Finalmente, depois de tanto tempo tentando, a máquina tinha funcionado. Gaster estava de volta.
-Alphys: G-Gaster! É m-muito bom ter vo-você de volta!
-Gaster: Alphys, você melhorou tanto desde a última vez que estávamos trabalhando juntos – Ele falava em um tom calmo, esboçando um sorriso sereno no rosto.
-Sans: É bom ter você de volta G – Sans estava emocionado ao finalmente trazer seu pai de volta a linha do tempo.
-Gaster: Eu senti tanto a sua falta Sans... sua e do Papyrus... Obrigado por não ter esquecido.
-Frisk: Senhor Gaster? – Ela chamava a atenção do esqueleto de manto preto.
-Gaster: Ah, Frisk, certo? Eu também devo te agradecer. Se você não tivesse contado sobre as fendas em Waterfall, não seria possível consertar minha máquina.
-Frisk: Como você sabe meu nome? –Ela perguntava intrigada.
-Gaster: Eu estive te observando, o Void possui algumas características... estranhas. De lá é possível observar todas as linhas do tempo, cada uma delas. Entretanto não é possível influencia-las. Mas o tempo que eu estive preso por lá possibilitou que eu aprimorasse meus estudos sobre as linhas do tempo, e sobre os resets.
-Johnny: Então, quais foram suas conclusões?
-Gaster: Eu pude concluir que as linhas do tempo são como um “filme”, e que, na verdade, existe apenas UMA linha do tempo. Todos os resets de Frisk foram como “cortes” nesse “filme”, fragmentos da linha do tempo.
-Sans: Fragmentos?
-Gaster: Sim, quando um reset é feito, a linha do tempo é cortada, então ela começa a ser refeita a partir do ponto onde “o tempo é voltado”, no caso de Frisk, logo após ela ter caído no subsolo.
-Alphys: E o q-que acont-tece com esses fragm-mentos?
-Gaster: Eles se tornam pedaços do tempo, trechos desconexos da linha principal. Com o tempo, esses trechos se desintegram, e acabam se aderindo ao Void. Os trechos que não se desintegraram acabam influenciando nas lembranças que poucos possuem dos Resets.
-Johnny: Então o motivo pelo qual nós lembramos dos resets é por que esses “fragmentos” da linha do tempo ainda existem?
-Gaster: Sim.
-Sans: Okay, esse papo de linha do tempo está muito interessante, mas já está ficando meio chato – Sans falava em tom irônico – Então G, eu prometi uma coisa pros pivetes, acho que você já deve saber.
-Gaster: Sobre salvar o Asriel e a Chara certo?
-Sans: Exatamente.
-Gaster: Bem, durante o tempo que eu estudei sobre as almas, eu observei que todas elas, independente se for a alma de um monstro ou uma alma humana, todas elas possuem a determinação como fator em comum. Entretanto, uma alma não se torna estável apenas com determinação, elas precisam de algo a mais, algo que eu não pude descobrir antes de ficar preso no Void. Mas... eu percebi algo peculiar a respeito da alma do Johnny...
-Johnny: Minha alma?
-Gaster: Sim. Existem 7 tipos de almas humanas, definidas por traços básicos: Vermelha, determinação; Laranja, bravura; Amarela, Justiça; Verde, bondade; Azul, paciência; Anil, Integridade; Violeta, perseverança. Entretanto, sua alma é Branca, algo que eu nunca vi antes. E eu acho que a cor de sua alma tem a ver com você se lembrar dos resets, poder ouvir a Chara etc.
-Frisk: É verdade Johnny, desde a primeira vez que eu vi sua alma eu achei estranho o fato dela ser branca.
-Alphys: O q-que você s-sugere G-Gaster?
-Gaster: Acho que podemos fazer alguns experimentos com a alma dele, assim como você fez experimentos com as almas dos humanos que caíram aqui Alphys. Assim poderemos entender melhor o porquê da alma dele ser Branca, e não de nenhuma outra cor, o que seria o normal.
-Johnny: Bem... desde que eu não morra, haha, eu não me importo que vocês façam experimentos com minha alma – Ele dizia inseguro, mas determinado a saber mais sobre sua alma.
Assim começaram os experimentos. Foram horas de testes e mais testes, alguns envolvendo batalhas básicas, quebra-cabeças etc. Cada teste possuindo um resultado mais impressionante que o outro.
