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História Ligados pelo Destino - E Os Anos Passam... SEGUNDA FASE


Escrita por: pleine_lune

Notas do Autor


Meus amores,
Entramos em uma nova fase da historia. Espero de coração que aprovem!
Beijos e boa leitura.
*imagem da personagem Anya.

Capítulo 36 - E Os Anos Passam... SEGUNDA FASE


Fanfic / Fanfiction Ligados pelo Destino - E Os Anos Passam... SEGUNDA FASE

 

Village Sucre 17 anos depois

Ela se olhava pela centésima vez no espelho para ter certeza de que estaria bela o suficiente para posar para as fotos ao lado do homem mais bonito e elegante do mundo: seu pai.

Os anos haviam passado, mas aos 40, a chamada “ idade do lobo ” ele apenas havia se tornado mais charmoso e belo. Suas amigas davam em cima dele descaradamente e isso a irritava demais, primeiro porque nenhuma estaria à altura e segundo porque sua mãe parecia não ver, e se via, parecia não se importar tratando-as como se fossem crianças. Ora, ela sabia muito bem que qualquer uma daquelas “crianças” estaria disposta a coisas que sua mãe talvez nunca fizera, bastaria um estalar de dedos dele. Felizmente, ele continuava a ter olhos apenas para sua mãe!

Analisando melhor seus traços diante do espelho, podia observar que havia puxado muito mais a ela do que a ele; os cabelos negros chegavam quase até a cintura, mas não possuíam os cachos dela, eram lisos como os dele. A pele alva pertencia aos dois, os olhos... ah os olhos, como queria ter herdado dele aqueles olhos coloridos tão lindos! Mas enfim era agradecida pela genética de sua mãe já que seu corpo possuía as mesmas curvas e formato perfeito, se chegasse aos 38 na forma física dela não teria com o que se preocupar, arrasaria muitos corações ainda.

Foi interrompida em suas analises anatômicas por uma leve batida na porta

– Princesa, vamos nos atrasar deste jeito!

– Já estou indo pai

Por trás daquela garota vaidosa e decidida havia uma menina doce e meiga que faria qualquer coisa para não desapontar sua família, sobretudo seu pai a quem amava mais do que qualquer coisa na vida.

Quando era ainda criança, ela ouviu uma conversa entre sua avó e sua tia Rosália na qual elas comentavam a dedicação de Lysandre para com a família e que Sofia não deveria brigar tanto com ele pelas viagens que era obrigado a fazer.

Flash back on

 – Também acho Raquel, Sofia não deveria brigar tanto com o Lys por causa dessas viagens. Ela sabe que são clientes importantes e Lysandre é muito profissional, se fosse outro não suportaria as insinuações que ela faz.

–  Sabe Rosália, sou obrigada a reconhecer que Sofia as vezes passa do ponto, parece que já esqueceu que os anos em que ficou em depressão pós-parto foi Lysandre quem cuidou da pequena Anya para suprir a falta afetiva da mãe. Me lembro como se fosse ontem, ele em todas as apresentações da escolinha, contando histórias para ela dormir, não foi uma época fácil para ninguém.

 – Se ela tivesse aceitado o tratamento mais cedo, não teria durado 4 anos! Da para entender o apego de Anya com o pai.

–  Bom, agora são aguas passadas graças a Deus e esse período difícil ficou para trás. Vou conversar com Sofia para que ela não questione tanto Lysandre sobre suas viagens. Se ele viaja é porque precisa ora!

Flash bach off

E assim a pequena Anya cresceu com uma admiração incrível pelo pai. Mais tarde ela pôde compreender que aquilo que aconteceu com sua mãe acontecia a muitas mulheres, pois as mudanças hormonais eram muito grandes e ainda associadas a uma gravidez de risco, foi demais para o psicológico de Sofia e alguns meses após o parto ela começou a dar sinais de que algo não estava bem. Sentia muito sono, estava sempre cansada e julgando-se incapaz de cuidar da pequena Anya e cada vez se distanciava mais de tudo e de todos. Negar ajuda de imediato foi seu pior erro pois retardou sua cura.

 

xxx

 

A noite era de festa, era a inauguração do centro de convenções de Village Sucre, cujo projeto de engenharia e arquitetura fora assinado por Nathaniel Reinz e Lysandre Albuquerque. Toda sociedade de Village Sucre estava presente e cumprimentava os autores do projeto, Lysandre evitava a todo custo as fotos, principalmente se fosse em família e já havia deixado claro para a imprensa que não fotografasse sua família pois não gostava da exposição de sua vida pessoal, esta era uma explicação inquestionável e perfeitamente aceitável, porem a verdade era que não queria que tais imagens chegassem até Benjamin, e com isto ele sempre colocava Nathaniel a frente das missões impossíveis aproveitando-se do deslumbre de Melody por este tipo de coisa. Aliás, ele jamais conseguiu entender como Nathaniel suportava Melody desde o colegial e muito menos como tivera coragem de casar com ela!

