1. Spirit Fanfics >
  2. Ligados pelo Destino >
  3. Viagem

História Ligados pelo Destino - Viagem


Escrita por: pleine_lune

Notas do Autor


Ola queridas leitoras. Mais um capitulo.
Imagem do personagem Derek.
Ele eh um Sansei (neto de japones) por isso as caracteristicas nipônicas.

Capítulo 37 - Viagem


Fanfic / Fanfiction Ligados pelo Destino - Viagem

 

Era a segunda vez naquela semana que Derek chegava tarde em casa com uma desculpa esfarrapada e com hálito de álcool. Castiel esperava no escritório de casa, iria dar um jeito nesse garoto. Não era possível que ele próprio tenha sido tão teimoso assim e estivesse pagando seus pecados!

Alice já havia se recolhido após tentar convencer Castiel, sem sucesso, a deixar a conversa para o dia seguinte.

La pela meia noite, um pequeno rangido na porta denunciou sua chegada e logo em seguida a figura séria de um Castiel muito mais que mal-humorado o aguardava de pé no centro da sala.

 - Pai... oi... é.… o que ta fazendo acordado até agora?

- Quem faz as perguntas aqui sou eu rapaz.

Derek instintivamente deu um passo para trás arregalando os olhos puxados herdados da mãe nissei. Castiel não era de muito mi mi mi mas nunca falou com ele naquele tom tão sério. Dessa vez achou que realmente havia passado um pouquinho do ponto.

- Garoto, eu e sua mãe não te criamos para ficar vagabundando com amigos pela rua em plena semana, enquanto faz de conta que estuda para entrar na faculdade mais fácil que tiver.

- Pai, eu posso expl....

- Cala a boca. Eu to falando. Amanhã quero que você se apresente as 13:00 no departamento pessoal da empresa e faça seu registro. Chega de somente estudar, você já está na idade de ocupar essa cabeça o resto do tempo com coisa mais produtiva do que amigos, garotas e cerveja.

- Mas que tempo vou ter para estudar? Somente na sala de aula não é suficiente!

- Te vira. Não arruma tempo para sair? Continue estudando no tempo que lhe sobra quando não está na rua. E nem pense em perder uma vaga na faculdade. Isso não é uma opção, a partir de amanhã você estuda pela manhã, trabalha pela tarde e quando chegar em casa à noite rever o conteúdo dado em sala de aula.

- Pai assim vai ficar...

- A conversa acabou. Boa noite

Dito isto Castiel saiu da sala deixando Derek em companhia de suas reflexões alcoolizadas: “Puta merda, dessa vez eu me lasquei”

Alice que ainda não havia dormido esperando o marido retornar, perguntou como havia sido a conversa.

- A conversa foi ótima meu amor não se preocupe, falamos sobre o futuro dele, trocamos algumas ideias, ouvi seu ponto de vista e eu pude entender melhor como ele se sente nessa fase adolescente. Ele só precisava desabafar e após ouvir pacientemente tudo o que ele tinha a dizer, nos dois chegamos à conclusão de que um estágio na empresa o fará bem demais. Agora durma sem mais preocupações está bem?

“tem algo estranho nessa história” pensou Alice, afinal,  “Castiel” e “pacientemente” não são duas palavras que possam fazer parte da mesma frase. Mas enfim, ele sempre soube como resolver as situações que para ela eram mais difíceis dada a fraqueza do coração de mãe.

 

xxx

 

Em Amboise, Nina estava num dia estressante no hospital. Havia sido transferida de setor e não mais estaria cuidando das mães ou dos bebes que necessitavam de cuidados especiais. Ficaria por um mês na ala de acidentados para cobrir uma funcionária que estava de férias. Nina era muito responsável e carinhosa com os pacientes, todos que eram cuidados por ela em geral desenvolviam grande carinho e afeição.

Naquele dia aconteceu algo raro: um acidente havia deixado vítimas fatais e algumas outras gravemente feridas. Não havia sido propriamente em Amboise, e sim na rodovia. O motorista de um caminhão perdeu o controle do veículo por ter dormido no volante e chocou-se com um carro que vinha na direção oposta. O acidente matou o motorista do caminhão e deixou as 3 pessoas do outro carro bastante feridas. Quando a ambulância chegou levou-os imediatamente para o Hospital Maternidade de Amboise pois eram o mais bem equipado, sem falar que era o mais próximo também.

