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História Ligados pelo sangue - Vocês são irmãos?


Escrita por: NinaLinann

Notas do Autor


Oii!
Eu sei que demorei MUITO pra atualizar. MAS eu estava guardando alguns caps pra vocês. Só pra eu ser mais organizada, pq né? Não dava pra ficar daquele jeito. Então, prometo tentar postar um dia sim e um dia não. Ok?
Boa leitura!!

Capítulo 10 - Vocês são irmãos?


HOLY PETTERSON

O relógio marcava 06:09, e por algum motivo desconhecido, eu não consigo voltar a dormir. Pensei sobre tantas coisas ontem, quando eu estava indo dormir, que acho que isso me incomoda até agora. Pensei na minha vida. Pensei em meus pais. Meu irmão. Nas pessoas que são importantes para mim. E então, pensei em Zack. Pensei no quanto ele me magoou, e chorei, até que o sono viesse.

Mas então ele desapareceu novamente.

E agora, não consigo parar de chorar por todas as coisas que acontecerem desde do dia em que pus meus pés em Atlanta. Às vezes, sinto que Atlanta é minha verdadeira casa, onde eu deveria estar. É como se eu já pertencesse a este lugar, a alguém, e então a dúvida surge: Por quê?

Meu celular vibra, e me estico para alcança-lo sobre o criado-mudo. Uma nova mensagem.

*Há alguma chance de nos encontrarmos agora?*

Franzi meu cenho, imaginando de quem seria, e quando eu iria perguntar quem era o sujeito, recebi mais uma mensagem:

*É melhor se apressar, chatinha. Sua missão começa hoje mesmo.*

Eu sabia que era Chandler, ele era o único idiota que já me chamara assim, mas deixo minha pequena raiva de lado, e o respondo, na verdade, o pergunto:

*Por acaso, está me espionando?*

Alguns segundos depois, ele responde:

*De maneira alguma. Apenas achei que você não tem o sono pesado, bom, vou pensar sobre isso.*

*Você tem exatamente 5 minutos pra sair de casa.*

Me levantei, o xingando mentalmente por não ter “permitido” que eu ficasse jogada em minha cama. A casa esta silenciosa. E eu me pergunto se Josh está dormindo, ou se saiu mais cedo para resolver algumas coisas. Não que ele tenha que realmente resolver, é apenas uma desculpa para ver Katelyn.

Calço meus chinelos ao lado da porta, e coloco meu moletom cinza que estava jogado no sofá. Nem precisei escovar meus dentes, porque eu já havia feito isso pelo menos cinco vezes enquanto estive acordada. Fiz uma trança de lado no meu cabelo castanho, e abri a porta, me assustando quando vejo Chandler parado na minha porta.

- O que está fazendo aqui? – Perguntei, colocando a mão no meu peito, sentindo as batidas fortes do meu coração acelerado por conta do susto.

- Você se atrasou. – Ele avisou, enquanto eu fechava a porta. – Perdemos um minuto valioso.

- Acredito que um minuto não irá fazer diferença. – Falei, o ouvindo bufar. Caminhamos pelo corredor, até que entramos no elevador.

- Não era melhor ter vestido outra coisa? – Ele aponta para meu short de pijama, e ri.

- Ora, você me manda uma mensagem de repente, me dizendo que tenho apenas 5 minutos para me arrumar porque tenho que resolver um problema que nem ao menos é meu, e quer que eu esteja toda produzida pra você? – Ele continua rindo, me deixando ainda mais irritada, não sei por quê.

- Mau humor logo de manhã, chatinha? – Ele pergunta, enquanto as portas do elevador se abrem. – Pensei que você até iria passar uma maquiagem, e pensar: “Eu vou encontrar Chandler Riggs em 5 minutos e, meu Deus, eu o amo tanto!”.

- Ok. Minha voz não é assim, baby. – Falei, enquanto andávamos até o carro dele. – E eu não te amo. Acho que já deixei bem claro.

- Como água. – Ele disse, ligando o carro, e o movendo para não sei aonde.