Para a decepção de Anya, fotos em família seriam apenas para a família. Nada de jornais, nada de sites ao lado de seu pai. Ele havia tirado uma ou duas por pura formalidade ao lado de Nathaniel e o prefeito da cidade.

Já de volta a casa, Lysandre tirava a gravata aliviado por enfim ter terminado aquela cerimonia maçante e entediante. Não gostava de festas, as vezes suportava além do necessário porque Anya se divertia e reclamava sempre que Village Sucre era uma cidade muito parada e quase nada acontecia, mas na verdade não via a hora de chegar em casa e poder relaxar com uma boa taça de vinho e os carinhos de sua amada esposa.

É verdade que tiveram um período de altos e baixos onde as discussões eram sempre presentes. Quando não eram por causa das viagens, eram pelas proibições de Lysandre que praticamente exigia sempre um relatório de tudo o que ela fazia quando saia algumas vezes sem ele, seja com amigas ou simplesmente para ir ao shopping. Agora viviam em tempos de paz, mas ao longo de todos esses anos era um relacionamento que poderia ser caracterizado por tapas e beijos.

 Todo esse controle abusivo começou após um inesperado encontro que ocorreu há exatos 7 anos...

Flash back on

Sofia foi a Paris com Anya a fim de passar uns dias com seus pais, fazia algum tempo já que não via Jean e estava devendo essa visita.

No segundo dia saiu com Anya para leva-la ao parque e durante o passeio entre um brinquedo e outro, teve a maior surpresa de sua vida quando sentiu uma mão tocar-lhe os ombros:

- Sofia!

Ela ficou alguns segundos sem palavras até conseguir acreditar que era ele.

 – C..Castiel? Oi er... nossa meu Deus quanto tempo!

 – Sim é verdade, 7 anos e você continua linda! – Disse ele sem pensar e se arrependendo logo depois.

Sofia corou como uma adolescente. Era mesmo Castiel ali e por Deus, como estava lindo! Os cabelos não estavam mais tingidos de vermelho, agora exibia sua cor natural que era negro e estavam curtos, mas os olhos eram do mesmo cinza profundo que poderia fazer se perder qualquer uma que se fixasse em seu olhar. Seu rosto continuava com os traços perfeitos apesar de não possuir mais o frescor da juventude agora substituído pelo ar de maturidade, que diga-se de passagem, lhe caiu muito bem!

Tratou de se livrar desses pensamentos e quase sorriu sozinha ao lembrar que na época da escola não era capaz de decidir quem era mais bonito, se Lys ou ele: “continuo incapaz de decidir” pensou ela.

– Mas o que faz aqui em um parque de diversões? Perguntou ela fingindo não saber que ele tinha um filho meses mais novo que Anya, já que Alex sempre se encarregava de deixar escapulir “sem querer” tudo o que ficava sabendo da vida do ex ruivo com quem mantinha contato sempre.

Castiel – Vim trazer meu filho pra brincar, ele está logo ali nos carrinhos rs

Sofia – Ah claro deveria imaginar, que tonta eu sou rsrs Alex me falou sobre seu casamento com Alice e que vocês tinham um filho.

Castiel – Ele falou? Bom, era de se esperar Alex sempre que vem a Paris vai até a empresa e jogamos conversa fora, por sinal, você também tem uma filha certo?

Sofia – Sim, Anya. Ela está ali comprando pipoca.

Os dois conversaram algum tempo ali até as crianças retornarem e após as devidas apresentações resolveram leva-las para tomar sorvete e assim conversar um pouco mais.

Era nítido o desconforto de ambos em tentar fazer aquilo parecer um reencontro normal de antigos colegas de faculdade, pois ambos se percebiam encarando um ao outro como se dialogassem mentalmente. Ficaram tão perdidos em seus próprios pensamentos que nem perceberam o quanto as crianças haviam se entrosado de imediato. Brincavam como se fossem amigos há anos e na hora de se despedir abraçaram-se fazendo promessas de visitas reciprocas sem saber que aquela amizade seria impossível.

Sofia não perguntou por Alice em momento algum e nem Castiel por Lysandre. Escolhiam com cuidado as palavras e para cada uma delas havia mais dez que não eram ditas.

Foi um reencontro bem diferente da última vez, mas que de alguma forma pareceu tocar em velhas feridas e mexer com sentimentos há muito enterrados, pois nenhum dos dois conseguiu dormir aquela noite.

Já de volta a Village Sucre, após o jantar Anya perguntou inocentemente:

-  Mae quando vou poder ver meu amigo Derek novamente?

– Que? Anya, err...nao sei filha ele não mora aqui. Disse ela totalmente desprevenida para aquela pergunta que não poderia ter sido feita em um momento pior: na frente de Lysandre.

– Quem é Derek princesa?

– O filho do amigo da mamãe

– Amigo da mamãe? – Perguntou Lysandre olhando diretamente para Sofia

 – Lysandre, antes que você pense bobagem foi totalmente por acaso, eu...