Nina foi chamada para finalizar o curativo de uma das vítimas, um rapaz de no máximo 35 anos. Ele havia tido sorte em relação aos seus outros dois amigos, fora o menos ferido. Uma perna enfaixada, duas costelas quebradas e alguns hematomas pelos braços e rosto o deixaram com uma aparência de recém-saído da guerra.

- Boa tarde, como se sente sr. Lamarc?

-  É Michel. Pode me chamar pelo primeiro nome, srta?

- Zimerman. Nina Zimerman – respondeu ela dando-lhe um sorriso educado, mas que foi o suficiente para encanta-lo.

- Muito bem, prontinho – disse ela terminando de enfaixar-lhe a mão esquerda – O sr precisa evitar se mexer ok? Quanto mais repouso, mais rápido estará livre disso tudo.

- Então acho que vou me contorcer toda a noite.

- Porque diz isto sr Michel? Não quer ficar bom logo para voltar para casa?

- Se eu ficar logo bom, perderei o direito de ser cuidado por você! Agora, se você prometer que aceitara um convite para sair, prometo ser o paciente mais obediente de todo esse hospital.

Nina corou como há muito tempo não corava. Mas que abusado! Quer dizer, na verdade ela até que gostou, mas ficou tão sem graça que começou a gaguejar

- N...na verdade eu... err... não sei, quer dizer... quem sabe! Fique logo bom e veremos – disse ela saindo sem olhar para trás.

“Se eu morri naquele acidente, tenho certeza de que estou sendo tratado no céu, pois nunca havia visto um anjo até hoje” pensou Michel esquecendo por alguns minutos as dores que sentia pelo corpo.

 

xxx

 

Na casa de Lysandre, o clima estava o melhor possível. Lysandre e Sofia viviam uma fase ótima no casamento deles, Rosália e sua pequena Sara que só veio muitos anos depois do casamento com Leigh, costumava passar o tempo livre em companhia de Sofia e o cunhado, com quem havia voltado a ter uma relação de amizade como antigamente.

Estavam todos jantando: Lys, Sofia, Rosa , Leigh e Sara. Anya achou que este era o momento ideal para pedir aos pais algo que já vinha ensaiando há alguns dias.

- Pai, mãe, tem algo que eu gostaria muito de pedir a vocês.

- Diga minha princesa, peça o que quiser

- Lysandre ainda vai estragar Anya com toda essa melosidade – Falou a platinada

- Como se você fosse muito diferente de mim quando o assunto é Sara, não é Rosália? – Retrucou ele.

- Ei, vocês dois! Parem com isso. Fale filha, o que quer pedir?

- Bom, é que o meu colégio está organizando um mini intercambio com a unidade de Paris e eu gostaria muito, muito de ir.

- E quantos dias irá durar esse mini intercambio – Perguntou lysandre não gostando muito da ideia.

- Rapidinho, uma semana!

- UMA SEMANA??

- Calma Lys, pra que esse escândalo? – Falou Sofia

- Eu é que não sei pra que intercambio em Paris se ela já conhece Paris de cabo a rabo!

- Ah pai não é pela cidade é mais por poder fazer algo diferente, o sr sabe, Village Sucre...

- Não tem nada de diferente, nada acontece e bla bla bla – Interrompeu ele.

- Lys, essa sua mania de não permitir que as pessoas concluam as frases é odiosa sabia? Além de não ser  nada vitoriano – Repreendeu Sofia fazendo todos rirem.

- Não vejo nada demais – Comentou Rosália

- Obrigada tia Rosa

- Eu também não – Completou Sofia.

- Relaxe irmão, elas estão na idade de querer fazer algo novo – Foi a vez de Leigh falar.

- Tudo bem Anya, pode ir. Só quero que fique registrado que não sou eu o “estragador de filhos”

A garota levantou-se da mesa depressa caindo no colo do pai e cobrindo-o de beijos.

