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História Ligados pelo Destino - O Primeiro Punhal


Escrita por: pleine_lune

Notas do Autor


Ola meus amores.
Espero muito que gostem do capitulo de hoje.
Beijos e boa leitura

Capítulo 43 - O Primeiro Punhal


Fanfic / Fanfiction Ligados pelo Destino - O Primeiro Punhal

 

Lysandre observava a esposa recém-saída do banho e que agora vestia uma camisola longa e escovava os cabelos. Algum tempo se passou até que ela percebesse seu semblante pensativo.

- Algum problema Lys?

- Não sei, me diga você. Algum problema Sofia?

- Está olhando para mim com um ar estranho...

- Estou é? Tenho motivos?

- Não gosto quando começa com isso – Disse ela ligeiramente nervosa

- Com isso o que?

- Sabe do que estou falando. Quando está aborrecido com algo ao invés de falar logo o que é fica fazendo joguinhos, me responde com outras perguntas, me encara sem dizer nada... essas coisas que você sabe muito bem que me irritam.

Lysandre levantou-se da cama onde estava recostado e caminhou na direção dela até ficar a centímetros de sua face.

- Você anda bastante irritadiça nas últimas semanas meu amor. Anda vendo coisas que não existem. Porque eu iria estar aborrecido se tenho como esposa a mulher que sempre foi o centro de todas as minhas atenções? A mulher para quem eu extraí o melhor que havia em mim e ofertei durante uma vida sendo seu amigo, amante, companheiro e incontestavelmente seu mais fiel servo?

Sofia ouvia o que pareciam lindas palavras, mas que não soavam lindas como deveriam. Soavam como uma espécie de aviso.

- Vivo por você Sofia, vivo por nossa família – Continuou ele tomando-a pelas mãos e a conduzindo até a cama – e é por isso que não descuido de vocês um único minuto do meu dia. Não há um único instante em que eu não esteja atento a você meu amor. Nem por um segundo.

Deitou -se puxando-a para si e lhe deu um beijo de boa noite em sua testa.

Naquela noite, Sofia não conseguiu dormir.

 

xxx

 

Castiel caminhava até o seu quarto quando ao passar pela porta do quarto de Derek viu o filho deitado de olhos abertos com uma expressão ligeiramente preocupada.

- Sem sono? – Perguntou Castiel

- É, parece que terei uma noite difícil. Não consigo dormir.

- O que tá pegando? Vejo que tem algo a mais do que insônia. Ou talvez a insônia tenha um nome feminino.

- Tem sim pai, tem um nomezinho pequeno e estranho, mas que não me sai da cabeça.

- E porque não trata de resolver logo isso? Acha que vai conseguir emplacar alguma coisa com a garota por telefone?

- Já saímos uma vez depois daquele fim de semana e eu sei que ela sente algo por mim também, mas parece que tem alguma coisa impedindo que ela deixe eu me aproximar mais entende? Mas não quero que você se envolva nesse tipo de problema meu pai, sua vida amorosa já tem complicações suficiente para você dar conta. Além do mais estamos falando da filha da mulher que está desfazendo o casamento dos meus pais! Isso tudo está muito confuso e as vezes eu me sinto um pouco culpado por estar apaixonado por ela. As vezes nem consigo encarar a mamãe com medo que ela descubra isso.

-  Derek escuta bem o que vou te dizer: nada, absolutamente nada sobre minha relação com sua mãe tem a ver com sua vida amorosa seja com que for. Se você gosta de Anya de verdade e sente que ela lhe retribui, lute por ela. Não desista, não até ter certeza de que fez tudo o que poderia fazer para conquista-la. Não existe arrependimento maior do que descobrir que poderia ter feito aquele algo a mais e que, por covardia, perdeu a oportunidade de ser feliz. Você tem amadurecido garoto e tenho orgulho de você.

- Obrigado pai. Eu te amo.

- Eu também te amo filho.

 

xxx

 

Em Amboise após o jantar, Nina conversava com Michel descontraidamente na sala de sua casa. Eles agora se viam com frequência e ela estava adorando aquela sensação de ter um namorado, alguém que ligava pra ela diariamente apenas para ouvir sua voz ou dizer que já estava com saudades, alguém que a presenteava sem motivos ou datas comemorativas, alguém que lhe levava flores pelo simples prazer de vê-la sorrir. Eram coisas tão simples e comum, mas não na vida dela. Não na vida de uma mulher que aos 15 anos se apaixonou por um príncipe encantado de cabelos prateados e que, desde então, passou a viver sua adolescência sonhando com o dia em que ele olharia para ela. E ele olhou.

Depois disto, sua vida nunca mais seria a mesma, o príncipe a mantinha cativa de suas vontades e desejos sem jamais conceder-lhe o posto de sua princesa. Este posto ele reservava para outra e isto dilacerava seu coração, um coração frágil como um cristal, mas que amava com a força de um vulcão.

Ainda com todas as tristezas de uma vida amorosa que nunca foi vivida, ela conseguia ser condescendente em seu julgamento sobre o príncipe preferindo acreditar que, na impossibilidade de lhe conceder seu amor, ele tratou de dar-lhe uma parte dele em forma de um herdeiro. Através de Benjamin, estariam ligados pelo resto da vida. Mas era hora de querer mais, ela precisava de mais. Merecia mais. Merecia Michel e desfrutaria desta sensação maravilhosa de ser ela a princesa de alguém.

Após se despedirem com um longo beijo, passou pelo quarto do filho ouvindo o delicado som do violino que invadia o ambiente com uma melodia triste e melancólica. Ficou ouvindo em silencio para não interromper a concentração de Ben que tocava com os olhos fechados. Ao findar a música percebeu a mãe ali em pé com olhos lacrimosos.

