1. Spirit Fanfics >
  2. Lifeline - Before the End >
  3. Ações destrutivas

História Lifeline - Before the End - Ações destrutivas


Escrita por: DixBarchester

Notas do Autor


Oieee divas maraviLindas da minha vida, como passaram a semana? Espero que muitoo bem!

Queria ter postado esse capitulo mais cedo, porém realmente não deu, então aqui estou eu postando bem no limite da sexta feita uahsuashuash

Agradecimentos mais que especias as lindas e fofas comentaristas do cap passado (vou colocar todos os reviews em dia já já) e quero dedicar essa cap para a Godsamongus que vai fazer aniversário esse fim de semana.
Parabéns linda!!! Muitos anos de vida e muita inspiração pras fanfics s2

Vamos continuar com a treta que vem se formando desde o cap passado, esse cap mostra a Natalie perdendo um pouco a linha e ultrapassando alguns limites, como eu sempre digo ela não é nenhum exemplo moral uashuahsuh

Boa Leitura.

Capítulo 15 - Ações destrutivas


Fanfic / Fanfiction Lifeline - Before the End - Ações destrutivas

• NATALIE COOPER •

Saí para a pista de dança, tentando não bancar a descontrolada. Eu não entendia exatamente porquê eu estava tão brava... Eu soube desde o começo que aquilo não era real, que era uma mentira e cedo ou tarde viria à tona. Era apenas pra tirar uma com o Merle, nada mais.

Ainda assim, eu estava possessa de raiva. Não era só por Daryl ter desfeito a mentira, era a situação toda... Era tão hipócrita que ele tivesse feito aquilo por causa daquela ruiva nanica e então colocasse a culpa em mim.

Entrei no banheiro pisando duro, me olhei no espelho e apoiei os braços na pia. Suspirei. Meus olhos ardiam e minha garganta fechou.

Como eu podia ser tão estúpida a ponto de deixar uma merda daquelas acontecer?

Como eu podia ser tão estúpida a ponto de me apaixonar por Daryl Dixon?

Encarei meu reflexo novamente e meus olhos marejaram. A imagem de Agnes veio a minha mente e foi impossível não fazer uma comparação. Ela tinha aquele corpo feito para o sexo e eu era só uma adolescente com pernas longas demais e bochechas muito redondas.

Não! Eu não vou fazer isso! Eu sou boa o bastante!

Me neguei a cair naquele buraco de autodepreciação, eu não era aquele tipo de garota e paixão nenhuma me faria ser.

Não tinha nada errado comigo, eu era perfeita e maravilhosa, qualquer homem daquela festa faria fila pra transar comigo, e eu podia apostar que algumas mulheres também.

O problema não era eu. O problema era ele, cego demais pra ver o que estava perdendo. Daryl era o estúpido, não eu.

— Noite ruim? — Uma voz feminina perguntou quase atrás de mim.

Encarei a moça através do espelho e seus olhos, de um tom entre o azul e o verde me fitaram de volta. Tinha uns vinte cinco anos, era alta, esquia e possuía os cabelos curtos de um tom chocolate, com um corte masculino, porém muito moderno, perfeitamente arrumado. Trajava uma jaqueta de couro preta com as mangas arregaçadas e calças jeans largas demais, que faziam um contraste interessante com os sapatos extremamente altos. Tinha uma porção de tatuagens por onde sua pele estava exposta, inclusive no pescoço.

Era bonita, muito bonita, não do tipo "beleza americana" era algo mais selvagem, sexy e muito descolado.

— Vai melhorar... — Respondi a pergunta, dando de ombros.

— Acho que tenho uma coisa que pode ajudar. — Ofereceu, se aproximando e colocando a mão sobre a pia.

Percebi que havia algo sob sua palma, ela fez um movimento discreto e eu pude ver o saquinho com o pó levemente amarelado. Entendi perfeitamente do que se tratava.

