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História Ligados pelo Destino - Vida Nova


Escrita por: pleine_lune

Notas do Autor


Olá a todos! Primeiramente agradeço por darem um pouco do seu tempo para minha historia, que é a primeira que faço. Nem preciso dizer o quanto estou curiosa para saber o que acharão dela e se vale a pena continuar.
Sintam-se a vontade para fazer críticas construtivas, dizer o que gostaram e o que não gostaram ok?
Bom, é isso. obrigada e espero que curtam.

Capítulo 1 - Vida Nova


Sofia Monet havia se mudado a menos de uma semana para a pequena Village Sucre, uma cidade muito tranqüila e segura no interior da França pois já não suportava a agitação de Paris.

Era como se sua vida vibrasse em uma freqüência diferente daquela cidade e das pessoas dali. Ela possuía uma natureza muito tranqüila, gostava de programas simples e sentia certa dificuldade de aprofundar amizades, já que as garotas e jovens de sua idade estavam sempre em baladas e vivendo como se cada dia fosse o último. Porém, essa sua rejeição ao ciclo social lhe causava certa solidão que era agravada pela ausência dos seus pais, que por razão de suas profissões viajavam sem parar: ele, piloto de avião e ela por ironia do destino, aeromoça.

Por entender a solidão da filha e também pelo fato de que lá ela teria a companhia de sua tia Vivian, a irmã mais nova de seu pai, eles permitiram que se mudasse. Iria cursar o ultimo ano em um ótimo colégio, o Sweet  Amoris e lá mesmo optar por uma faculdade, já que a própria escola dispunha de várias opções e também de alguns cursos profissionalizantes. Quem sabe em uma cidade menor ela finalmente fizesse amizades, já que  vivia se queixando da superficialidade das pessoas da cidade grande! Sendo Village Sucre uma cidade tranqüila e sua tia Vivian alguém com quem ela se dava muitíssimo bem, eles poderiam ficar menos preocupados.

Era seu primeiro dia no novo colégio e já acordara atrasada.  Não poderia desejar nada melhor do que isso para conseguir entrar sem chamar atenção. Sofia não era tímida, mas também não costumava sentir-se a vontade quando ainda não conhecia bem as pessoas. Em geral, isso não levava muito tempo, pois era uma garota doce e bem humorada, com isso conseguia se entrosar em qualquer esfera, mas um colégio novo sempre gera receios e expectativas e isso a deixava com certa insegurança.

Tomou um banho mais do que rápido vestindo um jeans escuro, sapatilhas negras de saltinho com uma blusinha branca estilo corpete com botões marfim e alças douradas. Um visual discreto, porém, em seu corpo de medidas perfeitas qualquer coisa lhe caía bem. Deixou os cabelos negros na altura dos ombros soltos com suas ondulações naturais, não era adepta a chapinha e afins, de maquiagem, apenas o indispensável batom sem o qual não saía de casa. Pegou sua mochila e saiu apressada tomando um suco de caixinha pelo caminho.

O trajeto foi rápido já que sua tia morava a duas quadras da escola, o que facilitaria imensamente sua vida. O sinal já havia tocado como era de se esperar e após uma rápida passagem pelo grêmio a fim de pegar sua grade de horários, bateu na porta recém fechada pelo professor:

Prof Feraise – É a nova aluna certo? Pode entrar e não se preocupe com o atraso, por hoje passa, mas antes por favor se apresente para a turma.

Sofia – Bom dia , meu nome é Sofia Monet, tenho 18 anos e como podem ver estou atrasada demais para tomar mais ainda o tempo da aula falando de mim (espero que o professor entenda com bom humor e me libere desse ritual maligno de falar de si mesmo ) – pensou Sofia.

Alguns esboçaram um sorriso percebendo seu senso de humor e assim, ela logo procurou um lugar no canto ao fundo e sentou-se prestando atenção as aulas que se seguiram até que soa o intervalo.

 -  Oi, Sofia não é? –  perguntou uma garota muito bonita de cabelos brancos e longos.

Sofia: Sim e você é ?

  - Rosália, mas me chame de Rosa. Imagino o quanto é chato não conhecer ninguém em seu primeiro dia ! Vem comigo e te enturmo rapidinho – falou a garota em tom bastante amigável, o que fez com que ela prontamente aceitasse a oferta.

- Ei, a onde pensam que vão sem mim? – um rapaz de cabelos azuis e sorriso franco se aproximou das duas.

Rosalia: Calma Alexy ninguém aqui vai a nenhum lugar sem você – disse a garota revirando os olhos – mas também não precisa chegar fazendo esse escândalo ne? Vai assustar a garota!
 

