História Lifetale (2 temporada: "A volta da magia ao mundo") - "Conhecendo o desconhecido"

Johnny pov:

                Já faz cerca de 1 mês que Izaac faz parte de nossa família. Ele pareceu bem feliz convivendo conosco, embora ele prefira ficar sozinho a maior parte do tempo. Nesse pouco tempo de convivência, ele demostrou gostar bastante de magia, e sempre assiste os treinos que fazemos com Undyne. Eu já perguntei pra Zac se ele não gostaria de participar das atividades, já que eu sabia que ele gostava bastante das nossas batalhas e etc., mas ele sempre dizia que não sabia se sua alma era capaz de convocar algum tipo de magia.

                Como de costume, no treino de hoje, lá estava o garoto, sentado na arquibancada da arena nos observando. As vezes chegava até a ser assustador o modo como ele nos olhava, os olhos bem abertos, sem nem ao menos piscar, acompanhando tudo com muita cautela. Até a Chara tinha notado isso. Um dia ela até veio conversar comigo sobre como era assustador o modo como o Zac nos observava, parecendo literalmente que ele estava estudando nossa magia, ataques, habilidades, NOS estudando. E realmente, era bem estranho.

                Depois de nos aquecermos, eu fui novamente perguntar se Izaac não queria participar do treinamento:

-Johnny: Zac, Você tem certeza que vai ficar só nos olhando? Vem treinar também! – Eu falei com convicção para tentar incentiva-lo.

-Izaac: Mas eu nem sei se consigo usar magia, eu não sei se minha alma é forte o suficiente... – Eu pude ver uma certa insegurança na voz dele. Sempre que o assunto era magia, ele adorava conversar sobre nossas habilidades, mas nunca as dele.

-Johnny: É pra isso que a gente treina, pra melhorar nossas habilidades e limites, as vezes até descobrir novas habilidades. Treinamos pra fortalecer nossa alma.

-Izaac: ...Eu não sei Johnny... Eu não vou atrapalhar?

-Johnny: Izaac, – Eu geralmente só o chamava pelo nome quando eu queria falar sério – você fica parecendo aqueles cachorros famintos que ficam olhando pra aquelas máquinas de assar frango das padarias quando você fica na arquibancada assistindo a gente – só que no caso dele, ele era um Pit Bull.

-Izaac: *suspiro* Tá, ok, você me convenceu – Ele se levantou timidamente e me acompanhou até o centro da arena.

                Foi uma surpresa pra Undyne, Papyrus, Chara, Asriel e Frisk, que estavam na arena, verem que eu tinha convencido Zac a se juntar a nós.

-Undyne: Ohhh, o Johnny te convenceu treinar conosco? – Undyne mostrou um largo sorriso para Izaac.

-Izaac: É... ele me arrastou pra cá, heh.

-Chara: Poxa, finalmente cara! Você ficava parecendo aqueles cachorros famintos que ficam olhando pra aquelas máquinas de assar frango das padarias quando você fica na arquibancada – Eu olhei pro Zac com de quem falou “eu não disse?”, o que fez ele soltar um leve riso.

-Izaac: Okay, eu sei que vocês começam o treinamento fazendo um aquecimento e treinando alguns ataques e defesas... Mas, eu nem sei se eu consigo convocar alguma magia...

-Undyne: E desde quando alguém precisa saber convocar alguma magia para lutar? Hoje temos armas de fogo! – Ela retirou duas submetralhadoras, sabe-se lá de onde. Um sorriso maligno se formou no rosto dela.

-Papyrus: UNDYNE! ACHO QUE ISSO NÃO É NECESSÁRIO PARA O TREINAMENTO DO HUMANO! – Papy falou completamente desesperado, e com razão, afinal, uma arma daquele tamanho na mão de um garoto de 14 anos é algo meio pesado. Undyne é meio exagerada as vezes.

-Undyne: Hei, calma Papy, eu estou só brincando... MAS SE ELE QUISER TREINAR COM AS ARMAS, EU DEIXO!

-Papyrus: UNDYNE, NÃO!

-Undyne: UNDYNE, SIM!