Heroína. Eu nunca tinha usado, claro que eu sabia como, já tinha visto muitas pessoas usarem, mas sempre me mantive longe. Um baseado uma vez ou outra eu até encarava, nada muito frequente. A verdade é que eu nunca quis ser dependente de nada, nem de ninguém.

Então reparei que eu já era dependente. Afinal, meu dia só estava completo quando eu via Daryl Dixon, eu tinha que falar com ele, ouvir a voz dele, tocá-lo mesmo que fosse minimamente. Aquele era o pior tipo de dependência.

Foda-se.

— Quanto? — Indaguei decidida, mesmo que tenha usado uma voz baixa e disfarçado mexendo no cabelo.

Aquilo ainda era tráfico de drogas e era ilegal, discrição era fundamental.

A moça dos olhos azuis esverdeados me passou as informações e fizemos o negócio ali mesmo.

— Eu vou estar na pista a noite toda, se precisar. — Tocou meu braço muito de leve antes de sair.

Entendi o intuito da frase, mas não pude deixar de notar a forma um tanto ambígua com que ela disse as palavras.

Sorri, sentindo minha autoestima inflar como um balão colorido. Como eu disse, homens e mulheres, ri comigo mesma.

Esperei no banheiro por um tempo, até que pelo menos a área onde estavam as pias ficassem vazias. Peguei o saquinho transparente e arrumei o pó sobre o mármore, em uma linha reta, exatamente como tinha visto várias pessoas fazerem. Lambi o pouco que tinha ficado nos dedos e senti o gosto ente amargo e picante se espalhar pelo meu paladar.

Me curvei sobre a pia e tampei uma das narinas aspirando com a outra. Fiz de uma vez só. A droga passou queimando, arranhando meu nariz e parte da minha garganta. Tossi, me apoiando na parede por um segundo e erguendo minha cabeça. De imediato não senti coisa alguma além de tontura e um tanto de falta de ar.

Limpei o restante que ficou na pia, batendo as mãos na saia jeans pra tirar o excesso que havia ficado grudado em mim. Guardei o saquinho no bolso, tinha sobrado metade, eu não era tão idiota pra cheirar tudo de uma vez. Eu queria me divertir, não morrer de overdose.

Finalmente saí do banheiro, olhei ao redor e tudo parecia normal. Aquela merda devia ser uma bela bosta.

Caminhei para o bar e pedi uma dose de tequila, de lá eu podia ver a mesa em que Merle e Daryl estavam.

O Dixon mais velho se atracava com a amiga de Agnes em um canto mais escuro, a mão tentando entrar por baixo do vestido dela.

O mais novo estava encostado na mesa, quase sentado nela, de costas para o irmão. Agnes estava ao lado dele tentando atrair atenção, foi quando nossos olhos se encontraram. Virei meu rosto quase imediatamente, sentindo a raiva correr rápido pelas minhas veias.

Virei o shot de tequila esquecendo do limão e do sal, o barman devolveu minha comanda e eu a coloquei no cano da bota, seguindo para a pista sem lançar a Daryl Dixon um segundo olhar.

Ele não tinha mandado eu me divertir, era exatamente isso que eu faria...

➷•➷•➷•➷•➷

Eu transpirava, um calor tão insuportável que chegava a me causar um tanto de falta de ar. Ri debilmente pulando no ritmo da música alta que parecia estar dentro da minha cabeça. Eu sentia meu corpo pulsar com ela, o coração disparado e a respiração acelerada.

Fechei os olhos e joguei os braços para o alto. Tinha perdido a conta de quantas doses de coisas variadas eu tomei, assim como havia perdido as contas de quantas músicas eu dancei.

Um tipo de euforia quase mística me dominava, as luzes e as pessoas pareciam etéreas, tudo em câmera lenta, como se eu estivesse entre o sono e a vigília. E ao mesmo tempo eu me sentia totalmente desperta, as sensações eram mais intensas, as luzes brilhavam mais...