Alexy: Oi Sofia , me chamo Alex e sou praticamente companhia indispensável aqui e em qualquer lugar devido meu extremo bom gosto, alto astral e o mais importante : minha humildade e modéstia – falou gargalhando.

Sofia: Nossa Alexy eu nem sabia que falta você fazia em minha vida até esse exato momento! – disse ela mantendo o humor.

Alexy: Já vi que você é das minhas, perde o amigo mas não perde a piada – respondeu puxando as duas pelo braço – agora vamos logo para o patio para ao menos te dar uma noção do colégio.

Os três saíram e Rosa e Alexy mostraram brevemente o colégio para Sofia. Era de fato primoroso: duas quadras de esportes, salão de festas onde aconteciam os eventos da escola, uma piscina enorme onde praticavam aula de natação e competições. A ala do ensino médio e das faculdades eram separadas apenas pela área da cantina, onde logo que chegaram, avistaram três rapazes e um deles (idêntico a Alexy) fez sinal para que se juntassem a eles e logo o grupo se reuniu.

 Alexy:  Vem Sofia, deixa eu te apresentar meu irmão gêmeo Armim, e nossos outros amigos – disse Alexy colocando a mão sobre o ombro do rapaz que tinha cabelos negros e  olhos azuis. De fato eram idênticos, mas além da cor dos cabelos algo mais os diferenciava, pois era evidente o quanto Armim era mais contrito do que Alexy.

Armim:  Oi Sofia seja bem vinda, vejo pela empolgação que meu irmão já te elegeu seu novo projeto – disse sorrindo.

Sofia: Oi Armim, é um prazer conhecê-los, mas como assim “seu novo projeto”?

Armim: Ah, deixa quieto, logo você vai descobrir!

Alexy: liga não fofa, esse aí só se interessa por jogos eletrônicos e acha que opinar na roupa, maquiagem, estilo e postura é fazer de alguém projeto, veja só que absurdo!

Sofia: Nossa, imagina ne? Acho que já entendi Armim – disse ela sorrindo de canto.

Alexy:  bom , esse ruivinho aqui com eterna cara de segunda – feira é o Castiel, parece que morde mas não morde, é só seu estado permanente de mau humor.

Castiel não disse palavra, até que Rosália se pronunciou:

Rosalia: credo Castiel , não vai tirar pedaço dizer “oi ” sabia?

Castiel: Oi

Sofia apenas acenou com a cabeça e esboçou um mínimo sorriso. “deve ser aquele tipo que só porque é bonito despreza todo mundo” pensou ela.

Alexy: bom, por fim e não menos importante,  Lysandre cunhado da Rosa, isso porque ela namora o irmão dele ta? Ele mesmo está livre, leve e solto (risos)  – Sofia ficou imediatamente corada com a brincadeira de Alexy e não teve outra escolha senão rir com bom humor.

Lysandre:  Mas o que é isso Alexy? Você está trabalhando agora em alguma espécie de site de relacionamentos? – indagou Lysandre tentando manter o tom de humor com muito esforço, já que não era de sua personalidade brincar dessa maneira, e, justamente por isso, este parecia ser o passa -tempo predileto de Alexy: deixá-lo sem graça . –  Muito prazer Sofia , com o tempo você verá que isso é o mínimo que Alexy faz com as pessoas  ( todos sorriram ) espero realmente que goste daqui.

Sofia: Obrigada Lysandre, a princípio gostei sim ao menos estou sendo muito bem recebida por todos, quer dizer ... - falou a garota olhando diretamente para Castiel que mantinha sua postura indiferente e distante.

Durante todo o intervalo o grupo conversou sobre a escola, o que costumavam fazer aos finais de semana, a idade de cada um que ia dos 18 (Rosa, Alexy , Armim e Sofia ) aos 20 (Castiel e Lysandre) estes últimos cursavam 2º ano de música e arquitetura respectivamente. Sofia falou um pouco de si, as razoes pelas quais se mudou de Paris, o trabalho de seus pais e enquanto conversavam Rosália observava o cunhado com certa expressão de surpresa, pois Lysandre  parecia em transe olhando para Sofia totalmente envolvido por sua suavidade e carisma.

Para Rosália aquilo era inédito. Nunca vira seu cunhado encantado com quem quer que fosse normalmente era ele quem encantava. Era culto, educado, de modos corteses, além de uma beleza incomum. Muitas vezes fingia não entender as indiretas das garotas, seu interesse parecia estar sempre voltado ao seu curso de arquitetura e ao mundo das artes em geral: música, literatura, poesia. Sim ele escrevia, mas jamais deixava que alguém lesse algum de seus versos.

Sofia: Bom, obrigada mesmo Rosa e Alexy por me apresentarem seus amigos.

