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História Ligados pelo sangue - Trato é trato.


Escrita por: NinaLinann

Notas do Autor


Cap bom pra quem shippa: Katelyn + Josh!
Boa leitura!

Capítulo 11 - Trato é trato.


HOLY PETTERSON

- Caralho, você tá me dando isso mesmo? – Perguntei, maravilhada com o carro cinza bem na minha frente. Renault Sandero. Chandler revirava os olhos constantemente enquanto pagava pelo carro. Senti uma pontada de culpa. Ele havia cumprido sua parte do trato, mas eu escondia o que eu sabia.

Me senti mal e, subitamente, minha animação desaparecera por algum tempo.

O vendedor dissera que o carro seria entregue a mim em questão de dias até que eles finalizassem os mínimos detalhes que o carro precisava. Deixei meu endereço, contato e depois eu e Chandler fomos embora. Desta vez, eu que dirigia, enquanto ele estava ocupado demais conversando com a Brianna pelo celular.

Chandler não parava quieto no banco, ele até tirou o cinto de tão incomodado. Xingou baixo e voltou a dar atenção para o celular.

Quero ajudar. Não sei por que, mas quero.

- Não tá confortável aí? – Perguntei, esperando que ele entendesse que nossa única comunicação é a provocação. No entanto, ele ficou em silêncio. Desligou a tela do celular, e pediu com um gesto da mão para que eu estacionasse na próxima vaga.

Estacionei. Desliguei o carro, e o observei por um bom tempo, na espera que ele me contasse o que o incomodava tanto.

- Você pode pegar um táxi? – Ele perguntou, evitando olhar em meus olhos.

- Quê? Você sabe que eu não trouxe dinheiro, Chandler! Você não me deu tempo suficiente. – Falei, começando a sentir a irritação.

- Eu sei. Eu sei. Mas é que a Brianna quer que eu me encontre com ela. – Ele falou, desta vez fitando os pés. Ele pegou sua carteira no bolso, e tirou uma nota de cem. – Tome. Acho que isso é o suficiente para que você chegue em casa.

Soltei uma risada, tentando disfarçar a raiva que eu sentia neste momento.

- Eu não quero seu dinheiro. – Falei, abrindo a porta para que eu pudesse sair. – Eu não preciso.

Saí do carro, e Chandler desceu logo em seguida. Comecei a andar pela calçada, a fim de encontrar logo um ponto de táxi ou até mesmo de um ônibus, quando senti meu braço sendo agarrado. Meu corpo se esbarrou no de Chandler que, me afastei assim que percebi nossa proximidade.

- Você esqueceu seu celular. – Ele disse, balançando meu celular em sua mão. Peguei meu celular de sua mão e o lancei um olhar de irritação. – De nada, chatinha. Foi mal. Mas você sabe que não podem nos ver juntos.

- É, querido. Eu sei. – Sorri falsamente – Por esse mesmo motivo, você deveria entrar naquele carro e dar o fora daqui.

Meu sangue fervia em raiva. E eu não sabia se era porque eu teria que caminhar muito até achar um táxi, ou se era por causa de Chandler. Espera. Eu realmente estou incomodada por Chandler ter me dispensado para se encontrar com a garota dele?

Definitivamente, não.

- Desculpa. – Ele disse, sorrindo debochado. E eu rezei para que nenhuma ideia tenha passado pela cabeça dele, mas já era tarde, eu sentia meu rosto vermelho. Não de raiva. – Te vejo amanhã na escola.

Fiz uma cara de nojo para ele, e voltei a caminhar para longe.

Liguei para George, meu fiel taxista. Esperei por ele sentada no banco de uma praça. Onde eu tinha a visão dos prédios que me contornavam. Deixando um ar de moderno que ao mesmo tempo me sufocava. Eu preciso urgentemente de uma ida para o interior, relaxar.

George buzinou, e andei até ele. Adentrei o carro, e ele me cumprimentou, com uma bala na mão, como sempre faz quando nos vemos.

- Quais são as novidades, princesa? – Ele perguntou, enquanto eu colocava a bala na boca. Pensei em algo que eu realmente deveria lhe contar, mas nada além do carro que eu ganhara se passou em minha mente.

- Vou ganhar um carro, George! – Exclamei, me enfiando entre os dois bancos da frente, já que eu sentei nos bancos de trás.

Ele sorriu e trocou a marcha.

- Logo não precisará dos meus serviços. – Ele disse, percebi uma pontada de tristeza em sua voz, mas nada que ele não seria capaz de disfarçar com uma risada logo depois.

- Bom, como taxista não precisarei. – Expliquei. – Mas como amigo, sempre precisarei.