- Mae, o que faz aí parada?

- Ouvi você tocando e não resisti, mas confesso que está melodia me trouxe um nó na garganta.

- Foi a música que toquei na noite em que a conheci – Disse Ben abaixando a cabeça.

- Filho, levante a cabeça. Não quero você depressivo por causa de uma garota! O que houve afinal, vocês brigaram?

- Não, não brigamos. Pelo contrário, sinto que estamos mais próximos.

- Então qual o problema? Deveria estar contente já que gosta dela.

- Estamos próximos, mas ao mesmo tempo distantes. Não temos mais a naturalidade de antes e acho que tudo isso foi por causa do quase beijo que aconteceu da última vez em que nos vimos. Agora estou com medo de ter perdido a amizade dela, apesar de sentir que existe algo a mais.

- Ben, se você gosta dessa garota não a deixe escapar. Tome uma atitude de uma vez, fale de seus sentimentos. Não há como manter uma amizade assim, além do mais você estará se machucando então é melhor tudo ou nada, mas nunca fique em cima do muro. Não permita que ninguém lhe conduza para qualquer coisa que não seja claramente sim ou não. A indefinição é a pior das condições, não permita isso jamais.

 

xxx

 

Castiel e Sofia se falavam sempre que possível. Ele ligava do telefone fixo do escritório e ela atendia quando Lysandre estava no trabalho ou quando ela estava na rua. Apesar de ter dito a Castiel que ambos somente se encontrariam quando estivessem plenamente resolvidos com suas situações conjugais, a insistência dele da última vez havia sido grande demais e ela cedeu.

Passaram a tarde juntos na mesma pousada onde haviam estado na época do namoro. A sensação de estarem novamente nos braços um do outro foi indescritível. A atmosfera envolta nas lembranças de um passado feliz e leve fez com que durante aquelas poucas horas eles se esquecessem do quão errado estavam agindo daquela maneira.

- Cassy prometa que não insistirá mais em me ver até que tudo se resolva – Disse ela em tom preocupado.

- Tudo bem meu amor sei que você está certa e concordo em não fazer mais isto, mas eu precisava sentir você novamente, ter você novamente. Eu tive uma conversa com Alice.

- E como ela reagiu?

- Apesar de muito magoada, de certa forma ela meio que esperava este dia. Só não achou que estava tão perto.

- E como vocês estão?

- Dando um tempo para que ela absorva tudo isso. Não quero romper relações você entende, não é? Ela é a mãe do meu filho e foi uma companheira e tanto durante todos esses anos. Não quero que seja traumático.

- Claro, eu entendo perfeitamente.

- E você? Evoluiu alguma conversa com ele?

- Na verdade eu não tive coragem ainda – Falou juntando as mãos levemente agitadas.

Castiel franziu o cenho.

- O que quer dizer? – Perguntou ele num tom ligeiramente aborrecido.

- Eu... eu vou conversar com ele em breve. Agora eu tenho que ir, já fiquei por muito tempo.

Ao chegar em casa Sofia se enfiou embaixo do chuveiro deixando a agua lavar seu corpo e se misturar as suas lagrimas que caiam incessantemente, como se assim pudesse lavar também os seus pecados.

 

 

Xxx

 

 

Anya olhou o celular que tocava no intervalo de sua aula e sentiu o coração bater mais forte ao ver a imagem na tela

- Alô

- Oi, desculpa te ligar no meio da manhã. Está em aula? Atrapalho?

- N... não, de jeito nenhum estamos no intervalo. “ Droga quando foi que comecei a gaguejar pra falar com ele”? Pensou ela.

- Anya, preciso ver você. Não suporto mais esse clima entre nós. Por favor diga que sim e irei até a sua casa hoje mesmo.

- Sim. Pode vir, estarei te esperando por volta das 14 hr. Te passo uma mensagem com o endereço lá de casa.

- Te vejo as 14hr então.

Benjamin desligou o telefone sentindo sua respiração aos poucos normalizar. Enfim tiraria aquela angustia do peito, falaria dos seus mais profundos e puros sentimentos. E se ela de fato o correspondesse, então seria o cara mais feliz e sortudo do mundo!

O destino realmente parecia se divertir com seus personagens favoritos.

 

 

xxx

 

 

- Sr Lysandre, há um rapaz lhe aguardando na recepção. Seu nome é Vitor.

- Peça que entre por favor

O rapaz alto, de boa aparência e cabelos escuros entrou na sala e se acomodou diante dele. Tinha em mãos um envelope o qual estendeu para que Lysandre o pegasse.

- O sr está certo de que quer ver o conteúdo deste envelope? – Perguntou o rapaz que aparentava 30 e poucos anos.

- Por acaso isto é a confirmação do grampo feito no celular dela?

- Infelizmente sim, sr Lysandre. Foram tiradas ontem à tarde.

 - Você pode ir agora Vitor. Deixe-me a sós

Tão logo Vitor saiu fechando a porta atrás de si, Lysandre abriu o envelope lentamente se preparando para seu conteúdo, mas não havia como se preparar para o que viria a seguir; as fotos de Sofia descendo do taxi e entrando na pousada logo após Castiel e as imagens com o horário de sua saída não deixava dúvidas. Estavam realmente se encontrando.

 As gravações feitas do celular dela já os denunciavam através da troca de palavras afetivas, mas isso não era suficiente. Ele teria que ver com os próprios olhos. Teria que ter uma prova irrefutável de que sua Sofia, sua e de mais ninguém, o estava traindo.

Não, não tinha como se preparar para aquilo, e, pela primeira vez na vida, Lysandre chorou.  

 

 

 

 

 


Notas Finais


Aguardo o comentario de voces ta? Sempre... rs


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