História Lifetale (1 temporada: "salve todos") - "Liberdade"

-Frisk: Asriel, tem certeza que você não quer voltar para a superfície? Tem certeza que você não quer ver sua mãe e seu pai de novo? - Falava Frisk, com uma voz dolorosa e com lágrimas nos olhos.

-Asriel: Frisk, por favor, não chore. Eu te machuquei demais, eu machuquei todos os seus amigos, Sans, Papyrus, Alphys, Undyne... meus pais... - Asriel falava com uma lágrima escorrendo pelo seu rosto - Mesmo que eu volte e, mesmo que todos me perdoem, daqui a pouco eu vou deixar de ser “eu mesmo”. Eu vou voltar a ser o Flowey, vou para de sentir qualquer sentimento. Eu acabaria machucando a todos de novo, e eu não quero que isso aconteça.

-Frisk: Mas, Asri - Ele a interrompe.

-Asriel: Frisk, eu sei que você vai fazer um bom trabalho. Sei que você vai cuidar de todos por mim. Eu já quebrei a barreira, agora você pode ir com todos que realmente te amam. Não precisa se preocupar comigo, eu vou ficar bem. – O garoto falava com um sorriso gentil e com algumas lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

-Frisk: Azzy, eu ainda vou encontrar um jeito de te salvar, de salvar a Chara, e a qualquer outro que também precise ser salvo!

-Asriel: Haha, eu confio em você, sei que você nunca desistira em salvar a mim ou a chara. Mas, agora você tem que ir, todos estão te esperando.

                Frisk não queria aceitar o fato de deixar dois amigos para trás. Ela já estava deixando Asriel no começo das RUINAS, e mais tarde, o espírito de Chara não acompanharia Frisk para fora do monte Ebott. Mesmo (re) vivento tantas vezes as mesmas memorias, resetando inúmeras vezes, passando por tantas timelines, mesmo que em algumas ela não tenha sido completamente boa com todos. Depois de quase finalizar uma “genocide run” tanto Frisk como Chara perceberam como o “LOVE” poderia fazer as pessoas se esquecerem de quem elas eram, de quem elas foram.  Apesar de tudo, Frisk ainda era apenas uma criança de oito anos, assim como Chara e Asriel. Voltando para o castelo Chara começa a conversar pela última vez com Frisk:

-Chara: É tudo minha culpa. Se não fosse a minha raiva, a minha vontade de me vingar da humanidade, Asriel ainda estaria vivo, eu ainda estaria viva, nós não teríamos passado por tudo isso! Ele não estaria sofrendo agora! – Chara começa a chorar ao dizer tais palavras

-Frisk: Chara, não diga isso! Não é sua culpa, todos nós cometemos erros, ninguém é perfeito!

-Chara: Ha, cai na real Frisk, é sim minha culpa, eu sou mesmo um demônio. Até o Asriel disse que “eu não fui a melhor pessoa”

-Frisk: Só porque ele disse que você não foi a melhor pessoa não significa que você é má ou que você seja algum demônio! Sempre há uma forma de nos arrependermos de alguma coisa, e sempre haverá alguém que nos perdoe! Foi o que fizemos no último reset, nós quase matamos a todos. O “LOVE” estava tomando conta de nós, mas nós nos arrependemos de tudo, e resetamos!

-Chara: Talvez você tenha razão Frisk... talvez. Ah, só uma coisa: não reset, nunca mais, eu não quero correr o risco de... você sabe, matarmos a todos de novo.

-Frisk: Chara, mesmo que eu reset, nós sabemos que nunca faríamos isso de novo. E você sabe que se eu encontrar uma forma de te salvar e de salvar o Asriel, eu acabaria resetando também.

-Chara: Sempre determinada, não importa as dificuldades, você sempre dá um jeito de alcançar seu objetivo.

                Depois de caminhar bastante, as duas finalmente chegam na sala do trono, no castelo, então, Frisk dá um último adeus à sua companheira de jornada:

-Frisk: Bem, eu acho que é isso. Obrigada Chara, obrigada por me acompanhar durante tantas timelines, e por querer me proteger sempre.

-Chara: Sou eu quem deveria te agradecer, por me lembrar que na vida ainda existam coisas boas, e que não é sempre matar ou morrer. Bem, adeus Frisk.

-Frisk: Adeus não, você sabe muito bem que eu não vou deixar você aqui.

-Chara: Hahaha, eu sei, já que é assim, até outra hora Frisk.

-Frisk: Até

                Finalmente, Frisk deixa a sala do trono e vê todos os seus amigos a esperando para sair do subsolo.

-Toriel: Pronto minha criança? Já está pronta para sair?

-Frisk: A-acho que s-sim. – Frisk falava com certa insegurança.

-Toriel: O que foi Frisk? Está com medo de alguma coisa?

-Sans: Qualé muleque, tá com medo do que?

-Papyrus: HUMANO, NÃO PRECISA TER MEDO! EU, O GRANDE PAPYRUS, ESTAREI SEMPRE AO SEU LADO, E NÃO DEIXAREI QUE NADA TE INCOMODE HYEH HE HE.

-Undyne: O que foi punk!? Tá com medo de que? A gente tá junto nessa! Não precisa ter medo de nada!

-Alphys: É F-frisk, Und-dyne tem r-razão. N-nós sempre t-te apoiaremos.

-Asgore: Frisk, você é o futuro de todos os monstros e humanos! Não tenha medo!

-Frisk: N-não é isso, é que depois do que aconteceu com o Asriel eu... – Frisk se dá conta que falou demais, e que todos a olhavam surpresos.

-Toriel: C-como você sabe sobre o Asriel?

-Frisk: Quando eu estava andando pelo castelo, alguns monstros me contaram sobre a história do Asriel, desde quando Chara caiu aqui no subsolo. Eles me contaram o que aconteceu com os dois... vocês sabem, o motivo pelo qual Asgore declarou guerra contra os humanos. Eu estava com medo que os humanos fizessem o mesmo com vocês. – Foi a desculpa perfeita que Frisk encontrou para não contar a verdade sobre Asriel, e que também, não era mentira.

-Toriel: Frisk, não precisa se preocupar com isso. Realmente, pode ser que os humanos não aceitem de cara a nossa inclusão na sociedade, mas eu tenho certeza que tudo vai dar certo!

-Frisk: Se você diz, então eu confio em você, mamãe! – Toriel corava ao ouvir a pequena chama-la de “mamãe”

-Asgore: Então, vamos agora? Finalmente, a liberdade nos espera!

                Após uma pequena celebração a quebra da barreira, os sete finalmente saem do subsolo, e admiram a bela paisagem do pôr do sol. Todos estavam, enfim, Livres.

Continua...