normal filhotes colocarem coisas na boca, depois cuspirem em algum lugar, mas sem ingerir. — A veterinária falou com um sorriso, acariciando a cabeça do filhote.

     Matt e Frank suspiram de alívio em uníssono, fazendo a veterinária rir. 

    — Você tem certeza? 

    — Sim, sim. Mas, qualquer coisa não exitem trazê-lo aqui. Sabe como são os filhotes. — Ela sorriu, sentando-se atrás de um computador, começando a digitar.

    Matt não tinha reparado, mas Frank continuava a segurar sua mão mesmo depois de tudo. A auxiliar da médica parecia encantada com o fato, não tirando os olhos dos dois. Matt fingiu uma tosse, tentando soltar sua mão, mas Frank bufou divertido, entrelaçando seus dedos juntos. Matt conseguia sentir suas bochechas esquentando, enquanto Frank sorria de lado.

    A veterinária falou sobre a vacinação de Max, e que eles deveriam voltar daqui a um tempo, mas Matt não conseguia concentrar-se mais, não com a mão quente de Frank pressionada firmemente contra a palma da sua. Quando a veterinária devolveu Max para Frank, Matt quase suspirou aliviado pelo maior soltar sua mão. 

    — Qualquer coisa, podem ligar para o consultório. — A veterinária empurrou um cartão na mão de Matt, enquanto Frank estava muito ocupado beijando a cabeça de Max e recebendo lambidas.

    — Okay, obrigado. — Matt sorriu, guardando o cartão e saindo com Frank e Max. 

    — Vamos embora, Max. — Matt inclinou-se beijando o nariz gelado do cachorro, rasgando um sorriso no rosto de Frank. 

    Matt corou andando até a recepcionista para pagar a consulta. Frank parou poucos centímetro atrás, ainda mimando Max. 

    — Esse cãozinho tem sorte, a maioria das pessoas não gosta dessa raça. — A recepcionista comentou assinando alguns papéis. — Fico feliz que você e seu marido tenham adotado ele. — Ela completou sorrindo.

    — N-nós não somos casados. — Matt gaguejou corando, primeiro a auxiliar e agora a recepcionista.

    — Oh, desculpa. Eu achei...

    — Vamos logo, Red. — Frank bufou, arrastando o menor antes dele conseguir explicar-se.

    A cabeça de Matt estava girando, as mulheres do consultório acharam que ele e Frank eram casados ou algo do tipo. O Justiceiro e o Demolidor, casados. Matt balançou a cabeça, ele admitia que passar todo esse tempo junto de Frank aproximou os dois, ainda mais com Max, mas qual era a relação deles? Matt gostava de Frank, mais do que ele admitiria, ele sentia-se seguro com Frank, e os dois entendiam-se, apesar de tudo. Mas e quanto a Frank? Matt tinha segurado a mão de Frank por um reflexo, mas Frank não empurrou-o longe nem nada. E quando eles entrelaçaram os dedos, Matt não podia negar que ele sentiu alguma coisa. 

     Ele precisava de tempo para pensar.

     Eles estavam no meio do caminho para o apartamento de Frank, quando Matt parou e Frank automaticamente parou junto.

     — E-eu lembrei que preciso falar com Foggy. Vejo você por aí. — Matt mentiu, beijando o nariz de Max antes de dar meia volta e praticamente sair correndo para longe de Frank.

     Frank enrugou a testa, gritando um "Vejo você por aí, Red" antes de continuar seu caminho.

     Matt voltou para seu apartamento e não viu Frank por uma semana, nem mesmo durante suas vigílias noturnas.

 

 

    

    [...]

    

    Quando Matt encontrou Frank novamente, ele estava sangrando em seu telhado. Não era uma coisa rara de acontecer, mas o estômago de Matt afundou quando ele ouviu o grunhido de dor de Frank.

    — Droga, você está sangrando, Frank.

    — Me conte uma novidade. — Frank bufou, apertando suas mãos sobre o sangramento, um corte profundo de espada.