-Gaster: Pronto, terminamos – Ele dizia para Johnny logo após formular uma análise detalhada da alma do garoto, tendo a ajuda de Alphys e Sans.
-Johnny: Então? O que descobriram? – ele perguntava curioso.
-Gaster: Sua alma é simplesmente... Impressionante. – Ele dizia olhando para alguns papéis que ele carregava – O motivo de sua alma ser Branca, é por ela possuir uma perfeita combinação de todas as características das outras almas humanas.
-Johnny: Como?
-Sans: É pivete, você tem uma alma bem especial.
-Gaster: É verdade, o comum a acontecer com uma alma humana é ela desenvolver um traço mais forte que outro, assim definindo a cor da alma. Entretanto, com sua alma todos os traços que definem as almas se desenvolveram de forma igual. Ou seja, podemos definir o traço da alma de Johnny como: Estabilidade
-Alphys: A gente também p-percebeu que sua a-alma tem uma característica u-única – Alphys colocava um óculos para poder ler alguns papéis que ela também carregava – Ela pode se re-regenerar.
-Frisk: Se regenerar?
-Gaster: Sim, e essa característica é crucial para nos ajudar a criar uma alma artificial! – Ele falava demonstrando grande empolgação.
-Johnny: Então, já que minha alma pode se regenerar, vocês iriam utilizar uma parte dela para fazer uma nova alma?
-Sans: Exatamente, ao invés de começar a fazer uma alma da estaca zero, por que não utilizar uma pequena parte de uma alma para criar outra? E já que sua alma pode se regenerar, não seria um problema extrair uma parte dela.
-Frisk: Mas... isso não é perigoso?
-Gaster: Se nós tivermos cautela durante o procedimento para fazer isso, não haverá risco algum. Existe apenas um problema: nós não sabemos se o pedaço de alma extraído se desintegrará. Ou o quanto a alma dele pode ser dividida sem trazer maiores riscos, hum... vocês me entenderam.
-Johnny: Eu assumo os riscos. Desde que vocês consigam criar essas almas, podem tirar quantos fragmentos forem necessários.
-Gaster: Admiro sua coragem e sua vontade de nos ajudar Johnny, mas é melhor você e Frisk irem descansar. Creio que vocês não fizeram uma pausa um momento sequer a partir de quando vocês caíram – Ele olhava para as duas crianças, que estavam com profundas olheiras.
-Chara: Opa, eu ouvi alguém dizer pausa pra um descanso?
-Frisk: Chara, Você ficou parada esse tempo todo! E ainda quer descansar?
-Chara: É ai que você se engana, eu fiquei EM PÉ esse tempo todo.
-Johnny: mas você é um espirito, você não flutua ao invés de sofrer ação da gravidade?
-Chara: Ah... deixa eu – Fazia cara T-T
-Sans: Escutem pivetes, vocês não querem descansar na minha casa não? Amanhã vai ser um dia e tanto!
-Johnny: já que você insiste :)
Sans havia teleportado as crianças para sua casa, para que elas pudessem dormir um pouco. O quarto do esqueleto estava completamente bagunçado, então os três, tiveram que fazer uma “faxina” rápida no local para que ele fosse mais confortável.
-Sans: Eu vou dormir no sofá pivetes, espero que vocês não se importem em dividir a minha cama – Ele dizia com um olhar malicioso para os dois e dando uma piscadinha logo em seguida.
-Frisk: D-dividir a cama!? – Ela corava ao reparar que só tinha uma cama no quarto.
-Chara: Hummmm, vou shippar S2 – Sorriso malicioso.
-Johnny: Frisk, se você se sentir desconfortável, deixa que eu durmo no chão, fica com a cama – Ele falava em um tom calmo para a pequena.
-Frisk: Não, dorme você na cama! Deixa que eu durmo no chão...
-Johnny: Você sabe que eu não vou deixar você dormir no chão né?
-Frisk: ...É, eu se – A pequena era puxada por Johnny para debaixo dos lençóis da cama. Johnny já tinha se ajeitado na cama enquanto a puxava. Ela corava fortemente. Os dois acabaram ficando deitados um de frente para o outro – Eck!
-Johnny: Shhh, calma, não se preocupa, eu não vou fazer nada, haha – Ele dizia virando de costas para a garota
-Frisk: ...Boa noite Johnny – Ela levemente abraçava o garoto, que corava com a atitude repentina da pequena.
-Johnny: B-boa noite Frisk.
-Chara: *TO SHIPPANDO DE MAISSSSS*
Continua...
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