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História Ligações Perigosas - Welcome to the Court


Escrita por: LadyLunaRiddle

Notas do Autor


Novo Capítulo!
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Capítulo 3 - Welcome to the Court


Fanfic / Fanfiction Ligações Perigosas - Welcome to the Court

II

Se puder aprender a amar o seu inimigo, você está um passo á frente, eram o que diziam os grandes pensadores que vez ou outra, Astoria ouvia na Corte Francesa, ao longo da sua curta vida.

E quando esse dito inimigo era a pessoa com quem devia casar, você devia reforçar com todas as forças, esse mantra em sua cabeça. Mas estava difícil para a jovem Astoria que sentia os olhos acinzentados de seu noivo, Rei Draco sob ela, como se avaliasse cada gesto e passo que ela dava, isso fazia-a engolir em seco. Que ele desejava? Já tinha direito a formação de aliança, se conseguisse conquistar novamente o trono Inglês para ela, seria rei dos dois Países.

Ele era um completo estranho para ela, e aqueles olhos gulosos sob ela, era algo que a assustava profundamente, ele tinha mandado dar aquele baile em honra dela, mas ela sabia de antemão e sem precisar ser muito inteligente, que não era por boas intenções, tanto ele como sua mãe, Rainha Narcisa.

Aquilo podia ser considerado um teste de fogo, ela era apresentada a todos os membros da corte Norueguesa, para que pudessem conhecê-la ou como Astoria havia fixado na sua cabeça, ser exibida como objecto de ouro, e disfarçar sorrisos de contentamento, ela era como prova de que o Rei deles tinha boa visão e via perspectivas de ascensão com ela por perto.

Tudo na sua aproximação inspirava o perigo, clara e perigosamente não conseguia entender o porque. Mas como boa moça e princesa que deveria ser, que havia aprendido com sua falecida mãe, sempre faça a desentendida.

Todos observavam os passos dele, alguns com temor e tanto por alguns e por outros, uma clara devoção. Aproximara-se de si, bem perto o que as regras do decoro diriam que ele tinha passado dos limites, mas algo intuía a Astoria que ele não ligava para isso, ele tinha sua própria regra e limite.

Ele roçava seus cabelos, bem perto de seus ouvidos, sussurrando.

—Gostando da sua festa, princesa?

—Amando…- A resposta saira automática e monossilábica, mas ela não sabia que dizer, ele estava perto demais e isso deixava-a acuada, ao que ele ficara com sua seriedade habitual, mas ao notar esse detalhe dera um charmoso sorriso do lado, até que seu braço esticara para a frente, ele queria o que ela pensava que ele queria? Dançar a solo  com ela, fazendo os outros recuarem?

Oh, sim claramente dera-lhe o braço e havia-o seguido para o meio do salão, isso estava deixando-a cada vez mais com a vontade de esconder-se nos cantos ou correr para seus aposentos, mas ela já havia passado por isso, quando fora para a Áustria e fora apresentada a corte austríaca, mas aquela não era claramente uma situação como fora antes, seu falecido marido gostava de deixá-la a vontade e não a expunha desnecessariamente. Coisa que seu noivo e Rei Draco não parecia ter a sensibilidade, ele fazia aquilo porque simplesmente…desejava, somente isso. Ele parecia estar amando vendo-a naquele estado absoluto de nervos entre pessoas de alta nobreza norueguesa, da qual ela não entendia a língua e muitos menos, alguns costumes.

Na realidade, se fosse identificar um olhar específico e geral por ali, ela identificara um em particular, indiferença.

Aquelas “pavões” olhavam para ela e viam uma estrangeira que estava ali por desígnios do seu soberano, Rei Draco, simplesmente isso. O que era meio uma mentira, mas o que uma mulher fazia ou pensava nunca fora importante para a sociedade em que se vivia, fosse na França, Inglaterra ou Noruega.

Mas, ela era uma princesa e ninguém ali a rebaixaria não mesmo, tinha seu orgulho, virara-se para seu par, com um olhar bem sério, ele ficara com uma covinha de riso em seu bélico e esculpido rosto, não podia negar…que ele era bonito.

—Que tensa, senhora…deveria relaxar.