- Essa é boa, eu ajeito toda a situação e é ele quem fica com os louros! – Resmungou Sofia de cara fechada fazendo com que Anya imediatamente mudasse o foco dos seus beijos para ela.

 

xxx

 

Nina chegou em casa e encontrou o jantar pronto e a mesa posta como Amélia costumava fazer, mas Amélia havia viajado por 2 dias a fim de resolver assuntos pessoais. Então, quem fizera o jantar e arrumara a mesa de forma tão impecável?

-  Mae!

Era a voz doce de Benjamin. Tao parecido com o pai! Gestos, modos, até a voz aveludada que embriagava.

- Ben, você que fez isso tudo?

- Não é grande coisa mãe, só quis que você tivesse ao menos um jantar com cara de gostoso, se está mesmo veremos agora!

Os dois jantaram juntos a lasanha que Ben havia feito e estava uma delícia. Nina agradeceu o filho e o olhava com o orgulho das mães corujas.

- Mae, to querendo pedir pro papai uma coisa.

-  Não pode pedir pra mim?

- Claro que posso, mas sabe como ele é ne? Se fizer algo que ele não esteja totalmente por dentro é um ano de falatório que você não vai suportar e nem eu!

Ambos caíram na gargalhada. De fato, Lysandre era assim. Tinha que estar a par de tudo da vida de Benjamin; as notas da escola, as atividades extracurriculares, tudo. A promessa que havia feito de ser um pai presente era mais do que cumprida e Nina sentia-se feliz, pois não era somente obrigação, Lysandre amava Benjamin mais que tudo. E para ela, havia restado uma relação de paz, que ao longo do tempo acomodou-se em uma amizade especial. Não especial num sentido romântico, mas ele jamais seria para ela qualquer um e vice versa.

- Tudo bem, mas fala o que é porque estou curiosa.

- O colégio está organizando uma apresentação do nosso grupo de música clássica para acontecer no evento anual onde todos os colégios Sweet Amoris da regiao irão se encontrar em Paris. É apenas para o terceiro ano. A maioria vai ficar por cerca de uma semana, mas eu posso participar apenas das apresentações e posso voltar antes, se vocês quiserem.

- Eu não vejo nada demais nisso. Não acho que Lys va criar algum obstáculo. Quando você terá que dar a resposta?

- Esse é o problema. Amanha!

- Então diga que vai, deixe que eu me entendo com Lys.

- Obrigada mãe, acho que vou cozinhar mais vezes! – Ambos concordaram e riram.

 

xxx

 

Os dias se passaram e chegou a tão aguardada data da viagem. Nina até tentou falar com Lysandre, mas ele andava muito ocupado com um projeto importante então ela decidiu que não iria incomoda-lo com um pedido bobo daqueles, afinal, Benjamin era aluno exemplar, destaque na orquestra juvenil de música da cidade, que era composta pela maioria dos alunos de seu colégio, e pouco havia saído de Amboise, exceto com Lysandre que o levou em algumas viagens de final de semana.

Ele merecia. Não iria deixar que ele fosse um prisioneiro daquela cidade, ela poderia até perdoar Lysandre pelos anos que teve que viver escondida ali, mas não permitiria que nada nem ninguém tirasse qualquer instante de realização que seu filho pudesse ter na vida.

-  Filho confio totalmente em você. A única coisa que peço é que me ligue todas as noites, e qualquer sinal de problemas seja lá o que for, me chame ou a seu pai.

- Fique tranquila Dona Nina. Eu te amo.

- Também te amo.

Em Village Sucre, Sofia se despedia de Anya

- Filha liga todo dia ta? Não mata seu pai do coração! E a mim tambem, afinal é a primeira vez que você viaja sozinha. Qualquer coisa, sabe que tem seus avos por lá não é?

- Claro mãe, olha, somente os alunos da escola estarão presente. Não tem com que se preocupar ta? Da um beijo no papai, ele saiu muito cedo. Te amo.

- Também meu anjo.

E assim, Anya entrou na sala de embarque e Benjamin no trem. Ambos com destino a Paris. Ambos em direção ao destino.

 

 

 


Notas Finais


Sentindo que algumas leitoras que comentavam nao estao mais por aqui! Eh verdade isso gente?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...