Uma gota de suor escorreu pelo meu rosto e eu soube que precisava de uma bebida gelada.

Desde que eu caí na pista de dança estava usando o bar mais afastado das mesas, isso evitava que eu desse de cara com Daryl Dixon e seus olhares. Que ele fosse para o inferno, isso sim.

Tropecei em alguma coisa no caminho e alguém me segurou, agradeci rindo e não reconhecendo meu próprio som. Era estranho e divertido ao mesmo tempo.

Me debrucei no balcão e o mesmo barman de sempre veio me atender. Ele era gato.

— Lindinho, me dá alguma coisa gelada e maravilhosa! — Gritei por cima da música, entregando minha comanda.

— O que vai querer? — Apontou um painel com os nomes das bebidas e o preço, logo atrás dele, no alto da parede.

— Eu quero ir pro céu hoje, alguma sugestão?

Ele assentiu brevemente e começou a preparar um drink qualquer e eu continuei dançando, mesmo debruçada no balcão.

Percebi que o barman gato misturava duas bebidas diferentes, limão, açúcar e gelo. Despejou o conteúdo da coqueteleira no copo e finalizou com uma bebida esverdeada que eu reconheci ser absinto.

— Haven to Hell. — Apresentou, me entregando o copo. — Dependendo de quanto você beber ele te leva para o céu ou para o inferno.

Me soou como um desafio e eu sorri, bebendo um gole e tentando identificar tudo que tinha ali. O limão e o açúcar davam um sabor agradável, refrescante por causa do gelo, reconheci o gosto peculiar da tequila e algo mais, que deduzi ser vodca.

— Fantástico! — Elogiei e o rapaz sorriu, devolvendo minha comanda.

Os sabores explodiam no meu paladar, fazendo as sensações se propagarem pelo meu corpo como uma onda elétrica. Eu ainda estava com muito calor.

Decidi dar uma passada no ambiente externo do lugar. Não tinha muita gente por lá, alguns sentados ao redor das mesas de ferro branco, outros encostados na grade, um casal se pegava em um canto mais escuro.

Parei em um lugar qualquer, bebendo um outro gole da minha bebida e percebendo que, mesmo que as pessoas usassem casacos eu não sentia frio algum.

Recostei em uma das grades, tirando o maço de cigarros do bolso e acendendo um. Soprei a fumaça lentamente, brincando com ela no ar e rindo, meio de lado.

Minha respiração e meu coração ainda estavam acelerados, mesmo que eu estivesse parada. A música ainda pulsava dentro em mim, embora quase não fosse ouvida dali.

Sinto falta de outra coisa pulsando dentro de mim, o pensamento pervertido passou rápido pela minha mente.

Abri meus olhos e reparei que um cara, sentado há alguns metros, me observava. A primeira coisa que reparei nele, foi no nariz largo e sinuoso, quase desproporcional para o rosto, mas o olhar penetrante e decidido acabou chamando mais minha atenção.

Não eram muitos caras que tinham um olhar intimidador como aquele, mas eu não desviei minhas íris. Continuei medindo o sujeito, reparando em seu cabelo preto, cheio e minunciosamente penteado para trás. Bebeu um gole da garrafa de cerveja que segurava, enquanto eu reparava em seu rosto magro, sem barba e no queixo levemente comprido.

— Como se chama? — Perguntou, mesmo de longe. Gostei de sua voz, tinha um timbre naturalmente sedutor.

— Natalie. — Bebi mais um gole da minha bebida, ainda sem tirar os olhos dele.

Sorriu de canto, algo naturalmente safado e então se levantou. A visão de seu corpo, com músculos claramente definidos mesmo por baixo da camisa me agradou. Era alguns poucos centímetros mais alto que eu e tinha um caminhar imponente, uma postura perfeitamente ereta.

Esqueci totalmente o nariz horroroso e as orelhas, que eu tinha acabado de reparar, também não eram as mais bonitas. Os defeitos eram poucos comparado ao quanto o achei gostoso.