O sorriso cresceu em seu rosto. Ele poderia explodir agora mesmo de felicidade, mas preferia prestar atenção no trânsito.

- E possa saber de quem você ganhará? – Ele perguntou, curioso.

Meu sorriso se desmanchou aos poucos. É claro que eu confio em George – mesmo que nos conhecemos há pouco tempo. Mas ninguém poderia saber que eu estava ganhando um carro de Chandler. Eu teria que revelar o porquê, e teria que dizer que estou espionando a garota de Chandler que, supostamente está o traindo.

- Presente do papai. – Menti. George assentiu, e virou a rua, parando em frente ao meu apartamento.

Como você irá paga-lo, Holy? Perguntei a mim mesma, você está sem dinheiro, garota!

- George eu...- Falei. – Você pode esperar? Vou pegar o dinheiro no meu quarto.

- Nada disso. – Ele me interrompeu. – Esta é sua última “viagem” comigo. Portanto, não precisará pagar nada.

- Não, pare com isso. Não sei reagir nessas situações. – Rimos e eu tratei de descer do carro. – Vou buscar. Me espera.

- Tchau, princesa. – Ele disse. – Me ligue quando precisar de alguma coisa. – E falando isso, foi embora, sem nem deixar que eu me despedisse.

Droga. Não sei mesmo reagira nessas situações.

Andando em direção ao apartamento, meus olhos se esbarraram na nota de cem que estava dentro da capinha do meu celular. Um sorriso escapou de meu rosto. Chandler colocara lá caso precisasse, mas eu não utilizaria.

JOSH PETTERSON

Katelyn saiu da cozinha com um pote de cereal nas mãos. Ela se sentou ao meu lado, e junto assistimos a um filme que eu nem soube o nome. Eu não conseguia me concentrar, a não ser em Katelyn. Que está tão linda hoje!

O cereal já havia acabado de seu pote, e ela nem prestara atenção que estava apenas levando leite à boca. Ri quando o leite escorreu um pouco pela boca dela, e ela tratou de limpar logo.

- Ora, porque não me avisou? – Ela reclamou, rindo logo em seguida.

- Desculpe. – Falei, rindo baixinho.

- Tá limpo? – Ela perguntou, virando o rosto em minha direção, fazendo com que meu corpo todo entrasse em chamas. Eu queria tanto beijá-la.

- Tá. Tá sim. – Respondi, sorrindo. Continuamos nos olhando, deixando claro o que queríamos que acontecesse. Coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. E me concentrei em fazer tudo com calma, esperei tanto por isto.

Ela direcionou seu olhar para minha boca, e eu sorri por sua ação. Segurei seu rosto e me aproximei dela, cuidadosamente. Desta vez, eu que olhei para sua boca, e para minha surpresa, Katelyn colocou sua mão atrás da minha nuca, e selou nossos lábios. E era isso. O nosso primeiro beijo. Posso parecer bem bobo, mas eu sonhei diversas vezes com este momento, e me perguntei quantos caras Katelyn já havia beijado para me beijar daquela forma. Apaixonante. Excitante. E ao mesmo tempo delicado.

Nos afastamos, e quando abri meus olhos, os dela ainda estavam fechados. E sorri com o que vi. Ela é tão linda!

- Fiz certo? – Ela perguntou, brincalhona, me fazendo rir.

- Você sempre está, Kat. – Respondi, fazendo-a sorrir.

- Sempre sabe o que dizer... – Ela sussurrou, sorrindo. A envolvi em um abraço, trazendo ela para perto de meu peito para que ela escutasse as batidas do meu coração. Não só para isso. Para que eu pudesse tê-la nos braços, para que ela se sentisse protegida. Para que ela fosse somente minha.

Abri meus olhos, e vi Holy entrando em silêncio pela porta, sorrindo, tentando conter a felicidade que quase explodia de dentro dela. Katelyn não pareceu perceber sua presença, e antes que Holy pudesse ir para o quarto, fez um jóinha com a mão, sussurrando: Isso aí!

Tenho tanta sorte por ter as melhores garotas ao meu lado. Elas são as pessoas mais importantes para mim. Principalmente minha irmã, que mesmo não se parecendo fisicamente comigo, deixa claro que pensa como eu. E eu a amo tanto por sempre compreender tudo o que faço!

Desfiz o abraço, e peguei em seu queixo, fazendo Katelyn a olhar nos meus olhos.

- Tudo isso vai passar. – Falei, me referindo ao divórcio que estava se aproximando cada vez mais. – Eu vou dar um jeito. Pode contar comigo pra tudo.

E beijei mais uma vez seus lábios, deixando claro que não importa o que aconteça, eu sempre vou protege-la.

 


Notas Finais


Até o próximo cap.
E, por favor, comentem! Bjs


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