História Ligações Perigosas - The Marriage

V

"Os olhos são o espelho da alma."

Conforme ela acabava de se arrumar, o rosto que o espelho lhe mostrava, era sério e impassivo, mas em seu interior era bem diferente. Astoria reconhecia que estava deslumbrante e tudo nela inspirava riqueza e felicidade.

Apesar de ela estar impecavelmente vestida e receber a admiração das damas que a ajudavam, com seu vestido branco longo com brocados de ouro e o desenho no seu corset, ela sentia-se acuada e fora do seu lugar.

Era o seu semblante naquele instante.

No seu primeiro casamento ela não sentira aquela apreensão e nem aqueles nervos consumindo-a.  Mas também, ela não sabia o que esperar no seu primeiro casamento, era ingénua e inocente até demais, Theodore havia sido o que havia de mais paciente com ela e com ele havia descoberto mais sobre quem ela era , sobre o que era ser mulher e também principalmente, sobre o que era ser uma regente, uma princesa…

Era coisa que não acontecia agora, seu próximo marido era um homem completamente diferente, Draco era tudo menos paciente, era autoritário, um tanto frio.

E iria unir-se a ele da forma mais definitiva possível, um casamento. E isso mesmo que não admite-se nem para si mesma, a apavorava mais do que a Guerra que se avizinhava com a Inglaterra.

—Sua alteza?

Ela dera um pulo imperceptível para todas aquelas damas que ela não a conhecia, mas não para Pansy que havia-a chamado, ela não gostava por norma que suas melhores amigas se dirigissem assim a ela, mas não estavam na França e muito menos, em terras conhecidas. Eram as estrangeiras ali, pelo que tinham que seguir o protocolo á risca.

Ela descera do cimo da base que estava á horas, arrumando-se, aproximara-se de Pansy e dispensara com um leve mover de sua cabeça, todas as damas numa ordem implícita para deixá-la a sós com sua dama de companhia.

—Pansy…

—Pensei em vir ver-vos, estais tão nervosa, Tory isso não é costume teu…

—Mas, você sabe porque estou nervosa…esse louco conseguiu fazer um casamento …em uma semana…como é possível…?

Pansy dera de ombros, suspirando longamente, Astoria via em seus olhos grandes olheiras, como se ela não houvesse dormido bem ou estivesse preocupada por algo.

—Pansy você está bem?

—Eu estou…só cansada, muito que organizar, levantei muito cedo…- Se ela mentia, Astoria não conseguia ver em sua voz algum resquício, mas havia algo mais ali que ela não queria contar.

Não tivera muito tempo para pensar ou perguntar algo mais, aparecia na porta, o meio irmão de Draco, Blaise sendo acompanhado por uma das damas que corria e ofegava, como furiosa de ele não ter esperado ser anunciado, ao que Astoria não incomodara-se e muito menos, Blaise que com um arquejar de sobrancelha, dispensara a dama que ia engolindo o seu orgulho.

—Sir. Blaise…?

—Sua alteza…o rei já a espera…- Astoria assentira com um leve menear de cabeça, engolindo em seco, mas a reação de Pansy que a deixara mais intrigada, ela corara sob o olhar que o homem lhe dispensava e notara que ele sorrira de leve, antes de fazer a vénia e retirar-se. Que clima era aquele no ar? Blaise e Pansy? Não...isso dera-lhe vontade de rir.

—Hm…

—Que, Tory? – Ela estava completamente vermelha, ao que ela não aguentara e rira com seu acanhamento .

—Depois falamos…

E sendo auxiliada por ela, ambas assustaram-se ao verem entrando afobada e meio alterada, Hermione que desde aos dias andava-a evitando, e isso não lhe estava caindo muito bem. 

—Tory…

—Mione…está tudo bem?

Hermione olhava os olhos de sua soberana e melhor amiga, evitando novamente encarar por muito tempo, a culpa estava engolindo-a aos poucos e colocara-se do lado de Pansy, disfarçando um sorriso.

—Sim, porque?

—Sei quando mente, está mentindo para mim…

—Tory...

— Temos que ir …agora mas logo falamos...

Hermione assentira colocando um rosto mais sério, e juntas, as três caminharam para a porta, recolhendo-se ao silêncio e caminhando para a Catedral que era adjacente ao Castelo.

Astoria não entendia essa atitude, adiara por tempo demais a conversa que teria que ter com ela. Além de ser sua melhor amiga, juntamente com Pansy, encontrava-se preocupada, mas agora não podia pensar nisso, tinha algo grande a enfrentar.

