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História Ligados pelo Destino - Fragmentado


Escrita por: pleine_lune

Notas do Autor


Oi pessoal !!! Ainda com problemas na acentuacao (ta pessimo isso) me desculpem de coracao!
Bjs

Capítulo 19 - Fragmentado


Sofia sentiu uma forte vertigem que quase a levara ao chao, nao fosse por Lysandre ampara-la naquele momento, mas talvez tivesse sido melhor desmaiar, apagar completamente e acordar em um lugar diferente onde ela nao tivesse que continuar encarando aquela cena.

Ambos estavam deitados semi nus, Castiel com as costas no colchao e Ambre apoiada em seu peito onde fingia dormir. Alguns segundos se passaram ate que Sofia recuperasse a voz e num tom baixo e inexpressivo apenas virou -se para Lysandre e disse: “leve-me pra casa por favor”

– Voce nao deveria sequer ter vindo, vamos sair logo daqui - disse ele conduzindo-a para fora da casa, mas, ao dar partida no carro, tomou outro rumo diferente.

– Para onde esta me levando Lysandre? Quero ir pra casa.

– Nao Sofia, nao existe a menor possibilidade de lhe deixar sozinha nesse momento. Vivian certamente esta com Gabriel e sei muito bem o que voce fara sozinha trancada em seu quarto.

 – Lysandre, tenho o direito de ficar sozinha, quero chorar em paz, quero odiar em paz, quero …

– Quer tomar suas pirulas em paz, eh isso? Nao vou deixar voce em casa se entupindo de anti depressivos, voce nao merece isso, ele nao merece isso de voce.

 – Como ele pode Lys? Como? - Perguntava quase que para si mesma ja deixando as lagrimas rolarem incessantemente – Meu Deus que dor horrivel, nao vou aguentar Lys, pelo amor de Deus faça isso parar por favor!

Lysandre sentiu uma pontada de dor e arrependimento em seu coracao. Nao estava preparado para ve-la sofrer daquela forma, nao achou que seria um golpe tao duro. Mas ele estava enganado, havia subestimado sua fragilidade.

Logo ele, que desde o comeco soube decifra-la tao bem! Ele sabia que por tras daquela garota falante, sorridente e cativante havia uma personalidade muito fragil, insegura e carente. `E claro que ela iria se apegar a Castiel, era praticamente seu primeiro namorado e por mais que ele odiasse pensar nisto, foi tambem sua primeira experiencia sexual, sem contar que ela sempre confiou cegamente nele assim como confiava no proprio Lysandre, a ironia estava no fato de que o aparente traidor era inocente e o amigo fiel, um traidor. Mas isso, ela levaria anos para descobrir.

Lysandre estacionou o carro na garagem de sua casa e abriu a porta do carro pra Sofia.

– Chegamos. Vamos conversar um pouco aqui na minha casa ate voce se acalmar e eu ter certeza de que sua tia ja chegou em casa para lhe levar ok?

 – Tudo bem. Ja deveria imaginar que voce faria algo do tipo. 

Entraram em casa e Sofia ainda chorava, Lysandre foi ate a cozinha preparar um cha para eles enquanto ela se acomodava no sofa, logo em seguida voltou com duas xicaras do liquido perfumado.

– Cha de camomila, vai te fazer bem.

– Obrigada. Ainda nao consigo acreditar no que vi, a sensacao eh de que estou vivendo um pesadelo e a qualquer momento posso acordar!

– Eu sei que voce nao esperava por isso, na verdade, nem eu. Nao entendo como Castiel foi dar bola pra Ambre depois de repetir tantas vezes que tinha colocado um ponto final naquela historia.

– Como assim, que historia?

– Ah... aquela coisa de ficar com ela de vez em quando, ela sempre foi apaixonada por ele mas ele nunca quis nada serio, era somente um passa tempo pra ele, ate que ela comecou a pegar demais no pe dele e ele resolveu dar um fim.

 – Mas entao eles ja haviam namorado no passado?

– Nao chamaria de namoro, mas sim, ficaram varias vezes. Mas, pera... ah meu Deus, voce nao sabia?

– Nao Lys, eu nao sabia, toda vez que falava da Ambre ele me convencia de que era coisa da minha cabeca e desconversava, jamais mencionou algo do tipo. Como pude me enganar tanto com uma pessoa?

 – Me desculpe Sofia, eu achei que soubesse, nao queria piorar as coisas.

 – Nao se desculpe Lysandre, eu sou uma idiota mesmo que me entreguei de corpo e alma ao primeiro amor que vivi e agora nao sei como colar os pedacos que estao espalhados dentro de mim. - Disse ela voltando a chorar.

 – Minha querida, voce pode achar que a dor eh demais agora, mas ela vai passar, tudo na vida passa, seja bom ou ruim, alem do mais voce nao tera que passar por nada disto sozinha se nao quiser, estarei sempre ao seu lado pra te apoiar, nao a deixarei fraquejar,

Sofia ouvia aquelas palavras cheia de carinho e afeto e desejava agarrar-se a elas, mas sabia que nada iria diminuir ou amortizar a dor que sentia no peito. Era uma dor quase fisica que lhe dilacerava, e entre choro e solucos terminou por adormecer com a cabeca apoiada no colo de Lysandre que lhe alisava os cabelos.