-Johnny: Okay, gente, vamos acalmar os ânimos, a gente nem sabe se o Zac, consegue usar magia. Bem, vamos começar do começo – Eu me aproximei de Zac para explica-lo como a magia funcionava – Primeiramente, uma coisa importante que você precisa saber acima de tudo é que TODA alma é formada por uma certa porcentagem de magia – ele me ouvi atentamente – Para ser mais preciso, a alma é formada por um espírito, magia e determinação... e algumas outras coisas que eu não faço ideia do que sejam, bem, isso não importa, eu defino esse resto como a própria matéria da alma, ou a própria alma.

-Izaac: ... – ele me olhava confuso.

-Johnny: ...A alma é formada por magia, determinação e pelo seu espírito.

-Izaac: Okay, obrigado.

-Johnny: Certo, a diferença básica entre uma alma de um monstro e a alma de um humano é que os monstros possuem uma quantidade relativamente inferior de determinação em sua alma e uma quantidade relativamente superior de magia, se formos comparar a alma de um monstro com a de um humano. Já no nosso caso é o contrário, nós temos menos magia e mais determinação se formos comparar com um monstro. Por isso que os monstros são capazes de usar magia, eles tem muito mais magia em sua alma do que nós – Ele parecia compreender tudo até o momento – em teoria, todos os humanos também deveriam ser capazes de usar magia, tanto que há muito tempo atrás existiam grandes magos, foi assim que os monstros foram selados no subsolo, essa história que você já sabe.

-Izaac: Sim, certo – Ele balançou a cabeça em afirmação.

-Johnny: Entretanto, com o passar dos anos, como nós não utilizamos mais a magia, nós acabamos perdendo essa habilidade, mesmo com a pouca magia que existe em nossas almas. Entretanto, esse poder está retornando aos poucos, um exemplo sou, eu, a Chara, a Frisk...  Também a maioria dos nossos colegas lá da escola... nós conseguimos estimular a magia de nossas almas o suficiente para que nós pudéssemos usa-la efetivamente.

-Izaac: Então você deu essa volta toda, explicou isso tudo pra dizer que existe um meio de estimular a magia em minha alma para que eu possa convocar alguma magia.

-Johnny: ...Sim – É, acho que eu poderia ter simplificado mais a história – Enfim, geralmente a magia da alma humana é estimulada após entrar em contato com a magia de um monstro, é meio que algo natural, embora alguns humanos tenha dificuldades pra usar magia.

-Izaac: Então, como eu já entrei em contato com magia... eu já posso ser capaz de fazer alguma coisa?

-Johnny: Exatamente.

-Izaac: Mas... o que eu tenho que fazer?

-Johnny: Bem, descobrir qual magia você tem o domínio é algo difícil, as vezes acontece por acidente, as vezes por herança genética, as vezes sua personalidade pode definir sua magia. Sua alma tem como traço básico a justiça, isso pode influenciar em sua magia. Talvez você seja capaz de jogar todo o código penal pra cima do seu adversário, já que você é da justiça – Ba dum tis.

-Papyrus: AI MEU DEUS JOHNNY!!!! VOCÊ CONSEGUIU SER PIOR QUE O SANS!!!!

-Johnny: Eu disse que estava aprendendo com ele ;)

-Izaac: Hmmm, não sei se isso tá funcionando...

-Johnny: Okay, brincadeiras à parte, vamos tentear fazer alguns testes.

                Eu criei alguns alvos usando meu gelo, a fim de fazer com que Zac tentasse acerta-los de alguma forma.

-Johnny: Bem, por que você não tenta acertar aqueles alvos?

-Izaac: Bem, eu vou tentar... – Ele falou um pouco inseguro. Suas mãos estavam tremendo um pouco.

-Johnny: Não precisa ficar nervoso, olha, você tem que se manter calmo e concentrado, manter a mente limpa e tentar perceber se você sente algo diferente dentro de si. A magia é como uma energia que se espalha e contagia seu corpo.

-Izaac: Certo... me concentrar, e manter a mente limpa, né? Okay... – Ele fechou os olhos e estendeu uma das mãos em direção ao alvo. Nada aconteceu.