Se aproximou e apoiou um dos braços na grade, muito próximo de mim, abaixando levemente o rosto de traços fortes.

— Quantos anos tem, Natalie? — Indagou baixo, quase no meu ouvido.

— Isso é um interrogatório? — Usei o mesmo tom, mas ri meio de canto.

— Talvez... — Respondeu enigmático.

Apaguei meu cigarro depois de dar um último trago. Bebi mais um gole do meu drink, aproveitando o segundo de silêncio sem deixar de encará-lo.

Daryl Dixon, não queria que eu me divertisse? Que eu estivesse livre pra sair com quem eu quisesse? Pois bem. Era exatamente isso que eu faria.

— Você é policial por acaso? — Joguei, unindo a postura dele com o jeito de olhar e as perguntas. Ele tinha cara de policial, mesmo que fosse novo, uns vinte e tantos no máximo.

— Talvez... — Usou a mesma resposta, porém riu no final. Um sorriso bem sacana.

— Cadê o seu parceiro e as suas rosquinhas estão, Oficial? — Me referi ao clichê, rindo também e sentindo o friozinho na barriga que apenas flertar com um estranho proporcionava.

— Meu parceiro tem esposa e eu não gosto de rosquinhas. — Respondeu em um tom calculadamente baixo.

— Que desperdício de um clichê tão bom. — Tombei um pouco a cabeça e bebi novamente sem deixar de encará-lo. — Eu tenho dezenove...

— Sério? — Ele não comprou minha ideia. Dezenove era a idade do meu documento falso. Então era a que eu usava extraoficialmente.

Estreitou os olhos escuros na minha direção e eu me aproximei ainda mais depois de colocar meu copo no parapeito das grades. Estávamos muito perto, eu podia sentir o perfume almiscarado, fresco e sensual dele.

— Quer ver a minha identidade, senhor Policial? — Sussurrei, mordendo meu lábio inferior logo em seguida.

Minha mente dava voltas, desfocava e tentava escapar pra outro lugar, mas nem pensar que eu continuaria me sentindo mal por um cretino caipira ao invés de aproveitar aquilo...

O moreno, que eu reparei ainda não saber o nome, colocou a garrafa de cerveja ao lado do meu copo e então apoiou a outra mão na grade, me cercando com os braços e alavancando seu corpo um pouco mais perto do meu. Umedeceu os lábios.

Menos de cinco centímetros nos separava, nossos rostos estavam frente a frente.

— De todas as coisas que eu quero fazer com você, olhar sua identidade sequer está na lista, linda. — Sussurrou, praticamente no meu ouvido.

— E o que estaria em primeiro lugar? — Provoquei, tão perto que meus lábios praticamente tocaram sua pele.

Não demorou meio segundo pra ele me tomar em um beijo voraz, me segurou com força, me apertando, escorregando as mãos pelo meu corpo sem pudor algum, mesmo que estivéssemos em público. Nada delicado e eu gostava disso. Segurei o pescoço dele e nossos corpos se pressionaram ainda mais.

E então, como um tsunami que chega derrubando tudo, minha mente se rebelou, escapou, voou longe, trouxe a imagem de um certo caipira como se fizesse questão de esfregar isso na minha cara. Porra.

Tentei focar na língua que me explorava e nas mãos que me apertavam com luxúria, mas como uma maldição eu imaginava tudo que eu não queria.

Nós afastamos um pouco pra tomar ar. Ofeguei. Que merda tinha errada comigo?

Eu estava ali, com um cara super gostoso, depois de um século sem pegar ninguém e simplesmente não conseguia focar no momento.

Vai tomar no cu! Me revoltei comigo mesma, aquela era minha vida, meu corpo, minha mente, eu mandava na porra toda e me recusava a ficar com um cara que não gostava de mim na cabeça.