    Matt bufou com raiva, puxando um dos braços de Frank sobre seus ombros, indo em direção ao seu apartamento. Os malditos ninjas de Nobu haviam fugido e Matt não podia importar-se menos no momento. 

    Matt manobrou Frank para dentro de seu apartamento, até seu sofá, imaginando a trilha de sangue que haveria depois para limpar. 

    — Precisamos ir a um hospital. — Matt jogou seu capacete longe, procurando por seu celular.

    — Não. Você sabe dar pontos? — Frank grunhiu, tentando ajustar-se em uma posição melhor.

    — Sim, mas você precisa de cuidados de um profissional. 

    — Só faça o que você sabe, Red. Eu já sofri coisas piores. 

    Matt sabia que era verdade, e não adiantava discutir com Frank Castle, ele era mais teimoso que uma mula. 

    — Okay. Tire seu casaco e sua camiseta, eu vou buscar algumas coisas. 

    Frank murmurou em concordância, tirando suas roupas com alguma dificuldade, enquanto Matt buscava seu kit médico, toalhas e uma bacia com água.

     — Você já fez isso? — Frank rosnou, enquanto Matt abaixava-se em sua frente, apertando uma toalha no corte, tentando parar o sangramento.

     — Não zombe de mim, Castle. — Matt bufou, apertando com mais força o corte no abdômen do maior.

     — Jesus Cristo, Red! — Frank cerrou os dentes de dor, socando o braço do sofá.

     — Não me trate como se eu fosse um inútil! — Matt rosnou com raiva, tirando suas luvas de Demolidor cobertas de sangue.

     — Eu não estava!

     — Por Cristo, cale a boca, Castle! — Matt gritou enfurecido. — Eu estou tentando te ajudar! Mostre um pouco de gratidão e fique quieto.

     Frank soltou um resmungo baixo, decidindo calar-se. Matt estava certo, ele deveria parar de ser um bastardo o tempo todo, Matt sempre tentava ajudá-lo.

    Em pouco tempo, o corte de Frank parou de sangrar tanto e Matt decidiu que era hora de começar a dar os pontos. Assim que Matt enfiou a agulha, Frank gemeu de dor segurando o impulso de mover-se para longe enquanto Matt fazia os pontos.

     — Desculpe. — Matt murmurou, dessa vez mais suave, continuando a costurar a ferida.

     Não demorou muito para Matt terminar os pontos de Frank. Ele passou as mãos pelo tronco do maior procurando por cortes que precisavam de pontos, mas tudo parecia no lugar. Frank era forte e quente embaixo das palmas de Matt, com várias cicatrizes antigas, igual a si mesmo. Ele corou afastando-se quando notou que Frank estava encarando-o fixamente.

     — Aqui, tome esses remédios. — Matt levantou-se sem jeito, indo até a cozinha e depois empurrando os comprimidos nas mãos de Frank junto de um copo.

    Frank resmungou alguma coisa sobre "não precisar de nenhuma merda de remédio", mas os enfiou na boca de qualquer forma, batendo o copo na mesa da sala.

     — Você estava me evitando. — Frank soltou simplesmente, fazendo o menor corar ainda mais. 

     — N-não. E-eu só estava meio ocupado essa semana. — Matt gaguejou, pegando o copo e voltando para a cozinha.

     — Max ficou esperando por você. — Frank bufou uma risada, passando a mão pelos pontos recentes.

     Matt riu da cozinha com o pensamento do filhote alegre, ele pegou alguns comprimidos e tomou, na esperança de ajudar suas prováveis dores de corpo no dia seguinte.

     — Eu ia ir, mas... Onde você pensa que vai, Frank?! — Matt exclamou, voltando para a sala e empurrando Frank de volta para o sofá.

     — Eu preciso voltar. Tenho que continuar o serviço amanhã. — Frank levantou-se novamente, pegando seu casaco.