-Johnny: ...Bem... que tal tentarmos outro teste: Talvez você consiga movimentar algum desse objetos.

-Izaac: Tipo telecinese?

-Johnny: É, tipo telecinese.

                Como próximo teste, eu criei algumas esculturas pequenas de gelo. Talvez ele conseguisse mover alguns dos objetos. Ele se posicionou na frente das esculturas, e estendeu sua mão na direção de uma delas. Nada aconteceu. Ele tentou novamente. Nada aconteceu.

-Johnny: Hmmm, talvez seja o material de que é feito... Espera um pouco – eu comecei a revistar meus bolsos a procura de algo que fosse de metal. Talvez ele pudesse manipular objetos de metal, talvez ele possuísse o dom da metalocinese – Aqui, tenta entortar essa moeda, levitar ela...

                Ele tentou manipular a moeda de metal. Nada aconteceu. Tentamos diversos outros testes: Testamos os reflexos dele, a rapidez dele, testamos até ataques azuis, nenhum teste funcionou. Mas eu ainda queria testar uma última coisa... Eu tinha descoberto meus poderes de portais quando quase fui atropelado junto de Toriel e Frisk, quando eu fiquei sob pressão.

-Izaac: Ahhh, nada tá funcionando – Ele disse decepcionado – Acho que eu não consigo usar minha magia...

-Johnny: Espera, ainda tem um último teste que eu quero experimentar. Geralmente a magia também funciona quando estamos sob pressão...

-Izaac: como?

                Eu nem dei tempo para ele falar, apenas entrei em modo de batalha com ele. A alma amarela dele bem a minha frente, minha alma branca também em estado de alerta. É claro que eu não iria ataca-lo de verdade, mas talvez um susto fizesse ele tentar me atacar.

-Izaac: Johnny, o que é isso? – Ele estava confuso – Por que tudo ficou preto? Johnny?

-Johnny: Geralmente desse jeito a magia também funciona – Sem pensar duas vezes, eu atirei vários espinhos de gelo em direção ao garoto.

A única coisa que ele fez foi estender as duas mãos para frente, na expectativa de parar os espinhos ou de proteger o corpo. Algo aconteceu. Linhas amarelas saíram das pontas dos dedos de Izaac. Eram como correntes douradas que se estenderam até os meus espinhos de gelo e pararam sua trajetória pelo ar. As linhas se enrolaram em cada um dos projéteis e os deixaram pairando no ar. Foi surpreendente. Confesso que fiquei com dó de Zac por ter feito isso, ele estava tremendo e com os olhos bem fechados.

-Johnny: Uau – eu disse pra mim mesmo – Zac... abra os olhos...

-Izaac: Hã...? O que aconteceu? Você parou os espinhos? – Ele anda permanecia com os olhos fechados. Lentamente, ele abriu o olho esquerdo.

-Chara: Parece que alguém descobriu os poderes.

-Undyne: Ahá, esse é o espirito punk, você conseguiu!

-Papyrus: MUTIO BEM IZAAC, VOCÊ CONSEGUIU USAR SUA MAGIA! – As palavras de Papy fizeram Zac abrir os dois olhos por completo e ver os espinhos suspensos no ar por sua magia.

-Izaac: Eu... consegui. Eu consegui!

-Asriel: Isso foi golpe baixo Johnny – Asriel advertia o modo como estimulei a magia de Zac.

-Johnny: Eu disse que quando estamos sob pressão nossa magia funciona melhor – O sorriso de alegria dele foi substituído por uma expressão de indignação e ódio ao me encarar.

-Izaac: VOCÊ CALA A BOCA! VOCÊ QUASE ME MATOU DO CORAÇÃO CARA, ISSO NÃO SE FAZ! QUAL É O SEU PROBLEMA? E SE EU NÃO TIVESSE CONSEGUIDO USAR MINHA MAGIA!? – No surto de raiva Izaac, ele socou o ar como uma forma de descarregar a raiva.

Tal ato fez com que as linhas presas nos espinhos mudassem o sentido deles, apontando todos em minha direção, e os disparando novamente. Eu consegue, esforçadamente, desviar de meus próprios espinhos, foi impressionante como Zac tinha os mandado em minha direção a uma velocidade acima da qual eu os lancei sobre ele. Eu fiquei um tanto surpreso com a reação dele, não pelo surto de raiva, mas por ter “rebatido” os meus projéteis contra mim. Eu fico imaginando o que mais ele é capaz de fazer.

