História Lifetale (2 temporada: "A volta da magia ao mundo") - "Novos poderes"

Depois de algumas semanas, as coisas estavam melhorando entre os humanos e monstros. Infelizmente, ainda havia aqueles que contestavam essa convivência em conjunto, embora a maioria dos monstros ainda vivessem em Ebott. Em uma manhã de sexta-feira, último dia antes do final de semana, para a alegria das quatro crianças que viviam com a família Dreemurr, Johnny acordou entusiasmado. A cada aula com Toriel, ele sentia que seus poderes se tornavam mais fortes, ele sentia a magia percorrer seu corpo. Como de costume, ele se dirigiu ao banheiro do quarto para fazer sua higiene matinal. Mas o que ele viu quando se olhou no espelho... foi algo um tanto chocante.

                Johnny pov

                Como de costume, logo após eu acordar, eu fiu fazer minha higiene matinal, mas quando eu me olhei no espelho...

-Johnny: AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – Bem, eu não tive outra reação se não simplesmente gritar (Não me pergunte o porquê eu gritei, simplesmente foi um reflexo)

-Toriel: Minha criança, o que foi!? – Eu só acho que acabei acordando todo mundo que ainda estava dormindo.

                Como Toriel Geralmente acorda meia hora antes de todos na casa, ela provavelmente me escutou gritando (quem não deve ter escutado?), então ela veio correndo pro meu quarto. Mas ela também ficou paralisada quando me viu.

-Toriel: J-Johnny? O que aconteceu com você? – Ela começou a se aproximar lentamente de mim, perplexa.

                Por algum motivo, minha aparência tinha mudado. Minha pele estava mais pálida que o de comum, meus olhos não eram mais completamente castanhos, alguns “setores” de minha íris eram castanhos, outros eram em um tom azul claro. Algumas mechas de meu cabelo estavam platinadas, em uma mistura de loiro bem claro, prata e branco.

                E claro, não demorou mais que dois minutos, e todos da casa já estavam no meu quarto (eu sei que a casa é grande e os cômodos também, mas poxa, como cabem onze pessoas dentro de um mesmo quarto?). Até explicar o que tinha acontecido pra todos foi o suficiente pra quase nos fazer atrasar pra escola. Sim, apesar dos pesares, tirando a aparência física, tudo estava normal, e eu acabei indo pra escola do mesmo jeito. Foi engraçado a reação do pessoal da escola quando me viram.

                Como sempre, o dia foi bem cansativo, cheio de aulas chatas (duas aulas de matemática, SEGUIDAS, logo pela manhã não é nada legal). Para nossa alegria, tínhamos última aula do dia com Toriel, pra dar aquela descontraída. Ela separou nossa classe em 7 grupos, correspondendo a cada traço de cada Alma, ou seja: Perseverança, Integridade, Paciência, Bondade, Justiça, Bravura e Determinação. O correto seria dividir a sala em 9 grupos, já que Asriel tem uma Alma de Monstro Chefe, e eu uma alma Estável, mas ela achou melhor nos incluir no grupo que tinha menos integrantes (no caso o grupo “Determinação” tinha apenas Chara e Frisk, então nós quatro ficamos no mesmo grupo). Alguns alunos, entretanto, não eram capazes de usar magia por não possuírem Almas fortes. Mesmo assim, eles ficavam no grupo correspondente a Alma deles, e eles eram treinados a fortificar seus traços, para que eles pudessem ser capazes de usar a magia.

                Narrador pov

                A aula de controle de magia ia começar, então os estudantes foram para a quadra da escola formar seus grupos.

-Toriel: Boa tarde minhas crianças, na aula de hoje, vamos aprender uma técnica de defesa. – Ela recebia todos os alunos.

                Como em toda aula, Toriel fez uma demonstração da magia que ela ensinaria. Cada aluno tinha uma magia diferente, assim como um ataque especial diferente, do mesmo modo que os monstros, entretanto, no caso dos humanos, a Alma influenciava no tipo de magia da pessoa. Humanos com Almas Determinadas, Íntegras e Pacientes geralmente tinham um ponto forte em defesa. Almas Justas, Pacientes e Bravas geralmente tinham um ponto forte em ataque. Almas Bondosas geralmente tinham um ponto forte em cura e regeneração. Frisk não tinha uma magia específica, a própria determinação dela era sua magia. Chara conseguia invocar lâminas e projéteis. Asriel tinha a magia de fogo de Toriel e Asgore, além da sua própria magia. Ele era capaz de atirar estrelas, raios, arco-íris, invocar armas e espadas. Johnny conseguia usar sua magia de gelo para fazer praticamente o que ele quisesse, desde fazer escudos de gelo até construir esculturas de gelo.