     — Não, você precisa descansar pelo menos um dia. — Matt tirou o casaco das mãos de Frank, decidindo não empurrá-lo novamente, seus pontos poderiam abrir.

     — Max deve estar devorando a mesa da sala, eu preciso ir ver ele. — Frank bufou, cruzando os braços sobre o peito, em frente do menor.

     — Eu vou buscá-lo. — Matt suspirou, sentindo Frank relaxar sua postura um pouco. — Fique aqui e descanse um pouco. Vai ser bom para Max sair daquele buraco. 

     Frank soltou uma espécie de riso irônico, deitando-se no sofá de Matt. O corte doía com o inferno, e os remédios provavelmente iriam causar sono, ele não tinha muito o que discutir com Matt, ele estava certo, de novo. 

    Matt sumiu em seu quarto e depois reapareceu sem seu traje, vestindo suas roupas normais e seus óculos. 

    — Ei, Red. — Frank murmurou baixinho, mas Matt com seus super sentidos podia facilmente ouvir. — Obrigado.

    Matt congelou no lugar, com suas chaves na fechadura. Frank Castle, o Justiceiro, estava realmente agradecendo-o?

    — Você sabe, por me ajudar e tudo mais. — Frank continuou, mais baixo, como se estive contanto um segredo. — Desculpe, eu estava sendo um idiota e eu nunca achei que você era inútil. 

     Matt riu, agora Frank estava desculpando-se? Frank não pedia desculpas nem depois de matar várias pessoas. E agora ele estava pedindo, por ser "idiota" com Matt? 

     — Está tudo bem. Você quer alguma coisa de lá? 

     — Não, só meu cachorro.

     — Nosso cachorro. — Matt bufou, saindo do apartamento.

     Ele estava culpando os remédios e a perda de sangue pelo comportamento estranho de Frank.

     Frank riu alto, acomodando-se melhor no sofá. Ele queria continuar de guarda, mas seus olhos estavam fechando sozinhos, então ele acabou adormecendo. 

 

      Quando Frank acordou, Matt estava dormindo encolhido na poltrona da frente, com Max em seu peito.

 

     [...]

 

      

      Após aquela noite, Frank e Max passavam mais tempo no apartamento de Matt, do que fora dele. E Matt não podia negar, quando eles não estavam, ele arrumava alguma desculpa esfarrapada para ir até o apartamento de Frank. Era estranho, mas Matt sentia-se mais protegido com Frank (não que ele precisasse de proteção), enquanto Matt dormia com Max, Frank ficava de vigia, e vice-versa. Eles formavam uma boa dupla, apesar de todas as discordâncias.

     Matt sentia que alguma coisa na relação entre ele e Frank havia mudado nesse tempo. Frank continuava exatamente o mesmo para todos, menos para Matt. Ele gostava de irritar Matt, deixando-o constrangido sempre que possível. Matt não importava-se muito, afinal ele gostava do sorriso estúpido que Frank dava sempre que ele conseguia envergonhá-lo. Mas a maior diferença era durantes suas lutas, Frank não iria deixar ninguém armado aproximar-se muito de Matt. Ele não entendia muito o porque (afinal ele podia muito bem cuidar de si mesmo), até um dia que eles estavam lutando e um cara apontou uma arma na cabeça de Matt.

    O Demolidor não havia conseguido ouvir o barulho da arma, mas o Justiceiro sim, e ele atirou na cabeça do cara sem pensar duas vezes.

    — Frank! Não atire! — Matt gritou, mas era tarde demais e Frank havia matado os outros três caras com um tiro certeiro na cabeça.

    — Jesus Cristo, Frank! — Matt levou as mãos a cabeça horrorizado. Ele andou em direção ao maior, pronto para começar seu discurso de como a justiça deve decidir e não eles.

    — Frank, eu disse pra não atirar! — Matt gritou agarrando o casaco de Frank entre os dedos.