-Johnny: EITA... Essa foi por pouco – Eu retomei ao equilíbrio após ter desviado de cada um dos espinhos.

-Izaac: D-desculpa Johnny, mas sério, não faz isso de novo – Ele estava visivelmente chateado comigo. Eu estranhei o fato dele não ter demonstrado nenhuma surpresa ao ter lançado meu próprio ataque contra mim.

-Johnny: Hei, não precisa se desculpar, Zac. Eu sei que foi errado ter te assustado assim, mas mesmo que eu te acertasse, não teria com o que se preocupar, afinal, uma coisa importante sobre ataques com magia é que eles apenas causam danos caso quem efetuou os ataques tenha a intenção de machucar o adversário. Os espinhos que eu te lancei não causariam nenhum dano a você caso algum deles te acertasse, porque eu não tinha intenção alguma de te ferir.

-Izaac: ...Mas eu tinha... – Ele simplesmente baixou a cabeça e saiu da arena após ter dito a frase.

Foi um comportamento um tanto estranho o dele, o que ele quis dizer com “mas eu tinha”? Ele tinha a intenção de me ferir após ter usado meu próprio ataque contra mim? Não faria sentido se eu sofresse dano após ser atingido por meu próprio ataque. Tem algo muito errado acontecendo com o Izaac.

-Johnny: Eu vacilei tanto assim com ele? – eu perguntei olhando para o pessoal.

-Undyne: Olha, com ele acho que nem tanto, mas considerando que foi VOCÊ quem explicou TUDO pro Zac, enquanto EU sou a treinadora, foi meio que um vacilo seu comigo – Ela dizia com os braços cruzados e batendo o pé.

-Johnny: Ahh, foi mal Undyne, desculpa mesmo. Eu me empolguei um pouco com o assunto das almas, desculpa de verdade.

-Undyne: Hmpf, tá bom, mas é só dessa vez – ela me olhava com um olhar mortal.

-Asriel: Olha cara, foi golpe baixo com o garoto, Você pegou ele desprevenido. Não é à toa que ele ficou chateado.

-Frisk: Hmm, é Johnny, acho que você deixou ele bem assustado... Eu sei que você gosta de fazer algumas brincadeiras assim, mas acho que essa passou um pouco dos limites.

-Johnny: Sim... Eu sei. Eu vou me desculpar com ele.

-Undyne: Bem, acho melhor acabarmos com esse treino por aqui, semana que vem a gente volta no mesmo horário, beleza? – Todos concordamos e saímos da arena.

                Diferente dos outros, que seguiram em direção à cozinha, eu tomei outro rumo, comecei a andar pelos extensos corredores do castelo. Eu mesmo tinha projetado e construído todo o local, e eu nunca tinha reparado em como eram extensos os corredores. Porém, eles eram perfeitos para mim, eu podia ficar andando sem rumo, me perdendo em minha mente, até cair em alguma sala qualquer.

                Eu não conseguia parar de pensar no que Izaac tinha dito, “mas eu tinha”, ele tinha a intensão de me ferir... O que ele quis dizer com isso? Ele tinha uma certa firmeza na voz, como se ele tivesse feito alguma coisa com meus disparos que iriam me machucar caso algum deles me acertassem... Uma voz familiar interrompeu meus pensamentos:

-Chara: Você faz uma cara engraçada quando tá pensativo – Ela disse pra mim, e era verdade, lembro-me das inúmeras vezes que fiquei perdido em meu pensamentos em frente ao espelho do banheiro, e pude ver meu rosto nas mais diferentes e bizarras feições.

-Johnny: Heh, há quanto tempo você tá me seguindo?

-Chara: Ahh, desde quando você se separou do grupo – Uau, eu não tinha percebido ela me seguindo desde o começo? Desse jeito algum dia eu posso me dar muito mal.

-Johnny: Bem, o que você quer? Você não devia estar dando uns amassos com o Asriel? – Ela me deu um soco no ombro advertindo minha fala.