Aproveitei aquele segundo de afastamento e virei o restante da minha bebida. Eu levaria aquilo a diante sim, nem que eu tivesse que beber até esquecer Daryl Dixon.

Me lembrei do que eu tinha no bolso traseiro e a ideia brotou na minha mente quase instantaneamente.

— Quer saber? Acho que temos que ir para outro lugar. — Sugeri prática. — Eu vou no banheiro e quando eu voltar nós vamos, que acha?

O policial pareceu um tanto surpreso, mesmo que seus olhos escuros tenham faiscado de desejo.

— Já?

— Bom, Oficial, você tem uma lista e a noite é curta... — Insinuei, já meio afastada.

Ele acenou positivamente com um sorriso sacana nos lábios e eu acenei de leve, andando de costas rumo a entrada, e quase tropeçando nos próprios pés.

— A propósito, acho que teria sido legal ter me dito seu nome, antes de enfiar a língua na minha boca. — Ri, tentando não cair no pequeno degrau que separava a área externa da interna.

— É Shane, Shane Walsh.

Assenti, dando as costas e empurrando a porta de vidro que me separava da parte de dentro. A música tomou meu sentidos assim que eu entrei. Caminhei até o bar me sentindo totalmente tonta.

Talvez eu não devesse ter bebido aquela coisa tão rápido. Foda-se.

Apertei meus olhos assumindo o controle, tropecei em alguma coisa, ou quem sabe tenha sido nos meus próprios pés. Ri quase escandalosamente. Possivelmente o tal de Heaven to Hell era mais forte do que eu esperava. Ótimo! Era exatamente o que eu precisava.

Enxerquei dois do barman bonitinho e sacodi a cabeça rindo. Peguei a comanda na bota e tudo rodou.

— Quero outro daqueles. — Bati no balcão. Minha voz saiu totalmente enrolada e eu achei engraçado, nunca tinha ficado tão chapada na vida.

— Tem certeza, moça? Eu te dei o drink mais forte da casa, um só já derruba.

— "Um só já derruba..." — Imitei a voz do barman, já nem tão bonitinho assim. — Me dá logo a porra do drink, se eu quisesse sermão ainda estaria morando com a minha mãe.

O cara não respondeu, apenas fez o que eu pedi e me entregou de cara fechada, anotando na comanda, que eu coloquei no bolso traseiro saindo em direção ao banheiro.

Esperei ficar sozinha pra fazer o ritual da fileira de heroína novamente, quando aspirei todo o pó nem bem senti o desconforto no nariz, vai ver eu estava chapada demais.

Engasguei com coisa alguma e o meu riso quase histérico se espalhou pelo banheiro. Sentei ali mesmo, tomando o primeiro gole da bebida e esperando a droga fazer efeito.

Lembrei do moreno do nariz estranho me esperando... Eu ia dar muito sim e a imagem mental de Daryl Dixon não me impediria.

Eu pertencia a mim mesma, não a ele. Homem nenhum podia foder com a minha cabeça daquele jeito. Só com o meu corpo...

Ri da minha própria piada idiota e uma das meninas retardadas que passava me encarou feio. Foda-se ela.

Tudo rodava e o meu coração acelerado no último me provou que era hora de ir ao encontro do policial gostosinho. Será que ele tem algemas?

Me apoiei na pia pra levantar e por um segundo minhas pernas me traíram, achei graça daquela bobagem.

Quando me coloquei de pé, percebi que tinha deixado muito vestígio de pó na bancada, limpei com os dedos da mão direita e saí do banheiro tropeçando nas próprias pernas de novo, quase deixando o copo de bebida cair.

Pedi desculpas a uma moça na qual eu esbarei sem querer e ela me xingou de qualquer coisa que eu não fui capaz de entender. Olhei na direção dela meio que no impulso e foi quando senti alguém segurar firme no meu braço.

Virei já pronta pra xingar e dei de cara com Daryl. Tremi involuntariamente, merda.

