História Lifetale (2 temporada: "A volta da magia ao mundo") - "Estresse"

...Cinco anos depois...

                Frisk pov

                Passaram-se seis anos desde que os monstros foram libertos do subsolo. Desde aqueles tempos, muita coisa mudou. Toda nossa família ainda vive no castelo que Johnny fez, Ebott e o o subsolo transformaram-se em famosos pontos turísticos muito visitados por humanos, embora ainda existam muitos conflitos entre as duas espécies.

                Há mais ou menos uns três anos, um cara chamado Toby Fox nos procurou para propor uma ideia de transformar a história dos monstros em um jogo: “Undertale”. Foi uma ideia um tanto inusitada, mas nós concordamos em ajuda-lo. Quando o jogo foi lançado, tivemos uma grande surpresa, pois o jogo se popularizou bastante, e também ajudou a construir uma imagem melhor dos monstros para os humanos.

                Mas mesmo assim, muitos humanos ainda não aceitam a ideia de monstros vivendo junto de humanos. Quando as coisas pareceram estar melhorando entre as duas espécies, um grupo de pessoas simpatizantes com a ideia de monstros e humanos viverem separados foi formado, uma sociedade anti-monstros. Isso gerou muitos conflitos entre as espécies. Eu como embaixadora dos monstros, estou frequentando muitas audiências junto de Asgore para tentarmos entrar em acordo com essa “ordem social”, mas em todas as audiências eles nunca concordam em nada que propomos. O pior de tudo, é que essa sociedade está sempre procurando “provas” ou “argumentos” contra os monstros, para fortalecer o ponto de vista deles e para conseguir mais simpatizantes dessa “nova ordem”. Eles sempre ficam de olho em qualquer monstro que eles encontrem, e sempre os tratam com frieza e repugnância.

                Mas nem tudo que aconteceu nesses anos foi ruim. Eu descobri uma habilidade nova com minha determinação. Eu consegui aprimorar minha habilidade de resetar, e agora eu posso voltar para um ponto especifico no tempo, e não mais sempre voltar para o começo das ruinas logo após eu ter caído no subsolo. Eu também sou capaz de voltar o tempo em uma área especifica, sem fazer com que o tempo pelo universo inteiro volta também.

                Hoje eu tive que ir em mais uma audiência, e mais uma vez, não conseguimos chegar a nenhum acordo.

-Johnny: Hey Frisk, oi Asgore, alguma notícia boa sobre a audiência? – Ele nos recebeu assim que nos viu no hall do castelo.

-Frisk: Oi Johnny. Não, eles recusaram nossas propostas de novo – Eu o respondi desanimada.

-Asgore: Infelizmente, não conseguimos nada mais uma vez. Eles parecem que não vão aceitar nada que não seja a nossa exclusão para o resto do mundo.

-Johnny: Isso é ruim – ele disse meio reflexivo – Eu não entendo o porquê Razel não quer que os monstros e humanos vivam juntos, não faz sentido algum! – Razel é o líder da sociedade anti-monstros.

-Asgore: Eu sei Johnny, mas muitos ainda tem um grande preconceito com nossa espécie, e infelizmente não há nada que possamos fazer contra isso. Bem, eu vou ir descansar um pouco, você deveria fazer o mesmo Frisk, eu sei o quanto você foca estressada com essas audiências – Ele estava certo, eu sempre ficava muito estressada com as audiências, algumas vezes eu até chorava de tanta preocupação. Nesses dias Johnny sempre tentava me acalmar, deitando minha cabeça sobre o ombro dele e fazendo alguns cafunes em meu cabelo.

                Depois disso, nós três subimos os andares do castelo em direção a nossos quartos (na verdade Johnny só criou um portal para nós, são muitos andares para subir até chegar no andar dos quartos). Assim como Asgore havia dito, eu fui tomar um banho para depois poder deitar em minha cama e poder descansar. Assim que eu liguei a água do chuveiro, eu pode finalmente retirar todo aquele peso que eu sentia em minhas costas Sentia a água morna escorrer pelo meu corpo, ouvia o barulho dela caindo no piso da banheira. Era uma sensação relaxante.