***

Draco estava como era normal nele, sério e austero ,olhando todos ali altaneiramente, muitos dos nobres e aristocratas que ali encontravam-se que lhe lançavam olhares sorridentes, por serem notados pelo soberano, falsamente o admiravam e sobretudo temiam, conseguira em uma semana, que o casamento e as pessoas principais estivessem presentes.

Não era por nada que ele tinha a fama que tinha, muitos perguntavam-se dessa excentricidade mas ele não havia dado indícios do porque. Mas quando a porta da Catedral abrira, todos viraram a cabeça para ver, a futura rainha entrar, os homens principalmente começaram a entender o motivo do adiantar do seu casamento.

Ela estava deslumbrante e de tirar o fôlego de tão bela que estava, ele queria mais do que tudo ter aquela mulher debaixo de si e sabia por norma, que não a teria sem estarem casados, conhecia demasiado bem o tipo que ela era de mulher.

Suave, determinada, elegante e era bem consciente dos seus dotes e sabia como usá-los, mesmo que quieta e no seu canto, mas o interior que ela possuia, ele ansiava descobrir tanto fisicamente como psicologicamente.

E bem se com o dinheiro, poder e influência que ele tinha, não podia ser excêntrico, quem mais poderia?

E além de ela ser bela, dar-lhe-ia herdeiros que ele estava na idade de ter, sendo que era pressionado por seu povo para ter, porque algo que o seu falecido pai lhe havia dito era " A Tua Cabeça sustenta a coroa, mas essa coroa é feita pelo o teu povo e a ele deves escutar acima de tudo."

Havia sido uma das raras lições que lhe havia trasmitido, apesar de tudo que havia acontecido.

E principalmente, lhe daria acesso as terras que ele almejava colocar suas mãos aos tempos, ele tinha seus próprios motivos para querer a Inglaterra e o sangue do Riddle, mas isso não vinha ao caso.

Ela chegara perto de si, sozinha tendo as suas damas de companhia ajeitando o seu vestido, o olhar fechado e sério de Astoria encontrara com seu, ele iria descortinar aquela mulher, ai se ele iria.

 Astoria estendera a sua mão para ele, que segurara sem hesitação, ao notar o dura e direita que ela estava olhando em frente e recusando-se a olhar para ele novamente, isso não o intrigara.

Ambos ajoelharam-se defronte do padre que começara com a cerimónia, ao que Draco aproveitara para sussurrar perto dela.

—Sorria, Astoria…

—Porque?

—Está prestes a selar seu destino...

Ela nada lhe respondera, mas não era necessário, o leve tremor que ele sentiu vindo dela, era o suficiente.

***

A cerimónia passara muito rápida para Astoria, como o banquete, sendo que havia chegado dos momentos que ela considerara sempre embaraçoso nos casamentos reais, o consumamento do casamento.

Porque tinha que ser público? Os altos membros da nobreza iriam assistir nos primeiros momentos em que ela e seu marido copulavam. Era verdadeiramente embaraçoso e ela estava incrivelmente tensa.

Ela encontrava-se nos aposentos de Draco, haviam-na encaminhando para lá, apesar de Pansy e Hermione tentarem acalmá-la, era meio inútil, ela só andava de um lado ao outro esperando seu marido vir. Só querendo que aquela noite passa-se o mais rápido possível.

Ao que ele adentrara momentos depois, ela prendera a respiração ao olhar para ele só de sua longa camisa, o que embaraçara Pansy e Hermione que apressaram-se em retirar.

Mas a visão de seu marido, ela não conseguira desviar o olhar, vendo-o de alto a baixo e isso contribuirá para que ele passa-se o mesmo exame por ela bem devagar, mas duvidava que ele conseguisse ver muito até ver que ele a observava atrás do reflexo do candelabro alto atrás, vendo a sombra de suas curvas, que a fizera corar.

Ele estendera-lhe a mão desta vez , surpreendendo-a, ao que ela segurara sua mão e levemente a puxara para ele, sem desviar o olhar dos seus olhos, naquele momento ela não conseguia simplesmente manter-se firme e séria, toda ela tremia até que pousara sua mão sob seu peito coberto ainda pela longa camisa e num gesto em nada tímido ou contido, ele beijara-lhe os lábios com uma delicadeza e gentileza que ela ainda não havia conhecido até aquele momento, como se ele desejasse acalmá-la e isso aos poucos fora de fato acalmando-a, sua boca exigia que ela entreabrisse e deixasse-o invadir, trazer aquela sensação relaxante a todo seu corpo, devagar era encaminhada para a cama sem notar que aos poucos os membros da nobreza entravam e tomavam os seus lugares nem tão perto e nem tão longe deles.