— O que você está fazendo? — Perguntou em um tom que eu não soube identificar.

— Me divertindo... — Tentei me libertar, mas não deu certo.

— Bebendo até cair? — Apontou o copo na minha outra mão.

— E daí? Eu faço o que eu quiser, você não tem nada a ver com isso. Agora dá licença, que eu tenho um compromisso com um cara muito gato. — Me esquivei dele e tive que fazer muito esforço pra não me embolar nas palavras ou nas minhas próprias pernas. — Não precisa me esperar, não vou precisar da sua carona.

— Você não vai pra lugar nenhum com um cara estranho, chapada desse jeito. — Me puxou de volta e eu quase me choquei com seu peitoral por ter tropeçado de novo.

Daryl cheirava bem; madeira, tabaco e algo mais que eu não fui capaz de identificar.

— Não fode, você não manda em mim! — Retruquei, puxando meu braço de volta. Mas você pode me foder e mandar em mim se quiser...

— Natalie, por favor. — Pediu suspirando, parecia cansado de alguma forma.

Gelei, era a primeira vez que ele chamava pelo nome, me senti travar no chão. Era como a porra de um feitiço. Como aquele homem conseguia ter tanto poder sobre mim? Que merda!

Ele encarou meu silêncio como positivo, pareceu mais calmo. Soltou meu braço e esticou a mão para pegar o meu copo. Eu queria fugir, correr daquilo como um gato corre d'água, mas eu meio que sabia que não chegaria muito longe. Eu não queria chegar muito longe.

— Dois desses são capazes de apagar até o Merle... — Comentou pegando o drink de mim. Me perguntei como ela sabia o que eu estava bebendo e quanto eu tinha bebido.

Mas não tive tempo de formular uma teoria, Daryl pareceu reparar em algo nos meus dedos e sua expressão mudou drasticamente.

— O que é isso? — Praticamente rosnou entredentes, segurando meus dedos cheios de pó. Merda, merda, merda.

— Nada... — Tentei desconversar e puxar minha mão de volta, mas o aperto dele era bem firme, quase me machucava. — Não é da sua conta!

Daryl me puxou pra mais perto e levou minha mão até a boca e provando do pó nos meus dedos. Acredito que ele estava tão bravo que nem percebeu o quando aquele movimento era erótico. Mas eu percebi, todo meu corpo percebeu, por um segundo tudo que eu quis foi que ele me empurrasse pra um canto qualquer e me fodesse loucamente.

Contudo, minha excitação não durou muito...

Assim que Daryl se deu conta do que era a substância nos meus dedos ele me olhou com tanta raiva que eu me senti encolher instintivamente.

— Eu não acredito em você! Serio? Heroína?

Me lembrei do papinho antidrogas da primeira vez em que tínhamos saído, Daryl era contra e eu disse que não usaria enquanto fossemos amigos... Mas não prometi. E nem sabia se continuávamos sendo amigos depois daquela ruiva nanica.

— Não é o que... — Tentei, sem sucesso.

— Não mente pra mim.

Eu podia estar muito chapada, mas entendia perfeitamente que Daryl estava muito nervoso, com raiva e bravo. E daquela vez era comigo...

Eu ferrei tudo.


Notas Finais


E teve beijo neh, mas não era bem o que a gente queria, poxa Natalie! uashaushaushu
Shane fazendo uma pontinha rápida, porque já que a personagem tinha que dar uns beijos em alguém, que fosse alguém icônico uahsuashush
Eu não podia trazer DixChechas tão perto de King County e não usar nenhuma participação especial

E claro que a Natalie como alguém plenamente impulsiva não podia sair dessa sem fazer burrada, não é?
Vamos ver como o Daryl vai se lidar com isso...
O próximo é narrado por ele.

Bochechas chapada e Baby Dix bem bravo/decepcionado, onde é que isso vai dar?

Nos vemos semana que vem.
Bjss e vou responder vocês agora s2


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...