                Quase meia hora depois, eu finalmente desliguei o chuveiro, saindo do transe que eu acabei entrando enquanto estava me banhando. Mas mesmo depois do banho, eu ainda estava bem estressada. Coloquei minha roupa de costume, e me joguei na cama. –Quem sabe dormir um pouco não me ajude? – Eu pensei. Dormir era uma boa opção, afinal, eu estava exausta (mesmo sendo 17:50). Eu estava quase pegando no sono, quando escutei batidas na porta de meu quarto.

-Johnny: Frisk? Posso entrar?

-Frisk: Eu não tô aqui dentro, volta mais tarde – Eu falei meio grossa.

-Johnny: Oh, tudo bem, desculpa, se quiser ficar sozinha pra descansar, tudo bem.

-Frisk: Não, não, pode entrar, eu tava brincando – Eu tentei me redimir.

-Johnny: Ok – Ele abriu a porta, olhou pra mim, e depois sentou-se ao meu lado - Frisk... Você quer conversar sobre alguma coisa? – Eu não tinha intendido o motivo daquela pergunta no começo, na verdade, eu até tinha ficado puta com ele quando ele disse aquilo. Foi só depois que eu entendi que ele queria me descontrair do clima tenso que eu estava.

-Frisk: É sério que você veio aqui pra “conversar”? – Eu disse seca.

-Johnny: Frisk – Ele deitou do meu lado, ficando com o resto bem próximo ao meu – Olha, eu sei o quanto você fica tensa com todas essas audiências, e eu odeio te ver assim, eu odeio ver esse seu olhar de preocupação, tristeza. Eu só queria te descontrair um pouco, porque eu sei o quanto você acaba sofrendo com isso tudo – Ele me deixou sem palavras ao dizer aquilo. Ele queria me descontrair, e eu tinha sido grossa com ele.

-Frisk: ...Nossa, d-desculpa Johnny! Eu não queria ter sido grossa com você!

-Johnny: Hey, relaxa, tudo bem, não precisa se desculpar, não foi sua culpa. E també, não foi uma boa ideia a minha de “conversar sobre alguma coisa” também, haha.

-Frisk: Ha hahaha... Bem, é o que dizem: “O que vale é a intensão”.

-Johnny: É, pois é.

                Acabou que nós ficamos deitados na cama conversando sobre assuntos aleatórios. Apesar de todas as minhas preocupações com as audiências, até que conversar foi uma boa distração, e me ajudou a me acalmar. Eu não sabia o porquê, mas conversar com Johnny sempre me fazia esquecer de todos os meus problemas, me deixava até de certa forma... feliz? Eu não sabia o que era aquela sensação, mas eu sabia que ela estava se tornando mais forte a cada dia que passava. Toda vez que ele falava meu nome, ou que ele conversava comigo, até mesmo quando eu pensava nele, eu sentia meu rosto esquentar, e minha alma ressoar dentro de mim. Será que... eu realmente... gosto dele?

-Johnny: Frisk? Frisk! – Ele me chamou, me tirando de meus pensamentos.

-Frisk: Ah, desculpa...

-Johnny: Pensando na morte da bezerra é? – Desde quando você usa essa expressão?

-Frisk: Que!? Tá parecendo até minha professora da segunda série falando.

-Johnny: Hahaha, pior que é verdade.

                Nesse meio tempo, Papyrus nos chamou no quarto para nós irmos jantar. Afinal, depois de um dia cansativo, nada melhor que comer um prato de espaguete de Papyrus.

Narrador pov

                *Em um lugar não muito longe de Ebott*

-@%@#$&: Meu senhor, Razel, o senhor já irá colocar seu plano em prática?

-Razel: Sim. Nenhum humano sabe das atrocidades que aquele rei dos monstros já fez. E com isso, não haverá quem encontre argumento para salvar aqueles vermes. O dia deles na superfície estão contados.

-@%@#$&: Mas, o garoto não pode atrapalhar no plano?

-Razel: Sim, ele pode, e é por isso que você deve se preparar. Você deverá fazer tudo de acordo com o plano.

-@%@#$&: Sim, de acordo com o plano...

                Continua...