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História Ligados pelo Destino - Complicações


Escrita por: pleine_lune

Notas do Autor


Oi Amores, espero que gostem do capitulo de hoje,
Um beijo grande e obrigada por estarem acompanhando minha historia.

Capítulo 34 - Complicações


 

 

Os primeiros meses se passaram rapidamente, foram muitas providencias a serem tomadas: a mudança de casa (agora moravam em um belo apartamento de 3 quartos), decoração do quarto do bebê, enxoval, o novo escritório de Lysandre, enfim, tudo o que uma recém constituída família precisa organizar.

Desnecessário citar que a essas alturas Raquel havia praticamente assumido o lugar vago de mãe de lysandre e com isso, tomado para si todas as responsabilidades da parte prática das coisas, o que de certo modo era um alivio pra Sofia que mesmo no sexto mês de gravidez ainda sofria demais com os enjoos e náuseas próprios do seu estado. Para Lysandre, Raquel era uma aliada pronta para partir em sua defesa seja lá qual fosse a situação.

Raquel havia tirado férias do trabalho e emendaria com uma licença especial a fim de acompanhar a gravidez da filha que não estava sendo nada fácil. Além das náuseas, seu estado emocional estava bastante alterado e as crises de choro, as alterações de humor que iam de alegria a depressão voltaram a acontecer, porém, dessa vez não ela não teria ajuda de medicação, haveria de superar com o apoio da família e a dedicação de Lysandre e Raquel, que parecia finalmente ter assumido o papel de mãe.

Rosália e Alexy eram os fiéis escudeiros, sempre presentes e ajudando com as aulas da faculdade que ela frequentemente perdia, mas como era muito boa aluna e havia se garantido no início do semestre, conseguiu passar “arrastada” e trancou o semestre seguinte pois seria impossível com um neném recém-nascido.

Já Lysandre, logo após a formatura abriu seu escritório em sociedade com Nathaniel que agora era um engenheiro, ambos nunca foram muito próximos como amigos, mas as naturezas eram semelhantes, pois Nathaniel era também reservado e de poucas palavras, além de ser extremamente profissional. Por um acaso, ele nunca se deu bem com Castiel, fato que lhe acrescentou alguns pontos na escolha da sociedade por parte de Lysandre que precisava ter um engenheiro trabalhando em paralelo, pois seria muito mais promissor, já que atrairiam clientes um para o outro.

Toda essa correria fez com que Lysandre passasse mais tempo do que o previsto sem visitar Nina e dar qualquer assistência que ela viesse a precisar, mas ele arranjaria uma forma de compensar esse tempo ausente levando-lhe algum presente ou mesmo algo para o bebê. Isso jamais falhava! Quando ele aparecia com algum presentinho para o bebê era como se nunca houvesse lhe feito mal algum, tamanha era a alegria que Nina sentia.

Isso também fazia bem a ele, gostava de vê-la feliz e se não poderia dar-lhe a felicidade que ela sonhava ao menos alguns momentos de alegria poderia lhe oferecer. Que mal faria? Pelo contrário, seria até bem útil pois contaria pontos a seu favor. Lysandre não gostava muito de encarar a coisa sob essa perspectiva, pois, apesar da prazerosa sensação de controle que ele adorava, isso também o fazia parecer um cafajeste sem alma e ele não era isso! Era apenas um homem lutando para manter sua família em paz e ao mesmo tempo cuidar para que nada faltasse ao seu primogênito e à mãe dele. Isto deveria ser simples, não é? Não. Não era simples, não era fácil e o tempo só tornaria as coisas mais difíceis ainda!

 

xxx

 

Já em seu nono mês de gravidez Nina não podia mais estar em casa sozinha, D. Amélia agora ficava com ela dia e noite para o caso de haver alguma emergência.

– D. Amélia, onde está a malinha do hospital? - Pergunta Nina olhando em volta.

-- Está aqui no quarto querida, gostaria de acrescentar algo?

 – Não, é só mesmo para saber se está fácil caso tenhamos que sair às pressas. – Respondeu ela temendo a proximidade da tão esperada hora.

Nina estava bastante nervosa aquele último mês, e não era pra menos: estava longe de sua mãe na hora mais importante de sua vida, não tinha Lysandre ao seu lado, pois certamente estava mais preocupado com Sofia e seu outro filho, não havia feito uma única amiga durante esse tempo todo para não despertar curiosidade de ninguém a respeito de sua vida, enfim, sua única companhia era Amélia.

Nos últimos 2 meses em que passou a morar com Nina, ela havia se afeiçoado bastante a garota pelo seu jeito doce, mas não se sentia com intimidade suficiente para perguntar-lhe sobre o pai do neném a quem ela só viu duas vezes. Ele havia deixado com ela seu número de celular com estritas recomendações de usá-lo apenas em caso de emergência e ela se perguntava o porquê de uma jovem tão bonita, educada, com um futuro pela frente, estar vivendo como uma fugitiva, escondida do mundo, sem amigos ou parentes, apenas com uma prima que vinha visita-la uma vez ao mês e o pai de seu filho que demorava muito mais do que isso para aparecer!