  Frank ignorou os empurrões do menor, retirando o capacete de Demolidor do rosto de Matt e puxando-o pela base do crânio até que seus lábios estavam unidos em um beijo desajeitado. Matt congelou no lugar, seus dedos largando o casaco de Frank lentamente. Frank soltou um pequeno bufo tentando afastar-se, mas Matt voltou a realidade, capturando o lábio inferior de Frank entre os seus, segurando as bochechas de Frank entre as mãos. Matt queria beijar Frank a muito tempo, mas ele nunca achou que seria assim.

    O beijo durou somente alguns segundos, antes de Frank quebrá-lo e encostar a testa no ombro do menor, soltando um suspiro profundo. 

     — Ele poderia ter te matado, Red. Você podia estar morto, agora, bem aqui. — Frank sussurrou rouco próxima a orelha de Matt. 

     — Eu consigo cuidar de mim mesmo, Frank...

     — Eu sei. Mas eu não posso deixar nada acontecer a você, Matt. Eu não posso perder você, nem o Max.  — Frank murmurou, envolvendo um braço na cintura de Matt.

    Matt conseguia sentir a angústia na voz de Frank em cogitar perder mais alguém. Seu peito doía ao saber disso, Frank não tinha mais ninguém além de Matt e Max.

     — Nada vai nos acontecer, Frank. Vamos ficar bem. — Matt sussurrou com um pequeno sorriso, envolvendo Frank em um abraço meio esquisito.

    Quando eles voltaram ao apartamento, Matt puxou Frank para deitar-se junto dele, com Max em seus pés. Ele enterrou o rosto no pescoço de Frank, enquanto ele envolvia seus braços em torno de Matt, palavras não eram necessárias naquele momento. 

 

   [...] 

 

   Depois do acontecido, nenhum dos dois tocou no assunto e o relacionamento entre eles parecia estar o mesmo. Eles haviam concordado que Max deveria ficar no apartamento de Matt, já que o de Frank era "pequeno, perigoso e sujo", segundo as palavras de Matt. Com consequência, Frank estava todos os dias no apartamento de Matt, e Matt queria morrer as vezes. Era difícil passar um dia sem que eles discutisse, o que fazia Matt querer realmente socar o rosto de Frank, e depois beijá-lo. Mas Matt não queria pressionar Frank para algo que ele não estivesse pronto, então, após essas discussões Matt deixava o apartamento e ia encontrar-se com Foggy, no bar da Josie. Foggy obviamente não sabia nada sobre o "relacionamento" de Matt e Frank, e Matt achava que ele não iria acreditar de qualquer maneira. 

 

    [...]

    

     Matt e Frank haviam levado Max ao veterinário para suas vacinas pelo menos três vezes em cinco meses. Max havia crescido pelo menos 5 vezes seu tamanho em cinco meses (e ele iria crescer ainda mais). Eles estavam retornando de sua última visita ao veterinário, com Max alegremente, apesar da vacina.  

     — Logo você vai ser grande e durão, não é mesmo, Max? — Frank falou alegremente, tirando a guia e pegando-o no colo com dificuldade. Max latiu alegre, escapando dos braços de Frank e correndo em volta das pernas de Matt.

     — Max não vai ser um cão de guarda, Frank. Ele é muito molenga pra isso. — Matt riu, acariciando as orelhas de Max, antes dele sair correndo até sua caminha.

     — Não insulte meu filhote, Murdock. — Frank bufou, cruzando os braços em frente do menor.

     — Quantas vezes eu tenho que dizer, ele é nosso filhote, Castle. — Matt bufou, espelhando a postura do outro.

     Frank riu baixo, aproximando-se mais do menor. Matt conseguia sentir a respiração pesada de Frank em seu rosto, ele corou com a proximidade, tentando dar um passo para trás, sendo parado por um braço de Frank em sua cintura.

     — Então você é a mamãe do meu filhote, Red? — Frank ronronou, apertando mais a cintura de Matt.

     — Não seja estúpido, Castle. — Matt bufou, tentando fracamente desvencilhar-se do aperto de Frank.