 – Quem é o amigo da mamãe meu anjo? Interrompeu ele.

–  É o tio Castiel! O Derek tem quase minha idade papai.

– Meu anjo, preciso que você espere no quarto enquanto a mamãe explica algumas coisinhas pro papai ta bom? Depois prometo te contar uma história e a de hoje será especial

- Ai que legal, será sobre o que?

- Será sobre um rei que foi traído por quem ele mais amava. Respondeu ele ainda olhando para Sofia

 – Nossa, e o que o rei fez papai?

 – Ah, o que ele fez? Ora, ele colocou a traidora na linha de forma que ela sempre pudesse lembrar o que acontecia a quem traia o rei. Mas isso vou contar depois, agora vá.

Flash back off

Depois deste dia, Sofia passou a viver numa prisão de segurança máxima e não ousava questionar. Lysandre podia não ser tão doce quando queria e usava de certa pressão psicológica disfarçada de vitimismo.

A medida que o tempo foi passando ele foi readquirindo a confiança e se tornando mais maleável, o regime de segurança máxima se reduziu aos relatórios. Em contrapartida, suas viagens se intensificaram e então vieram as reclamações de Sofia, que desconfiava que Lysandre pudesse estar lhe traindo. Mas como sempre, ele tratou de convence-la do absurdo que seria isto, e de fato em nada tinha a ver com traição e nem tampouco com clientes que ele dizia visitar, seu único motivo era Benjamin.

Sim, Benjamin que a cada visita sua sempre o recebia da mesma maneira: correndo e pulando em seus braços como se não o visse a um ano e exibindo o sorriso mais iluminado que ele já vira.

Como eram preciosos aqueles momentos, queria compensa-lo pela ausência e por isso deixava que o garoto o fizesse de gato e sapato, mas para sua sorte a natureza de Benjamin era de uma doçura sem igual, era incapaz de se aproveitar de qualquer situação. O maior medo de Lysandre era que Benjamin tivesse puxado a ele e sofresse das mesmas dificuldades de interação que ele sofria quando criança, mas ao contrário dele, Benjamin era cativante e todos os que o conheciam seja na escola ou na vizinhança o adoravam.

Era um lindo garoto, cabelos loiros como os de Nina e os mesmos olhos heterocromáticos do pai. A princípio Lysandre ficou triste quando percebeu a heterocromia, mas Ben nunca se achou inferior por isso, talvez por ouvir sempre de todos o quanto era lindo, nunca achou que isto fosse uma doença e acreditava ser uma espécie de elo entre ele e seu pai.

Hoje, mesmo com quase 18 anos ainda reclamava quando o pai demorava de visita-lo. Ele não sabia que Lysandre tinha uma filha meses mais nova e outra família constituída. Tudo o que sabia era que os pais estavam separados, pois se soubesse não iria compreender o fato de não poder jamais ir na casa do pai ou que alguém soubesse de sua existência.

Nina, graças a ajuda de Amélia que ficava com Benjamin em tempo integral, conseguiu estudar em Amboise e se formar em enfermagem, agora trabalhava no mesmo hospital onde dera à luz a Benjamin. Tivera alguns namorados, mas nenhum deles sequer conseguiu passar da porta e Amélia a repreendia por isso, ela dizia que Nina precisava se casar e desse jeito ia ficar difícil! A mesma somente ria com os comentários de Amélia.

 

xxx

 

Lysandre estava recostado na cabeceira da cama observando Sofia que lentamente se despia de sua roupa de festa diante dele exibindo um conjunto de calcinha e soutien em renda vermelha.

 – Como você consegue causar em mim a mesma excitação do começo? Perguntou ele com os olhos vidrados nela.

Ela apenas sorriu maliciosamente e sentou-se em seu colo com uma perna de cada lado desnudando os seios praticamente em seu rosto em total provocação. O sexo sempre foi um dos pontos altos na relação dos dois e por vezes, após as brigas, a cama até parecia mais quente.

Lysandre a jogou na cama ficando por cima e a beijou com violência rasgando sua calcinha

 – Lys, não... eu adorava essa calcinha! – Dizia ela com voz manhosa

 – E eu adoro fazer isso com você. Sabe porquê? – Perguntou com o olhar que era pura lascívia enquanto segurava um dos seus seios tocando levemente seu mamilo com o polegar

 – Ah Lys... não eu não sei, porque?

 – Porque você gosta. Porque gosta que eu te trate feito uma cadela na cama.

Ela gemia a cada palavra obscena dita por ele. Sua voz melodiosa, seu corpo perfeito que se movimentava com maestria sobre o dela e seu desejo ardente, era uma combinação fatal que a levava as alturas e nesses momentos se rendia a paixão que sentia lhe queimar a pele, porém, lá no fundo sua alma sabia que havia algo escondido, muito bem escondido em algum lugar do seu coração que a levava de vez em quando a passear em certo parque de Paris onde estivera 7 anos atrás.

 

 

 

 

 



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