De fato, era um tanto difícil a compreensão de certos caminhos que se escolhe na vida.

 

xxx

 

Lysandre tratava de assuntos pertinentes ao escritório em reunião com Nathaniel, quando foi interrompido bruscamente pela sua secretaria que entrou ofegante em sua sala:

 – Sr Lysandre, o sr precisa ir direto para o hospital, a sua esposa parece que não está nada bem.

Lysandre levantou depressa e não deu tempo nem de perguntar o que estava acontecendo, saiu em disparada seguido por Nathaniel.

Ao chegarem ao hospital, Raquel estava bastante aflita de pé no corredor ao lado da recepção principal e já acompanhada de Rosália.

– Onde está minha mulher? O que houve com ela? - Peguntou Lysandre nervoso.

 -  Calma Lyz, eles a levaram para uma sala especial de exames e pediram para que aguardássemos aqui. - Falou Rosalia tentando transmitir segurança sem muito sucesso.

 – Mas o que ela teve? Raquel, fale alguma coisa! – Disse ele elevando seu tom de voz

 – Estávamos organizando algumas coisas no quarto do bebê, ela estava bem, estava sorrindo das brincadeiras de Rosália, e então de repente ela se curvou com a mão na barriga e quando eu vi... oh meu Deus eu não tive culpa, eu estava cuidando bem dela... -  Foi só o que Raquel conseguiu dizer antes de começar a chorar novamente.

 – Rosália, eu estou contanto mentalmente até 3 antes que perca meu controle e faça uma besteira muito grande fale de uma vez O QUE ACONTECEU COM SOFIA E COM MEU FILHO?

-  Ela começou a sangrar muito Lys, e sentir dor. Ficamos desesperadas, então Leigh nos trouxe depressa aqui pra que o médico que faz o pré-natal dela pudesse avaliar o que de fato está acontecendo. Mas o que diabos você estava fazendo que não atendeu o celular? Ligamos mil vezes pra você!

 – Lysandre você colocou no modo silencioso antes da reunião lembra? - Interrompeu Nathaniel.

 – Mas que droga! Eu esqueci completamente disso – Disse ele tratando de aumentar o volume do aparelho.

Alguns segundos depois um senhor de meia idade, baixo e com óculos de grossa armação aproximou-se do pequeno e ansioso grupo.

 – Dr Ferraz, como está minha mulher? Está tudo bem com meu filho?

 – Sim meu jovem agora eles estão bem, mas prestem bastante atenção no que vou lhes dizer: Sofia teve um pequeno descolamento de placenta, por isto o sangramento, a partir de agora consideramos uma gravidez de risco, ou seja, ela deverá permanecer de repouso o máximo possível, evitando aborrecimentos. Relações sexuais também não serão possíveis durante este final de gestação. Todo cuidado a partir de agora será necessário para que mãe e bebe fiquem bem. Estamos entendidos?

 – Sim doutor, perfeitamente. Será que posso vê-la agora? - Pergunta Lysandre impaciente.

– Infelizmente não. Ela está sob efeito de medicação e devera dormir até amanhã. Sugiro que retornem aos seus lares e amanhã poderão visita-la.

 – Doutor, quanto tempo ela ficara aqui? - Quis saber Raquel.

 – Isto não posso lhe afirmar, o mais importante é garantir os cuidados iniciais desta nova fase de sua gestação. Este descolamento pode ser bastante perigoso e colocar em risco a vida do bebê ou da mãe, felizmente foi bem pequeno, mas não podemos descuidar.

Após toda a explicação do médico não havia o que fazer a não ser voltar pra casa e aguardar o dia seguinte. Era preocupante como Sofia lidaria com isto, pois uma gravidez de risco necessita muito da colaboração da própria gestante e em seus dias irritadiços Sofia podia ser bastante teimosa.

Ao chegarem em casa, Raquel apressou-se em separar algumas coisas de uso pessoal a fim de levar para o hospital no dia seguinte, Leigh se encarregou de preparar algo para que pudessem jantar enquanto Rosália ligava para Alexy avisando sobre o ocorrido.

No instante em que Lysandre sentou-se no sofá o seu celular tocou e ele atendeu depressa sem olhar o visor, achando que poderia ser o Dr Ferraz:

 – Alo

– Sr Lysandre aqui é Amelia, eu sei que este número é apenas para emergências e acredite, eu não estaria ligando se não se tratasse de uma.

Ele levantou-se depressa e foi até a varanda para que ninguém ouvisse sua conversa  

 –  O que foi Amélia?

Ela então começou a falar já com a voz embargada

– A Nina, ela entrou em trabalho de parto e já fazem 12 horas... houveram complicações e optaram pela cesariana, agora estão perguntando pelo pai da criança.

 – Oh meu Deus não é possível! Eu estou indo agora até aí Amélia.

 – Mas não é só isso, eu preciso responder a eles...

 – Diga que o pai da criança chegará em no máximo uma hora!

– Não é essa a resposta que eles querem. Eles querem saber quem eles deverão salvar no caso de ter que fazer uma escolha: a mãe ou o bebe?

 

 

 

 

 


Notas Finais


Eu nao queria estar na pele de Lysandre !!!
E voces, o que acharam?


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