     Frank riu, inclinando-se até que seus rostos estavam a poucos centímetros um do outro. Matt gemeu frustrado, agarrando o rosto de Frank e juntando seus lábios juntos finalmente. Frank soltou um ruído satisfeito, separando os lábios aprofundando mais o beijo. Por Deus, Frank queria beijar os lábios perfeitos de Matt desde que ele o prendeu naquele telhado sujo.  

     — Idiota. — Matt resmungou sem fôlego, voltando a capturar os lábios de Frank.

     Antes que Matt notasse, Frank estava erguendo-o pela cintura, guiando-os até o sofá, onde Frank sentou-se com Matt em seu colo. Frank mudou-se para beijar o pescoço de Matt, mordendo a pele macia enquanto suas mãos agarravam a bunda de Matt em sua calça de moletom. Matt gemeu baixo, empurrando seu quadril contra o de Frank, buscando algum atrito entre os dois. 

     — Jesus Cristo, Red. — Frank gemeu, apertando mais forte a bunda de Matt.

    Matt sorriu ofegante, rolando seus quadris juntos novamente, prendendo o lábio inferior de Frank entre os dentes. Frank rosnou, indo retirar a camiseta de Matt, quando escutou um zumbido e uma voz robótica dizendo "Foggy. Foggy. Foggy."

     — É o meu celular. — Matt suspirou, sentindo a necessidade de esclarecer pela expressão confusa no rosto de Frank.

     Frank bufou enquanto Matt pegava seu celular entre as almofadas do sofá, sem sair do colo de Frank. 

     — Melhor atender, tem umas 10 chamadas não atendidas. — Frank bufou um riso, sem retirar suas mãos do traseiro de Matt. Frank sentia como se elas pertencessem ali. 

     O assunto sobre o qual Foggy queria dizer era importante, mas era difícil para Matt concentrar-se em algo que não fosse Frank sugando marcas despretensiosas em seu pescoço, e sua ereção pesada contra sua bunda.

     Matt acabou deixando o colo de Frank e indo atender a ligação de Foggy no corredor de seu apartamento.

  

   [...]  

      

     Matt percebeu mais tarde que ele e Frank estavam em um relacionamento desde que adotaram Max. Mas ele não havia percebido, porque provavelmente eles eram o casal mais confuso de toda Hell's Kitchen.

 

    [...]

 

      Era um sábado de manhã, Matt, Frank e Max estavam no sofá assistindo televisão, no caso de Matt, apenas ouvindo. Matt havia comprado a televisão para Frank, depois que ele praticamente começou a morar no apartamento de Matt. Às vezes, quando Frank estava de bom humor, ele narrava algum filme para Matt, acrescentando seus próprios comentários engraçadinhos. Matt amava esses momentos de calmaria entre eles. 

     Frank estava deitado com a cabeça apoiada no colo de Matt, enquanto Max descansava tranquilamente no peito do maior. Algum filme de ação estava passando, já que Frank parecia extremamente interessado, soltando alguns palavrões as vezes. Matt riu, acariciando tanto Max quanto os cabelos de Frank. 

    Tudo parecia tão calmo, tão normal... Eles pareciam uma família normal, o coração de Matt apertou com essa constatação.

    Foi então que ele percebeu: Matt Murdock estava apaixonado por Frank Castle. O Demolidor apaixonado pelo Justiceiro, quem poderia acreditar?

 


Notas Finais


Heey, gostaram? Tenho planos para uma "continuação" dessa, caso gostem :v e sim, a fic foi praticamente várias situações entre os dois envolvendo o novo cachorrinho (a continuação seria uma história com um enredo :v) kjdklakle e outra coisa, eu amo como o Frank chama o Matt de Red, então não coloquei "Vermelho" pq EU SOU PAGA PAU DE GRINGO MSM AHKSLKAJE enfim, só isso. Comentários são sempre bem-vindos (desculpem os erros e não desistam de mim). ♥


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