Devagar os seus beijos desceram dos lábios, baixando para o seu pescoço, apesar de prazeroso, ela viu que eles já estavam lá, a consciência de que era observada a travava, ao que ele sussurrara aos seus ouvidos.

—Relaxa, minha rainha …concentre-se em mim …

Aquela frase a relaxara mais do que ela pensasse possível, ao que ela olhara para seu olhos e num gesto inesperado pelo loiro, ela mergulhara suas mãos delicadamente nos seus cabelos longos e beijara-lhe meio que timidamente, ao que ele descia com suas longas mãos pelo corpo de sua rainha e encontrara as cobertas, tapando-os até aos ombros para que não vissem, só a ele pertencia ver o corpo de sua mulher e voltara a descer suas mãos pelas curvas majestosas que Astoria detinha ao que ela suspirara com cada toque e ele descobrira-se satisfeito, ao ver que ela era realmente uma caixinha de surpresas a ser descoberta.

Subira-lhe levemente a camisola até sua barriga, apoiando suas mãos sob a cama para não deixar cair o seu corpo, sob aquele corpo pequeno e sendo observados, como eram, não podia fazer muito mais, parara o beijo só por segundos para observar que ela detinha os olhos fechados, extasiando com as sensações que ele lhe brindava.

E ao notar que ele havia-a parado de a beijar, a morena abrira os olhos, fixando nos dele, mostrando todo o seu desejo, que enegrecia seus olhos e lhe brindava um sorriso que ele ficara encantado em descobrir e queria ver mais vezes.

Ele subira suas mãos pelas coxas grossas que ela possuía, deixando cair um pouco de seu peso sobre ela, que correspondia de forma formidável, abraçando-lhe e enterrando o seu rosto no seu ombro e pescoço, sentia a sua respiração ofegante de expectativa.

E lentamente tocara seu clitóris que estava descoberto, ao que ela arfara de alivio ao sentir seu toque e isso aumentara de sobremaneira o seu desejo e seu pénis pulsava por adentrar aquela cavidade húmida que ela possuía entre suas pernas, mas ele freara-se , queria sentir se ela estava verdadeiramente pronta para ele e devagar, adentrara facilmente dois de seus dedos dentro dela, que soltara dois gemidos inesperados, ao que ele sorrira satisfeito com aquela entrega dela, ele realmente iria ser muito feliz nesse casamento, ela era incrivelmente quente na cama.

E não aguentando esperar muito mais, retirara seus dedos e substituirá por seu pénis, adentrando fortemente e profundamente dentro da morena que gemera alto ao que ele beijara-lhe os lábios , contendo o som que saia de seus lábios e continuara a estocar dentro de sua esposa que aos poucos abria ainda mais suas pernas e permitindo que ele fosse cada vez mais fundo dentro de si até que ela rodeara com suas coxas em volta de sua cintura, os unindo ainda mais.

Ambos nem notaram quando os súbditos saíram sérios e meio constrangidos do quarto dos soberanos, mas ficaram com a certeza de que estes iriam ter um longo e próspero casamento, principalmente a rainha Narcisa que detinha o olhar mais atento aos dois e gostara de ver que os dois se entendiam no mais elementar do casamento, agradara-lhe que seu filho estivesse satisfeito.

E passado minutos, ambos chegaram no ápice meio violento e exasperado, ao que Draco derramara-se dentro de sua esposa e retirara-se de dentro dela e rodando para o lado, deitando-se sob a cama, arfando um pouco mas nem tanto quanto sua esposa que olhava para este, corando imenso, ele era incrivelmente bom, ela tinha que admitir.

—Você é realmente maravilhosa, minha senhora…

Esta não soubera que responder mas sentia-se mesmo sem admitir orgulhosa que ele achasse isso e ele sorrira de um modo que não a irritava, sincero e calmo que deixara a morena sem saber como reagir, só soubera que ele voltara a beijá-la e ela perdera novamente o controle sobre si mesma, só queria mais daquele corpo sob o dela e fazê-la sentir como antes e ao sentir a potente erecção de seu marido na sua coxa, ela soubera que não era única e que aquela noite ainda prometia muito mais, a coroação e o resto do Mundo podia esperar até amanhã.