 

Xxx

 

Castiel recem despertava do estado de letargia ao qual foi submetido pelo efeito da droga, e ao se dar conta que estava em seu quarto e com Ambre sentada numa poltrona perto da janela ficou ainda mais confuso:

 – Ambre, o que voce esta fazendo aqui? Alias o que eu estou fazendo aqui tambem? Eu deveria estar na formatura de Sofia! Meu Deus que horas sao?

 – Calma Castiel, fique calmo, algumas coisas aconteceram e o que voce menos tera que se preocupar agora eh com a formatura de Sofia

 – O que voce quer dizer com isso? Porque voce esta aqui?

– Voce nao se lembra? Estavamos em minha casa, voce foi la pra me dar uma carona pro hospital e quando estavamos saindo voce comecou a passar mal , suar frio e desmaiou! Fiquei apavorada e pedi ajuda ao porteiro para lhe acomodar no carro e te trouxe aqui pra sua casa. Coloquei voce na cama, voce estava muito quente como se estivesse com uma febre repentina, entao tirei sua roupa e fiz uma compressa de agua fria.

 – Voce so pode estar brincando, porque algo assim aconteceria do nada? Eu estava muito bem ate ir ao seu apartamento.

– Nao sei Cast, mas ja ouvi minha mae falar algumas vezes que estress pode fazer isso com a pessoa de uma hora pra outra.

l – Mas e a Sofia, meu Deus ela deve estar me esperando ate agora! Que horas sao?

– Sao 2 da manha, a essa hora a festa ja acabou e quanto a Sofia, olha nem sei como te dizer isso mas...

 – Dizer o que Ambre? Fala logo.

– Nao sei como, mas a Sofia apareceu aqui de repente e quando me viu cuidando de voce deitado na cama, ela entendeu tudo errado, gritou comigo e saiu daqui feito louca, nao me deixou explicar nada!

 – Ah meu Deus , essa nao. Eu preciso ir atras dela.

– Sente-se melhor? Se quiser posso dirigir pra voce.

 – Nao Ambre, obrigada mas voce eh a ultima pessoa que vai me ajudar nesse momento com Sofia, alias, voce nao deveria estar no hospital com sua mae?

– Ja chamei um taxi, nao se preocupe. Castiel, sinto muito, eu nao podia deixar voce aqui daquele jeito sem ter certeza de que voce melhoraria.

 – Olha Ambre, essa historia toda esta muito confusa ainda, nao consigo me lembrar de nada mas de qualquer forma, obrigado.

Castiel saiu apressadamente imaginando o que dizer para Sofia, afinal a garota ja estava enciumada por causa de Ambre e aquela cena nao deveria ter ajudado muito. Ele tentava mas nao conseguia se lembrar de absolutamente nada, mas tambem nao era pra tanto, ela poderia ao menos ter se preocupado com ele, e se fosse algo serio? Sofia agiu infantilmente mas agora o que importava era esclarecer tudo e ficar bem com ela. Ele ja tinha ate alguns planos, os dois precisavam de um tempo somente pra eles, iria convida-la para um fim de semana como o primeiro que tiveram, isso iria fazer muito bem a eles. Mas agora precisava encontra-la e resolver esse mau entendido.

 

Xxx

 

Cerca de uma hora se passou desde que Sofia adormecera no colo de Lysandre e este permanecia estatico desejando que o tempo parasse para que ele pudesse te-la para sempre em seu colo,sob sua protecao. Como era boa a sensacao de te-la ali, tao fragil, tao dependente de seu apoio, tao sua! Mas como nada dura para sempre, ela despertou e ao constatar que ja era madrugada, logo pediu-lhe para leva-la pra casa.

Vivian ainda nao havia chegado, provavelmente iria passar a noite na casa de Gabriel e isto fez com que Lysandre exitasse em deixa-la em casa sozinha, mas ela prometeu -lhe manter o celular ao lado e ligar pra ele se precisasse de algo.

Tao logo fechou a porta o telefone tocou:

 – Alo!

– Sofia, gracas a Deus! Meu amor preciso falar com voce. Acabei de sair de sua casa, nao encontrei ninguem ja estava preocupado, olha eu sei que voce esta aborrecida mas eu posso explicar, o que voce viu nao foi como voce viu, quer dizer, nao eh o que voce esta pensando entendeu? Pelo amor de Deus me deixe explicar, eu to voltando prai ok?

– Castiel, nao se de ao trabalho, a ultima pessoa que eu quero ver na vida neste momento eh voce. Esta noite de formatura nao encerrou apenas minha vida colegial, ela encerrou qualquer possibilidade de uma vida com voce.

Dito isto, desligou o telefone tirando-o do gancho e trancou-se em seu quarto desejando que o amanhecer tardasse o maximo possivel em chegar para que a escuridao da noite pudesse desempenhar o seu papel de abrigar a dor do seu coracao fragmentado.

 

 

 

 

 

 



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