- Eu iria dizer que não precisamos conversar, mas eu estou realmente curiosa e irritada, então preciso perguntar. Qual é o plano?

Ele sorri de canto, mas não era como os outros sorrisos idiotas vindos dele, era um sorriso triste. E, só agora que eu me lembrei que, ele pode estar sendo traído pela pessoa ama. Eu sei o que ele sente, de verdade. E mesmo ele sendo essa pessoa ignorante, ainda é um ser humano.

- Tá tudo bem? – Perguntei, tentando parecer menos preocupada do que eu aparentava estar. E eu senti aquela conexão novamente, correndo pelas minhas veias e as ligando com as de Chandler, as veias dele se saltaram assim que aquela sensação o percorreu. O braço dele descoberto não o ajudara muito. – Você... Você sentiu?

- O quê? – Ele perguntou, tentando manter sua atenção na estrada. E eu queria repetir minha pergunta, mas parece que ele fez isso de proposito, talvez ele não queira falar sobre isso. Mas essa é a questão, o que é isso? Que conexão é esta?

- Nada. – Falei, passando as mãos pelos meus braços que por debaixo do casaco estava todo arrepiado. – Você não me respondeu...

- Quer saber mesmo? – Ele se exaltou, encostando o carro na primeira vaga que viu na frente, freando bruscamente aponto de meu corpo ser jogado para frente. Meus olhos arregalados agora encaravam o rosto vermelho de Chandler. – Eu estou prestes a explodir! Eu queria tanto uma coisa em que eu pudesse bater agora. Poderia ser a cara do Zack, eu adoraria fazer isso, porque neste momento ele está com minha garota. Minha garota! – Ele gritou.

Ele inclinou um pouco a cabeça, e a raiva se diminuiu um pouco, mas ele continuou dizendo olhando nos meus olhos:

- Mas aí eu me lembro que minha garota se entregou a ele por livre e espontânea vontade! O que me faz pensar que essa garota já não me pertence! Que eu estou fazendo papel de otário!

E era assim que ele se sentia. Nunca pensei que eu o veria assim. Eu pensava que ele iria chorar, ou que talvez iria partir para cima de mim e me bater, claro que eu iria dar um soco tão forte nele que daria tempo de correr, mas ele não fez isso. Apenas continuou com o vermelho de raiva no rosto, e não disse mais nada.

- Acho... Acho melhor voltarmos. Eu quero dizer que, daqui a pouco teremos aula e eu preciso resolver bastantes coisas hoje e... Você precisa se acalmar. É, é isso que você precisa. – Mas que merda está acontecendo? Eu realmente estou me importando com esse metido?

- É deveríamos. – Ele sussurrou, saiu do carro e veio até minha porta, a abrindo depois. – Você dirige.

Passei para o banco do motorista, e ele fechou a porta. Eu já estava pronta para ligar o carro , quando ele colocou a mão no meu braço, me causando arrepio de imediato e pediu: - Espere, eu não quero voltar pra casa agora. Meu lugar não é lá.

E então deixei que meu braço caísse, e me relaxei no banco do motorista, desistindo de tentar dizer alguma coisa.

Ele não disse nada mais, apenas relaxou no banco também, e quando percebi, ele havia pegado no sono.

Ele está ficando maluco.

Liguei o carro, e comecei a direciona-lo por algumas ruas, sem saber ao certo aonde ir. E quando eu estava passando pelo estabelecimento da tia Nacon, vi Zack, andando de mãos dadas com uma loira... Loira, Brianna. Freei o carro na hora, e os observei. Brianna atacou a boca de Zack, antes que o táxi pudesse a levar embora.

Dei ré, e percorri outra rua. Pensando em como Zack ainda me abalava, em como ele me fazia mal, e que de certa forma, estava fazendo mal a Chandler.

°°°

- Vou ser bem direta. – Comecei, assim que adentrei o apartamento com Chandler logo atrás. – Você pode ficar aqui enquanto eu me arrumo pra escola. Pode comer alguma coisa, assistir tv. Não sei. Só quero que você faça o maior silêncio possível.