-Sandy: Hey Jack Frost, você pode me ajudar? – Sandy era sobrinha do prefeito da cidade, uma antiga amiga de Johnny, assim como Frisk. Todos na escola chamavam Johnny pelo apelido de “Jack Frost” por causa da magia dele.

Sandy era uma menina magra, da mesma altura que Johnny, com cabelos negros, longos e lisos, chegando até a metade das costas da garota, pele clara, olhos castanho bem escuros, quase negros. Seus lábios eram bem róseos. Ela sempre usava uma tiara azul escuro, prendendo o cabelo completamente para trás.

-Johnny: Claro, do que você precisa?

-Sandy: Eu não estou conseguindo manter meu campo de força por muito tempo – Sandy tinha a Alma Integra, e sua magia era controle de campos eletromagnéticos.

-Johnny: Humm... bem você consegue criar seu campo de força, mas não consegue manter ele né?

-Sandy: Isso! Eu estou tentando manter ele por mais tempo, mas parece que quanto mais eu tento, mais rápido ele se desfaz! – Ela disse muito ansiosa.

-Johnny: Calma Sandy, calma. Acho que já sei porque você não tá conseguindo fazer o escudo.

-Sandy: JURA!?

-Johnny: Calma! Oxi guria, calma lá. Você tá muito ansiosa, tenta ficar mais calma, se concentra e tenta fazer o campo de força de novo.

-Sandy: S-será que é isso?

-Johnny: Vai por mim, você é muito elétrica, isso atrapalha a gente as vezes.

-Sandy: Ok... – Ela esperou uns 10 segundos para se acalmar e se concentrar, e em seguida tentou de novo – Eu... Eu, Eu tô conseguindo! – Um campo de força se formava na frente da garota.

-Toriel: Muito bem Sandy! – Toriel, que estava ajudando outros alunos, vinha ver como os outros estavam se saindo – Obrigada por ajuda-la Querido.

-Johnny: Isso não foi nada Toriel.

                Frisk observava Johnny Ajudando Sandy com uma cara entristecida.

-Chara: Você gosta dele né? – Chara dava uns tapinhas nas costas da irmã, e a olhava com um sorriso travesso.

-Frisk: O que!? Eu não... gosto...

-Asriel: Qual é Frisk, tá na cara que você gosta dele. E ele gosta de você também!

-Chara: É verdade!

-Frisk: E como vocês tem tanta certeza? – Ela perguntava com tom de discordância.

-Asriel: O modo como ele olha pra você, o jeito dele rir com você, os olhares perdidos que ele faz com você, os sorrisos que ele dá pra você, e que você também faz pra ele.

-Frisk: Ai gente, para, nada a ver, isso é tudo imaginação de vocês – Ela tentava fugir da conversa.

-Chara: Ah, é imaginação nossa né? E o seu olhar triste quando tava olhando pra ele ajudando a Sandy?

-Frisk: Ai gente, para! – Os dois olhavam pra Frisk com um sorriso safado – AI, TÁ BOM! Eu acho que gosto um pouco dele.

-Johnny: Gosta de quem? – Ele se aproximava dos três juntos de Toriel.

-Frisk: Ah, o-oi... J-Johnny, ha... é, bem...

-Asriel e Chara: PFffffFFff – Os dois se seguravam para não caírem na gargalhada.

-Johnny: ...? Genteeeee, alguém me explica o que tá acontecendo?

-Toriel: Oh, crianças, vocês podem ajudar os outros, eu acabei de lembrar que esqueci a lista de chamada na sala dos professores.

-Johnny: Mas você já fez a cham... – Ela saiu correndo, e deu uma piscadinha para Frisk, que retribuiu cochichando pra ela um “obrigada”. Toriel já tinha suas suspeitas sobre os sentimentos de Frisk – Bem, vai entender né.

-Frisk: Vamos ajudar os outros logo – Frisk saia o mais rápido possível dali para não ser pega com mais perguntas de Johnny.

                Os quatro acabaram fazendo o que Toriel pediu, ajudando os alunos que estavam com dificuldades.

-Johnny: Então Asriel, como as coisas estão indo?

-Asriel: Meio paradas, todo mundo já meio que pegou o esquema de defesa.

-Johnny: Se a Toriel não voltar logo isso daqui vai virar uma bagunça.

-Asriel: Sim, eu sei... Aí eu posso virar o Deus da HyperMorte pra fazer todo mundo ficar quieto!