-Chara: E desde quando você sabe que nós dois estamos namorando?

-Johnny: Desde sempre? Brincadeira, eu já imaginava isso há muito tempo, vocês sempre foram muito grudados um no outro, aí de repente vocês ficaram mais colados ainda e começaram a ficar flertando um com o outro SEM PARAR. Aí eu tive a confirmação quando eu vi vocês se pegando gostoso nas escadarias da torre de acesso aos quartos.

-Chara: EI!!! A-a gente não fez nada de mais!!! Foi só um beijo...

-Johnny: E que beijo! – Eu brinquei com ela, a tirando do sério.

-Chara: Ahhh, foda-se, não pra isso que eu vim falar com você – Okay né – Enfim, eu queria falar sobre o Izaac.

-Johnny: Você percebeu também não é? Sobre o “mas eu tinha” não é? – Ela balançou a cabeça em afirmação.

-Chara: Ele parecia estar incitando alguma coisa, como se você fosse levar danos do próprio ataque – Até aí, nada diferente do que eu já tinha concluído.

-Johnny: Foi o que eu pensei também. Sabe, a impressão que eu tenho é que ele tá escondendo alguma coisa da gente – Ela concordou comigo novamente.

-Chara: Ele disse aquilo como se, ele tivesse...

-Johnny: ...Feito alguma coisa com meus projéteis? – Eu completei a frase

-Chara: É. Ele agiu como se já soubesse da agia dele – Nisso eu não tinha reparado. Naquele momento, ele realmente agiu como se já soubesse que podia usar magia.

-Johnny: É verdade, eu não tinha reparado nisso. Eu vou conversar com ele, talvez ele esteja passando pelo mesmo problema que eu passei, lembra, no meu aniversário de 11 anos? Eu sabia que eu tinha meus poderes, mas eles estavam ficando descontrolados. Talvez ele já sabia dos poderes dele, mas não nos contou por ter medo de nos machucar.

-Chara: É, pode ser. Mas eu ainda acho que tem alguma coisa...

-Johnny: Calma Chara, eu vou falar com ele, e descobrir alguma coisa a respeito dos poderes e magia dele.

-Chara: Beleza... – Depois de uma breve pausa, ela continuou a falar – Hmmm, e você e a Frisk, como estão? – Um sorriso malicioso se desenhou no rosto dela.

-Johnny: Eu estou bem. A Frisk também deve estar – eu a retribui com um sorriso sapeca.

-Chara: Aí, seu idiota, eu tô falando do namoro de vocês dois! – Ele socou meu ombro novamente. Para uma garota aparentemente delicada, ela era bem forte.

-Johnny: Hei, eu sei, tô só zuando com você. Nós dois vamos muito bem.

-Chara: ...Só isso? Vocês só “estão bem”?

-Johnny: Sim, ué. Por que, você quer saber todos os detalhes de nossa relação, é isso?

-Chara: Ai, claro né, não se faça de trouxa que eu sei muito bem que você é bem espertinho – Eu adorava ficar zuando com a Chara.

-Johnny: Olha, acho que você tá perguntando isso pra pessoa errada. Geralmente são as meninas que transformam o relacionamento em um conto de fadas quando vão contar pras amigas – Ela continuou me encarando com uma bela cara de bunda – ...Nós estamos dormindo juntos a maioria das noites, se é isso que você queria saber.

-Chara: M D S, TÁ BRINCANDO!?

-Johnny: Não, não tô brincando. E NÃO, NÃO fizemos NADA além de DORMIR na mesma cama – Eu disse antes que ela fizesse alguma pergunta infeliz.

-Chara: Own, sério? Pensei que vocês fossem ser mais safadinhos~

-Johnny: E você e o Asriel? Como está o relacionamento de vocês, hein?

-Chara: Ahhh, tenho que ir, tchau! – Ela simplesmente saiu correndo, após ter ficado completamente corada. Eu só não fui atrás dela pois eu tinha coisas mais importantes a fazer.

                Agora me restava apenas procurar o Izaac, eu tinha que esclarecer algumas coisas com ele.

                Continua...