- Porque tá fazendo isso por mim? – Ele perguntou, fechando a porta atrás de si.

- Porque sei o que você sente. – Respondi.

- Você já foi traída?

- É. – Respondi. Eu queria dizer que ele estava sendo muito intrometido em querer saber tanto da minha vida, mas ele estava tão mal que, eu permiti que ele soubesse.

E ele me surpreendeu quando disse:

- O cara só pode ser idiota.

Senti meu coração parar por um momento. E tentei engolir aquele... Elogio?

Ele sorriu vendo que fiquei sem dizer nada, e foi na direção do sofá, se sentando e pegando o seu celular em mãos.

- Ah, meu Deus, você tá aqui! – Josh disse, caminhando da cozinha para me abraçar. – Que merda, Holy. Avise quando você for sair. Eu te liguei milhares de vezes!

Ri, enquanto Chandler nos observava.

- Eu vou me arrumar pra ir à escola. – Falei, o afastando. – Faça companhia ao Chandler.

Josh se virou, percebendo a presença de Chandler e foi até ele, fazendo um toque. Eu realmente não sabia que eles estavam ficando “íntimos”. Isso é bom, acho.

Dei de ombros e fui até meu quarto. E durante o banho, recebi novamente aquela conexão percorrendo minhas veias.

- Que merda é essa? – Perguntei a mim mesma, observando minhas veias saltadas. Isso é uma doença? Preciso ir ao médico.

ALGUNS DIAS DEPOIS

- A senhorita não tem nada de anormal. – O médico me disse. Já havia uns dias em que eu estava fazendo exames para saber o que havia de errado comigo. Me preocupa que veias saltadas são avisos de que eu estou com alguma doença. – Os exames são bem claros.

- Então o que é isso? – Perguntei, indignada.

- Bom, talvez não tenha nada a ver com a ciência, senhorita. – O médico respondeu, desta vez olhando para Chandler ao meu lado. Eu nem sabia o que ele estava fazendo aqui comigo, porque ele não precisava mesmo. Mas acho que ele quer outra “investigação” após minha consulta acabar. – Isso acontece com vocês dois?

- Bem... – Comecei.

- Não. – Chandler respondeu. E eu fiquei ainda mais indignada, porque ele sentia sim! Eu sabia que ele sentia, eu via suas veias saltadas. E porque ele negou?

- Hum... – O médico disse, observando nossos braços que, agora não estavam nem arrepiados e nem estavam com as veias saltadas. Mas eu sabia que isso acontecia frequentemente! – Se vocês quiserem marcar uma consulta, bom, eu vou estar à disposição.

Bufei, ainda indignada. Me levantei da cadeira e andei até a porta, mas parei quando o médico perguntou:

- Vocês são irmãos?

- Não. – Eu e Chandler respondemos com o cenho franzido.

O médico riu.

- Ok. Vou solicitar um exame de sangue para vocês dois. Assim poderemos saber por que isso acontece. Ou não.

- Tô bem de boa. – Chandler disse.

- Vou solicitar. – O médico insistiu, e eu apenas assenti, saindo do hospital com o ignorante do Chandler. Chandler pareceu pensativo por alguns instantes, ficou em silêncio até que adentramos o carro.

- Eu conheço aquele cara. – Ele disse, pensativo.

- É, conhece. Talvez todos conheçam aquele cara.

Ele bufou, me olhando irritado pela minha ironia.

- Vamos segui-los hoje? – Perguntei, enquanto ele dirigia pelas ruas. Pensando em todas as vezes que falhamos em segui-los. Chandler ainda não sabia que eu havia os visto aos beijos, não quis contar. Apenas quero que ele veja com os próprios olhos. E desde então, estou tentando fazer com que ele veja, mas sempre alguma coisa dá errado.

- Não, vamos buscar seu carro.

 


Notas Finais


Até o próximo cap!!


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