Que tom mais jocoso, quase que ia dizendo o que não queria que saísse, mas decidira responder, não queria passar por muda ou omissa.

—Muito em breve, relaxarei…

—Oh, não tenho dúvidas…ademais certificar-me-ei disso mesmo.

Essa afirmação fizera-a franzir o cenho, mas antes de puder perguntar que ele queria dizer com aquilo, a música começara a soar e os dois executaram a dança na perfeição, as voltas perfeitas, as mãos na posição certa, tudo belicamente executado. Quem via de fora, via a perfeição em cada passo dado e em cada entrosamento de mãos, os olhares eram fixos e quase nada transmitiam, o que fizera os dois encararem-se com seriedade.

Até que mudara a musica que soava nos alaudes e nos demais instrumentos, para uma típica do País, que contrastava com a influência crescente do exotismo que começara a proliferar mais a ocidente, nos Países como França, Espanha e Portugal, os noruegueses tinham uma dança que podia ser considerada, ingénua e encantadora. Aquilo fizera-a dar um ligeiro sorriso, pensavam que ela se acuaria? Ou se incomodaria?

Mas ela conhecia bem demais os variados tipos de dança ao redor dos Países, na realidade ela tinha um gosto especial e amor pela dança. E quando todos, pensavam que ele daria o erro fatal da noite, como antevira nos olhares que viu nos giros da dança, inícios de risos jocosos em seus rostos excessivamente maquilhados.

Ela executara a dança na perfeição, sob o olhar mal disfarçado de espanto e ela não conseguira deixar de sorrir do seu triunfo que por momentos esquecera da cautela e o olhar aquietado, voltando-se no final da dança para o Rei que acabara de conduzi-la, com aquele mesmo sorriso, algo que parecera tê-lo deixado imensamente satisfeito, o seu sorriso era de puro orgulho dela? Mas porque? O cansaço estava fazendo você alucinar, Astoria, porque só podia?

—Viu como relaxou, princesa Astoria?- Ela respirava ligeiramente mais ofegante, a dança podia ser singela mas era cansativa, seu peito subia e descia conforme olhava para ele, sem saber que responder. Ele estava impávido e sereno,olhando-a.

—Planeou isto?- A pergunta algo mordaz, havia-lhe saído de súbito e sem pensar com clareza,  sem que pudesse conter-

O olhar dele voltara-se dela para o salão e não respondera de imediato, levando e conduzindo-a para perto dele na mesa principal e destacada ali naquele longo salão de baile, pelos vistos ele tinha esquecido a pergunta, que fizera-a suspirar meio aliviada, mas fora vão engano, mal havia-a deixado devidamente sentada, ele sussurra a suas costas.

— Desde que pisou vossos belos sapatos em solo norueguês, princesa Astoria, tudo que lhe tem acontecido e acontecerá…é porque eu desejo que aconteça e que assim seja.

Aquela frase sussurrada parecia equivaler a uma sentença que ele estava proferindo, vinha carregada com um quê de autoridade e um tom que roçava o óbvio, era normal num Rei mesmo.

Ela suspirara, estava meio acostumada com esse autoritarismo desacerbado .

—Entendi, sua alteza…

Ela não voltara a olhar para ele, havia desviado o rosto para não encará-lo, mas sentia o olhar dele queimando a suas costas, sentira a cadeira do lado ser desviada para trás e sentara-se.

—Não me desiluda, Astoria…

Astoria voltara o olhar para Draco, vendo o olhar dele sob ela, todo o seu olhar agora era claro e ela sabia que tipo de olhar era, claramente lascivo e parecia desnuda-la a cada respirar, ele distorcera seu sorriso num canto da boca e voltara a olhar para a frente, evitando-a de mais constrangimento e do embaraçoso arrepio que lhe percorrera o corpo de alto a baixo. Mas a voz dele estava bem perto agora, enquanto ela observava a corte dançar no centro do salão.

—Se bem que pelo que vejo…não irá fazer isso, mas vossa inocência me fascina…

—Que quereis dizer com isso?

—Que esse casamento vai ser…incrível….

Disso, ela tinha algumas dúvidas, ou será que não?


Notas Finais


<3


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