-Johnny: Haha, a Toriel vai é te matar se você fizer isso. Falando nisso, você sabe porque você ainda consegue virar o “Deus da HyperMorte”? Quer dizer, tipo, você conseguiu aqueles poderes por causa das Almas humanas, e, bem, de todos os outros monstros, mas agora você tem sua própria Alma.

-Asriel: Eu não tenho muita certeza, até porque eu não sei se aqueles eram os poderes das almas combinados, ou se eram meus próprios poderes. Como eu não tinha uma Alma, quando eu as absorvi eu recuperei minha forma física, mas não sei aqueles poderes eram de fato “meus”. Eu acho que por parte eu sempre tive os tive mas acho que só com as Almas eu fui capaz de usa-los.

-Johnny: Isso é estranho...é tipo... como uma predisposição a ter esses poderes?

-Asriel: Acho que sim – Ele colocou a mão sobre o próprio peito, e dali fez com que sua alma ficasse pairando sobre sua mão.

-Johnny: Wow, Asriel, não faz isso sem avisar!

-Asriel: Por que não?

-Johnny: Sei lá, foi meio estranho...

-Asriel: A tá, desculpa – Ele colocou a Alma de Volta em seu lugar.

-Johnny: ...ARGHHH – De repente, Johnny caiu no chão com uma forte dor de cabeça. Ele não sabia o motivo daquilo, só sabia que várias coisas lhe passavam pelos olhos, imagens, visões, Almas, memórias.

                Quebra do tempo: 3 horas depois.

                Johnny acordava lentamente. Sua visão estava embaçada no começo, mas depois ele ^pode ver as coisas com mais nitidez. Ele estava deitado em uma maca, no laboratório de Alphys. Toriel, Alphys, Gaster, Chara, Asriel e Frisk também estavam naquela sala.

-Johnny: O que... aconteceu? – Ele perguntou, ainda atordoado, e sem entender o que tinha acontecido.

-Toriel: Johnny, filho! – Ela foi correndo dar um abraço nele – Você... você desmaiou na escola.

-Johnny: Eu... desmaiei? – Aos poucos, ele tentava se lembrar do que tinha acontecido.

-Alphys: Asriel nos cont-tou que vocês estavam c-conversando, e que d-de repente você caiu. – Aquilo foi como um tiro na cabeça do garoto, ele começava a se lembrar do que tinha acontecido, e em uma velocidade muito rápida, o que fez ele sentir novamente fortes dores.

-Johnny: Arg...

-Gaster: Com calma Johnny, com calma – O doutor tentava aliviar a dor do garoto, mas ao se aproximar para dar um remédio para Johnny...

-Johnny: Sua Alma – ele silabou em tom quase inaudível.

-Gaster: O que?

-Johnny: Eu consigo ver... sua Alma... De todos vocês...

-Alphys: Nossas A-Almas?

                Após um tempo, depois que Johnny se sentiu melhor, ele conseguiu explicar o que tinha acontecido antes de desmaiar, e que agora, ele podia ver as almas de todos.

-Gaster: ...Então você sentiu fortes dores de cabeça depois de ter visto a Alma de Asriel? E agora você consegue ver nossas almas, mesmo sem estar em modo de batalha ou que nós mesmos a coloquemos em estado de alerta?

-Johnny: Sim, quer dizer, não mais, mas eu consigo ver a Alma de vocês, se eu quiser.

-Gaster: Humm... – Ele se aproximou de alguns computadores que estavam na sala – Tente ver minha alma Johnny.

-Johnny: Certo.

-Gaster: Você está a vendo?

-Johnny: Sim.

-Gaster: Interessante, quando você vê minha alma, a quantidade de magia em seu corpo aumenta.

-Johnny: Como se eu estivesse usando magia para ver sua alma.

-Gaster: Exatamente. Parece que você tem um novo poder: “Ver Almas”.

-Toriel: Você acha que isso tem a ver com as mudanças na aparência dele?

-Gaster: Com certeza. A quantidade de magia de Johnny vem aumentando a cada dia, e essas mudanças físicas dele talvez sejam uma consequência desse aumento. E quanto magia, mais poderes podem aparecer.

                Aquilo era uma surpresa para todos. Johnny já era bem forte, e saber que ele poderia ter mais poderes era inacreditável. Depois de uns 20 minutos, todos foram para casa. Já estava escuro quando eles saíram do laboratório. Eram muitas as possibilidades dos novos poderes que Johnny poderia ter. Ele sentia sua alma ressoar dentro de si, seus poderes crescendo, e, de por algum motivo, ele se sentia incomodado com aquilo.

                Continua...