Rosa: que agora são seus também! – falou a platinada olhando de canto para o cunhado.

Armim: claro, a Rosa tem razão, só toma cuidado com o Alexy ta? Ele é doido pra saber como seria uma versão morena da Lady Gaga.

(gargalhadas de todos)

Sofia: Olha Armim estou certa de que continuará imaginando, mas é serio gente tenho que ir agora, preciso passar no grêmio pra preencher uma ficha que deixei pendente. Obrigada mesmo Rosa, Alexy, Lysandre e Armim.

 Sofia saiu em direção ao grêmio e Castiel ficou incomodado por ela ter citado todos ao se despedir menos ele. Mas afinal, o que ele esperava? Havia sido um grosso e sabia disso. A garota parecia legal e não tinha nada a ver com seu estado permanente de mágoa que o consumia desde que aquela infeliz o havia traído. “Debrah ... maldita seja “ pensou Castiel.

Debrah o traiu da maneira mais sórdida que alguém poderia fazer. Não foi com outro homem, ela traiu sua confiança tomando para si uma composição que ele fizera e que tinha mostrado apenas a ela, que era sua inspiração para tudo já que estava cegamente apaixonado ao ponto de não enxergar a pessoa falsa e gananciosa que era.

Ao apresentar a música como sua a um importante produtor que estava na cidade caçando jovens talentos, Debrah não só conseguiu um contrato com a gravadora que Castiel tanto almejava, como foi embora para viver sozinha um sonho que era dos dois: ter reconhecimento no mundo da musica e poder viver dela. O que Debrah fizera foi muito pior que traição homem x mulher porque foi calculado, pensado, ela sabia que partiria e deixaria Castiel para trás, e o que é pior, às custas do talento dele. Não era somente uma traidora, era uma ladra, uma ladra de sonhos.

Não, isso não poderia mais continuar, ele precisava virar essa página e parar de remoê-la a cada dia como vinha fazendo, afinal, já haviam se passado meses e tudo o que ele conseguiu foi se tornar essa pessoa anti social que não consegue sequer dar atenção devida a alguém que lhe pareceu tão doce e bacana. Precisava consertar isso.

Na saída da escola, Castiel encontrou o momento que precisava para se desculpar com Sofia quando a viu sozinha passando pelo portão de saída.

Castiel: Ei Sofia, espera por favor – disse o ruivo se aproximando a passos largos.

Sofia: Oi Castiel o que deseja?

Castiel: Bom, eu não sou a pessoa mais delicada do mundo, mas também não quero passar uma impressão tão ruim assim pra você. Olha, eu estou vivendo dias complicados sabe, e isso está me afetando um pouco  e sei que não foi correta a maneira como lhe tratei mais cedo.Podemos recomeçar?

Sofia: Claro que sim – respondeu abrindo um enorme sorriso que o deixou surpreso – todos merecemos uma segunda chance não é mesmo? Muito prazer sou Sofia Monet.

Castiel: Castiel Ortiz e o prazer é todo meu.

Sofia: Ok Castiel Ortiz, agora que estamos devidamente “recomeçados” preciso ir, moro perto mas o sol esse horário é bem pouco agradável.

Castiel: Olha, posso te dar uma carona se você não se importar em ir de moto – apontou ele para uma moto lindíssima estacionada  em frente a escola.

Sofia: Não é que me importe mas... olha só , por favor não me leve a mal mas acabamos de nos conhecer e acho que não fica bem chegar em casa de carona assim sabe – falou a garota cheia de constrangimento com receio de ser rude

Castiel: Claro que entendo Sofia, não precisa ficar constrangida – falou sorrindo para descontrair – até amanhã então, nos vemos no intervalo.

Sofia: Até amanhã Castiel e de qualquer forma, obrigada pela carona.

Ele ficou parado olhando a garota se distanciar. Ela recusara sua carona? Foi isso mesmo? Nenhuma garota jamais havia feito isso, Castiel era o tipo do cara que fazia sucesso com as garotas  e estas eram sempre atiradas, claro que havia uma minoria que o repudiava devido seu jeito arrogante, mas alguém que passasse por cima de sua grosseria, abrisse um largo sorriso e depois o dispensasse, essa era novidade ! Ele de fato não havia pensado em nada malicioso com Sofia, sua oferta de carona havia sido sincera,  mas a naturalidade dela em desculpá-lo de forma tão verdadeira e seu recato o agradou bastante. Aquela garota era diferente, ele podia sentir.

De longe alguém observava a conversa dos dois com certa apreensão e no momento em que Sofia seguiu seu caminho deixando Castiel ali, Lysandre pôde relaxar e esboçar um sorriso de canto.

 



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